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Categoria: Rivista Onlline - Edizione Ottobre 2016

Quarta mostra BID Brasil 2016

 

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Com o apoio institucional do Ministério da Defesa , Forças Singulares e com  planejamento e coordenação da ABIMDE- Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança e  suporte  da    APEX-BRASIL  – Agência Brasileira e Promoção de Exportações e Investimentos, a 4ª MOSTRA BID BRASIL 2016 , transcorreu de 27 a 29 de setembro  em Brasília-DF, no  Centro de Convenções da Capital Federal   gerando oportunidades de negócios nacionais e internacionais num clima alvissareiro  para visitantes e expositores.

Em  cerimônia solene  de abertura em confortável auditório , o evento  contou com a participação efetiva do Ministro de Estado de Defesa Raul Jungmann que definiu  o norte procedimental para as  futuras  relações do Estado com a sociedade civil, ora   convocada a participar e integrar o programa de *defesa nacional  “ latu sensu”, deixando explícito que esse tema é dever e direito de todos os brasileiros.

Com discursos alinhados , o Ministro Jungmann,  o presidente da ABIMGE descortinaram uma nova senda para o empresariado de bens e serviços  que podem ter no mercado da Defesa forte demanda, quer na produção de bens ,   quer na de serviços ,   formação de mão-de-obra  especializada e assessoramento técnico  para  ocupar nichos abertos e bons negócios.

A característica dessa  Mostra Bid Brasil 2016  em relação às anteriores é  a conclamação governamental  da sociedade organizada -  produtora e consumidora  -   a  participar  de um  novo ciclo  de * Defesa Nacional  ,  sem prejuízo   dos objetivos ortodoxos permanentes   aqui  relembrados de aproximação do nosso mercado produtor  de  adidos militares , membros diplomáticos e representantes de forças armadas externas.

A repercussão foi imediata  atraindo um público  visitante  de civis  em número bem superior aos militares , resultando  numa interatividade de categorias que, no passado não muito distante,  se estabelecia por um divisor indelével. 

Entre oferta de aviões  militares convencionais e não tripulados ;  carros de combate ; lanchas;  mísseis; turbinas;  torpedos; painéis solares para iluminação led;   surpreendentes casas    confortáveis  de montagem imediata para ocupação de até seis pessoas, erguidas em menos de uma hora;     um delicioso feijão com linguiça em embalagem industrial militar;  vestuário e calçados ;  aerossóis à base de pimenta  e facas específicas  para selva  e  defesa pessoal,   vários negócios foram  realizados “ just in time”, mostrando a versatilidade das relações comerciais proporcionadas no evento.   Nos   serviços  encontramos desde entidades fundacionais como a EZUTE,oferecendo assessoramento e  gestão  superior,  até  Empresas Públicas,   EMGEPRON e AMAZUL.

Dois estandes   mais    visitados   foram o  acústico  de tiro, onde se podia utilizar, em total segurança,  pistolas automáticas e fuzis de assalto e o cockpit de um espetacular jato militar de última geração,  provisionado com mísseis balísticos de longo alcance trazendo um frenesi aos aficionados.E S P E T A C U L A R  !!!

A mensagem de maior relevância da 4ª. Mostra BID Brasil 2016  é que o País detém   maturidade, preparo e equilíbrio  para resolver seus conflitos internos e externos de forma pacífica e ordeira, índole e vontade  de nosso  povo, podendo alçar patamares  de   destaque e maior importância no novo ordenamento mundial, neste Século XXI.

Reconhecida pelos participantes e expositores como sucesso absoluto, a 4ª. Mostra Bid 2016 entra para o calendário oficial de feiras do Distrito Federal como “ point de visitação” e bons negócios.

Pedro Paulo Marques Cajaty.

Jornalista, Advogado , Diplomado pela Escola Superior de Guerra

Nota do Autor: * Defesa Nacional é o somatório das defesas comunitárias e individuais.

Ver mais:

www.mostrabidbrasil.com.br        www.emgepron.mar.mil.br         www.amazul.gov.br 

Credito fotografico: Rossi Comunicacão - Karen Gobatto

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Brasília – Pela sexta semana consecutiva, analistas das principais instituições financeiras do país consultadas pelo Banco Central (BC)  mantiveram estabilizadas em US$ 50 bilhões as previsões para o saldo da balança comercial brasileira (exportações-importações) para 2016. As estimativas divulgadas pelo BC através do Boletim Focus coincidem com as projeções realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e por instituições como a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

E enquanto mantêm pela sexta semana consecutiva a previsão de um superávit de US$ 50 bilhões para a balança comercial deste ano,  os analistas voltaram a reduzir, pela quarta semana seguida, a expectativa de saldo para o ano de 2017 Há quatro semanas a projeção era de um saldo da ordem de US$ 49,81 bilhões na semana passada projetaram nova baixa para o superávit da balança comercial, agora estimado em US$ 46,83 bilhões.

Por outro lado, as instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, de 7,34% para 7,25%. Essa foi a segunda redução seguida, na pesquisa feita pelo BC junto ao mercado financeiro todas as semanas. Para 2017, a projeção também caiu: de 5,12% para 5%. Os números saem no Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras.

As estimativas estão acima da meta de inflação de 4,5% neste ano e em 2017. O cálculo para este ano ultrapassa também o teto da meta que tem que ser perseguida pelo BC que é 6,5%. Para o próximo ano, o teto da meta é 6%.

Controle inflacionário

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. As instituições financeiras mantiveram a projeção para a Selic em 13,75%, ao final deste ano, e em 11%, no fim de 2017.

A projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 3,15% para 3,14%, este ano. Para 2017, a expectativa de crescimento foi ajustada de 1,36% para 1,30%.

(*)  Com informações da Agência Brasil

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24/08/2016

As medidas serão implementadas imediatamente. Entre elas, o fim da reinspeção em portos e carregamentos vindos de unidades com Serviço de Inspeção Federal (SIF). Com a eliminação desses entraves, o setor privado e o governo devem ter um ganho de eficiência estimado em R$ 1 bilhão ao ano. Esse valor representa 0,2% do faturamento anual do agronegócio brasileiro, calculado em cerca de R$ 500 bilhões.

Para Blairo Maggi, o Agro + vai transferir dinheiro da ineficiência para a eficiência, trazendo benefícios para a sociedade. O plano, acrescentou o ministro, busca justamente otimizar os recursos para proporcionar ganhos ao setor produtivo, que poderá assim gerar mais emprego e renda ao longo da cadeia do agronegócio.

Os principais obstáculos burocráticos existentes no Mapa foram identificados por um grupo de trabalho criado pela Portaria nº 109, de 2006. Os técnicos do ministério analisaram 315 demandas do setor produtivo e estabeleceram 69 medidas para implantar nesta primeira fase do Agro +. Com isso, o governo atenderá reivindicações de 88 entidades representativas do agronegócio brasileiro.

“O plano será ampliado em 60 e em 120 dias, quando novas normas e processos deverão ser simplificados”, disse o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki.

Com medidas de curto, médio e longo prazos, o Agro + tem dois eixos: Modernização e Desburocratização e o Marco Regulatório do Plano de Defesa Agropecuária. O foco é a redução da burocracia, que hoje interfere na execução dos serviços.

Para tanto, o Mapa acelerou a implementação do Manual do Boas Práticas Regulatórias de Defesa Agropecuária, priorizou as demandas de automação desta área e deu celeridade à revisão de normativas da Defesa Agropecuária.  Isso está sendo feito por meio de portarias e instruções normativas para reorganizar e fortalecer a tramitação de normas.

O Mapa também vai estabelecer cooperação com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para desenvolver ferramentas capazes de agilizar a troca de informações entre as autoridades sanitárias e os países importadores do agronegócio brasileiro.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, as medidas, elaboradas com apoio do corpo técnico, permitirão a racionalização dos recursos financeiros e humanos da SDA, oferecendo maior agilidade ao setor produtivo.

 Algumas das medidas do Plano Agro +

• Fim da reinspeção nos portos e carregamentos vindos de unidades com SIF
• Lançamento do sistema de rótulos e produtos de origem animal
• Alteração da temperatura de congelamento da carne suína (-18ºC para -12ºC)
• Revisão de regras de certificação fitossanitárias
• Aceite de laudos digitais também em espanhol e inglês

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Rico em compostos antioxidantes e anti-inflamatórias, o Óleo de Pequi passou por diversos estudos, incluindo Mestrado e Doutorado, e, quando analisado em atletas, demonstrou efeitos benéficos contra a oxidação do corpo (efeito que normalmente ocorre de forma muito intensa em atletas que praticam esportes de longa duração e intensidade). Foram verificados ainda benefícios referentes à sua ação anti-inflamatória, proteção cardiovascular, prevenção de aterosclerose e redução de pressão arterial.

Este estudo conduzido pelo Prof. Grisólia contou com 126 atletas. Eles correram uma maratona e fizeram os exames iniciais. Depois disso, usaram 400 mg de Óleo de Pequi em cápsulas durante 14 dias. Após este período, correram uma nova prova e realizaram mais testes a fim de analisar os radicais livres, mutações gênicas, pressão arterial e colesterol. Os resultados mostraram que, após ingerirem as cápsulas, os atletas tiveram menos inflamação muscular, menos danos no DNA das células e menos estresse oxidativo. As análises também mostraram que os atletas acima de 45 anos tinham produção de radicais livres mais altas. Embora os testes tenham sido positivos também com jovens, o Óleo de Pequi parece mais benéfico aos atletas mais velhos.

A pesquisa gerou uma patente para a UnB e o licenciamento da tecnologia foi adquirido pela marca Naiak, da RTK Indústria, de Brasília, que participou dos estudos e do desenvolvimento para produção em larga escala. O produto é enquadrado na categoria de novos alimentos. O Óleo de Pequi é vendido no site www.naiak.com.br.

Os diversos estudos conduzidos sobre o produto estão disponibilizados no site www.oleodepequi.com.br. passou a ser vendido em março deste ano

“O extrato com o óleo de polpa de pequi apresenta propriedades nutracêuticas. Isto é, melhoram certas condições fisiológicas, como a cardiovascular. Além disso, tem propriedades antioxidantes que protegem o organismo conta processos degenerativos crônicos”, explica o professor da UnB.

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As pesquisas também destacaram a importância da preservação do cerrado, e  valorização da cultura regional. Com os resultados em mãos, já foi possível criar, inclusive, um modelo de exploração sustentável com geração de mão-de- obra e rendimento para as comunidades rurais da região.

No dia 24 de fevereiro foi feito o lançamento oficial do Óleo de Pequi em cápsulas durante o aniversário do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da UnB, em Brasília. O lançamento para o grande público foi feito durante o Congresso Hi Nutrition, em São Paulo, que aconteceu de 17 a 19 de março. De 7 a 9 de julho, durante a Consufarma 2016, mais pessoas terão a oportunidade de conhecer o produto.

Outros benefícios

O pequi contém diversos antioxidantes como carotenóides, vitamina C e compostos fenólicos, e sua composição de ácidos graxos é representada principalmente pelo Ômega 9 (51,37 a 55,87%) e palmítico (35,17 a 46,79%). O produto obtido pelo fruto típico do cerrado já rendeu mais de dez artigos científicos, duas teses de doutorado e uma de mestrado. A tese de doutorado, desenvolvida por Ana Luisa Miranda Vilela, apontou que, em doses adequadas, o óleo de pequi tem potencial para ser usado como adjuvante na quimioterapia do câncer, na forma de suplemento na dieta, o que demanda mais estudos.

Sobre a NAIAK

Fundada em 2010, a NAIAK conta com um portfólio de 36 suplementos alimentares ricos em ingredientes alimentícios funcionais, 100% naturais e com 0% de gordura trans. O nome NAIAK vem de um garanhão árabe, pai de vários campeões de enduro.

Sem glúten, toda a linha é desenvolvida sob as normas da Anvisa, unindo as forças da natureza, a origem dos nossos insumos e a tecnologia. Fundada em 2010, a empresa brasiliense está sob o comando das farmacêuticas Romy e Rogy Tokarski. Entre os produtos mais vendidos da marca estão: as cápsulas de Ômega 3, Óleo de coco e Magnésio Dimalato.

Sobre a RTK Indústria

Fundada em 2010, a RTK Indústria é responsável pela fabricação de cosméticos, dermocosméticos e alimentos naturais em cápsulas e em pó, respectivamente das marcas Romy & Rogy, NAIAK e Kosmein. Localizada nas imediações de Brasília, região Centro- Oeste, e gerenciada por uma equipe técnica de farmacêuticos de mais de 35 anos de mercado, a RTK oferece ao consumidor inovação e tecnologia em seus produtos.

Fonte: Approach Comunicação Integrada

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Enquanto a Tequila é protegida em mais de 46 países, incluindo a União Européia, com o reconhecimento, o México é o terceiro país a reconhecer a Cachaça como um destilado exclusivo do Brasil. Antes, apenas, Estados Unidos e Colômbia reconheciam a Cachaça como destilado genuinamente brasileiro.

As tratativas entre os dois países estavam em andamento há alguns anos, mas foi a partir de junho de 2014, com a renovação de um convênio firmado entre o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e o Conselho Regulador de Tequila (CRT), que a movimentação em torno do processo de reconhecimento recíproco recebeu maior atenção do Governo. O resultado final deste esforço conjunto entre as entidades representativas da Cachaça e da Tequila acontece agora.

A ida de representantes do IBRAC ao México em 2014 integrou as ações do Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça desenvolvido em parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a entidade. A visita teve como objetivo a realização de ações de benchmarking com a Tequila com o intuito de melhorar o trabalho de promoção e defesa da Cachaça em mercados internacionais.

Segundo Cristiano Lamêgo, Presidente do Conselho Deliberativo do IBRAC, entidade representativa do setor produtivo da Cachaça, “a assinatura do acordo é um marco na história da Cachaça, que neste ano completa 500 anos”. Além disso, reforça o Presidente do IBRAC: “O reconhecimento é o resultado dos esforços conjuntos entre o Governo Brasileiro e o setor privado”.

As exportações de Cachaça atualmente estão aquém do potencial de mercado. Estima-se que apenas 1% do volume produzido é exportado e com o reconhecimento da Cachaça, Lamêgo acredita que as empresas aumentarão seus investimentos no mercado mexicano e isso poderá representar um bom aumento nas exportações de Cachaça.

Enquanto em 2015 o México exportou mais de 180 milhões de litros de Tequila para mais de 120 países, o Brasil exportou pouco mais de 7 milhões de litros do destilado exclusivamente Brasileiro para 61 países. Deste total, apenas 0,54% do total (quantidade) exportado de Cachaça foi para o México.

Parte do sucessso da projeção da Tequila no mundo deve-se à forma de organização do setor no México, que tem sido um exemplo perseguido pelos produtores de Cachaça. O IBRAC defende, há alguns anos junto ao Governo Brasileiro, que a Cachaça tenha o mesmo modelo organizacional existente no México.

Além da possibilidade de aumento das exportações, segundo o Presidente do IBRAC, o reconhecimento da Cachaça pelo México tem um valor imensurável e impedirá o uso da denominação Cachaça por produtores de outros países. Cristiano também destaca a necessidade de assinatura de outros acordos para promoção, valorização e proteção da Cachaça como destilado genuíno e exclusivo do Brasil, a exemplo do que tem feito o México, com a Tequila, e o Reino Unido, com o Scotch Whisky.

Os números da Cachaça: 

· O Brasil possui quase 2.000 produtores devidamente registrados, com 4.000 marcas.

· Estima-se que esses produtores possuam uma capacidade instalada de produção de aproximadamente 1,2 bilhão de litros anuais da bebida, porém, anualmente são produzidos aproximadamente 800 milhões de litros.

· Exportações: Em 2015 a Cachaça foi exportada para 61 países. Atualmente são mais de 60 empresas exportadoras (40 dessas apoiadas pela Apex-Brasil), gerando uma receita de US$ 13,32 (7,7 milhões de litros).

· Principais Regiões Produtoras: São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.

· Principais Regiões Consumidoras: São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais.

Fonte: Apex-Brasil

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Brasília – “O governo brasileiro tem como meta a maior inserção do país em mercados internacionais, fortalecendo relações comerciais com parceiros tradicionais e emergentes. Estamos alinhados com a agenda internacional da CNI para 2016. Após a confirmação do impeachment, pretendemos liderar missões para elevar o patamar brasileiro em relação ao comércio exterior”, anunciou o ministro, ao setor produtivo”. A afirmação foi feita hoje (26), pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, durante palestra na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em seu pronunciamento, Marcos Pereira afirmou ainda que “por isso, o MDIC trabalha na conclusão de acordos nos planos bilateral, regional e multilateral e de negociações em áreas como bens, serviços, facilitação de comércio, regulamentos técnicos e compras governamentais. Alguns países e blocos são considerados prioritários, como os Estados Unidos, México, os países sul-americanos da Bacia do Pacífico e a União Europeia”.

O ministro destacou em sua palestra o Portal Único de Comércio Exterior, principal ação concreta de facilitação de comércio exterior do Governo Brasileiro que representa a reformulação dos processos de exportação e importação e trânsito aduaneiro. Com a conclusão do Portal, prevista para 2017, a expectativa é reduzir em 40% os prazos médios de exportação (13 para 8 dias) e importação (17 para 10 dias).

De acordo com o ministro Marcos Pereira, o Brasil deve retomar a rota do crescimento a partir do impeachment. Segundo ele, “Precisamos sinalizar com medidas concretas a partir da confirmação do processo de afastamento da presidente Dilma, pelo Senado Federal, e das eleições municipais de outubro. Até lá, temos limitações.”

Em palestra para os presidentes das principais federações da indústria, diretores e conselheiros eméritos da CNI, Marcos Pereira destacou a atuação do ministério como peça-chave para realizar as reformas necessárias ao desenvolvimento do país. O ministro fez uma avaliação sobre o atual cenário econômico, em que a indústria nacional passa por um momento desafiador, com a produção em retração desde 2014, queda na participação do PIB, saldo negativo no emprego formal e baixa produtividade.

Diante desse cenário, o ministro defendeu a inserção da agenda da indústria na estratégia nacional de desenvolvimento econômico. “O presidente Temer está muito sensível à agenda de prioridades da indústria, assim como diversos órgãos de governo. Essas ações precisam coordenadas e setorizadas”, afirmou.

Marcos Pereira apontou os eixos de atuação do MDIC: competitividade e desenvolvimento industrial, comércio exterior, inovação e novos negócios, comércio e serviços. “Estamos empenhados no avanço da agenda do setor produtivo e não podemos mais perder tempo. Determinei que as ações sejam tocadas de forma célere, pragmática e proativa”, explicou.

Após pouco mais de dois meses à frente do MDIC, Marcos Pereira foi bem recebido pelos representantes da indústria. “Estamos seguros de que o ministro tem capacidade e determinação para buscar entendimento das soluções para os problemas que temos apresentado”, afirmou o presidente da CNI, Robson de Andrade.

Competitividade industrial

A pasta trabalha com propostas em pelo menos quatro áreas de interesse do setor: produtividade, investimento, redução de custos e desburocratização. Entre as ações para ampliar a produtividade, o ministro destacou o Programa Brasil Mais Produtivo, resultado de uma parceria entre MDIC, CNI/SENAI, Apex-Brasil e ABDI, com apoio do BNDES e Sebrae.

Já há 1.840 empresas inscritas em todas as unidades da federação no programa, que oferece consultoria a pequenas e médias indústrias com objetivo de reduzir desperdícios no processo produtivo. A meta é atingir um ganho médio de, pelo menos, 20% produtividade. “Com isso, esperamos que haja ambiente favorável a criação de novos programas e ao aumento de competitividade”, apontou.

A agenda de atração de investimentos também está em discussão, incluindo o aperfeiçoamento de instrumentos vigentes. Para Marcos Pereira, o Brasil apresenta potencial grande de crescimento, mas os custos de investimentos são altíssimos. “Chegamos à conclusão de que só vamos avançar com a parceria de empresários e investidores internacionais”, afirmou o ministro.

Há proposta para a redução do custo da energia elétrica e para o aumento da oferta de gás natural para a indústria. Neste caso, por meio da regulação do preço.

NR-12

Marcos Pereira defendeu que a desburocratização precisa sair dos discursos para a prática. Segundo ele, muitas “travas” do setor produtivo estão relacionadas a normas e regulamentações que não dependem de aprovação do Congresso Nacional, como a revisão da NR-12.

As mudanças na NR-12 são uma demanda do setor produtivo e atualmente são objeto de avaliação conjunta pelo MDIC e Ministério do Trabalho. “Existem diversas ideias em discussão. Essa norma é uma anomalia”, afirmou Marcos Pereira.

O Ministério já discute também medidas na área de eficiência energética na indústria, a exemplo do avanço na certificação Inmetro; e do desenvolvimento de um programa para pequenas e médias empresas.

Entre as diversas propostas de melhoria do ambiente de negócios do MDIC estão a modernização da legislação trabalhista, adequação da estrutura tarifária e aduaneira, a elaboração e reforço de acordos de livre comércio. No setor de Petróleo e Gás, a prioridade do MDIC é regulamentar e fortalecer o PEDEFOR, programa instituído em 2016 que inseriu a pasta nas discussões para elevar a competitividade dos fornecedores locais.

Comércio Exterior

O governo brasileiro tem como meta a maior inserção do país em mercados internacionais, fortalecendo relações comerciais com parceiros tradicionais e emergentes. “Estamos alinhados com a agenda internacional da CNI para 2016. Após a confirmação do impeachment, pretendemos liderar missões para elevar o patamar brasileiro em relação ao comércio exterior”, anunciou o ministro, ao setor produtivo.

Por isso, o MDIC trabalha na conclusão de acordos nos planos bilateral, regional e multilateral e de negociações em áreas como bens, serviços, facilitação de comércio, regulamentos técnicos e compras governamentais. Alguns países e blocos são considerados prioritários, como os Estados Unidos, México, os países sul-americanos da Bacia do Pacífico e a União Europeia.

O ministro destacou em sua palestra o Portal Único de Comércio Exterior, principal ação concreta de facilitação de comércio exterior do Governo Brasileiro que representa a reformulação dos processos de exportação e importação e trânsito aduaneiro. Com a conclusão do Portal, prevista para 2017, a expectativa é reduzir em 40% os prazos médios de exportação (13 para 8 dias) e importação (17 para 10 dias).

Comércio e Serviços

Marcos Pereira apresentou para a indústria a agenda estratégica do MDIC com os ministérios da Fazenda e do Trabalho, que incluem projetos como da unificação da nota fiscal de serviços eletrônica, desburocratizando tanto a emissão quanto a fiscalização.

Entre outros temas, há ações voltadas ao segmento de Comércio e Serviços, em curso, como a revisão da Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações (NBS). Uniformizado, o classificador nacional permitirá aumento de competitividade, e melhor foco na elaboração e avaliação de políticas públicas.

Inovação e Novos Negócios

Em outro eixo, o MDIC vem avançando na promoção de novos negócios e inovação no mercado, com propostas como a reestruturação do INPI e a contratação de mais examinadores para o órgão. “Estamos cientes do gargalo que há no INPI. Estamos fazendo um esforço para contratar mais 70 examinadores aprovados em concursos. O quadro atual é inferior ao de escritórios como Estados Unidos, Japão e União Europeia, sendo que a demanda é equivalente”, apontou.

No campo das startups, o MDIC coordena o InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração de empresas nascentes do país. Para 2016, estão previstos o treinamento, mentoria e conexão com investidores de 600 empresas. A ação é uma parceria com o Senai e MEI/CNI.

O MDIC também mantém abertos editais na área de cooperação internacional, para projetos conjuntos de P&D entre empresas brasileiras e países parceiros, como Alemanha, França e Israel. O edital com o Reino Unido deverá ser lançado ainda este ano.

(*)  Com informações do MDIC

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08/07/2016

São Paulo – As empresas do Beautycare Brazil – realização da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos(Abihpec) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) se preparam para dois importantes eventos do setor nos Estados Unidos. Entre 24 e 26 de julho, acontece a 14ª edição da Cosmoprof North America Las Vegas e, nos dias 7 e 8 de setembro, Nova York será o palco da in-cosmetics North America.

Com importantes ações comerciais na programação e expectativas de crescimento nos negócios com os norte-americanos, o Beautycare Brazil realizou recentemente um Workshop sobre este mercado, realizado na sede da Abihpec, em São Paulo. Na ocasião foram apresentadas informações técnicas sobre as relações comerciais com os Estados Unidos e detalhes sobre comportamento de consumo no destino.

Rafaella Villemor, analista de Assuntos Regulatórios da Abihpec, ministrou palestra sobre o panorama de regularização sanitária para produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos nos Estados Unidos, explicando questões importantes, entre elas, a atuação do FDA – Food and Drug Administration e as possíveis classificações de um produto como cosmético, medicamento ou, ao mesmo tempo, cosmético e medicamento.

Gueisa Silvério, gerente do Beautycare Brazil aproveitou a oportunidade para reforçar as diferenças entre os mercados brasileiro e norte-americano e alertar sobre penalidades aplicáveis pelo descumprimento das legislações sanitárias e regulatórias dos países, o que pode implicar desde a obrigatoriedade de retirada de produtos do mercado até a penalidade cível.

Complementando a parte técnica da programação, Ricardo de Nobrega, gerente de Comércio Exterior da Abihpec, falou sobre atuais acordos e possíveis evoluções nas relações comerciais entre os dois países.

Os participantes também puderam conhecer melhor hábitos locais de consumo. Gerente da Euromonitor, Sabrina Kinckle revelou tendências e prospectos do mercado norte-americano de beleza e cuidados pessoais. Entre os destaques apresentados está o crescimento das vendas de produtos premium neste país, que alcançou US$ 20 bilhões em 2011 e US$ 23 bilhões em 2015, além das perspectivas de chegar a US$ 28 bilhões em 2020, representando, respectivamente, 32%, 34% e 37% do resultado total.

Encerrando a programação, Daniel Oliveira, gerente de Inteligência de Mercado da Abihpec, compartilhou dados sobre o comportamento de consumo nos Estados Unidos. A partir dos índices apontados no Workshop, o público participante pôde conhecer melhor os hábitos de compra e uso de diferentes linhas de esmaltes e produtos para cabelo e pele.

Fonte: Apex-Brasil

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07/07/2016

Brasília – A ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, foi novamente indicada pela imprensa internacional para turistas com deficiência física ou dificuldade de locomoção. Desta vez, o destaque aconteceu na revista Dove, uma das maiores publicações em turismo da Itália. A reportagem é resultado da press trip Acessibilidade, realizada pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) em 2013. À época, veículos de diferentes países que participaram da ação repercutiram a iniciativa da ilha em reportagens especiais.

O artigo inclui informações úteis sobre o destino, com página inteira de impressionantes imagens da região. A revista evidencia o arquipélago como um locais acessível graças ao projeto Praia Sem Barreiras, que proporciona facilidades para tomar banho de mar em Noronha. A matéria mostra que ao visitar o Parque Nacional, o visitante com dificuldade de locomoção tem acesso facilitado ao Mirante dos Golfinhos, por meio da trilha suspensa, totalmente acessível e construída com madeira biossintética.

Além da possibilidade de conhecer o Mirante dos Golfinhos, a revista sugere uma visita ao Mirante do Sancho, onde pode observar a Praia do Sancho, eleita novamente pela Revista Viagem e Turismo como a praia mais bonita do Brasil. O mirante Dois Irmãos, principal cartão postal da ilha, também ganhou destaque na reportagem. Um dos pontos mais altos da viagem, conforme descreve a jornalista, foi a possibilidade de fazerem um mergulho de cilindro, além de conhecerem as belas trilhas adaptadas da região.

Esse tipo de inserção tem grande impacto junto aos potenciais turistas italianos, destaca o Diretor de Marketing da Embratur, Sérgio Flores. “A reportagem incentiva a vinda de turistas com algum tipo de deficiência interessados em descobrir o Brasil. Projetos como esse, de Noronha, são fundamentais para que todas as pessoas possam desfrutar do turismo, sem distinção”, completa Sérgio.

Já Guilherme Miranda, Coordenador-Geral de Relações Públicas e Assessoria de Imprensa da Embratur, reforça a importância de investir em press trips e na relação com a mídia internacional para mostrar as possibilidades do turismo e a beleza dos destinos brasileiros. “Realizar press trips é a maneira mais completa de se mostrar um destino, pois leva o jornalista a experimentar de fato o local, fazendo com que as matérias que produzem sejam enriquecidas com suas experiências”, enfatiza.

Praia Sem Barreiras

O projeto foi lançado em 2013 pela Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur-PE), através da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), que disponibilizou na Praia do Sueste cadeiras anfíbias que possibilitam o banho assistido. A iniciativa tem o apoio da Administração de Fernando Noronha, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Oceanário e da Concessionária Eco Noronha.

Sobre o mercado italiano

A Itália é o 8º maior emissor global de turistas e o 3º maior da Europa. De acordo com dados do Anuário Estatístico de Turismo, em 2015, mais de 202 mil turistas italianos visitaram o Brasil. A maioria deles viaja sozinho ou com a família, busca por Sol e Praia, Cultura e Ecoturismo e as viagens normalmente são de luxo e lua de mel. Os brasileiros são vistos por este público como um povo alegre, simpático
e festeiro.

Fonte: Embratur

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05/07/2016

Brasília – Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MICS) na última sexta-feira (1º.), mostram que, no primeiro semestre de 2016, o Brasil obteve superávit de US$ 23,6 bilhões na balança comercial – valor dez vezes maior que o resultado apresentado no mesmo período do ano passado (US$ 2,2 bilhões). O crescimento do saldo comercial foi impulsionado principalmente pela queda de 27,7% das importações.

Apesar do resultado positivo no saldo da balança, o comércio externo do país tem apresentado forte desaceleração. Houve queda de US$ 29,6 bilhões na corrente de comércio do Brasil e retração de 4,3% nas exportações, conforme informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O governo tem destacado o comércio internacional como uma prioridade para a recuperação econômica do país. O agronegócio tem sido o setor que mais contribuiu para o saldo comercial positivo nos primeiros seis meses de 2016. O destaque pode ser observado na composição dos 10 principais produtos brasileiros exportados no período.

No primeiro semestre de 2016, esses produtos trouxeram ao Brasil US$ 41,6 bilhões em receita, 46% do valor total. Dentre esses, sete são do agronegócio, US$ 29,9 bilhões (33,2%) do total das exportações brasileiras.

No período, os destaques do agronegócio foram:

· Soja em grão, US$ 13,9 bilhões (+11%), aparecendo como o principal
produto exportado;

· Açúcar em bruto, US$ 3,1 bilhões (+19%), em 4º;

· Celulose, US$ 2,7 bilhões (+7%), em 7º,

· Carne bovina, US$ 2,2 bilhões (+6%), em 8º.

O crescimento das exportações de soja em grão tem sido puxado, principalmente, pelo aumento das importações chinesas. A demanda mundial pela oleaginosa está aquecida em consequência das perdas ocorridas nas safras do Brasil e Argentina, que geraram uma expectativa de baixa disponibilidade na próxima safra, estimulando sua compra no mercado internacional.

O aumento das exportações de açúcar também é influenciado pela valorização do preço mundial da commodity, devido a menor oferta e o aumento da demanda, o que deve gerar um déficit no ciclo atual. Outro fator que incentivou o crescimento dos preços foi a recente desvalorização do dólar em relação a moedas dos países produtores.

Apesar do menor crescimento da economia chinesa, a demanda por carne bovina de alta qualidade naquele país deve continuar aquecida no segundo semestre. Isso ocorre por que esse tipo de corte é demandado por consumidores de maior renda, que são menos influenciados pela desaceleração econômica.

A China, segunda maior economia mundial, foi o principal destino das exportações do Brasil no primeiro semestre de 2016, com receita de US$ 11,4 bilhões (17,2%). O país continua tendo um papel fundamental na balança comercial brasileira, principalmente em relação a demanda por produtos agropecuários.

Os dados apresentam um cenário com boas oportunidades para os produtores agropecuários do Brasil, principalmente devido à demanda aquecida e ao câmbio favorável. Desse modo, em 2016, o setor continua sendo um elemento chave para o desempenho da balança comercial do país.

Câmbio

Apesar da recente valorização do real – 19,9% no acumulado de 2016 – o câmbio tem contribuído para o aumento da competividade dos produtos brasileiros no mercado externo. De acordo com as expectativas do mercado, publicada no Boletim Focus (BCB), em 2016 a taxa de câmbio deverá encerrar o ano por volta de R$ 3,50.

Fonte: CNA

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04/07/2016

Enriquecido na fábrica da INB em Resende (RJ), o produto ainda precisa de autorização da Coordenação-Geral de Bens Sensíveis do ministério e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para completar o processo de exportação, o que deve ocorrer até o fim deste ano. As 4 toneladas serão divididas em três lotes, com teores de enriquecimento de 1,9%, 2,6% e 3,1%.

Além do Brasil, o urânio é enriquecido por outros 11 países. A tecnologia usada na unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento isotópico, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, autarquia gerida administrativa e tecnicamente pela Cnen.

Segundo o ministério, a exportação não afeta o abastecimento de combustível das centrais nucleares de Angra dos Reis (RJ). Atualmente, a Usina de Enriquecimento tem seis cascatas de ultracentrífugas em operação e atende a cerca de 40% das necessidades de Angra 1.

O acordo com a Argentina não envolve intercâmbio de conhecimento, uma vez que prevê a entrega de um produto pronto, mas abre essa perspectiva. A empresa estatal argentina Invap participa do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro, e os programas nucleares dos dois países são contemporâneos, iniciados na década de
1960.

Criada em 1988, a INB atua na cadeia produtiva do urânio, da mineração à fabricação do combustível que gera energia elétrica nas usinas nucleares. A empresa pública tem sede no Rio de Janeiro e também está presente nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e São Paulo.

Urânio

Marcelo Correia/Divulgação – INB

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O urânio é um mineral com propriedades físicas de emitir partículas radioativas, a radioatividade. Sua principal aplicação comercial é na geração de energia elétrica, como combustível para os reatores nucleares de potência.

Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e uma possível disponibilização do excedente para exportação. As reservas estão concentradas nos estados da Bahia, do Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.

A única mina de urânio em operação no Brasil está em Caetité (BA) e tem capacidade de produzir 400 toneladas de concentrado de urânio por ano. Em 2013, a produção mundial de urânio concentrado foi 70.330 toneladas.

Fonte: Agência Brasil

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“Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do Brasil em serviços. Embora já exista um comércio consolidado em diversos segmentos do setor,  há ainda um grande potencial para desenvolver outros segmentos que não alcançaram destaque no atual fluxo bilateral”, avalia Maia. Segundo os dados do Siscoserv, os serviços mais vendidos do Brasil para os EUA são os gerenciais, de consultoria gerencial, de relações públicas e de comunicação social,  com 14% do total das vendas brasileiras. Além disso, destacam-se, entre as dez posições com maior representatividade, serviços intensivos em conhecimento, como os serviços de consultoria, P&D e de Tecnologia da Informação (TI).

Desde esta segunda-feira (27/6) o secretário participa de encontros sobre comercio bilateral de serviços em Washington. “Tivemos discussões bastante interessantes tanto com representantes do setor público quanto do setor privado. Estivemos com empresas do setor de remessas expressas, varejo e tecnologia. Além disso, nos reunimos com integrantes de órgãos governamentais que tratam do setor de proteção ao consumidor, de privacidade de dados, tecnologia, entre outros. As conversas contribuíram muito para que possamos avançar na melhoria do ambiente de negócios no Brasil” disse Maia.

Nesta segunda-feira Marcelo Maia reuniu-se, também, com o secretário-adjunto de Serviços do Departamento de Comércio dos EUA, Ted Dean. Eles conversaram sobre as ações e os desafios do setor de serviços nos dois países e sobre a implantação de políticas públicas que possam impulsionar a competitividade dos serviços nos mercados interno e externo do Brasil e dos EUA. “Vamos trabalhar de forma conjunta com os EUA para incentivar ainda mais os fluxos bilaterais do comércio de serviços”, concluiu o secretário Marcelo Maia.

MDIC-DoC

A agenda do secretario com autoridades e empresas norte-americanas faz parte do Diálogo Comercial Brasil-EUA (MDIC-DoC), que é um dos principais mecanismos bilaterais coordenados pelo MDIC, implantado há dez anos. O último encontro foi em novembro de 2015, em Brasília e a próxima edição está marcada para esta quarta-feira (29/6), em Washington, quando será realizada a Reunião Plenária, onde serão relatados os resultados das discussões dos grupos de trabalho. Além do MDIC, Integram a missão brasileira aos Estados Unidos o MRE, a CNI, o INPI, e o Inmetro.

Fonte: MDIC

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27/06/2016

do economista Carlos Eduardo Cavalcanti, membro da MacroSector Consultores, em entrevista exclusiva ao portal IndustriAtividade.

A íntegra da entrevista é a seguinte:

P – A decisão dos britânicos de afastar a Grã Bretanha da União Europeia refletiu de imediato nas bolsas de valores do mundo todo. Em sua opinião, o movimento de retração foi pontual ou pode continuar pelos próximos dias?
R – Desde 2008 quando o mundo imergiu em uma crise financeira de proporções inéditas, os mercados, principalmente cambial e de ativos de risco, se tornaram mais voláteis, mais avessos aos acontecimentos econômicos incertos. Por isso, não causa espanto a forte desvalorização da Libra e a queda das bolsas de valores tão logo foi anunciado o resultado do referendo. Como os desdobramentos ainda não estão plenamente reconhecidos, a volatilidade se manterá por algumas semanas até que se compreenda melhor a decisão anunciada. É inerente ao comportamento desses mercados.

P – Do ponto de vista político/econômico, considerando as questões econômicas e migratórias que pressionam os membros do bloco, você acha que outros países deverão seguir o caminho tomado pelos britânicos?
R – Um dos aspectos mais relevantes para compreender a decisão do Reino Unido reside na performance da sua economia. Dados do FMI mostram que nos últimos três anos (2013-2015), o crescimento médio foi de 2,4%. Para uma Europa que ainda não se recuperou plenamente da crise de 2008 – afinal baixo crescimento e deflação são traços que acompanham a região -, isto tem aspecto relevante. Isto acaba tendo inclusive reflexos para a questão migratória. Por certo, não podemos esquecer que o tripé que sustenta a União Europeia está representado pela Alemanha, França e Reino Unido. Com a saída de um desses três atores, a fragilidade aumenta, motivando discussões internas em outros países sobre a saída do bloco. Pessoalmente, não acredito no “esfacelamento” da União Europeia nesse momento. Mas a discussão sobre a ameaça ao fim do bloco está na mesa.

P – Autoridades brasileiras, inclusive o ministro José Serra, manifestaram que esse afastamento pode trazer benefícios para o Brasil, visto que, separada das amarras da UE, a Grã Bretanha se tornará um mercado mais acessível para nossas empresas. Você também acredita na possibilidade de que nosso comércio (ainda incipiente) com os britânicos possa melhorar?
R – Para o agronegócio é uma oportunidade, sem dúvida. O Reino Unido não apresenta uma atividade agropecuária tão pujante (afinal é um conjunto insular) e, portanto, livre das amarras impostas pela União Europeia poderá oferecer maior acesso às nossas cadeias agrícola e de proteínas. Do ponto de vista dos produtos manufaturados, não vejo possibilidades de grandes conquistas para as empresas brasileiras. Em determinados nichos, é provável obter algum sucesso.  Vale ressaltar que o nosso intercâmbio comercial com o Reino Unido é baixo. As exportações brasileiras para a região representaram 1,52% do total em 2015. O que é bem diferente para o bloco. Em 2015, as nossas exportações para a União Europeia representaram 17,76% do total –percentual expressivo.

P – No que tange à União Europeia, você acha que a saída da Grã Bretanha do bloco poderá atrasar mais ainda as negociações comerciais com o Mercosul? Neste caso, o Brasil deveria adotar uma atuação independente com os países da UE?
R – A Grã Bretanha era uma das principais aliadas dessa aproximação. Certamente, a sua saída cria dificuldades para a negociação, mas não a inviabiliza completamente. Independentemente deste fato, a orientação do Itamaraty com o Ministro Serra tem sido diferente da gestão anterior. Além de direcionar esforços para as relações com o hemisfério Norte, o ministério vem intensificando esforços para ampliar as relações de comércio bilaterais.

Fonte: IndustriAtividade

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Durante investigações in loco nas empresas participantes, foram constatadas violações ao Compromisso de Preços. De acordo com a legislação, a empresa que violar os termos acordados perderá os direitos ao referido compromisso, sendo a ela aplicado o respectivo direito antidumping.

O ácido cítrico, classificado na Nomenclatura Comum do Mercosul nos itens 2918.14.00 e 2918.15.00, é utilizado como insumo na indústria alimentícia e de bebidas como acidulante; conservante e intensificador de sabor. Além disso, o ácido cítrico também é usado em produtos farmacêuticos e cosméticos, bem como em detergentes domésticos para lavar roupa, produtos para dar acabamento em metais, limpadores, produtos para tratamentos têxteis, entre outras aplicações industriais.

Fonte: MDIC

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Brasília – O Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas (MAFF) do Japão atualizou a norma que possibilitará ao Brasil exportar melão, caqui, frutas cítricas e novas variedades de manga para aquele país. O adido agrícola no Japão, Marcelo Mota, recebeu carta das autoridades fitossanitárias nipônicas informando sobre a necessidade de se
apresentar o plano de trabalho sobre os procedimentos oficiais e de responsabilidade dos exportadores.

O documento deve ter informações sobre o controle de pragas, incluindo a gestão de risco para algumas espécies de mosca-das-frutas.

Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o plano de trabalho deverá ser enviado ao Japão o mais breve possível para que em novembro – quando a norma entra em vigor – as garantias fitossanitárias estejam acordadas e os produtores brasileiros possam exportar as frutas.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa está coordenando as ações do plano de trabalho. “A aceitação das frutas brasileiras no Japão mostra a solidez do nosso sistema sanidade e certificação”, diz o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel.

O secretário substituto da SRI, Odilson Silva, comenta que o mercado japonês busca produtos de ótima qualidade e é altamente rentável para quem vende para lá. No ano passado, o Japão importou 25 mil toneladas de melão, o que equivale a cerca de US$ 27 milhões.

Em 2015, o melão foi a fruta brasileira mais exportada em volume (223 mil toneladas) e a segunda em valores (US$ 154,2 milhões). O produto foi vendido a vários países, como Reino Unido, Espanha, Itália, Irlanda, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Dinamarca, Chile, Rússia, França, Bélgica e Alemanha.

Fonte: Mapa

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23/06/2016

está sendo preparada pelo governo do presidente interino Michel Temer.

A ideia de cobrar contribuições à Previdência Social já era discutida durante o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, e foi abraçada pela equipe econômica do governo interino. O potencial, de acordo com o grupo de trabalho que estuda a reforma previdenciária, é de que a medida possa dobrar a contribuição do setor rural ao INSS, hoje de R$ 7 bilhões.

Sindicalistas que participam das discussões sobre a reforma previdenciária também defendem a medida como uma fonte de recursos capaz de amenizar a perda de direitos do conjunto completo dos trabalhadores.

As empresas exportadoras do agronegócio são hoje as únicas que têm sua mão de obra isenta, por lei, do pagamento da contribuição do INSS.

“Notícias publicadas ontem dizem que o governo quer mexer nisso. Não sei que área do governo pretende taxar o agronegócio de exportação na alíquota do INSS ou coisa parecida. Não posso concordar com isso, nós não podemos concordar”, disse Maggi durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.

Acrescentou ter se reunido ontem (22) – por mais de quatro horas – com Temer e outros ministros do setor produtivo para discutir propostas que possam injetar entusiasmo na economia, sem nenhuma menção à sugestão de taxar INSS ao agronegócio.

“Ontem, nessa reunião com todos os ministros dessas áreas [produtivas], ninguém deu essa sugestão. Isso não é um entusiasmo, é um balde de água fria em todo mundo”, afirmou.

Venda de ativos da Conab

Maggi disse que o governo pretende vender ativos de armazenamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e reduzi-la ao papel de regulador do mercado. “A Conab vai ficar mais na regulação e comprar armazenagem do setor privado, quando precisar”, disse ele.

O ministro defendeu, ainda, a proposta de expandir a permissão para que cidadãos estrangeiros comprem terras no Brasil. Hoje, a compra de terras por estrangeiros é limitada por lei. Blaggi viaja em breve para os Estados Unidos, onde afirmou que assinará o acordo para a abertura dos mercados de carne entre os dois países.

Fonte: Agência Brasil

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24/06/2016

Em declaração ao país, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a sua demissão. Ele deve deixar o cargo em outubro. Cameron sempre se posicionou favoravelmente à permanência do Reino Unido na UE e, durante os meses que antecederam o referendo, afirmou que o Brexit – união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída, em inglês) – poderia trazer graves consequências econômicas para o país.

“O povo britânico votou para deixar a União Europeia, e sua vontade deve ser respeitada. A vontade do povo britânico é uma instrução que deve ser entregue. Será necessária uma liderança forte e empenhada”, disse David Cameron, ressaltando que outra pessoa deve liderar o processo de transição.

A taxa de participação no referendo foi de 71,8%, a maior em votações no Reino Unido desde 1992.

Nigel Farage, líder do partido Ukip e defensor do Brexit, afirmou ser o “dia da independência” do Reino Unido.

A Inglaterra e País de Gales votaram fortemente a favor da saída, enquanto cidadãos da Escócia e da Irlanda do Norte optaram pela permanência no bloco. Em Londres, 60% dos votos foram pela permanência na UE. No entanto, em todas as outras regiões da Inglaterra, a maioria votou pela saída.

O Reino Unido é o primeiro país a sair da União Europeia desde a sua criação, mas a decisão não significa que ele deixará imediatamente de ser membro da UE. Esse processo pode demorar dois anos, de acordo com o Tratado de Lisboa.

“Os tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado em causa a partir da data de entrada em vigor do acordo de saída ou, na falta deste, dois anos após a notificação, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-Membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse prazo”, diz o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

Após o resultado do referendo, a libra caiu para o nível mais baixo em relação ao dólar desde 1985. Em declaração hoje de manhã, Mark Carney, o governador do Banco da Inglaterra, prometeu a liquidez necessária às instituições para que a crise política que começa agora, com a saída de David Cameron, não se torne uma crise financeira. Carney garante que há 250 bilhões de libras em fundos para assegurar o funcionamento dos mercados.

Fonte: Agência Brasil

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Quase três anos depois, Roberto Azevêdo, que foi eleito por ser um “construtor de consenso”, conseguiu destravar a agenda do comércio internacional. Em entrevista exclusiva à Agência CNI de Notícias, ele defende o papel da OMC para o bom andamento da economia mundial. Azevêdo explica que a organização dá transparência às regras e permite aos países monitorar as práticas comerciais uns dos outros. Além disso, diz, regras globais dão mais eficiência para a economia e beneficiam particularmente as pequenas e médias empresas.

Até dezembro de 2015, mais de 400 acordos regionais e bilaterais estavam em vigor. E, recentemente, os Estados Unidos concluíram a Parceria Transpacífico, com outras onze economias, criando um bloco que representa 40% do PIB e 30% da corrente de comércio mundial. Essas negociações preocupam os países que ficaram de fora do mega-acordo, como o Brasil, pelo impacto na agenda global de negociações de bens, serviços, investimentos e até de pessoas e informações. Mas Roberto Azevêdo tranquiliza: “nenhum acordo regional tem a capacidade de substituir a OMC”. E complementa: “soluções encontradas em acordos regionais podem servir de inspiração para um debate global”. Confira a entrevista completa:

Agência CNI de Notícias – Como o senhor avalia o atual papel da OMC?

Roberto Azevêdo – Ela tem um papel fundamental para a economia global, afinal, reúne 162 países em torno de um conjunto de regras comuns, que ajudam a dar previsibilidade ao comércio internacional. Acredito que, se a OMC não existisse, ela teria de ser inventada. Além disso, ela é cada vez mais importante para solucionar disputas comerciais entre países – mais de 500 casos já foram trazidos à Organização – e é fundamental para permitir que os países membros monitorem as práticas comerciais dos demais, algo muito importante para a transparência em nível global. Nos últimos anos, a OMC tem se mostrado capaz de viabilizar novos acordos comerciais. Finalizamos, em 2013, o Acordo sobre Facilitação de Comércio, que vai reduzir os custos das transações comerciais em 14,5%, em média. Em 2015, concluímos um acordo sobre bens de tecnologia da informação que eliminará tarifas sobre um comércio de US$ 1,3 trilhão por ano. Além disso, fechamos um acordo para eliminar a prática de concessão de subsídios à exportação de produtos agrícolas. Ou seja, a OMC voltou a ser um foro que viabiliza a conclusão de acordos comerciais e acredito que há mais interesse nela em função desses sucessos recentes.Temos que aproveitar
este momento positivo para que ela possa entregar mais resultados, em menos tempo.

Agência CNI de Notícias – A estrutura da governança de comércio tem passado por muitas transformações, com a negociação de mega-acordos regionais e o crescimento de acordos bilaterais, o que tem desafiado a OMC. Como a organização encara esse desafio?

Roberto Azevêdo – O sistema multilateral de comércio, hoje sob o guarda-chuva da OMC, sempre coexistiu com acordos regionais. Nenhum acordo regional tem a capacidade de substituir a OMC.  O desafio não decorre da conclusão de acordos regionais, mas sim da falta de progresso das negociações na organização, o que durou vários anos. Isso começou a mudar mais recentemente, com os acordos de Bali (2013) e Nairóbi (2015). Mas a OMC tem que avançar com mais velocidade, e pode inclusive se beneficiar de discussões que estão ocorrendo em outros foros. Às vezes, soluções encontradas em acordos regionais podem servir de inspiração para um debate global. Isso, aliás, não seria novidade. As próprias regras da OMC foram em parte baseadas em acordos existentes ou que estavam sendo negociados à época. De maneira geral, é importante ter presente que a multiplicidade de regras em diferentes acordos regionais aumenta os custos para negócios, especialmente para as empresas de pequeno porte. Regras globais trariam mais eficiência para a economia mundial, beneficiando particularmente pequenas e micro empresas (PMEs) e países que não fazem parte dessas negociações regionais. O nosso desafio é fazer o multilateral mais ágil, mais dinâmico.

Agência CNI de Notícias – Como os mega-acordos podem impactar na regulação multilateral?

Roberto Azevêdo – Recentemente, realizamos um estudo que mostra que acordos regionais têm, no seu DNA, na sua estrutura, as regras da OMC. Ou seja, acordos regionais partem da base já existente na organização e avançam a partir daí. Isso ocorre nos temas já cobertos pelos acordos da OMC, como barreiras técnicas e medidas sanitárias e
fitossanitárias. Já nos temas em que praticamente não há regras multilaterais – como economia digital, por exemplo – os acordos regionais com frequência não têm uma base comum. Mas começamos a notar que, cada vez mais, países querem discutir esses temas também na OMC. Vejo interesse crescente para avançarmos no marco regulatório de alguns temas de interesse global. Tenho ouvido falar, por exemplo, em comércio eletrônico, PMEs, facilitação de investimentos, facilitação na área de serviços, subsídios à pesca, entre outros.

Agência CNI de Notícias– A diplomacia brasileira sempre apostou no multilateralismo. Como fica agora que a inserção via multilateralismo não é a principal estratégia?

Roberto Azevêdo – Na visita ao Brasil conversei com autoridades e estou convencido da importância que elas atribuem à OMC. Em primeiro lugar, há o reconhecimento da relevância dos acordos concluídos recentemente na organização. Além disso, há perspectivas de que se consiga fazer mais no curto prazo. Finalmente, vale ressaltar que as negociações na OMC não ocorrem em detrimento de outras negociações, regionais ou bilaterais. Praticamente todos os países do mundo negociam em várias frentes ao mesmo tempo. Faz sentido que o Brasil busque oportunidades comerciais onde elas existam. Não há uma escolha a fazer – um país como o Brasil pode ganhar em negociações em diferentes formatos que ocorram em paralelo.

Agência CNI de Notícias – Se a ALCA e o acordo MERCOSUL-UE fossem lançados hoje, provavelmente seriam chamados também de acordos megarregionais. Nesse sentido, o Brasil errou em não ter avançado nessas negociações quando poderia? Nós perdemos uma década dessa agenda?

Roberfto Azevêdo- Essa é uma avaliação que apenas o setor privado e o Governo brasileiro podem fazer. O importante é que essa vertente negociadora permanece disponível e pode ser explorada com mais afinco e determinação. Se os dois lados estiverem verdadeiramente prontos e dispostos a negociar, resultados expressivos podem ser alcançados num futuro próximo.

Agência CNI de Notícias – Como o Brasil pode tirar o máximo proveito da OMC?

Roberto Azevêdo – O Brasil já é um dos principais usuários do sistema de solução de controvérsias da organização, e continua muito ativo nesta área. Historicamente, o país obteve vitórias muito importantes para vários setores, como o de aviões, carnes, suco de laranja, açúcar e algodão. Aliás, o Brasil foi o país que se beneficiou da maior compensação financeira da história da OMC, ao vencer o contencioso do algodão e garantir ao setor privado cerca de US$ 1 bilhão em compensação. Além disso, o Brasil se beneficiou muito dos acordos recentes da OMC, como o Acordo de Facilitação de Comércio e a decisão para eliminar subsídios às exportações agrícolas. Olhando adiante, o
país pode se beneficiar ainda mais promovendo, em nível global, entendimentos sobre temas de interesse.

A discussão sobre subsídios domésticos na área agrícola, por exemplo, tem grande importância ao Brasil, e este tema apenas pode ser tratado na OMC, porque exige a participação de um grupo amplo de países que tem apenas na entidade um foro comum. O Brasil também pode se beneficiar da discussão, no plano global, de marcos regulatórios para temas de seu interesse, como comércio eletrônico e PMEs. É muito positivo que o comércio exterior receba cada vez mais atenção no Brasil, e acredito que a OMC pode contribuir para que o país aumente sua inserção externa.

Agência CNI de Notícias – O que falta para o Brasil ampliar sua participação no comércio internacional?

Roberto Azevêdo – Para as exportações, competividade é o elemento chave. E nessa equação entram muitas variáveis, incluindo custos tributários, infraestrutura, câmbio, ambiente regulatório, capacidade de inovação, de gestão etc. A política comercial precisa contribuir para este esforço. Conclusão de acordos comerciais, questionamento de barreiras indevidas, promoção comercial – todos esses elementos precisam estar alinhados. E é importante lembrar que inserção internacional é uma via de mão dupla – envolve exportação e importação, sem falar em fluxos de investimentos nos dois sentidos. É preciso haver a convicção do setor privado, do governo e da opinião pública em geral de que a inserção internacional é fundamental para competitividade da economia no médio e longo prazos. Nenhum modelo autocentrado prosperou por muito tempo. O comércio e a abertura para o mundo precisam fazer parte da estratégia do país e das empresas brasileiras.

 Fonte: CNI

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23/06/2016

Ele destacou que a corrente comercial cresceu até ultrapassar os US$ 300 milhões anuais em 2008, mas depois passou a oscilar e no ano passado ficou abaixo dos US$ 250 milhões. “Há potencial para chegar a US$ 500 milhões, estamos na metade disso”, declarou Luz.

Entre os empresários com quem o embaixador se reuniu recentemente está o presidente do grupo TAG-Org, Talal Abu-Ghazaleh. “É o maior escritório de patentes do mundo, com cerca de 100 mil clientes, sendo mais de mil no Brasil”, disse Luz. Apesar dos clientes brasileiros, a empresa não tem presença física no País, mas quer ter no futuro.

Além da área de propriedade intelectual, a companhia tem interesse principalmente em investir no setor de educação, no qual também atua fortemente, possivelmente em parceria com alguma instituição brasileira. “Entre os Brics, o Brasil é único país em que eles não têm uma filial”, afirmou o diplomata, referindo-se ao bloco que reúne
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Luz fez contatos também com executivos de outros grandes grupos empresariais jordanianos, como o Manaseer, holding que reúne 19 companhias de diferentes setores; Hikma, do ramo farmacêutico; e Hammoudeh, de alimentos.

Para o Manaseer, a embaixada brasileira ajudou a organizar este ano uma visita a São Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo o embaixador, a empresa quer importar máquinas agrícolas, tratores para terraplanagem e caminhões betoneira, e estuda abrir um escritório no Brasil. “Se eles forem [se instalar no Brasil], outros [empresários] vão segui-los”, comentou o embaixador, destacando a força do grupo na Jordânia.

Já a indústria Hikma avalia adquirir alguma empresa brasileira da área de medicamentos genéricos, ou formar uma joint-venture com parceiros brasileiros neste setor. “Eles procuram um laboratório de genéricos no Brasil para comprar”, ressaltou o diplomata.

Segundo Luz, apesar da recessão no Brasil, para os empresários jordanianos o momento é de oportunidades. “Eles estão vendo [a situação no País] como ideal para investir, em função dos custos baixos”, disse. O fraco desempenho da economia e a valorização do dólar frente ao real deixaram os ativos brasileiros mais atraentes aos estrangeiros.

Comércio

O embaixador citou outros fatos ocorridos recentemente que podem incentivar o aumento dos negócios bilaterais, entre eles a decisão do governo jordaniano de reduzir de 25% para 10% o imposto de importação sobre o frango congelado para uso na indústria alimentícia. As carnes de frango e bovina são os principais produtos exportados do Brasil ao país árabe.

Além disso, a Jordânia decidiu liberar a importação de gado vivo brasileiro após um período de interrupção, e os negócios nesta área deverão se retomados em breve.

Luz espera também o aumento do comércio na área automotiva depois que a Mercedes-Benz decidiu abastecer o mercado de caminhões médios do Oriente Médio com veículos produzidos no Brasil, conforme a ANBA noticiou no mês passado.

Na mão contrária, o embaixador vê oportunidade de crescimento do comércio de fertilizantes, uma vez que a Jordânia produz fosfato e potássio e o Brasil é grande importador.

Fonte: ANBA

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09/06/2016

São Paulo –  Com o mercado interno desaquecido, as empresas fabricantes de motocicletas se voltam para o mercado  externo e no mês de maio as exportações do setor totalizaram 5.606 unidades, uma expansão de 36% em relação ao mês de abril. Em comparação como mesmo mês de 2015, a elevação foi de 53,5%.

De acordo com dados divulgados hoje (8) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o número de motocicletas vendidas pelas concessionárias em maio foi de 76.644 unidades, um recuo de 27,36% em relação ao mesmo mês do ano passado.  com um dia útil a mais do que maio de 2015, a média diária de vendas no quinto mês deste ano apresentou retração de 30,8%, passando de 5.274 para 3.650 motocicletas. Na comparação com abril, o total de vendas no mês teve recuo de 3,8%.

Os dados da Abraciclo mostram ainda que a produção também caiu. Em maio, saíram das linhas de montagem 92.308 unidades, uma retração de 20,5% em relação ao mesmo mês de 2015. No entanto, o resultado representa uma alta de 46,4% em relação a abril.

“Em abril, ocorreu um forte ajuste na produção para que ficasse adequada ao mercado. Em maio, a produção retornou a patamares suficientes para atender a demanda e recompor os estoques que estavam abaixo das necessidades para alguns modelos”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

 (*) Com informações da Agência Brasil

 

2016-06-06 13.52.06Jonas Rama (*)

O acesso aos mercados estrangeiros via comércio exterior é um dever dos produtores nacionais diante da retração da demanda nacional e da ausência de indícios de retomada do crescimento econômico a curto prazo.Os executivos de pequenas e médias empresas brasileirascontinuarão enfrentando muitos desafios e encontrandopoucas oportunidades em 2016. Certamente a principal e mais tangível oportunidade da atual crise é a desvalorização do Real, conveniente para a necessidade incontornável de explorar os mercados internacionais.

Após anos de taxa de câmbio sobrevalorizada, que extraia a competitividade de nossos produtos, os indicadores macroeconômicos apontam ao menos três anos de câmbio competitivo para os produtos nacionais. No entanto, para competir no mercado internacional a vantagem cambiária não é suficiente. Com preparo e assessoria de professionaisespecializados em acesso aos mercados internacionais, começar a exportar para os parceiros regionais como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Peru ou mercados tradicionais como os Estados Unidos e a União Europeiase torna um processo mais eficiente e ágil do que muitos imaginam.

Por onde começar?

O passo inicial é definir o mercado de interesse. Antes de tentar mercados mais exóticos e distantes, recomenda-se que se inicie por mercados tradicionais ou regionais. Neste sentido dois mercados merecem destaque para os empresários brasileiros com intenção de exportar seus produtos – União Europeia e Argentina.

Há muitas razões para que o Brasil assine a médio prazo, unilateralmente ou como Mercosul, um tratado de livre comércio com a União Europeia, portanto é fundamental que as pequenas e médias empresas brasileiras se preparem desde já para este possível acesso ao enorme mercado europeu. A União Europeia com seus vinte-oito países membros forma o maior mercado comum do mundo com aproximadamente 500 milhões de consumidores.

Trata-se de mercado com harmonização avançada de regras, altamente competitivo e regulado com severas leis contra monopólios, praticas anti-concorrenciais, domínio de mercado, acordos de fixação de preços. Mercado comum composto por consumidores de variados níveis de renda, preferencias e grupos etários, apresentando oferta elevada, altíssima concorrência e alta diversificação de produtos.

As oportunidades associadas ao mercado argentino surgem a partir do novo governo doPresidente Mauricio Macri que eliminou as muitas barreiras não tarifárias, como por exemplo, as licenças de importação implementadas durante os dois mandatos da ex-presidente Cristina Fernandez Kirchner (as exportações brasileiras de produtos manufaturados foram afetadas por medidas protecionistas discricionárias adotas entre 2012 e 2015). Outra oportunidade para os produtores brasileiros é a taxa de câmbio bilateral que pela primeira vez desde 2003 favorece os produtos brasileiros.

Preparando o terreno

Preparar-se para alcançar o acesso a mercados internacionais passa necessariamente por cinco etapas de execução:

1. Estudo de viabilidade de mercado;

2. Identificação da documentação exigida, barreiras tarifarias e não-tarifarias;

3. Análise de riscos e competitividade de seu produto vis-à-visaos concorrentes;

4. Triagem de parceiros locais e formulação de estratégia de entrada;

5. Realização de testes e preparação de documentação.

O estudo de viabilidade de mercado apresenta asíntese dos mais importantes indicadores econômicos, tecnológicos, sociais e políticos. Certos indicadores econômicos e tecnológicospermitem estimar asperspectivas futuras das variáveis macroeconômicas chaves para o crescimento econômico como um todo, do mercado consumidor local e o crescimento potencial de um determinado segmento de mercado, assim como o seu nível de competitividade e inovação.

Os indicadores sociais apresentam o nível geral do consumidor em termos de hábitos e tendências de consumo associados ao estilo de vida,nível educacional, tendências demográficas do mercado consumidor em termos de crescimento e grupos etários e socioeconômicos. Os indicadores políticos tratam de apresentar cenário demanutenção ou mudanças das regras do jogo, regulamentação de mercados, normatização de produtos. O estudo de viabilidade também identifica e estima riscos políticos, econômicos e comerciais extraordinários.

Na segunda etapa o fundamental é entender o funcionamento completo do mercado do ponto de vista de sua regulamentação para que todos os documentos exigidos sejam corretamente providenciados.O direito aduaneiro regula e controla a entrada e circulação de mercadorias vindas do exterior, contemplando tarifas, impostos e taxas que incidem sobre produtos importados, assim como mecanismos de controle e regulação não tarifários como, por exemplo, cotas, medidas antidumping e salvaguardas, regras fitossanitárias para produtos agrícolas e de origem animal, regras meio-ambientais e técnicas, restrições e licenciamentos de importação, entre outras.

Também se deve levar em contaas regras de origem assim como os Sistemas de Preferências Generalizadas e Acordos de Comércio Preferencial (como por exemplo as áreas de livre comercio e uniões aduaneiras). Nesta etapa lista-se também os formulários, taxas e documentos exigidos para o envio e entrada de produtos ao destino. Finalmente, deve-se estudar as regras e procedimentos para estandardização, qualidade, informação contida em etiquetas e rotulagens e acreditação pelos órgãos competentes de países ou mercados comuns.

A terceira etapa do processo de execução para acesso a outros mercados é a análise de riscos e competitividade de seu produto vis-à-visaos produtos disponíveis no mercado almejado. Trata-se de exercício crítico para uma entrada bem sucedida, pois visa o cálculo de custos estimados de internalização do produto e a identificação do segmento de mercado alvo e possíveis canais de distribuição e associações com agentes locais.

Nesta etapa estima-se os investimentos necessários para adequação ou ampliação da capacidade produtiva para acesso e crescimento no novo mercado. Enfim, mas não menos importante, faz-se necessário o cálculo de custos e riscos implícitos entre as opções e canais de financiamento, garantia e seguroe possíveis estruturações em operações de comércio exterior.

A partir de toda informação levantada e analisada nas três etapas descritas acima são traçadasas possíveis estratégias de entrada, seus custos, riscos e probabilidade de sucesso em um determinado espaço de tempo. Um relatório final indica se um dado produto esta apto para um determinado mercado segundo suas regras de entrada, custos de internalização e distribuição ou aponta quais seriam as modificações e investimentos necessários para uma entrada exitosa. Uma vez que as condições para entrada são ideais inicia-se o contato e negociação com possíveis compradores e agentes locais de importação, distribuição ou representação do produto. Formula-se então um plano de ação e execução.

O passo final é a preparação da documentação necessária, elaboração de rótulos e etiquetas com informações exigidas em inglês e/ou outros idiomas, e envio de amostras para realização de testes de qualidade e estandardização.

Todos os serviços de prospecção, análise e execução necessários para uma bem sucedida entrada em mercados internacionais são oferecidos pelos especialistas que constituem a equipe multidisciplinar da Barral MJorge Consultores Associados. A exploração de oportunidades em novos mercados por parte de pequenas e médias empresas deve ser bem fundamentada e portanto contar com suporte e assessoria de profissionais com experiência prática nos mercados almejados, garantido assim o retorno sobre o tempo e capital investidos eo êxito nas operações de comércio exterior.

(* ) Jonas Rama é um experiente analista econômico e financeiro especialista em estudos de mercado e de viabilidade em mercados emergentes, particularmente na América Latina. Entre 2008 e 2012, Jonas foi economista na Ecolatina, consultoria em economia e negócios localizada em Buenos Aires, Argentina. Atualmente, é consultor em Estratégia de Mercado e Desenvolvimento de Negócios na unidade de Inteligência de Mercado da Barral M Jorge, em Paris, França. A área inclui a identificação de oportunidades de negócios, planejamento estratégico de mercado e projeção de receitas. Jonas é doutorando na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (França), Mestre em Economia pela Universidad de Buenos Aires (Argentina) e Bacharel em Economia pela Portland State University (EUA).

Texto disponível na revista Boletim BMJ, edição n04.

09/06/2016

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(*) Leo Resende

Para superarmos esse momento que estamos vivendo no Brasil as empresas  precisam de Trader Internacional com experiência em vendas para outros países afim de alavancar as exportações (para aumentar as vendas para o mercado externo). Diversos aspectos devem ser observados por aqueles que participam das atividades de comércio exterior, e especialmente das operações de exportação. Entre outras sublinharia:

A) Diversificação de mercados;

B) Economia de Custos (Economia de Escala)

C) Aperfeiçoamento administrativo (os produto e as pessoas internacionalizadas)

D) Incentivo Fiscais e Financeiros

2) Seleção de Mercados ?

A) O que exportar ?

Pode em princípio, gerar resposta imediata, embora não ideal: os produtos da empresa.

Se a empresa tem uma linha muito variada de produtos, a tentativa de exportar todos eles pode representar resultados  não desejáveis, além de dificultar o controle do real resultado da exportação.

B) Para onde exportar ?

É relativamente segura a decisão de buscar dados estatísticos, que espelham as experiências de outras empresas exportadoras brasileiras, de produtos similares ou idênticos, para a definição dos rumos de uma atividade comercial.

Não se pode permanecer alheio ao fato de que, ao se procurar vender um produto internacionalmente, sem a utilização de uma prévia pesquisa cientifica, restarão à empresa apenas duas alternativas:

 B.1) O pioneirismo; ou

B.2) O aproveitamento das experiências acumuladas por outros que já operam naquele mercado, comercializando produtos similares ou concorrentes.

C) Como exportar ?

 Mecanismos para utilizar todas as modalidades de exportação permitidas pela legislação brasileira,  ou seja, a exportação direta, indireta e a venda equiparada à exportação via  ” Trading Company” ou Trader.

3) Quais são os procedimentos básicos para uma empresa exportar ?

 Primeiramente a empresa localizar dentro do banco de estatísticas do comércio exterior chamado Aliceweb2  www.aliceweb2.mdic.gov.br ou AlicewebMercosul www.alicewebmercosul.mdic.gov.br para que países os produtos dos seus concorrentes estão sendo envidos nos últimos tempos.

Após levantamento para que países os produtos de seus concorrentes estão sendo envidos, deve-se prospectar clientes e oportunidades comerciais e divulgar seus produtos nos sites: do Ministério das Relações Exteriores – MRE, Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior – MDIC, Apex-Brasil, Investe SP, PEIEX, Fiesp, Sebrae e  nas Câmaras de Comércio ou quando da participação da empresa em Feiras Internacionais, Rodadas de Negócios  e Missões Comerciais para outros países ou por ocasião da vinda de empresas estrangeiras ao Brasil.

Assim que levantar alguns possíveis clientes deve-se criar um formulário chamado Proposta Comercial Internacional, afim de oferecer seus produtos. Nesse formulário deve-se conter a descrição da mercadoria, modalidade da venda, condição de pagamento, embalagem, volumes mínimo e máximo, transporte interacional, preço, prazo de entrega, validade da cotação, etc e enviar para os vários possíveis clientes pros.

Após os clientes  responderem  à sua proposta comercial com algumas modificações ou aceitando-a inegralmente terá início a fase da negociação entre o exportador e o importador que só será encerrada quando o importador enviar uma ” Purchase Order  – PO” traduzindo: Pedido de Compra para o exportador e se não houver nenhuma divergência na PO no que foi negociado entre as partes  o exportador responderá com uma “Proforma Invoice” traduzindo: Conformação da Venda.

A fase comercial se encerrará quando o exportador tiver em suas mãos a importância relativa  à venda internacional ou estiver de posse das garantias reais (Carta de Crédito).

Nesse momento deve-se nomear um despachante aduaneiro para ajudá-lo  nas rotinas da exportação.”

(*) Trader Internacional

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06/06/2016 
Da Redação (*)
Brasília – O diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores, Rodrigo de Azeredo Santos, fará visita oficial a Teerã entre os dias 10 e 13 de junho. Sua viagem faz parte do esforço brasileiro em reforçar contatos com o setor privado e governamental iraniano para impulsionar as relações econômicas e comerciais entre os dois países, conforme orientação do ministro José Serra.
Durante a visita, serão exploradas novas oportunidades para o exportador brasileiro, bem como para investimentos iranianos no Brasil, dentro do compromisso entre os dois governos de renovar e ampliar a parceria bilateral. Também se buscará avançar nos entendimentos sobre financiamentos e garantias às exportações brasileiras para o mercado iraniano.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o intercâmbio comercial Brasil-Irã, em 2015, foi de US$ 1,6 bilhão, registrando queda de 29,5% em comparação com 2011, quando as trocas bilaterais chegaram ao valor de US$ 2,3 bilhões.
Os governos brasileiro e iraniano desejam elevar o patamar do comércio bilateral ao nível de 2011,quando as exportações brasileiras totalizaram US$ 2,332 bilhões e as venas iranianas ao Brasil somaram apenas US$ 35 milhões,  para, em um segundo momento, atingir a cifra de US$ 5 bilhões.
As exportações brasileiras ainda estão concentradas em alimentos (carnes, milho e açúcar), mas há grande potencial em setores como equipamentos de transporte, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos, equipamentos para o setor de petróleo e gás e implementos agrícolas.
Este ano, de janeiro a maio, o Brasil exportou para o Irã mercadorias no total de uS$ 766 milhoes (uma alta de +23,85% sobre o mesmo período de 2015) e importou produtos iranianos no montante de US$ 7,7 milhões.
(*) Com informações do Itamaraty
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“Temos que buscar mais acordos comerciais”, afirma Daniel Godinho, secretário do MDIC
 02/06/2016
São Paulo – Ao participar da abertura da segunda Conferência Anual de Comércio Internacional, na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho, avaliou que “existe um grande espaço para ampliar a inserção do Brasil no comércio internacional e uma das maneiras de se fazer isso é por meio da negociação e da conclusão de acordos comerciais”. Segundo Godinho, a posição do Brasil na rede de acordos de comércio ainda está aquém do que poderia ser conquistado.
A respeito dos chamados mega-acordos – como a Parceria Transpacífica  (TPP), assinada em 2015 por 12 países – , que foram o tema principal da conferência, o secretário lembrou que, dentro da visão pragmática adotada pelo Brasil, os novos acordos representam uma oportunidade.
“Temos que perceber o que acontece no mundo e usar isso como incentivo às nossas políticas de negociação. Todos os países estão movendo as suas peças nesse tabuleiro do comércio internacional e nós temos que fazer o mesmo”. Assim, segundo o secretário, “o acordo entre o Mercosul e a União Européia torna-se mais oportuno e relevante quando temos um TPP entrando em vigor em alguns anos”, disse,  citando o mega-acordo que trata de tarifas, investimentos, serviços, compras, convergência regulatória, disciplinamento de relações trabalhistas e aspectos de conservação do meio ambiente
Na frente multilateral, o secretário defendeu que o Brasil reforce sua participação na Organização Mundial de Comércio (OMC), que, segundo ele, continua tendo importância fundamental para o comércio internacional e é o foro adequado para discutir diversos temas de importância para o Brasil, como os subsídios.
Godinho citou como exemplo a conclusão do acordo para eliminação dos subsídios à exportação de produtos agrícolas, em dezembro de 2015, na Conferência ministerial da OMC, em Nairóbi, que teve grande importância para aumentar a competitividade das exportações de produtos agrícolas brasileiros, por meio da eliminação de uma das maiores distorções de mercado.
Outro exemplo, segundo o secretário, foi a conclusão do Acordo sobre Facilitação do Comércio, em dezembro de 2013,  na 9 ª Conferência Ministerial da Organização Mundial de Comércio em Bali, Indonésia, que foi relevante para a simplificação e a desburocratização dos procedimentos relacionados ao comércio exterior.
“Sob o ponto de vista de quem trabalha para facilitar e simplificar o comércio exterior no Brasil, posso dizer que o fato de termos um acordo é fundamental para colocarmos em prática as reformas. Sem o acordo de Bali nossos esforços de facilitação, concentrados no Portal Único de Comércio Exterior, projeto de janela única no Brasil, seriam muito mais difíceis”.
Mais acordos
O secretário também citou os resultados da mudança de postura do Brasil, que começou a adotar uma estratégia “mais agressiva” desde o ano passado. Foram assinados sete Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com México, Chile, Colômbia, Peru, Angola, Moçambique e Malaui.
Além disso, o país está negociando novos avanços com outros parceiros. “Recentemente, assinamos nosso primeiro acordo de compras governamentais da história, com o Peru. A partir deste acordo as licitações peruanas estarão abertas para as empresas brasileiras que exportam bens e serviços. E já estamos negociando novos acordos nessa matéria com outros países”, disse.
“Com o México estamos negociando um acordo de livre comércio com todos os temas e nos aproximamos muito dos EUA com quem firmamos acordo bilateral de convergência regulatória, que é a principal barreira para acesso dos produtos brasileiros ao mercado norte-americano. Vamos aos EUA em breve para anunciarmos mais resultados nessa área”, completou.
Em relação ao Mercosul, o secretário de Comércio Exterior disse que “com o apoio da Argentina, estamos tentando fazer propostas de redesenho do Mercosul, trazendo novos acordos pra dentro do bloco. Acordos de investimentos, inclusive, e também sobre compras governamentais”. A respeito do acordo Mercosul-União Europeia, Godinho disse que sob a liderança do Brasil, as negociações estão avançando. A troca de ofertas entre as partes, incluindo bens, compras públicas, investimentos e serviços, ocorreu dia 11 de maio.
Também participaram da abertura da conferência, o embaixador e presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp, Rubens Barboza, o professor da Georgetown Law School, Michael Gadbaw, e o diretor-executivo do FMI, Otaviano Canuto.
Fonte: MDIC
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Empresa de cosméticos de Minas Gerais foca países árabes após iniciar operação nos Emirados
02/06/2016
São Paulo – A Ideal Cosméticos acaba de entrar no mercado dos Emirados Árabes Unidos. Os produtos da empresa de Minas Gerais chegaram no último mês ao país do Golfo, após a indústria ter fechado um contrato com uma trading local para distribuir seus cosméticos em salões e spas de lá.
“Fizemos um planejamento passo a passo para expandir a linha (vendida aos Emirados). Começamos com produtos de estética, como cremes de massagem corporal, e um pequeno portfólio de produtos de manicure, com itens para tratamentos de unhas, cremes e esfoliantes”, conta Fábio Lemos, diretor comercial da marca, explicando que a entrada dos cosméticos da Ideal nos Emirados irá acontecer de forma gradual.
“Agora, temos um planejamento de começar a fazer a distribuição em salões e spas e, futuramente, ir para o varejo. Nossa projeção é de, até o final do ano, estar em cerca de 400 a 500 salões e clínicas”, diz o executivo sobre os negócios nos Emirados.
Com foco nas oportunidades que o marcado árabe oferece, a empresa participa desde 2014 da feira Beautyworld Middle East, a maior do setor de beleza, que acontece anualmente em Dubai.
“Vale muito a pena, porque a feira concentra pessoas não só do Golfo, mas também da África, que é um mercado no qual as empresas brasileiras geralmente não participam de eventos”, diz Lemos.
Ele também aponta outros países árabes nos quais a Ideal tem interesse em entrar. “Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Catar têm boas possibilidades. No Norte da África, o Sudão, onde parece que vamos fechar algo ainda esse ano para lá”, revela.
Para o diretor, o mercado árabe é “muito estratégico”. “É um mercado muito grande, maduro e que precisa de paciência e tempo. É preciso estar bem preparado na parte regulatória porque eles são exigentes. É um mercado que tem um potencial fantástico”, destaca.
Segundo o executivo, a empresa tem capacidade de produzir de 40 milhões a 50 milhões de unidades de cosméticos por mês. O portfólio de produtos da Ideal é extenso e inclui itens como bases e óleos, removedores de esmaltes, talcos, cremes hidratantes, descolorantes, aromatizantes, glitter para unhas, xampus e géis, entre outros.
Hoje, apenas 5% dos cosméticos produzidos pela Ideal vão para o mercado externo, mas a empresa faz planos de aumentar este número. “A intenção é que as exportações representem, nos próximos cinco anos, 20% da produção da empresa”, afirma Lemos. Atualmente, indústria vende para sete países na América Latina, África e Oriente Médio.
 Fonte: ANBA
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Mercedes-Benz passa a exportar para países árabes caminhões fabricados no Brasil
 
 Web Master caminhões, exportações, Mercedes Benz, países árabes 0 Comment 25/05/2016 10:12
 
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São Paulo – Desde o final do ano passado foram embarcados do Brasil quase 200 caminhões médios da marca Mercedes-Benz para Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Omã, Egito e Líbano. Os envios começaram depois que a multinacional alemã Daimler AG, controladora da Mercedes-Benz, definiu que o País passaria a ser o fornecedor deste tipo de caminhão para os países árabes.
 
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Atego 1418 é um dos modelos vendidos aos árabes

“São caminhões médios de nove a 17 toneladas, que servem para distribuição geral ou para serviços municipais, como caminhões de lixo, caminhões com caçamba ou frigoríficos para o transporte de alimentos”, explica Fábio de Mesquita Souza, gerente-sênior de Exportações da Mercedes-Benz do Brasil.

 

Os modelos exportados aos árabes são o Accelo 915 e os Atego 1418 e 1725. A expectativa da empresa, de acordo com Souza, é faturar entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões este ano com a venda destes caminhões aos árabes.

 

Segundo o executivo, a decisão de colocar o Brasil como fornecedor de caminhões àquela região foi tomada porque a Daimler entendeu que os veículos fabricados aqui têm um perfil mais adequado aos mercados do Oriente Médio.

 

“São caminhões mais robustos que os fabricados no mercado europeu. Eles foram feitos para rodar em estradas com menos infraestrutura”, diz Souza sobre os veículos produzidos aqui. “O Brasil também produz caminhões com o mesmo padrão de emissão de CO2 que se usa nesses países”, detalha o executivo.

 

Souza conta que a Daimler tem um escritório em Dubai e representantes em cada país árabe para o qual a empresa exporta. Estes representantes são donos de uma ou mais concessionárias nestes locais.

 

“A ideia é que as concessionárias tenham um estoque mínimo [de caminhões] para atender a demanda”, aponta Souza. Por enquanto, as vendas têm sido feitas por encomendas. O maior pedido embarcado para a região foi de 40 unidades compradas por um concessionário do Egito para revender ao governo daquele país.

 

Souza se mostra otimista quanto às perspectivas de negócios futuros para os países árabes. “A gente acredita que deve conseguir vender, no mínimo, mil unidades por ano, mas o mercado é muito maior que isso. Tem muito mais oportunidades”, avalia.

 

Além dos países mencionados para os quais a Mercedes-Benz do Brasil já fez embarques, a unidade brasileira vai atender aos mercados do Irã, Bahrein, Kuwait e Iraque. “Há um projeto separado analisando a possibilidade de fornecermos caminhões também para a Argélia”, revela o gerente. Segundo ele, os mercados com maior potencial na região para este segmento são Egito, Argélia e Arábia Saudita.

 

As peças de reposição também serão enviadas do Brasil. “Os concessionários têm todo o apoio da Mercedes para garantir o pós-vendas. Há a recomendação de um estoque mínimo de peças e os concessionários já foram instruídos a fazer o primeiro estoque de peças”, afirma.

 

Hoje, a Argentina é o principal destino das exportações de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. A produção brasileira abastece ainda outros países da América Latina e algumas nações da África.

 

Fonte: ANBA

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Analistas apontam comércio exterior como oportunidade e alternativa para pequenas empresas
 Web Master Comércio Exterior. Categoria: Noticias. Tags: Fiesp, Coscex, exportação, Internacionalização de empresas, pequenas empresas 0 Comment 24/05/2016 15:38
São Paulo – As oportunidades de comércio exterior para as micro e pequenas empresas foram debatidas no primeiro painel da tarde desta segunda-feira (23/5) no 11º Congresso da Micro e Pequena Indústria (MPI), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), no Hotel Renaissance, em São Paulo. Isso para destacar o que as vendas para o exterior podem significar para os empreendedores brasileiros.
De acordo com o diretor titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) e vice-presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp, Thomaz Zanotto, é consenso que, para vencer a crise, é preciso investir principalmente em duas áreas: infraestrutura e comércio exterior. “O primeiro passo é oferecer acesso ao mercado externo e não acumular impostos na cadeia de exportação”, disse. “Ninguém exporta imposto”.
Zanotto destacou o desafio de vender para o exterior com a “economia mundial andando de lado, esvaziada”. “Temos que aumentar as exportações em um ambiente hostil, lotado de produtos”, afirmou.  “Vivemos mais que uma guerra comercial”.
Para ajudar quem quer carimbar o passaporte com as melhores oportunidades nos próximos anos, ele lembrou que o Derex e o Coscex trabalham “assessorando os sindicatos e as empresas individuais no que se refere ao comércio exterior”.
Especialista em exportações e mestre em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Francisca Grostein destacou que a internacionalização começa com a formação do capital humano e o fechamento de parcerias estratégicas.
A partir daí, é preciso prestar atenção em variáveis como os regimes aduaneiros especiais, ou seja, se é possível adiar o recolhimento de impostos ao vender para esse ou aquele país. “Depois de um primeiro estudo de mercado, o empresário precisa se perguntar se o seu produto atende às exigências desse mercado”, explicou. “E isso não só do ponto de vista dos hábitos de consumo, mas também de normas técnicas”.
O próximo passo é refletir sobre como conseguir potenciais compradores. E avaliar se o preço oferecido é competitivo para o mercado externo ou não. “Muitas empresas param nas primeiras barreiras desse caminho”, disse.
Nesse ponto, Francisca indicou o site Aprendendo a Exportar  como uma referência de informação para quem quiser dar esses passos iniciais. “No portal há simuladores de preços para vender no exterior, por exemplo.”
Por que você não?
Terceiro convidado do MPI no debate, o professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Fabio Gallo Garcia, ressaltou que as exportações podem ser lucrativas para empresas de quaisquer tamanhos. “A pergunta que eu faço é: por que você não?”, questionou. “Exportar é uma questão de mentalidade, não de tamanho.”
Assim, a chamada mentalidade global é a habilidade de ajuste rápido às mudanças. “Mais do que estar preparados para as mudanças, precisamos ser as mudanças.”
De acordo com Garcia, exportar exige informação e qualidade por parte das empresas, mas ajuda a reduzir riscos. “As empresas ficam menos sujeitas às oscilações do mercado interno, podem fazer o escoamento de sua capacidade ociosa”, disse.
Um saco de farinha de milho
Nessa linha de oportunidades, Renata Dunck, consultora empresarial em comércio exterior da Dunck Gestão de Negócios, destacou em sua palestra no MPI que “o comércio exterior tem regras para que negociações sejam feitas sem nenhum problema”. E que os empreendedores nacionais não devem ter medo de vencer essa etapa.
“Não dá para pensar que vai ser como aqui no Brasil, que quem o procura no exterior está só especulando”, disse. “Não precisa ter medo”.
Para tanto, é preciso observar atentamente a demanda, entender o que é pedido. E ter no cuidado com a divulgação um “princípio básico”, com portfólios bem elaborados e escritos em inglês e espanhol, por exemplo. “Conseguimos um potencial comprador estrangeiro para um cliente nosso que produz farinha de milho”, conta Renata. “Pedimos a esse cliente o seu material de divulgação para mandar para o exterior e recebemos um saquinho de farinha de milho onde estava escrito apenas ‘farinha de milho’”, contou.
Em outro caso semelhante, um fabricante nacional de doces do tipo torrones perdeu a oportunidade de vender seus produtos numa rede de supermercados dona de 70% do mercado africano. “Eles também entregaram apenas uma embalagem dos doces”, disse. “Perderam a oportunidade de negociar por uma simples questão de apresentação”.
Na direção oposta, outro cliente de Renata, um fabricante de ventiladores de teto personalizados, fez um material de divulgação impecável e fechou sete contratos em dois meses no exterior. “Eles incluíram nesse material a voltagem necessária para usar o produto no Brasil e no exterior, fotos dos ventiladores em todos os ambientes, a informação de como surgiu a ideia de produzir os ventiladores”, contou.
Além da divulgação, o tempo de resposta na hora de negociar com os estrangeiros também é um diferencial. Nesse aspecto, Renata citou o exemplo de uma fabricante nacional de calçados que perdeu a chance de vender seus produtos numa rede de varejo com 43 lojas no Oriente Médio. “Eram sapatos de ótima qualidade, mas os donos da empresa duvidaram do tamanho da encomenda e levaram quatro meses para apresentar os preços”, disse. “Resultado: os interessados na compra qualificaram uma empresa no Peru e outra na China para a produção dos calçados”, contou. “É preciso lembrar que o mercado internacional não é especulativo, tem que ter timing”.
O sonho de exportar
Fechando o debate sobre as oportunidades lá fora, Gisele Gomes, diretora comercial da Manola Importadora e Comércio LTDA, falou sobre a sua experiência bem sucedida nesse campo. A Manola é uma marca de roupas femininas comercializada na internet, em diferentes sites parceiros da empresa, criada há três anos.
“Sempre tive sonho de exportar”, disse Gisele. “Sempre pensei em onde eu quero estar e o que preciso fazer para chegar lá.”
Com esse foco, a empreendedora entrou no site da Fiesp, viu a programação de eventos na área de comércio exterior e veio até a federação para uma consultoria. “Fiquei mais de três horas conversando com o consultor e me organizei para ir à minha primeira rodada de negócios com a Fiesp em Milão, na Itália”, lembrou. “A Fiesp organiza tudo e faz uma agenda muito bem direcionada para perfil dos empresários.”
Assim, numa rodada de negócios nessa mesma missão, Gisele levou um portfólio com os seus produtos e foi à luta. “A roupa brasileira é muito bem vista lá fora e, nesse primeiro contato, já marquei uma conversa por Skype para conhecer um interessado nas nossas peças, o qual veio para o Brasil nos conhecer dois meses depois.”
O resultado? “Montei uma coleção para a Europa e voltei para Milão meses depois para assinar contrato de distribuição”, disse. “Nunca pensei que na minha primeira missão já fosse fechar um contrato”.
Entusiasta do comércio exterior, Gisele recomenda as vendas internacionais a todos os empreendedores. “Quem tem um sonho de exportar tem que ir atrás sim. A Fiesp está aqui, para dar todo o suporte. Até no idioma eu tive ajuda”, lembrou. Ela prossegue com sua filosofia de negócios: “errar, superar, aprender e recomeçar”. “É preciso estar preparado para o erro, mas se recuperar rápido.”
Os coordenadores do debate sobre as oportunidades no exterior no MPI foram os diretores do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria (Dempi) da Fiesp Eduardo Chede e Vicente Manzione.
Fonte: Fiesp 
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Flexibilização do Mercosul e comércio são temas centrais da visita de José Serra à Argentina
23/05/2016 10:59
Buenos Aires – Quatro dias depois de ter assumido o cargo de ministro das Relações Exteriores, José Serra embarcou nesse domingo (22) para Buenos Aires. No discurso de posse, ele prometeu fortalecer a parceria com a Argentina, principal sócio brasileiro no Mercosul – o Mercado Comum do Sul, integrado também pelo Paraguai, o Uruguai e a Venezuela. Segundo a consultora argentina Abeceb, nos últimos quatro anos a recessão provocou retração de 42% no comércio bilateral, que caiu de  US$ 39,6  bilhões, em 2011, para  US$ 23 bilhões em 2015.
Nesta segunda-feira (23), Serra vai se encontrar com o presidente argentino, Mauricio Macri, que tomou posse há cinco meses, depois de 12 anos de governos kirchneristas: Nestor Kirchner foi presidente de 2003 a 2007, e a mulher e sucessora dele, Cristina Kirchner, concluiu o segundo mandato em dezembro de 2015. Ele terá também encontros com a ministra das Relações Exteriores, Susana Malcorra – que na semana passada lançou candidatura à Secretaria-Geral da ONU – e com o ministro das Finanças, Alfonso Prat-Gay.
No discurso de posse, Serra disse que uma das prioridades em curto prazo será a intensificação das relações com a Argentina, com a qual o Brasil passou a “compartilhar referências semelhantes para a reorganização da política e da economia”, renovar o Mercosul “para corrigir o que precisa ser corrigido” e “construir pontes com a Aliança do Pacífico”, integrada pelo Chile, a Colômbia, Costa Rica, o México e o Peru.
A primeira visita oficial de Serra a um país estrangeiro tem também um motivo político: assegurar ao principal parceiro do Brasil que o governo do presidente interino Michel Temer é legítimo e que o processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff é constitucional. Ontem (22) à noite, manifestantes brasileiros em Buenos Aires esperavam o ministro na porta da Embaixada do Brasil, para protestar contra o que consideram “golpe”. Eles prometeram continuar protestando durante toda a estadia de Serra na Argentina.
Um dos temas mais polêmicos mencionados por Serra é a flexibilização do Mercosul, para permitir aos membros negociar acordos bilaterais com terceiros países. A ideia inicial dos criadores do bloco regional era seguir o modelo da União Europeia (UE), que tem um mercado sem fronteiras entre 28 países, uma mesma moeda (o euro) adotada por 19 de seus membros e uma política externa e econômica comum.
Desde a sua criação, há 25 anos, o Mercosul teve altos e baixos: em momentos de crise, seus integrantes voltavam a erguer barreiras comerciais para proteger seus mercados domésticos. Recentemente, o bloco regional também vive um momento político difícil.
Durante a campanha e depois da posse, o presidente Mauricio Macri criticou abertamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela crise econômica e pela prisão de líderes oposicionistas que, na sua opinião, constitui violação dos direitos humanos.
A antecessora de Macri, Cristina Kirchner, tinha uma relação estreita com o governo venezuelano, que ajudou a Argentina após a crise de 2001, concedendo empréstimos ao país que – por ter decretado moratória da dívida externa – não tinha acesso ao mercado financeiro internacional. Mas, com a queda dos preços das commodities, que moveram a economia regional na última década, a situação mudou.
A queda do preço do petróleo (principal produto de exportação da Venezuela) contribuiu para a grave crise vivida hoje pelo país, que enfrenta inflação anual de 700%, desabastecimento e falta de energia. Em dezembro, a oposição conquistou ampla maioria no Congresso – a primeira vitória em 17 anos de governos socialistas, inaugurados pelo ex-presidente Hugo Chávez.
A Venezuela foi o único país do Mercosul a chamar de “golpe” o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. O Uruguai também fez ressalvas ao processo de julgamento político, mas de forma mais discreta. Mal assumiu o Ministério das Relações Exteriores, Jose Serra rebateu as críticas de Maduro – e também as dos governos da Bolívia, do Equador, de Cuba, da Nicarágua e de El Salvador. Em outra nota, o Itamaraty repudiou as declarações do secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) , Ernesto Samper, que no dia do afastamento de Dilma Rousseff advertiu para o risco de “ruptura democrática” no Brasil.
Segundo o analista político argentino Jorge Castro, a visita de Serra é uma demonstração de que o Brasil “está adotando uma posição ofensiva para multiplicar os investimentos” numa economia em recessão. “Para poder voltar a crescer e se recuperar, o Brasil precisa exportar mais. Mas, para fazer isso, terá que abrir seu mercado às importações”, disse.
Na opinião de Castro, Temer e Macri têm visão parecida de como conduzir as economias da região nesta nova fase. “Não se trata de acabar com o Mercosul, mas de aprofundá-lo e, ao mesmo tempo, buscar novas formas para negociar acordos bilaterais”, concluiu.
Fonte: Agência Brasil
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Vendas de carne suína seguem em ritmo acelerado e acumulam alta de 68,2% até abril
 
AGRONEGÓCIO/ BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO/ DESTAQUE
Web Master ABPA, agronegócio, carne suína, Exportação de carne, Proteína Animal 0 Comment 11/05/2016 11:47
São Paulo – Dados levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína, considerando todos os produtos (in natura e processados), totalizaram 62 mil toneladas em abril, volume 47,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano (janeiro a abril) a elevação chega a 68,2%, com total de 226,9 mil toneladas – 92 mil toneladas a mais que o efetivado no primeiro quadrimestre de 2015.
Em receita cambial, o saldo dos embarques de abril chegou a US$ 110,5 milhões, número 17,6% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.  No quadrimestre, o crescimento é de 20,6%, com US$ 385,5 milhões.
No saldo em reais, o cenário também é positivo, com crescimento de 37,8% no mês de abril, atingindo R$ 393,8 milhões.  Nos quatro primeiros meses, a alta é de 56,4%, com total de R$ 1,463 bilhão.
“O bom desempenho das exportações tem reduzido os impactos causados pela situação econômica interna do Brasil, diminuindo a oferta interna de produtos.  Ainda estamos em uma situação crítica, com  custos elevados de produção e cenário de retração de consumo.  A investida brasileira no comércio exterior tem sido fundamental para melhorar as perspectivas para o setor de suínos”, explica o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
A China continua sendo um dos principais destaques dentre os destinos.  Em abril, foram embarcados para lá 9 mil toneladas de carne suína brasileira (14,8% do total efetivado pelo Brasil).  No mesmo mês do ano anterior, não houve embarques para lá.  Nos primeiros quatro meses deste ano, os portos chineses receberam 20 mil toneladas do produto.
A Rússia, principal compradora da carne suína brasileira, também aumentou suas importações.  Em abril deste ano, foram embarcadas para lá 19,8 mil toneladas de carne suína do Brasil, volume 20% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior.  No quadrimestre, os embarques chegam a 80 mil toneladas, 58% a mais que o realizado no primeiro quadrimestre de 2015.
Hong Kong também acelerou suas importações.  No mês de abril, o crescimento dos embarques chegou a 63%, com 16,2 mil toneladas efetivadas. No acumulado do ano, a alta atinge 68%, com 59,6 mil toneladas embarcadas.
“Apesar do incremento de suas compras, a Rússia apresentou, novamente, participação menor no total das exportações. Em abril, 32% das exportações brasileiras tiveram como destino o mercado russo, enquanto a média do ano passado era de 45%.  Temos visto o aumento das vendas para outros grandes destinos, como a China, a Argentina, o Chile e o Uruguai, diminuindo a dependência das exportações sobre o Leste Europeu”, destaca Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.
Associação de Comércio Exterior: país não pode depender apenas do câmbio para exportar

Associação de Comércio Exterior: país não pode depender apenas do câmbio para exportar

Castro explicou que quando o país depende do câmbio, quem sai fortalecido é o importador, que quer que uma desvalorização cambial seja transferida de forma imediata para o preço. O presidente disse que existem custos internos que têm de ser resolvidos, incluindo custos burocráticos, tributários, de infraestrutura, logística e financeiros. “Esses custos, nós temos que atacar”, disse. “Não podemos depender apenas de câmbio para exportar, mas de redução de custos.”

Esse problema, diz Castro, tem de ser resolvido por meio de reformas. A reforma tributária, por exemplo, visa a reduzir o custo tributário, que onera as exportações brasileiras. “Quando nós exportamos, indiretamente estamos exportando tributos, agregados ao produto”.

O presidente diz que é preciso também que haja investimento pesado em logística. A logística existente no Brasil hoje, segundo ele, é deficiente e onerosa, o que faz com que quase 50% dos manufaturados brasileiros tenham como destino países da América do Sul. “Um pouco vai para os Estados Unidos e o mundo é o resto”.

Castro diz que quanto mais distante do Brasil, mais cara é a logística e menos competitivos são os produtos brasileiros. Ele diz que o país precisa ainda reduzir os custos financeiros e burocráticos, além dos trabalhistas. “A nossa legislação trabalhista tem 70 anos e precisa ser modernizada”.

Governo Temer

Sobre o governo do presidente interino Michel Temer, o presidente da AEB avaliou que, embora sejam pessoas competentes, Castro sabe que não se consegue reverter o quadro atual de dificuldades de uma hora para outra. No caso das reformas, ele disse que mesmo que elas sejam feitas, há um período de transição para que tenham resultados. “Por isso, eu sei que em menos de dois anos, nada se consegue resolver. Neste momento, a gente conta com o câmbio para gerar competitividade, sabendo que câmbio não é fator de competitividade”.

Castro disse que as reformas estão “super atrasadas”. “Cada vez que se atrasam as reformas, o nosso problema se agrava mais. Enquanto as reformas não são feitas, os exportadores continuam torcendo para que as commodities [produtos primários com cotação internacional] mantenham um patamar mais elevado e brigando para aumentar a exportação de manufaturados de maior valor agregado. Já caímos muito. Agora, temos que recuperar o que perdemos no passado”.

Fonte: Agência Brasil

 
Comércio com o Mercosul é duramente afetado pela forte queda nas importações brasileira

Comércio com o Mercosul é duramente afetado pela forte queda nas importações brasileiras

Brasília – A redução drástica nas importações brasileiras causada pela crise econômica que afeta o país e pela valorização do dólar frente ao real tem provocado uma queda expressiva no fluxo de comércio entre o Brasil e o Mercosul. De janeiro a abril, a corrente de comércio com os países-membros do Mercosul teve uma queda de aproximadamente 22% e as trocas bilaterais somaram US$ 10,361 bilhões.

Ano passado, em igual período, a soma das exportações e importações Brasil/Mercosul atingiu a cifra de US$ 12,767 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Os números do primeiro quadrimestre permitem antecipar que este ano o volume de trocas entre o Brasil e os demais sócios do Mercosul (Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela) ficarão bastante aquém da cifra movimentada por esses países em 2015 e que somaram US$ 38 bilhões. Estarão igualmente ainda mais distantes dos US$ 49 bilhões transacionados do comércio intrabloco no ano de 2014.

No mês de abril, o comércio bilateral voltou a operar no vermelho. As exportações brasileiras caíram -13,91% para US$ 1,562 bilhão enquanto os cinco países venderam ao Brasil mercadorias no total de US$ 1,140 bilhão, com uma queda de -3,84% em comparação com o mês de março.

As exportações de produtos básicos tiveram uma redução de 33,32% para US$ 694 milhões e os produtos industrializados apresentaram uma baixa de -8,59% e geraram receita da ordem de US$  5,34 bilhões. Os produtos manufaturados foram os únicos a registrar crescimento e subiram  +16,26% para US$ 183 milhões.

Mas nem só de números ruins é composta a balança comercial do Brasil com o Mercosul nos quatro primeiros meses deste ano. As vendas de automóveis, por exemplo, tiveram  forte alta, a maior delas, da ordem de 38,89% nas exportações de automóveis com motor de 1500 cilindradas, que totalizaram US$ 668 milhões, comparativamente com os quatro primeiros meses de 2015. Já os automóveis com motor de 1000 cilindradas tiveram suas vendas expandidas em 69,75% para US$ 348 milhões e outros tipos de automóveis registraram vendas no total de US$ 119 milhões, um aumento da ordem de 52,60%.

Aumentos igualmente importantes foram registrados nas exportações de  tratores rodoviários para semi-reboques (+11,01% para US$ 112 milhões),  barras de ferro/aço, laminadas quente, dentadas (+22,18% e vendas no total de US$ 67 milhões),

Entre as quedas se destacam as exportações de petróleo, terceiro principal item na pauta exportadora brasileira para o Mercosul, que desaceleraram -17,57% e geraram receita no valor de US$ 323 milhões. Também caíram as exportações de outras partes e acessórios de carroçarias para automóveis (-37,33% para US$ 50 milhões).

E se as exportações brasileiras decresceram, as vendas ao Brasil pelos demais sócios do Mercosul tiveram uma queda ainda mais forte, envolvendo todas as categorias de produtos. As exportações de produtos básicos tiveram uma redução de -27,66% e somaram US$  4,130 bilhões. A retração entre os semimanufaturados foi da ordem de -21.77%, totalizando US$ 125 milhões e as exportações de bens manufaturados registraram a queda mais acentuada de 27,96%, totalizando US$ 2,582 bilhões.

Empresas de países árabes encaminham entrada no Brasil após participação na feira Apas

Empresas de países árabes encaminham entrada no Brasil após participação na feira Apas

Boudjebel: tâmaras agradaram público

Boudjebel: tâmaras agradaram público

São Paulo – As empresas árabes que participaram como expositoras da Feira da Associação Paulista de Supermercados (Apas) chegaram ao último dia da mostra animadas com a perspectiva de entrar no mercado brasileiro. A exibição começou na segunda-feira (02) e terminou nesta quinta-feira (05), em São Paulo. O pavilhão organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira teve companhias dos Emirados Árabes Unidos, Egito, Tunísia e Jordânia.

A Egy International Co., do Egito, deixou a mostra com negócios bem encaminhados, segundo o seu representante no Brasil, o analista de comércio exterior Ragy Emam. De acordo com ele, não foi feita grande quantidade de contatos, mas os contatos realizados foram bons. Dos produtos expostos pela empresa na mostra, os que mais interessaram aos brasileiros foram cebola, alho e batata, em primeiro lugar, azeitonas e azeites, em segundo, e produtos em conserva, em terceiro.

A Egy está disposta a investir no mercado brasileiro. Uma nova visita de representantes da companhia deve ser feita no segundo semestre e os contatos realizados na Apas serão acompanhados. Os planos da empresa são se registrar e registrar seus produtos no Brasil. Há até a avaliação da abertura de um escritório no País para assistência aos clientes. Os preços dos produtos egípcios são mais baixos que os do Brasil, segundo Emam, mas ainda será necessário avaliar o peso dos impostos.

A empresa produtora de azeite da Tunísia Al Jazira, também expositora na Apas, não chegou a fechar negócios, mas avaliou que a feira é um bom meio de divulgação para seus produtos. “Cada vez mais estamos entendendo o mercado brasileiro”, disse o gerente regional de exportação da companhia, Hassen Dimassi, à ANBA. Ele entende, no entanto, que há todo um trabalho a ser feito junto ao consumidor para que ele saiba que o azeite tunisiano pode concorrer com o português e o espanhol.

Dimassi conta que as pessoas que estiveram no estande e provaram o azeite da marca, gostaram. A Al Jazira produz um azeite que tem sabor mais forte, da região Norte do país, e outro mais suave, na área central tunisiana. O dólar valorizado atualmente no Brasil, no entanto, tem dificultado a entrada no mercado local, segundo o gerente.

Outra empresa da Tunísia expositora, a Boudjebel, de tâmaras, também percebeu a aprovação dos seus produtos por quem passou pelo estande da marca. O gerente de Marketing Naim Boujbel afirma que, com a participação na feira, foi possível fazer prospecção e ter uma ideia melhor do mercado brasileiro, de como são os clientes, de como as tâmaras são consumidas.

A Boudjebel tem um distribuidor de seus produtos no Brasil e faz exportações diretas também quando o pedido é grande, mas está em busca de mais compradores. A companhia exporta para 33 países e é a maior da Tunísia em exportação de tâmaras, segundo Boujbel. São vendidas no exterior mais de 12 mil toneladas de tâmaras pela empresa ao ano.

Encerrando as atividades do estande de Dubai na Apas, a gerente de desenvolvimento de exportações da Dubai Exports, Larissa Dores, afirma que gostou da procura pelos produtos expostos. O órgão promove as exportações de Dubai. Chamaram a atenção principalmente a pasta e a calda de tâmaras da marca Al Barakah Dates Factory LLC.

Dores afirma que foram feitos quatro contatos promissores com pessoas interessadas em importar os produtos da Al Barakah Dates. Mas ela afirma que muito mais pessoas, pelo menos 50, pararam para conhecer o estande do emirado. A gerente acredita que a feira da Apas é um bom canal para oferecer os produtos de Dubai e, inclusive, cogita a participação com espaço maior e mais quantidade de itens numa próxima edição.

Árabes importadores

E o mundo árabe não se fez presente na mostra da Apas apenas como vendedor. Quatro importadores da região participaram de rodadas de negócios com indústrias brasileiras, promovidas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Os compradores eram do Catar, Tunísia, Emirados e Líbano.

De acordo com a gerente de operações da Apex em Dubai, Karen Fernandes Jones, que acompanhou o grupo, parte das empresas árabes que participou da Apas já importa do Brasil. Elas procuravam uma gama variada de alimentos, segundo Jones. A gerente acredita que devem sair negócios a partir dos contatos feitos na feira.

Fonte: ANBA

Comércio Internacional: é hora de agir

10/05/2016

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O tema das relações comerciais do Brasil voltou à agenda do dia com o debate sobre se deve ou não ser transferido na sua integralidade para o Itamaraty. Na atualidade, a formulação das políticas internas cabe ao Ministério do Desenvolvimento. Ao Itamaraty incumbe a gestão das negociações internacionais. Caberia ao Itamaraty, segundo o que se discute atualmente, a responsabilidade de conduzir igualmente as políticas internas. Outra alternativa sempre sobre a mesa seria a de que fosse criado um órgão diretamente ligado à Presidência para gerir as negociações externas, como o USTR dos Estados Unidos. A terceira seria manter o sistema tal como está, atribuindo-se talvez mais operacionalidade à CAMEX.

O pano de fundo deste debate é o relativo decréscimo da participação do Brasil nos volumes de comércio internacional, nossa participação bastante reduzida nos acordos regionais, bi e multi-regionais, assim como a falta de dinamismo no Mercosul, travado entre outros fatores por uma certa tendência à ideologização do processo. Acrescentado-se a isso o estancamento das negociações da Rodada de Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC), configura-se uma situação complexa para o Brasil, parcialmente criada, diga-se a bem da verdade, por nós mesmos.

Não deixa de haver aí um lado positivo. Embora reduzido, o comercio internacional do Brasil é bem distribuido. À diferença da grande maioria dos países em desenvolvimento, o Brasil tem parcerias internacionais equilibradas: 20 a 25% de nosso comercio dá-se em média com quatro importantes parceiros: EUA, Mercosul, União Européia e China. Praticamente todos os demais países em desenvolvimento tem parcerias predominantes com um ou dois daquelas quatro potências, mais o Japão, o que não deixa de lhes criar uma certa dependência da qual o Brasil está livre. Isto é bom política e estrategicamente, mas não necessariamente do ponto de vista de volume e qualidade de comércio – sobretudo quando se toma em consideração a importância do comércio internacional como indutor de crescimento.

Essa foi, em síntese, a razão da prioridade e da insistência sustentada pelo Brasil no que se refere às negociações multilaterais da OMC. Lançada em fins de 2001, aRodada Doha começou a ser negociada em 2002, ou seja há 14 anos. O mandato foi bem negociado: assinalou-se o desenvolvimento como prioridade e colocou-se a agricultura (tema até agora jamais negociado com seriedade na OMC) como prioridade. Os países desenvolvidos pediram e obtiveram a inclusão de diversos temas de seu interesse prioritário, tais como anti-dumping e serviços.

Após 14 anos de negociações a Rodada pouco ou nada avançou.

As razões são diversas: as partes deixaram de se sentir comprometidas à luz do que se esperava pudesse ter sido uma sólida combinação de incentivos positivos e negativos. Apesar de todos os esforços do atual Diretor Geral Roberto Azevedo, a negociação ressente-se da falta de objetivos verdadeiramente equilibrados, há sérias desconfianças entre os diferentes grupos regionais, o cenário macro-econômico e financeiro sofre de constante instabilidade e assim por diante. Em média a cada dois anos, as negociações entram em estagnação devido a eleiçoes em países-chaves.

O problema com as negociações comerciais é que os perdedores sentem a dor muito antes do que os ganhadores se sintam recompensados. Em negociações regidas pela norma do consenso todos tem de se sentir ao mesmo tempo ganhadores. Isso é muito difícil. Mas não é impossível. Desde que consigamos obter um equilíbrio entre agricultura, produtos industriais, serviços e regras, mantendo-se o desenvolvimento como evidente e operacional em cada uma das partes da negociação, assim como no pacote final. Até agora isso não foi possível e permanece aparentemente inacessível.

O tempo, no entanto, urge. Só que e a vontade política dos principais atores se deslocou para o âmbito das chamadas grandes negociações regionais e interregionais. Para dar uma idéia da dificuldade da negociação UE-EUA, a principal entre todas, dias atrás os franceses começaram a anunciar que poderiam abandonar a negociação de vez que os EUA insistem em grandes aberturas em agricultura e não anunciam maiores flexibilidades em outros setores da negociação. Com a provavel vitória dos democratas em novembro essa situação tende a se prolongar dadas as históricas vinculações dos democratas com os sindicatos americanos. Na prática, a situação replica entre os países desenvolvidos o que acontece na OMC basicamente entre desenvolvidos e em desenvolvimento. Também no que se refere às negociações com o Mercosul, a França lidera um grupo de países que se opõem a fazer concessões substantivas em agricultura.

Caberá ao Governo do Brasil realizar um grande debate entre os diferentes setores produtivos do país para determinar o rumo a seguir. Insistir no multilateralismo e cobrar os compromissos do Mandato de Doha? Partir mais agressivamente para juntar-se às grandes negociações interregionais? Acelerar objetivamente as negociações no âmbito do Mercosul? Voltar ao projeto original do Mercado Comum Brasil-Argentina, criando ao mesmo tempo um regime diferenciado para os demais parceiros, que avançariam com velocidade menor? Esta última alternativa ,que na realidade não exclui as demais, é a que me parece mais vantajosa para o país.

Trata-se sem dúvida de uma negociação interna muito difícil, tanto mais porque deveria ser coordenada cuidadosamente em tempo real com nosso grande parceiro no Mercosul, a Argentina. O que é dificil, porém, não é necessariamente impossível. Há que tentar e tentar logo. Quanto mais esperarmos, mais se consolidarão situações que nos condenarão à periferia. Definamos pois o mais prontamente possível os mecanismos de coordenação e processo decisório interno. Mantenhamos o que deve ser mantido e mudemos o que possa aprimorar nossa atuação externa.

E arregacemos as mangas. O mundo não vai esperar indefinidamente pela solução da crise brasileira.

Michel Temer deverá defender a flexibilização do Mercosul, diz analista da Barral M Jorge

Brasília –  Em um governo cada vez mais provável de Michel Temer, o Mercosul poderá perder relevância no âmbito das negociações comerciais implementadas pelo governo brasileiro e para que isso não aconteça,  o Brasil deve lutar por um Mercosul mais flexível nas negociações internacionais. A avaliação foi feita por Matheus Andrade, Consultor em Comércio  Internacional da Barral M Jorge, ao falar sobre as perspectivas para o comércio exterior brasileiro num governo Michel Temer.

Matheus Andrade - Barral MJorge

Matheus Andrade – Barral MJorge

Na opinião do consultor, Brasil deverá buscar acordos e oportunidades de acessos aos mercados dos países mais desenvolvidos e industrializados, mudando o foco Sul-Sul que esteve muito presente durantes os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e ao mesmo tempo deverá trabalhar por uma maior flexibilização do Mercosul nos processos de negociações de acordos internacionais.

O consultor da Barral M Jorge ressalta que “como o Mercosul ainda é um grande destino das exportações brasileiras de manufaturados, o Brasil não deve sair do bloco nesse momento, mas sim buscar uma flexibilização nas negociações internacionais. Em outros momentos, a Argentina e o Uruguai já haviam manifestado interesse em realizar essa aflexibilização, que com apoio brasileiro pode ocorrer de fato”.

Segundo  Matheus Andrade, a mudança no comando do governo não retirará do comércio exterior o papel de protagonista que vem desempenhando atualmente no cenário econômico brasileiro:  “com o momento de recessão e diminuição do consumo interno, o comércio exterior ocupa cada vez mais um lugar central na política econômica do País e não é esperado que  Michel Temer retire esse assunto da pauta central do governo. As alterações que podem ocorrer estão mais relacionadas aos parceiros prioritários, uma vez que o futuro governo deve buscar acordos e oportunidades de acessos a países mais desenvolvidos e industrializados, mudando o foco Sul-Sul  que esteve muito presente durante os governos petistas. Outra alteração que pode ocorrer  é a incorporação por parte do Ministério das Relações Exteriores das funções que hoje são desempenhadas pelo MDIC e pela Apex, ou ainda da Agência como um todo”.

Matheus Andrade abordou também a troca de comando no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a saída da ministra Kátia Abreu e o retorno à pasta do ex-ministro Roberto Rodrigues. Para o consultor, “devido ao forte apoio do setor agrícola ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, existe uma pressão para que o Ministério seja administrado por um nome escolhido pelo setor e nesse contexto, o favorito é o ex-ministro Roberto Rodrigues, que já declarou publicamente que o trabalho iniciado na gestão da ministra Kátia Abreu deve ser mantido, ainda que a manutenção dela como ministra não seja possível pelo seu apoio ao governo Dilma. Assim, a busca por novos mercados e expansão das exportações deve seguir omo central no novo Ministério, em linha com a política adotada pelo governo de modo geral. A manutenção de nomes técnicos como o secretário de Política Agrícola, André Nassar, também deve se concretizar”.

Empresa Comercial Exportadora

Empresa Comercial Exportadora / Trading Company

Regime Jurídico das Empresas Comerciais Exportadoras

Primeiramente, cumpre enfatizar que empresas comerciais são empresas que têm por objeto social a comercialização de mercadorias, podendo comprar produtos fabricados por terceiros para revender no mercado interno ou destiná-los à exportação, bem como importar mercadorias e efetuar sua comercialização no mercado doméstico. Ou seja, exercem atividades típicas de uma empresa comercial.

A expressão “trading company” não é utilizada na legislação brasileira, e na doutrina há confusão entre as definições de “empresa comercial exportadora” e “trading company”. A distinção se faz entre as empresas comerciais exportadoras (ECE) que possuem o Certificado de Registro Especial e as que não o possuem.

As empresas comerciais exportadoras são reconhecidas no Brasil pelo Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, que dispõe sobre o tratamento tributário das operações de compra de mercadorias no mercado interno, para o fim específico de exportação. Essa norma assegura, tanto ao produtor vendedor quanto à ECE, os benefícios fiscais concedidos por lei para incentivo à exportação.

Pelo Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, apenas as empresas comerciais exportadoras que obtivessem o Certificado de Registro Especial seriam beneficiadas com os incentivos fiscais à exportação. Contudo, a legislação atual não faz essa distinção.

De acordo com a legislação tributária atual, existem duas espécies de Empresas Comerciais Exportadoras (ECE): i) as que possuem o Certificado de Registro Especial e ii) as que não o possuem. Entretanto, os benefícios fiscais quanto ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), às Contribuições Sociais (PIS/PASEP e COFINS) e ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aplicam-se, atualmente, às duas espécies, sem distinção alguma. A própria Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) expressa esse entendimento, por meio da Solução de Consulta nº 40, de 4 de maio de 2012, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 7 de maio de 2012:

 

“A não incidência do PIS/Pasep e Cofins e a suspensão do IPI aplicam-se a todas as empresas comerciais exportadoras que adquirirem produtos com o fim específico de exportação. Duas são as espécies de empresas comerciais exportadoras: a constituída nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, e a simplesmente registrada na Secretaria de Comércio Exterior.”

Portanto, atualmente, há duas categorias de Empresas Comerciais Exportadoras (ECE), sem diferenciação com relação aos incentivos fiscais. Essencialmente, as comerciais exportadoras são classificadas em dois grandes grupos: i) as que possuem o Certificado de Registro Especial, denominadas trading companies, regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, recepcionado pela Constituição Federal de 1988 com status de lei ordinária; e ii) as comerciais exportadoras que não possuem o Certificado de Registro Especial e são constituídas de acordo com Código Civil Brasileiro.

Para obter o Certificado de Registro Especial, a Empresa Comercial Exportadora (ECE) deve atender alguns requisitos, como ser constituída na forma de sociedade por ações (S.A.) e possuir capital social mínimo, etc. Já a ECE que não se enquadra nas exigências do Decreto Lei nº 1.248, de 1972, pode ser constituída sob qualquer forma e não precisa ter capital mínimo. Rege-se, pois, pelo Código Civil Brasileiro. Porém, para ser caracterizada como ECE, dever ter o fim comercial em seu objeto social, realizar operações de comércio exterior, estar habilitada na Receita Federal (RFB) para operar no SISCOMEX (Instrução Normativa RFB nº 1.288, de 31 de agosto de 2012) e estar inscrita no Registro de Importadores e Exportadores da SECEX/MDIC (Portaria SECEX nº 23/2011, art. 8º).

Apesar de não haver menção na legislação brasileira da expressão “trading company”,usualmente esse termo é encontrado relacionado à Empresa Comercial Exportadora (ECE) possuidora do Certificado de Registro Especial. A RFB também acata esse entendimento, por meio da Solução de Consulta nº 56, de 16 de junho de 2011, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 17 de junho de 2011:

“A trading company é a empresa comercial exportadora constituída sob a forma de sociedade por ações, dentre outros requisitos mínimos previstos no Decreto-Lei nº 1.248/72.”

A Empresa Comercial Exportadora que deseja obter o Certificado de Registro Especial de que trata o Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, deve satisfazer os seguintes requisitos: i) constituir-se sob forma de sociedade por ações (S.A.), devendo ser nominativas as ações com direito a voto; ii) possuir capital mínimo realizado equivalente a 703.380 Unidades Fiscais de Referência – UFIR (R$ 748.466,66); e iii) não haver sido punida, em decisão administrativa final, por infrações aduaneiras, de natureza cambial, de comércio exterior ou de repressão ao abuso do poder econômico.

Não será concedido o Certificado de Registro Especial à empresa, ou da qual participe, como dirigente, acionista, pessoa física ou jurídica impedida de operar no comércio exterior ou que esteja sofrendo ação executiva por débitos fiscais com a Fazenda Nacional. A Empresa Comercial Exportadora (ECE) que obtiver o Certificado de Registro Especial fica obrigada a comunicar aos órgãos concedentes (SECEX e RFB) qualquer modificação em seu capital social, em sua composição acionária, em seus dirigentes, em sua razão social e em seus dados de localização.

A Tabela abaixo sintetiza as principais distinções jurídicas entre as espécies de Empresas Comerciais Exportadoras atualmente previstas na legislação brasileira:

Espécies de Empresas Comerciais Exportadoras previstas na Legislação Brasileira

Categorias Legislação Regulamentadora Básica Forma de Constituição Societária
Trading Company Decreto-Lei nº 1.248, de 1972 Sociedade por Ações (S.A.)
Empresa Comercial Exportadora (ECE) Código Civil Brasileiro Pode ser constituída sob qualquer forma e não precisa ter capital mínimo

Atualmente, as empresas que desejam atuar como empresas comerciais exportadoras devem estar habilitadas no registro especial na Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e na Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), de acordo com as normas aprovadas pelos Ministros de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Fazenda (MF), respectivamente, além de outros requisitos. Trata-se de exigência contida no art. 229 do Regulamento Aduaneiro Brasileiro (Decreto nº 6.759, de 2009), que reproduz exigência prevista no Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, que possui status de Lei ordinária:

CAPÍTULO VI

DOS INCENTIVOS FISCAIS NA EXPORTAÇÃO 

Seção I

Das Empresas Comerciais Exportadoras 

“Art. 228.  As operações decorrentes de compra de mercadorias no mercado interno, quando realizadas por empresa comercial exportadora, para o fim específico de exportação, terão o tratamento previsto nesta Seção (Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, art. 1º, caput; e Lei nº 8.402, de 1992, art. 1º, § 1º)

Parágrafo único.  Consideram-se destinadas ao fim específico de exportação as mercadorias que forem diretamente remetidas do estabelecimento do produtor-vendedor para (Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, art. 1º, parágrafo único):

I - embarque de exportação, por conta e ordem da empresa comercial exportadora; ou

II - depósito sob o regime extraordinário de entreposto aduaneiro na exportação. 

Art. 229.  O tratamento previsto nesta Seção aplica-se às empresas comerciais exportadoras que satisfizerem os seguintes requisitos (Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, art. 2º, caput):

I - estar registrada no registro especial na Secretaria de Comércio Exterior e na Secretaria da Receita Federal do Brasil, de acordo com as normas aprovadas pelos Ministros de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Fazenda, respectivamente;

II - estar constituída sob a forma de sociedade por ações, devendo ser nominativas as ações com direito a voto; e

III - possuir capital mínimo fixado pelo Conselho Monetário Nacional.”

Atualmente, a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), por meio do Departamento de Competitividade no Comércio Exterior (DECOE), detém competência legal para examinar pedidos de inscrição, atualização e cancelamento de registro de empresas comerciais exportadoras. O art. 20, VII, do Anexo I ao Decreto nº 7.096, de 2010, dispõe sobre as prerrogativas de exame e análise de solicitações de inscrição, atualização e cancelamento do registro de trading companies:

“Art. 20.  Ao Departamento de Competitividade no Comércio Exterior compete:       (Redação dada pelo Decreto nº 8.058, 2013)      (Vigência)

(...)

VII - manter e atualizar o Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior, bem como examinar pedidos de inscrição, atualização e cancelamento de Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da legislação específica;

(...)”

Benefícios Fiscais vinculados à Atuação das Empresas Comerciais Exportadoras

Quanto ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os benefícios fiscais estão previstos nas seguintes legislações:

       os produtos industrializados destinados ao exterior são imunes da incidência do IPI (CF, art. 153, § 3º, III; Decreto nº 7.212/2012, art. 18, II);

       se ao produto for dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse (Decreto nº 7.212/2012, art. 18, § 4º);

       os produtos destinados à exportação, quando adquiridos por ECE, com fim específico de exportação, poderão sair do estabelecimento industrial com suspensão do IPI (Lei nº 9.532/1997, art. 39, I);

       consideram-se adquiridos com o fim específico de exportação os produtos remetidos diretamente do estabelecimento industrial para embarque de exportação ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da empresa comercial exportadora (Lei nº 9.532/1997, art. 39, § 2º);

       caso a exportação não seja efetivada depois de 180 dias da data da emissão da nota fiscal de venda pelo estabelecimento industrial, ou os produtos sejam revendidos no mercado interno, ou, ainda, ocorra a destruição, furto ou roubo dos produtos, a empresa comercial exportadora fica obrigada ao pagamento do IPI que deixou de ser pago na saída dos produtos do estabelecimento industrial (Lei nº 9.532/1997, art. 39, § 3º; Decreto nº 7.212/2010, art. 25, VII).

Quanto ao Programa de Integração Social (PIS/PASEP), os benefícios fiscais estão previstos nas seguintes legislações:

      não incide sobre as receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o exterior nem na venda a ECE com fim específico de exportação (Lei nº 10.637/2002, art. 5º, I e III; Decreto nº 4.524/2002, art. 45, VIII e IX);

      a ECE que não comprovar o embarque da mercadoria ao exterior no prazo de 180 dias da data da emissão da nota fiscal pela vendedora, ficará sujeita ao pagamento de todos os impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela empresa vendedora (Lei nº 10.637/2002, art. 7º).

Quanto à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), os benefícios tributários estão contidos nos seguintes normativos:

      não incide sobre as receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o exterior nem na venda a ECE com fim específico de exportação (Lei nº 10.833/2003, art. 6º, I e III; Decreto nº 4.524/2002, art. 45, VIII e IX);

      a ECE que não comprovar o embarque da mercadoria ao exterior no prazo de 180 dias da data da emissão da nota fiscal pela vendedora ficará sujeita ao pagamento de todos os impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela empresa vendedora (Lei nº 10.833/2003, art. 9º).

Quanto ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), o tratamento tributário destinado às empresas comerciais exportadoras está previsto nos seguintes normativos:

      não incide sobre operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços (Lei Complementar nº87/1996, art. 3º, II);

      não incide sobre a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a ECE (Lei Complementar nº87/1996, art. 3º, parágrafo único).

      caso a exportação não seja efetivada depois de 180 dias (produtos manufaturados) ou 90 dias (produtos primários e semi-elaborados) da data da saída da mercadoria, ou ocorra a perda, por qualquer motivo, ou os produtos sejam reintroduzidos no mercado interno, o responsável pelo recolhimento do ICMS é o estabelecimento remetente/fornecedor (Cláusula sexta do Convênio ICMS 113/96).

A manutenção dos créditos referentes às aquisições de bens no mercado nacional é garantida ao produtor vendedor, e não à ECE:

       IPI – Decreto nº 7.212/2010, art. 239;

       PIS/Pasep – Lei nº 10.637/2002, art. 5º, § 1º;

       Cofins – Lei nº 10.833/2003, art. 6º, § 1º;

       ICMS – Lei Complementar nº 87/1996, art. 20, § 3º, II.

A Solução de Consulta nº 69, de 30 de junho de 2010 (DOU 14/07/2010), é bastante clara em relação à impossibilidade de manutenção dos créditos de PIS/PASEP e COFINS pelas empresas comerciais exportadoras, em operações de remessa de mercadorias com o fim específico de exportação:

“É vedado às empresas comerciais exportadoras a apuração de crédito de PIS/Pasep e Cofins quando da aquisição de mercadorias com o fim específico de exportação. As empresas comerciais exportadoras podem apurar créditos, vinculados a receitas de exportação, de mercadorias adquiridas sem o fim específico de exportação.”

Alguns regimes aduaneiros especiais relevantes (RECOF e REPETRO) estabelecem a possibilidade de comprovação da operação de exportação somente quando a empresa comercial exportadora estiver habilitada de acordo com o Decreto-Lei nº 1.248/1972:

       RECOF (IN RFB nº 1.291, de 2012, art. 6º, § 4º, II) – Para efeito de comprovação do cumprimento das obrigações de exportação, poderão ser computados os valores: II - das vendas realizadas a Empresa Comercial Exportadora, instituída nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972;

       REPETRO (IN RFB nº 1.415, de 2013, art. 10) – “A exportação sem que tenha ocorrido a saída do território aduaneiro dos bens referidos no caput do art. 3º, fabricados no País, inclusive com a utilização de mercadorias importadas na forma do inciso III do art. 2º, será realizada pelo respectivo fabricante ou por empresa comercial exportadora de que trata o Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, a empresa sediada no exterior, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira de livre conversibilidade.”

Legislação Básica sobre Empresas Comerciais Exportadoras

      Decreto-Lei nº 1.248, de 1972– dispõe sobre o tratamento tributário das operações de compra de mercadorias no mercado interno, para o fim específico de exportação.

      Decreto nº 6.759, de 2009– Regulamento Aduaneiro (arts. 228 a 232).

      Portaria SECEX nº 23, de 2011– dispõe sobre operações de comércio exterior (arts. 247 a 254).

      Portaria MEFP nº 438, de 1992– do Ministério da Economia Fazenda e Planejamento.

      Constituição Federal– imunidade do IPI sobre produtos manufaturados destinados ao exterior (art. 153, § 3º, III).

      Lei nº 9.532, de 1997– suspensão do IPI nas operações de saída de produtos, destinados à exportação, do estabelecimento industrial para ECE, com o fim específico de exportação (art. 39).

      Decreto nº 7.212, de 2010– Regulamento do IPI (arts. 18, 25, 42 e 43).

      Lei nº 10.637, de 2002– não incidência de PIS/Pasep sobre as receitas decorrentes das operações de exportação para o exterior e de vendas a ECE com o fim específico de exportação (arts. 5º e 7º).

      Lei nº 10.833, de 2003– não incidência da Cofins sobre as receitas decorrentes das operações de exportação para o exterior e de vendas a ECE com o fim específico de exportação (arts. 6º e 9º).

      Decreto nº 4.524, de 2002– Regulamento do PIS/Pasep e Cofins (art. 45, VIII e IX).

      Lei Complementar nº 87, de 1996– não incidência do ICMS nas operações que destinem mercadorias ao exterior e na saída de mercadoria, com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a ECE (art. 3º).

      Instrução Normativa RFB nº 1.152, de 2011– dispõe sobre a suspensão do IPI e a não incidência de PIS/Pasep e Cofins na exportação de mercadorias.

Relação das empresas comerciais exportadoras habilitadas.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Esplanada dos Ministérios, Bloco "J"
BrasíliaDF70053-900Brasil
+55 (61) 2027-7000
Horário de Funcionamento: 9h às 18h
  • Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA
  • Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI
  • Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO
  • O Banco do Desenvolvimento - BNDES
  • Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI
  • APEX Brasil

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

 

Eficiência Energética - na atual conjuntura - é uma expressão mágica, crucial para a saúde financeira das empresas.

Mesmo que não estivéssemos vivendo no país, talvez a pior fase econômica e política da história, com aumento do desemprego, inflação ascendente, dívida pública na estratosfera e uma falta absoluta de credibilidade nos políticos e no governo, ainda assim, as empresas precisariam ser mais eficazes e isso pode ser alcançado de várias formas: reduzindo custos fixos e operacionais; aumentando a produtividade; aumentando vendas ou qualquer outra ação no sentido de favorecer o fluxo de caixa das empresas, ou seja, aumentar receitas ou reduzir despesas.

Naturalmente, essa situação se agrava num ambiente de recessão, tornando imperioso que as empresas ajustem seus custos para sobreviver diante da queda nas receitas, que atinge praticamente todas as empresas do país.  

Diante desse quadro, a Câmara de Comércio do Brasil não podia deixar exercer o seu papel legal de oferecer soluções para as empresas, ajudando-as a superar o atual momento. 

Dentre as soluções oferecidas pela Câmara, em função das circunstâncias atuais, duas ganham destaque especial:

a) Redução nas contas de energia elétrica:

Projeto ideal para empresas de grande e médio porte, em função das enormes somas que são pagas mensalmente pelo uso da energia elétrica. Este é um projeto que pode trazer reduções significativas nas contas mensais de energia. 

Para alcançar tal objetivo, a Câmara e/ou seus associados, representando as empresas interessadas, podem realizar ações na área administrativa e/ou judicial.

A redução das contas mensais pode ser obtida pela implantação de um ou mais tópicos abaixo:

- Revisão detalhada das instalações elétricas, com eliminação dos pontos de perda;

- Estudo da coordenação dos sistemas de proteção elétrica;

- Projeto de bancos de capacitores inteligentes;

- Reenquadramento tarifário ou renegociação das demandas contratadas;

- Sugestão de aquisição de energia no mercado livre, ao invés da concessionária;

- Recomendação de máquinas, equipamentos e componentes elétricos mais eficientes e de menor consumo;

- Estudo para implantação de energia solar (on-grid e off-grid) que permita reduzir ou eliminar o consumo das concessionárias;

- Ações administrativas ou judiciais para o perfeito enquadramento do sistema elétrico do cliente.

  

b) Redução nas contas de água:

Ideal para empresas que tenham altas contas de água. As regras para cobrança da tarifa de água têm os valores aprovados em leis, embora essas leis tenham sido aprovadas há muitos anos atrás, atendendo à realidade da época e cuja estrutura permanece até hoje.

Por isso, além de medidas administrativas contra a CEDAE, pode ser necessário entrar na Justiça para fazer valer a atual realidade de cada empresa.

  

A redução das contas mensais de água pode ser obtida pela implantação de um ou mais tópicos abaixo:

- Reenquadramento tarifário mais conveniente, baseado em estudos técnicos;

- Trocar os componentes hidráulicos atuais por outros mais modernos e com novas tecnologias, reduzindo drasticamente o consumo;

- Análise do perfil de consumo, entrando com medidas administrativas na Concessionária para o correto enquadramento de cada cliente;

- Em casos limites, pode ser necessária uma ação judicial para fazer valer os direitos do cliente.

Outro aspecto importante é que, após a contratação dos serviços, ao apresentar o projeto com as alternativas e estimativas de redução na conta mensal, se só for necessário o trabalho de estudo e preparação do projeto para dar entrada nas devidas ações, a empresa não terá qualquer custo inicial, pagando à Câmara ou seus Associados um percentual da economia, somente quando receber os descontos na conta mensal ou for reembolsada de valores pagos indevidamente.

Ou seja, a Empresa não vai sacrificar seu fluxo de caixa, uma vez que o pagamento só será devido depois que a empresa começar a receber os descontos, por certo número de meses, e mesmo assim, só pagará parte da economia obtida, ficando a outra parte da economia para a empresa.

Dependendo do porte do investimento que seja necessário para otimizar as instalações e tecnologias, visando à eficiência energética, ainda há a possibilidade de ser fornecido, junto com o projeto, o financiamento subsidiado do mesmo, cobrindo: projeto, aquisição de equipamentos, mão de obra e a construção, se necessário.

Esta é mais uma iniciativa da Câmara de Commercio do Brasil que visa ajudar as empresas a reduzirem seus custos e, portanto, serem mais competitivas. Entre em contato conosco!

Eng.º Mateus Pereira

Armazenamento de Hidrogênio

Conteúdo de Célula a Combustível

Se o primeiro desafio da tecnologia do hidrogênio é a sua produção, o segundo é como armazená-lo; um dos principais obstáculos para o estabelecimento da infra-estrutura para a tecnologia do hidrogênio. Além da questão de segurança, a capacidade de armazenamento é importante, pois define a autonomia dos veículos. O mesmo se aplica para as aplicações portáteis, estacionárias e espaciais.

O hidrogênio tem a menor densidade no estado gasoso e o segundo ponto de ebulição de todas as substâncias conhecidas, fazendo com que se tenha dificuldades para armazená-lo no estado gasoso ou líquido. Quando em forma de gás, necessita de um sistema de armazenamento de grande volume e pressão, e quando no estado líquido, precisa que o seu armazenamento utilize sistemas criogênicos, ou seja, em baixíssima temperatura (-253°C).

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A baixa densidade do hidrogênio seja no estado líquido ou gasoso, também resulta numa baixa densidade de energia. Por isso, um certo volume de hidrogênio contém menos energia que o mesmo volume de qualquer combustível em condições normais de temperatura e pressão. Isto faz com que o volume ou a pressão do tanque aumente, pois uma certa quantidade de hidrogênio é necessária para que um veículo atinja uma boa autonomia. A vantagem de se utilizar numa célula a combustível é a alta eficiência desta tecnologia com relação aos motores à combustão interna, precisando de menos combustível para atingir o mesmo resultado.  Classe A com corte mostrando o tanque e a célula.

Apesar de sua baixa densidade de energia volumétrica, o hidrogênio tem a maior relação energia-peso que qualquer outro combustível. Infelizmente, esta vantagem é usualmente ofuscada pelo alto peso do tanque de armazenamento e equipamentos associados, fazendo com que muitas vezes seja maior e mais pesado que aqueles utilizados para armazenar gasolina, diesel ou álcool. Mas já há projetos que utilizam materiais de carbono ultra-resistentes e mais leves para estes propósitos.

Para aplicações práticas, o hidrogênio pode ser armazenado em alta pressão, no estado líquido em contêineres criogênicos, ou quimicamente ligados a certos metais (hidretos metálicos). O volume e o peso dos sistemas estão cada vez mais próximos quando comparados ao armazenamento de gasolina, metanol, etanol, gás natural e baterias convencionais, cada um contendo a mesma quantidade de energia.
Existem atualmente cinco meios principais de se armazenar o hidrogênio. Uma das mais pesquisadas no Brasil é através de hidretos metálicos, onde o hidrogênio é absorvido por metais. Esta tecnologia vem sendo pesquisada pelo Laboratório de Hidrogênio do COPPE/UFRJ. O instituto de pesquisa do hidrogênio é uma referência da tecnologia do hidrogênio no Brasil e no mundo, e vem pesquisando o armazenamento do combustível em hidretos metálicos com apoio da Renault, CNPq e FAPERJ.

Além do armazenamento em materiais sólidos, há pesquisas para compressão de hidrogênio em cilindros que suportem altíssimas pressões. O objetivo das montadoras de automóveis é atingir pressões internas de até 10.000 psi, pelo menos. Algumas já conseguiram, mas o nível de segurança deve ser altamente confiável. Por isso, a maioria dos protótipos são de 5.000 psi.

As cinco principais formas de se armazenar hidrogênio são:

  • Reservatórios de Gás Hidrogênio Comprimido;
  • Reservatórios para Hidrogênio Líquido;
  • Hidretos Metálicos;
  • Adsorção de Carbono;
  • Micro-esferas.

Vejamos abaixo as principais características das opções de armazenamento de hidrogênio.


Reservatório de Gás Hidrogênio Comprimido:
Sistemas de armazenamento de gás em alta pressão são os mais comuns e desenvolvidos para armazenamento de hidrogênio. A maioria dos veículos movidos por células a combustível utilizam esta forma de armazenamento feito em cilindros, de forma similar aos utilizados com gás natural comprimido.

Nas seções cilíndricas, o formato parece com domos hemisféricos, embora novos formatos estejam em desenvolvimento, com múltiplos cilindros e outros formatos buscando aproveitar espaços disponíveis nos automóveis, aumentando a quantidade de hidrogênio armazenado, seja por aumento de volume, ou por maior compressão.

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Buscando minimizar o volume e ao mesmo tempo maximizar a quantidade de hidrogênio armazenado, os fabricantes de cilindros estão tentando atingir as maiores pressões possíveis. Cilindros de alta pressão normalmente armazenam hidrogênio com pressão de 3.600 psi (250 bar) embora novos desenhos já tenham conseguido certificação para operar com 5000 psi (350 bar). O estado da arte da tecnologia atualmente em desenvolvimento já superou o teste padrão de explosão para 23.500 psi (1620 bar) utilizando um cilindro de 10.000 psi (700 bar).

Os cilindros devem ser feitos com placas finas, utilizando materiais altamente resistentes e de excelente durabilidade. Estão classificados basicamente em 4 tipos de acordo com o material utilizado.

  • Tipo 1: Podem ser feitos totalmente de alumínio ou aço;
  • Tipo 2: Camada fina de alumínio ou aço envolto por outro composto – geralmente fibras de carbono - em forma de circunferência;
  • Tipo 3: Fina camada de aço ou alumínio envolto totalmente por outros compostos como fibras de carbono;
  • Tipo 4: Uma camada de plástico resistente envolto por outro composto também resistente.

Em geral, quanto menos metal for usado, mais leve será o cilindro. Por esta razão, os cilindros com fina camada de aço ou alumínio e com alta resistência, tal como o Tipo 3, são mais usados para aplicações com hidrogênio. Os cilindros do Tipo 4 ganharão mais espaço no futuro.

Os cilindros do Tipo 3 utilizam finas camadas de aço ou alumínio intercaladas e envoltas por fibras de carbono, utilizando resinas como o epóxy para colá-las.

A combinação de fibras e resina para envolver as camadas metálicas possibilita uma alta resistência, e diferentemente dos metais, são menos corrosivos, embora possam sofrer danificações devido a impactos, cortes, abrasão, etc.

Um detalhe importante é com relação à temperatura em ambientes quentes, ou devido ao resultado de compressão durante o abastecimento do cilindro, o que faz com que a pressão aumente em 10% ou mais. Qualquer gás armazenado nestas pressões é extremamente perigoso e capaz de liberar um fluxo de gás com força explosiva ou capaz de impulsionar um pequeno objeto na velocidade de uma bala.

Apesar do perigo em potencial, os cilindros de alta pressão têm uma estatística de segurança excelente.

Durante a fabricação, cada cilindro passa por testes de hidrostática e vazamentos, e uma determinada quantidade de cilindros de cada lote são selecionados aleatoriamente para testes cíclicos e de explosão. Os cilindros carregam informações como a marca do fabricante, o padrão de construção, número serial, pressão para uso, máxima pressão de abastecimento, e tempo de validade. Os cilindros têm uma vida útil de aproximadamente 15 anos ou 11.250 abastecimentos. Mas deve-se sempre fazer inspeções e testes de vazamentos como parte de uma rotina de manutenção.

Um veículo com cilindro de hidrogênio utiliza uma série de cilindros montados num compartimento em comum. Na pressão de 3600 psi (250 bar), o sistema de armazenamento pesa aproximadamente quatro vezes mais que o do sistema de armazenamento de hidrogênio líquido e também ocupa um espaço quatro vezes maior. Quando comparado com gasolina, o sistema de armazenamento do gás é cerca de 15 vezes maior em volume e 23 vezes mais pesado. Esses são valores médios e atuais. Em breve, já teremos estas desvantagens minimizadas.

A compressão de gás é um processo de uso intensivo de energia. Quanto maior a pressão final, maior a quantidade de energia que é requerida. Entretanto, a energia incrementada cada vez que se aumenta a pressão final diminui. Assim, o início da compressão é a parte do processo que mais faz uso de energia.


Reservatório de Hidrogênio Líquido
Sistemas de armazenamento de hidrogênio líquido resolvem vários problemas como peso e tamanho que estão associados aos sistemas de compressão em alta pressão.

Para que atingir o estado líquido o hidrogênio deve estar abaixo do seu ponto de ebulição (-253 °C) na pressão ambiente num tanque muito bem isolado, geralmente com vácuo entre duas camadas, muito parecido com uma garrafa térmica. Os tanques de armazenamento não precisam ser altamente reforçados como acontece com os cilindros de alta pressão, mas precisam ser adequadamente robustos para aplicações automotivas.

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O hidrogênio não pode ser armazenado no estado líquido indefinidamente. Todos os tanques, mesmo aqueles com excelente isolamento, permitem a troca de calor com os ambientes externos. A taxa de transferência de calor depende do desenho e tamanho do tanque - neste caso, quanto maior o tanque, melhor. O calor faz com que parte do hidrogênio evapore e a pressão no tanque diminua. Para diminuir a perda por evaporação, a maioria dos tanques utilizam o desenho esférico pois oferecem a menor área para um determinado volume, tendo assim uma menor área de transferência.

Os tanques têm uma pressão máxima de operação de 72 psi (5 bar). Se o hidrogênio não for consumido mais rapidamente que sua evaporação, a pressão cresce até um ponto em que o hidrogênio descarrega através de uma válvula de alívio. O hidrogênio descarregado não só é uma perda direta deste combustível, como pode ter um poder de flamabilidade se o carro estiver estacionado em locais fechados. Para que este fluxo de perda seja controlado para não ocorrer uma possível acumulação em potencial, os veículos apresentam válvulas de alívio que liberam o gás numa taxa de 1 a 2% por dia.

Quando utilizado em motores à combustão, o hidrogênio líquido pode ser injetado diretamente nos cilindros. Quando utilizado em carros movidos por células a combustível, o hidrogênio gasoso atinge uma pressão suficiente para que ocorra as reações químicas nos eletrodos e catalisadores.

Embora o armazenamento de hidrogênio líquido elimine o perigo associado às altas pressões, eles introduzem perigos associados à baixa temperatura. O carbono tem problemas de exposição em temperaturas menores que -30 °C, tornando-o quebradiço e susceptível a fratura. Além disso, o ar pode se liquefazer no lado de fora ou dentro da área de isolamento resultando numa concentração de oxigênio que pode causar uma faísca ou explosão se entrar em contato com materiais combustíveis.

O hidrogênio líquido é mais denso que no estado gasoso mas mesmo assim é mais volumoso que a gasolina considerando-se uma quantidade de energia equivalente. Comparando-se com os tanques de gasolina, os sistemas de armazenamento de hidrogênio são de 4 a 10 vezes maiores e pesados para uma quantidade equivalente de energia.


Hidretos Metálicos
Os sistemas de armazenamento de hidrogênio através de hidretos metálicos são baseados no principio de que alguns metais absorvem o hidrogênio gasoso sob condições de alta pressão e temperatura moderada para formar os hidretos metálicos.

Esses metais liberam o gás hidrogênio quando aquecidos em baixa pressão e em alta temperatura. Resumindo, os metais absorvem e liberam o hidrogênio como uma esponja.

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Hidreto metálico da Savannah River Technology Center.

As vantagens do armazenamento utilizando hidretos metálicos está pelo fato de que o hidrogênio passa a fazer parte da estrutura química do metal e assim não precisa de altíssimas pressões ou estar no estado criogênico (baixíssima temperatura) para operar. Como o hidrogênio é liberado do hidreto para uso em baixas pressões os hidretos metálicos são a opção mais segura dentre todos os outros métodos para se armazenar o hidrogênio.

Há muitos tipos de hidretos metálicos, mas basicamente eles são metais como o magnésio, níquel, aço e titânio. No geral, estão divididos de acordo com a capacidade de liberar hidrogênio em baixa ou alta temperatura.

Os hidretos de alta temperatura são menos caros e podem absorver mais hidrogênio que os hidretos de baixa temperatura, mas requerem quantidades significativas de calor para liberar o hidrogênio. Os hidretos de baixa temperatura podem conseguir calor suficiente através do motor, mas os hidretos de alta temperatura precisam de uma fonte externa de calor.

Muitas vezes os hidretos de baixa temperatura podem ter problemas de liberar o hidrogênio na temperatura ambiente. Para resolver este problema, os hidretos de baixa temperatura precisam ser pressurizados, aumentando a complexidade do processo.

A maior desvantagem dos hidretos metálicos não é tanto a temperatura e pressão necessárias para liberar o hidrogênio, mas a sua baixa densidade de energia. Mesmo os melhores hidretos metálicos contém somente 8% de hidrogênio em relação ao peso e assim se tornam muito pesados e caros. Estes sistemas de armazenamento podem ser até 30 mais pesados e 10 vezes maiores que um tanque de gasolina considerando-se a mesma quantidade de energia.

Outra desvantagem do armazenamento através de hidreto metálico é que devem ser carregados somente com hidrogênio puro, pois podem ser contaminados e perderem a capacidade de armazenamento caso impurezas sejam inseridas. O oxigênio e a água são os principais problemas, pois quimicamente eles adsorvem na superfície do metal retirando potenciais ligações para o hidrogênio. A perda de capacidade de armazenamento devido a contaminantes pode ser resolvida com inserção de calor.

Outro problema associado aos hidretos de metal está relacionado à sua estrutura. Eles são geralmente produzidos na forma granular ou em pó possibilitando assim uma grande área para armazenar o gás. As partículas são suscetíveis ao atrito, o que pode diminuir a eficiência.

Até o momento nenhum hidreto metálico atingiu uma excelente performance considerando-se alta capacidade de absorção, alta densidade, necessidade de pouco calor e ter baixo custo. Em alguns casos, uma mistura de hidretos de baixa e alta temperatura pode ser usada para manter algumas vantagens inerentes a cada tipo ao mesmo tempo em que pode introduzir desvantagens.


Hidretos Alcalinos
É uma variação recente de hidretos que oferece algumas vantagens sobre os métodos anteriores e utiliza compostos como o sódio, potássio e o lítio. Estes compostos reagem com água para liberar o hidrogênio sem necessidade de calor. O processo mais desenvolvido comercialmente envolve o uso de hidróxido de potássio (NaOH), disponível facilmente como refugo de indústrias de papel, pintura, têxteis, plástico e petroquímicas. O hidróxido de sódio é convertido em hidreto de sódio (NaH) retirando-se o oxigênio pela adição de um pouco de calor.


As vantagens deste processo é que não precisam de altas pressões operar em temperaturas criogênicas, além da adição de calor para liberar o hidrogênio, não ter tanto problema com contaminação, problemas estruturais e ser relativamente fácil de manusear.

Assim como os outros sistemas, os hidretos de sódio são pesados e tem uma densidade de energia que pode ser comparada a obtida pelos hidretos metálicos de alta temperatura. As desvantagens são complicações mecânicas durante o processo relacionados ao corte em pequenas bolas com controle de desenho.


Outros Métodos
Outras formas de armazenar o hidrogênio também vêm sendo pesquisadas, e não estão disponíveis comercialmente. Entre elas estão técnicas de micro-esferas e adsorção de carbono.


Adsorção de Carbono
A adsorção de carbono é uma técnica similar à aplicada aos hidretos metálicos onde o hidrogênio salta quimicamente para a superfície dos grânulos de carbono porosos. O carbono é adsorvido na temperatura de -185°C a -85°C e na pressão de 300 a 700 psi (21 a 48 bar). A quantidade de carbono adsorvido aumenta em baixas temperaturas. O calor em excesso de aproximadamente 150°C libera o hidrogênio.


Micro-esferas
Os sistemas de armazenamento de micro-esferas utilizam pequenas esferas de vidro no qual o hidrogênio é forçado a entrar sob alta pressão. Uma vez armazenado, as esferas podem ser mantidas na temperatura ambiente sem perda de hidrogênio.

Dependendo da temperatura, o vidro é impermeável ao hidrogênio que está dentro da esfera (baixa temperatura) ou permeável (alta temperatura) para que seja libertado.

A adição de uma pequena quantidade calor é suficiente para liberar o hidrogênio. Para aumentar a taxa de hidrogênio libertado, experimentos de choque entre as esferas estão sendo feitos.

Fonte: Brasil H2 Fuel Cell Energy Por: Eng. Emilio Hoffmann Gomes Neto

Categoria: Rivista Online - Edizione - Aprile 2016 

    O sistema de captação da energia fotovoltaica ou solar é essencialmente versátil, permitindo sua exploração e utilização em áreas rurais e urbanas, densamente povoadas sem apresentar qualquer risco para as pessoas das cidades e localidades de toda natureza  ou mesmo das  metrópoles

    O Brasil tem 80% de sua população citadina, morando, vivendo e se locomovendo nas cidades, concentradas demograficamente nas Capitais e Regiões Metropolitanas, representando aproximadamente 160 milhões de consumidores diretos ou indiretos de energia que é produto de primeira necessidade .

    Então prédios públicos, residências, condomínios de edificações e casas; clubes, edifícios comerciais e de serviços; lojas e até pequenas e médias indústrias se instalam e se multiplicam nesse cenário de expansão incontida, surgindo demanda crescente para uso, impulsionando o crescimento e o desenvolvimento pois que o primeiro insumo básico do sistema econômico é a energia que, quanto mais barata para consumo, melhor para todos.

    Países como China, Alemanha, Japão, Estados Unidos, Chile, Canadá e México, já colhem os inúmeros benefícios das respectivas capacidades instaladas, cumprindo rigorosamente o ecologicamente correto “dever de casa” de redução das emissões de gases de efeito estufa que provocam desastres ambientais avassaladores,com aumento de inundações e secas.

   O primeiro lugar em capacidade instalada total de energia fotovoltaica é da Alemanha, com 36 mil MW, seguida pela China que é o maior investidor global em energias renováveis, segundo o REN21-2014, que mostra as tendências dos principais países, sem qualquer referência ao Brasil

  O Brasil, além de ser o segundo maior extrator  mundial de silício, podendo fabricar placas fotovoltaicas para consumo interno e para exportação, ainda  não tem definido um planejamento estratégico para ser  líder mundial   na  produção do produto acabado que é a placa que  é usada para captação da luz solar .

   A geo localização  equatoriana do  País   nos confere altos índices de  prolongada insolação    “ all  day , every  day ”  ,  cinco vezes maior do que na Alemanha,  nos transformando no maior   potencial de produção de  energia solar por Km2, inigualável em todo o planeta.

  Aqui nos interessa particularmente a geração distribuída da energia solar nas áreas urbanas super povoadas onde os minigeradores *utilizam a respectiva produção e o excedente é devolvido à rede *, fazendo-se a compensação do gasto efetivo, o que provoca a redução significativa da conta da luz.

  Para  a sociedade brasileira  chegar a níveis  mínimos internacionais  de geração distribuída nas cidades  é preciso que seja implantado um programa governamental com vontade política e competência; publicidade em todas as estratificações sociais, informando os benefícios de seu uso; isenção tributária; abertura de linhas de crédito para produtos e serviços, pois só assim poderemos dobrar a atual produção de geração na matriz energética até o ano 2050, meta governamental  impondo a  queda acentuada de preços da energia  ao consumidor.

  A energia solar está crescendo no mundo de forma exponencial e no curto prazo  será líder de todas as formas renováveis.

 O Brasil tem perdido nos últimos anos várias oportunidades no campo energético, com imobilismos e decisões equivocadas de seus principais gestores e será inaceitável perder mais essa senda, indo contra a tendência mundial.

Nota do autor :

A feira mundial de iluminação (Light + Building), realizada na Messe de Frankfurt,  vem aumentando seu  espaço para fabricantes e expositores de sistemas de captação solar através de placas fotovoltaicas, mostrando a diversificação desses produtos de alta tecnologia, indicados para diversos usos, isto porque,a Alemanha optou pelo sistema fotovoltaico chegando hoje a 26% do total mundial instalado, primeira no hanking .

O sistema de captação solar se adequa perfeitamente a tendência mundial de substituição de todas as Lâmpadas “in door” e “out door” pelo Led, que são de baixíssimo custo no consumo, se transformando em um casamento perfeito, permitindo-se uma nova equação do “ mais por menos”, ou seja, que  permite o aumento da demanda, atendendo  a mais consumidores dispendendo-se menos dinheiro.

Na Light + Building 2016 , ocorrida de 13 a 18 de março último, ficou demonstrado que as fabricantes de placas solares, alemãs trabalham com certificado  ISO -50001, o que permite uma ótima qualidade e garantia de durabilidade de 35 anos no produto fabricado sem ofensa ao meio-ambiente.

*Geração Distribuída – é a forma de geração de energia solar feita pelo usuário, concomitante com a concessionária de serviços públicos que passa a  ser parceira na relação crédito/débito.

*Minigeradores – usuários que se transformam em pequenos produtores de energia solar

 * Pedro Paulo Marques Cajaty é jornalista diplomado pela Escola Superior de Guerra.

 

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,944 bilhões em setembro de 2015. O resultado é o melhor para meses de setembro desde 2011, revertendo o déficit de US$ 42 milhões registrado em igual período do ano passado. As exportações somaram US$ 16,148 bilhões e as importações US$ 13,204 bilhões. A corrente de comércio foi de US$ 29,352 bilhões, valor 23,5% abaixo do registrado em setembro de 2014 pela média diária. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa, realizada na sede da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A média diária das exportações em setembro chegou a US$ 769 milhões, 4,3% acima da média verificada em agosto deste ano (US$ 737,4 milhões), resultado do embarque de produtos básicos (US$ 7,163 bilhões), manufaturados (US$ 6,33 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,277 bilhões). Na comparação com setembro de 2014, a média diária das exportações caiu 13,8% (US$ 891,6 milhões).

O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (Deaex) da Secex, Herlon Brandão, explica que, apesar do efeito da queda de preços, o Brasil é um dos países com maior crescimento na quantidade exportada. “Houve um aumento do quantum de 7,2%, de janeiro a setembro, o que mostra a força do produto nacional, que, mesmo com a redução de preços, conseguiu ter destaque no comércio exterior”.

Ainda no comparativo com setembro de 2014, a média diária das exportações de produtos básicos caiu 19,6%, especialmente pela queda de minério de ferro (-40,4%), petróleo em bruto (-37,8%), algodão em bruto (-35,2%), fumo em folhas (-31,4%), minério de cobre (-30,3%), farelo de soja (-23,7%), carne suína (-17,7%), carne de frango (-14,5%) e café em grão (-13,7%). Por outro lado, cresceram as vendas de milho em grão (22,8%), soja em grão (11,2%) e carne bovina (3,7%).

As exportações de manufaturados, em média diária, reduziram 4,6% no mês em comparação com setembro de 2014. O desempenho do grupo foi puxado principalmente pela queda nas exportações de açúcar refinado (-33,7%), máquinas para terraplanagem (-28%), medicamentos (-21,9%), tubos flexíveis de ferro e aço (-19,5%), motores e geradores (-18,5%), pneumáticos (-11,7%), bombas e compressores (-11,1%), motores para veículos e partes (-10,6%), automóveis de passageiros (-7,5%), polímeros plásticos (-6,2%) e autopeças (-4,4%). Por outro lado, aumentaram as vendas de plataforma de extração de petróleo, tubos de ferro fundido (55,1%), laminados planos (27,3%), óxidos e hidróxidos de alumínio (16,4%), veículos de carga (15,7%) e aviões (8,4%).

No grupo de produtos semimanufaturados, que apresentou queda – em média diária – de 12,2% no comparativo com setembro do ano passado, decresceram as vendas principalmente de açúcar em bruto (-37,9%), couro e peles (-30,8%), semimanufaturados de ferro/aço (-22,2%), ouro em forma semimanufaturada (-17%), ferro-ligas (-13,1%), madeira serrada (-9,9%) e alumínio em bruto (-4%). Por outro lado, aumentaram as vendas de catodos de cobre (98,9%), óleo de soja em bruto (94,7%), celulose (18,8%) e ferro fundido (4,2%).

Importações
Pelo lado das importações, a média diária em setembro de 2015 foi de US$ 628,8 milhões, o que representa uma alta de 3,2% sobre agosto deste ano (US$ 609,3 milhões) e uma queda de 32,7% na comparação com setembro de 2014 (US$ 934,5 milhões). Decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-61,9%), bens de capital (-27,4%), matérias-primas e intermediários (-26%) e bens de consumo (-23,4%) Segundo Brandão, houve queda nas importações de itens de todas as categorias de produtos. “O efeito câmbio melhora a rentabilidade em reais das exportações brasileiras, mas também faz diminuir as importações. Além disso, o desaquecimento da economia tem gerado uma menor demanda por bens importados”, esclareceu.

No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração é resultado da diminuição dos preços de petróleo, naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural e carvão. Entre os bens de capital, houve queda no desembarque de maquinaria industrial, partes e peças para bens de capital para indústria, equipamento móvel de transporte, acessórios de maquinaria industrial e máquinas e aparelhos de escritório e serviço científico.

No segmento de matérias-primas e intermediários, decresceram as aquisições de produtos minerais, produtos alimentícios, produtos agropecuários não alimentícios, partes e peças de produtos intermediários, produtos químicos e farmacêuticos, acessórios de equipamento de transporte e matérias-primas para agricultura.

As principais quedas nas aquisições de bens de consumo foram observadas nas importações de automóveis de passageiros e partes, bebidas e tabaco, vestuário, produtos de toucador, partes e peças para bens de consumo duráveis, móveis, produtos alimentícios, máquinas e aparelhos de uso doméstico, produtos farmacêuticos e peças de decoração.

Janeiro a Setembro
No acumulado de janeiro a setembro de 2015, as exportações somam US$ 144,495 bilhões e as importações US$ 134,249 bilhões, valores 16,3% e 22,6% menores, respectivamente, que os registrados no mesmo período do ano passado (pela média diária). A corrente de comércio totalizou US$ 278,744 bilhões, uma queda de 19,5% sobre o mesmo período de 2014 (US$ 348,010 bilhões), pela média diária. Entre janeiro e setembro de 2015, a balança comercial acumula um superávit de US$ 10,246 bilhões, revertendo o déficit registrado em igual período de 2014 (US$ – 742 milhões).

Brandão citou a previsão feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, de que até ao final deste ano podemos chegar a US$ 15 bilhões de saldo positivo na balança comercial. “O último trimestre do ano é tradicionalmente superavitário e, como disse hoje o ministro Armando Monteiro, acreditamos que o saldo positivo deve se ampliar em função do aumento nas exportações de minério de ferro, aviões e da safra de milho que começa a ser exportada neste período, entre outros fatores”.

Destaques
Um dos destaques no período foi o aumento das exportações de produtos manufaturados para os Estados Unidos. Entre janeiro e setembro, as exportações de industrializados acumulam alta de 4%, com destaque para gasolina (123%), laminados planos de ferro e aço (116,3%), aviões (61,8%), preparações e conservas de carne bovina (47,9%) e partes de motores e turbinas para aviação (17%).

Outro destaque foi a retomada das exportações de carne bovina para a China este ano. “De junho a setembro, já exportamos US$ 222 milhões em carne bovina para a China, valor muito superior aos US$ 300 mil exportados no mesmo período do ano passado. Desde 2012 as exportações para o país diminuíram muito por conta de barreiras que foram retiradas em maio deste ano”, afirmou Herlon.

Fonte: BrazilExport Magazine

 

 

 

Categoria: Rivista Online - Edizione Settembre 2015

L.G. – DÊ  A BOA NOTÍCIA :

-  O lançamento do livro “Rio de Cor – Monumentos para Colorir “ programado para lançamento no dia 8 de outubro, no Forte de Copacabana, homenageando o Ano Internacional da Luz.

L.G. – COMO SURGIU A IDÉIA ?

- há muito tempo vinha pensando na possibilidade de realçar a riqueza e a beleza dos monumentos, fiz um ensaio fotográfico, mas não ficou bom, aí conheci uma artista ilustradora talentosa, a Fran Junqueira e tive a idéia de nos unirmos para fazer  um livro para colorir pois acreditamos que   o Rio de Janeiro é uma das poucas cidades do mundo que pode contar sua história através de seus monumentos .

L.G. – QUAL É A MENSAGEM DA OBRA ?

- convidar o leitor para conhecer mais o Rio, através da sua  história, muito rica e plena,  podendo participar ativamente, colorindo e também sugerindo cores para os sítios ;  sensibilizar o maior número possível de pessoas sobre a importância da iluminação cênica, que atrai muitos visitantes  pois  realça o nosso  passado que é rico e pleno ;  divulgar as novas tecnologias do led e  oled  que podem produzir  cores ou multicores  todas as noites , embelezando mais a nossa cidade.

L.G. – QUAL É A DIFICULDADE PARA ILUMINAR COM A TECNOLOGIA LED ?

- na verdade não há nenhuma dificuldade técnica , pelo contrário a tecnologia led é simples e tem um bom manejo, permitindo que os monumentos e sítios arquitetônicos assumam novas   “personalidades” , se transformem realmente,  conforme o número de cores e intensidade utilizadas, pois os recursos lumínicos se tornaram inesgotáveis pelo estudo e desenvolvimento da luminociência nos últimos anos.

L.G – QUANTOS MONUMENTOS HISTÓRICOS EXISTEM E QUE PODEM  RECEBER A ILUMINAÇÃO LED ?

- aqui no Rio temos em torno de 1.200 . O mais importante de todos é o Cristo Redentor, símbolo da Cidade do Rio de Janeiro e Patrimônio da Humanidade,  que já recebe iluminação Led, mudando constantemente de cor, em datas importantes e campanhas sociais.

L.G. – HÁ UM MONUMENTO EM ESPECIAL QUE VOCÊ QUEIRA ILUMINAR ?

-  o piloto navegador italiano Carlo Del Prete (1897-1928) que foi selecionado pela beleza e representatividade  da obra , podendo  ser   iluminado com alta tecnologia do led.  Registre-se que  Del Prete e Arturo Ferrarin saíram de Roma, em 1928, num voo direto para o Rio, no Hidroavião Savoia-Marchetti S.64, mas devido ao mau tempo, aterrissaram na cidade de Touros – RN, batendo 2 recordes mundiais; foram 49hs,19min de vôo ininterrupto, com 7.173Km em linha direta  sobre o Oceano Atlântico.

   Estando o monumento  exibido  onde anteriormente era a Embaixada Geral da Itália, hoje  Praça Del Prete, encontra-se o mesmo com pouca visibilidade, o que é inaceitável.  Por isso,  aproveito para sugerir aos funcionários do Consulado Geral da Itália e autoridades em geral que,  certamente,  são leitores de La Gazzeta  a  transferência daquela obra  para um outro  local de maior visibilidade e visitação turística , ainda antes das Olimpíadas de 2016, por se tratar  de arte  inigualável , objetiva e subjetivamente falando ,  estando convicta  de  que não faltarão recursos para  iluminar aquele sítio.

L.G. – VOCÊ PENSA EM SE APOSENTAR NO FUTURO OU AINDA TEM MISSÕES A CUMPRIR ?

- apesar de ter direitos adquiridos não pretendo  me aposentar, nem penso nisso. Encontro-me numa fase produtiva e de transformação ; pretendo trabalhar muito no desenvolvimento de projetos para o Rio e Brasil; sou apaixonada pelo meu trabalho de engenheira das luzes , que dedico ao Rio há décadas. Estou realizada pois cidadãos natos, adotados , visitantes e apaixonados compreendem o valor histórico dos monumentos da cidade que podem com, o advento da tecnologia led e oled, se vestirem coloridos.

L.G. – VOCÊ PODE NOS CONTAR ALGUMAS ?

- penso em fazer outros livros do gênero, destacando a cultura arquitetônica do Rio que é riquíssima pois que multifacetada. Como se sabe, o Rio foi sede de dois impérios, de Portugal e do Brasil que deixaram marcas e traços indeléveis que devem ser resgatados para as novas gerações e visitantes.

- no segmento da tecnologia , na qualidade de cidadã já estou utilizando os canais com o legislativo federal, para obter a obrigatoriedade legal de utilização do gás argônio nas luminárias led, para que a luminária tenha uma vida útil de mais de 20 anos, com garantia agregada do fabricante dos atuais 5  para 15 anos, resultando numa economia de escala significativa para as prefeituras, considerando que nos próximos anos o Rio de Janeiro vai substituir 400 mil luminárias, dentro das metas de economia de energia preconizada pela matriz energética brasileira.

L.G. – NO SEGMENTO LUZ, A QUEM VOCÊ ATRIBUI  MAIOR  REALIZAÇÃO ?

  - no plano espiritual-religioso, a Deus (em Gênesis 1:1-5) que criou a luz no mundo para combater as trevas; no científico, a Nikola Tesla (1856-1943) que inventou quase tudo na iluminação que conhecemos, sendo um exemplo de cientista para a humanidade, que muito realizou e morreu pobre.

  - Quando visitei Yagodina, na Sérvia em 2010, fui ao museu de cera, onde Tesla está exposto como o maior herói inventor daquele país, havendo controvérsias, pois seu nascimento ocorreu onde hoje é território da Croácia.

L.G. – VOCÊ TEM UM  SONHO ?

 - ver o Brasil resolver rapidamente as atuais adversidades e partir para ser um líder mundial, através das conquistas na  área científica e tecnológica , principalmente no domínio da produção de energia solar ( fotovoltaica)  já que é o segundo maior produtor  do mundo de silício ,   só perdendo para China. Temos sol em abundância e somos o País que mais pode produzir energia solar no mundo por Km2.     A energia solar é limpa e renovável e poderá se tornar a principal na composição da matriz energética brasileira. A Alemanha está fechando 27 usinas nucleares até 2050 e o primeiro mundo está investindo em ciência e tecnologia para reduzir a produção e consumo dos combustíveis fósseis e minerais. O Brasil deve estar alerta !  Sem ciência e tecnologia corremos o risco de retornarmos à condição tribal.

L.G. – DÊ UMA RECEITA DE BEM VIVER :  praticar lazer 30 minutos diariamente e aos fins-de-semana, tempo integral rs,rs,rs,rs.

 

Na realidade, a globalização nada mais é do que uma forma moderna de neocolonialismo, onde as nações mais ricas (G-7) implementam uma estratégia de dominação sub-reptícia, com o emprego do ardil de necessidade de maior integração para que possam continuar a utilizar os recursos naturais e riquezas dos países periféricos, de forma a beneficiar seus respectivos povos.

 

Na esfera política há a contribuição direta e indireta para eleição no Executivo e Legislativo, em especial de sicários comprometidos com suas estratégias de dominação. Na expressão psicossocial existe o domínio da Educação (exemplo: acordo MEC-Usaid) e Cultura (cinema, teatro, meios de comunicação, universidades etc.).

 

No âmbito econômico, diagnosticamos o uso inteligente dos termos das relações de troca e dos fluxos econômico-financeiros para manutenção das relações de dependência existentes, com a instituição de três padrões de países: a China realizando a produção, a Índia operando como escritório e o Brasil fornecendo matérias-primas. Na Ciência e Tecnologia presenciamos a criação de óbices de toda ordem para impedir a autonomia tecnológica dos países dependentes.

 

E no aspecto militar identificamos o bloqueio empregado por meios de toda ordem (imprensa, tecnologia, campanha difamatória etc.) ao desenvolvimento de qualquer evolução do estado da arte das Forças Singulares, inclusive impedindo o progresso em setores críticos (nuclear, aeroespacial etc.), bem como contribuindo direta ou indiretamente para a destruição de sua indústria bélica.

 

A Soberania caracteriza-se pela manutenção da intangibilidade da Nação, assegurada a capacidade de autodeterminação e de convivência com as demais Nações em termos de igualdade de direitos, não aceitando qualquer forma de intervenção em seus assuntos internos, nem participação em atos dessa natureza em relação a outras Nações. A Soberania significa também a supremacia da ordem jurídica do Estado em todo o território nacional.

 

É oportuno salientar que os EUA questionam a soberania territorial na América do Sul . Thomas Shannon, chefe da Secretaria de Estado para a América Latina, disse que a Organização dos Estados Americanos "precisa fazer mais em relação à ameaça de atores transnacionais".

 

Para Shannon, a crise entre Venezuela, Colômbia e Equador abre uma questão maior, que é "um equilíbrio entre esse novo entendimento de segurança e a velha estrutura da OEA, que dizia respeito só à integridade territorial e soberania e a gerenciar conflitos entre Estados".

 

A prática tem demonstrado a extrema vulnerabilidade dos países que não possuem Poder Militar expressivo, especialmente o nuclear. Os exemplos recentes do Equador, da Ossétia, do Kosovo reforçam esta convicção. Em reforço, a Rússia, em virtude de deter o poder nuclear, chega fazer parte no G-7, apesar de não ser uma potência econômica.

 

Também os episódios próximos havidos com a Bolívia, o Equador e o Paraguai demonstram a fragilidade da ação do Brasil, fruto de dois fatores principais:

1 - O sucateamento de nossas Forças Armadas e a destruição da então pujante indústria bélica nacional, agravado pela carência de líderes militares como existiam no passado, os quais vão cedendo terreno a cada instante, sem reação;

2 - A conivência da cúpula do Itamaraty aos avanços de países pertencentes à América do Sul, sem as devidas medidas preventivas e dissuasórias, por orientação do próprio Lula, membro pertencente do Foro de São Paulo.

 

O cenário atual é preocupante e o pior é que não visualizamos soluções satisfatórias no curto e até no médio prazo. A disputa de 2010 apresenta como principais candidatos Dilma (sempre com a possibilidade de haver a possibilidade de um terceiro mandato de Lula) e Serra.

 

Em ambos os casos o processo de deterioração das Forças Armadas será agravado. A tendência é a de fortalecimento de órgãos como a Polícia Federal e entidades como Força Nacional de Segurança (com a criação do Bepe) e outras, configurando a real possibilidade de concretização de uma Guarda Nacional, sob o comando do Ministério da Justiça.

 

O aparato de segurança pública nos Estados está sendo ocupado por delegados da Polícia Federal, que respondem indiretamente à orientação da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

 

Na área de inteligência o panorama é semelhante, com o progressivo fortalecimento da Abin e a perspectiva de integração dos serviços de inteligência civil e militar, mas agora sob o comando fora do âmbito militar.

 

Na expressão econômica, o colapso financeiro atinge cada vez mais a economia real, provocando danosos efeitos como diminuição dos investimentos, queda no nível de produção e de emprego, com o desaquecimento da economia brasileira e a piora dos indicadores de desenvolvimento.

 

Isto possibilita uma oportunidade única de reversão do dantesco quadro existente, desde que haja uma oposição organizada e preparada para aproveitamento da ocasião. Porém, não vislumbramos qualquer grupo capaz de uma ação efetiva com possibilidade de êxito.

 

Na expressão política não encontramos nenhum partido que represente uma posição alternativa à onda de entreguismo e revanchismo em marcha. Na expressão psicossocial a educação está concentrada no pensamento gramcista e neoliberal, por paradoxal que pareça. Até os órgãos de ensino militar como a ESG começam a ser infiltrados.

 

A comunicação também é comandada ou por neoliberais a serviço de interesses alienígenas ou por viúvas do stalinismo ou por ambos. Na expressão científico-tecnológica, o panorama não é diferente. Persiste a dependência tecnológica, em especial na área de medicamentos.

 

É imperiosa a necessidade de refletir e agir sobre a sociedade brasileira, com determinação e força suficiente para evitar a perda concreta, pois já é sentida de várias formas, de parte vital do território nacional, sem resistência.

 

Marcos Coimbra

Membro efetivo do Conselho Diretor do Cebres, professor aposentado de Economia na Uerj e conselheiro da ESG.

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24/08/2015

 às 3:05

Por Tatiana Freitas e Toni Sciarretta, na Folha:

O aperto no crédito chegou ao agronegócio. A menos de um mês do início do plantio da nova safra, produtores de soja se queixam de dificuldades para obter empréstimos para custear a produção. Morosidade na análise de crédito, aumento das exigências dos bancos, alta nos juros –com um “mix” entre recursos subsidiados e crédito livre com taxas elevadas– e até venda casada são relatadas por agricultores. As dificuldades provocaram atraso na compra de insumos necessários para o início do plantio, como sementes e fertilizantes, e aumentaram os custos de produção. Se o problema persistir, poderá interromper os sucessivos ganhos de produtividade do setor nos últimos anos.

A situação é pior em regiões onde há mais produtores com dívidas pendentes, como no Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás. Mas, segundo o presidente da Aprosoja Brasil (Associação dos Produtores de Soja), Almir Daspasquale, o aperto é generalizado. “O dinheiro vem vindo a conta-gotas para todas as agências do Brasil”, diz. O problema teve origem no primeiro semestre, quando os produtores começam a se preparar para o plantio da safra seguinte. Nessa fase, eles buscam recursos nas linhas de pré-custeio, voltadas à compra de insumos.

Foi quando secou o dinheiro das contas-correntes e da poupança que, no caso do Banco do Brasil, vai para o financiamento do agronegócio. O banco estatal destina 73% da chamada poupança rural (90% do total da caderneta) para o crédito agrícola com juros subsidiados de 8,75% ao ano. Nas demais instituições financeiras, 65% da poupança vai para o crédito imobiliário, que neste ano também teve restrição de recursos especialmente na Caixa. Além da poupança rural, o agronegócio conta com o direcionamento de 34% dos depósitos à vista (conta-corrente) de todos os bancos. Com a alta dos juros, tanto a poupança como as contas-correntes perderam depósitos para outras aplicações. Para reverter a situação, Caixa e BB fizeram campanhas para estimular os depósitos.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

"Eu os verei em Nova Iorque". — Abu Bakr al-Baghdadi, autodeclarado "califa" do ISIS.

26 de junho, Saint Quentin Fallavier (comuna francesa na região de Ródano-Alpes), França. Um homem chamado Yassin Salhi, decapita, Hervé Cornara, seu patrão. Ele levanta a cabeça que acabou de decapitar, tira uma selfie, envia a foto a um de seus amigos na Síria e pendura a cabeça em uma cerca ao lado de uma bandeira preta do Estado Islâmico. Ele então tenta detonar um artefato explosivo mortífero em uma fábrica de gases industriais, porém falha. Se ele tivesse conseguido efetuar a explosão, poderia ter causado um desastre na região, parecido com o acidente que ocorreu em Seveso na Itália em 1976.

Naquele mesmo dia, outro homem de nome Seifeddine Rezgui, vai à praia em Sousse na Tunísia. Desenterra um fuzil que ele tinha anteriormente enterrado na areia. Ele mata trinta e nove turistas, em sua maioria britânicos e fere outras quarenta. Ele é baleado e morto pela polícia. Antes do tiroteio ele enviou uma selfie, sorrindo, com o fuzil na mão, ao lado de uma bandeira preta do Estado Islâmico. Ele envia a foto a um amigo jihadista na Síria, do mesmo jeito que Yassin Salhi havia feito.

Enquanto isso, um homem bomba mata vinte e sete pessoas ao se explodir em uma mesquita xiita na Cidade do Kuwait.

O Estado Islâmico emite um comunicado assumindo a responsabilidade pelos três ataques lembrando que 26 de junho é o primeiro aniversário do califado proclamado por Abu Bakr al-Baghdadi.

Em um ano o Estado Islâmico assumiu o controle de metade do Iraque, mais da metade da Síria além de ocupar uma região do tamanho da Grã-Bretanha. O grupo também capturou cidades importantes como Ramadi e Palmyra. O Estado Islâmico destruiu monumentos que foram preservados desde a antiguidade. Assassinou milhares de pessoas, em sua maioria cristãos, muitas vezes da forma mais cruel possível. Reintroduziu a escravidão. O grupo se alastrou bem além de seu território original e assegurou promessas de fidelidade de outros grupos islâmicos: Boko Haram na Nigéria, Jund al-Khilafa na Argélia e no Iêmen e Ansar Beit al-Maqdis no Egito. Ele já está presente em quatorze países. Ele publica vídeos sangrentos e desperta chamamentos religiosos. Ele dá boas-vindas a milhares de recrutas de países árabes sunitas, da Europa e dos Estados Unidos. O grupo chama a atenção de todos os "verdadeiros muçulmanos" para que matem os "incrédulos" (cristãos e judeus) e os "infiéis impuros" (lê-se xiitas) de todas as formas possíveis em qualquer lugar que eles se encontrarem.

No primeiro dia de Ramadã, 17 de junho, um de seus líderes Abu Muhammad al-Adnani, renovou a convocação para a matança de "infiéis". Yassin Salhi, Seiffeddine Rezgui e o autor do ataque na Cidade do Kuwait estavam seguindo ordens.

Três dias após os ataques na França, Tunísia e Kuwait, o Estado Islâmico matou Hisham Barakat Procurador Geral do Egito em um atentado a bomba no Cairo. Ao mesmo tempo o grupo lançou uma ofensiva contra as forças armadas egípcias no Sinai, em El Arish. A inteligência israelense acredita que a ofensiva foi organizada com a ajuda do Hamas em Gaza.

O Estado Islâmico está presente nas maiores cidades do Egito, na Faixa de Gaza, Judéia e Samaria e nos territórios ocupados pela Autoridade Palestina. A polícia francesa acredita que o grupo conte com células adormecidas na França e por toda a Europa. O Estado Islâmico controla a cidade de Derna na Líbia e a costa da Cirenaica, de onde barcos com milhares de imigrantes ilegais são enviados à Sicília e ao sul da Itália.

O Estado Islâmico está cunhando suas próprias moedas nas quais se encontra o mapa mundi com os seguintes dizeres: "Estado Islâmico – Um Califado baseado na doutrina do Profeta". Parece que o grupo tem ambições globais.

Ele não dispõe de meios para atingir todas as suas ambições. No entanto, dispõe de recursos sem precedentes para uma estrutura jihadista. É a primeira estrutura jihadista a se organizar como estado e também a primeira a produzir petróleo. Ela funciona tanto como estado quanto como uma rede global informal.

É a principal encarnação da ameaça jihadista global dos nossos tempos. Ela ainda não possui armas nucleares, porém poderia obter acesso a armas nucleares através do Paquistão.

Ela se tornou a principal encarnação da guerra jihadista contra o Ocidente e seus aliados, já faz alguns anos.

Em vez de vigilância admonitória frente ao perigo, os líderes ocidentais de hoje optaram pela acomodação e cegueira deliberada. Eles falam do Estado Islâmico como se ele fosse um culto e como se ele promovesse uma "ideologia perversa". Por conta disso eles não conseguem compreender a atração que ele exerce em tantos muçulmanos jovens. Eles não conseguem captar como esse grupo veio a representar para esses jovens muçulmanos o retorno ao Islã original e ao o que os muçulmanos consideram as "palavras de Deus" ditadas por Maomé. Esses líderes também não entendem a nostalgia pelo califado, sempre presente no mundo sunita, desde o fim do último califado orquestrado por Mustafa Kemal Ataturk em 1924.

Em uma pesquisa de opinião pública conduzida em 2006 no Egito, Paquistão, Marrocos e Indonésia, dois terços dos entrevistados disseram ser favoráveis à união de todos os países muçulmanos em um novo califado".

Muitos comentaristas muçulmanos no mundo Ocidental incentivam a cegueira ao declararem que o Estado Islâmico não é muçulmano. A bandeira do Estado Islâmico ostenta a shahada, a declaração de fé muçulmana. O Alcorão, usado e citado constantemente pelo Estado Islâmico é o mesmo Alcorão usado e citado por todos os muçulmanos, nos quatro cantos do mundo. Organizações muçulmanas como o Conselho de Relações Americano Islâmicas (CAIR em inglês) e o Conselho Fiqh da América do Norte, publicaram textos declarando que "refutam" a legitimidade islâmica do Estado Islâmico, contudo, nenhum desses textos afirma que o Estado Islâmico não respeita os princípios islâmicos.

Após os assassinatos na Tunísia, David Cameron disse que a luta contra o Estado Islâmico é a "batalha da nossa geração". Mas ele não disse como irá liderar a batalha. Depois ele repetiu que a ideologia do Estado Islâmico não é islâmica.

Logo após a decapitação em Saint Quentin Fallavier, o Primeiro Ministro da França Manuel Valls falou com um pouco mais de objetividade e afirmou que o inimigo é o "jihadismo". Ele acrescentou que o mundo precisa se engajar na "guerra ao terrorismo". Ele não disse como a guerra deveria ser conduzida.

A França não dispõe de meios nem da força de vontade de travar uma guerra global. O Presidente François Hollande imediatamente atenuou a "rigidez" dos comentários de Manuel Valls e simplesmente falou da "determinação" da França. Os comentários de Manuel Valls eram parecidos com outros comentários pronunciados há quatorze anos.

Em 20 de setembro de 2001, nove dias depois dos ataques de 11 de setembro, o Presidente George W. Bushfalou de uma "guerra global contra o terror". Ele designou metas e implementou uma estratégia. Naquela época ele foi duramente criticado pela maioria dos líderes ocidentais. Apesar dos equívocos, no outono de 2008, o jihadismo e o terrorismo islâmico tinham se retraído enormemente e pareciam estar à beira do colapso.

Em março de 2009, o Departamento de Defesa dos EUA mudou oficialmente o nome das operações de "Guerra Global Contra o Terror" para "Operações Contingenciais Externas".

Em 23 de maio de 2013, o Presidente Obama declarou que a "guerra ao terror" tinha terminado.

Em janeiro de 2014, em uma entrevista concedida à revista The New Yorker, Obama minimizou o poder do Estado Islâmico e o comparou a um "jayvee" equipe (de esportes de estudantes terceiranistas).

Dezoito meses depois, em 8 de junho de 2015, ele disse que sua administração "ainda não tinha nenhuma estratégia" para lidar com o Estado Islâmico. Ao que tudo indica, sua administração continua sem estratégia.

O Estado Islâmico sim, tem uma estratégia. A guerra jihadista contra o Ocidente e seus aliados continua crescendo.

A guerra do Ocidente contra o terrorismo jihadista está apenas começando. Por ora os países ocidentais estão, na melhor das hipóteses, na defensiva. Eles não ousam nem sequer identificar o inimigo.

Em 2009, quando Abu Bakr al-Baghdadi saiu de um campo de detenção americano no Iraque ele disse: "eu os verei em Nova Iorque". Ele não está em Nova Iorque, ainda.

ESCRITO POR GUY MILLIÈRE 

ESCRITO POR PEDRO CORZO| 24 AGOSTO 2015

O objetivo dos Estados Unidos quando impôs o embargo a Cuba não foi derrocar o regime dos irmãos Castro. O embargo foi uma retaliação, uma punição às disposições que o regime castrista havia tomado contra os interesses econômicos norte-americanos. O embargo tampouco foi uma espécie de sanção ao castrismo pelos fuzilamentos, ou pela situação dos direitos humanos na ilha.

 

Seu propósito era estritamente econômico, embora seja certo que com o transcurso do tempo e paralelo à diminuição da capacidade da oposição para derrotar a ditadura por meio das armas, transformou-se no imaginário de um amplo setor dos que enfrentavam o castrismo, no aríete que daria fim ao totalitarismo insular.

 

Certamente que as diferenças ideológicas e políticas estavam implícitas, mas as estratégias de Washington para derrocar a ditadura se instrumentaram por meio da ajuda ao movimento clandestino na ilha, a expedição da Brigada 2506 à Baía dos Porcos, a Operação Mongoose e outras manobras ofensivas de menor intensidade que com o tempo desapareceram da agenda dos executivos norte-americanos.

 

Indubitavelmente que a hostilidade entre os dois governos não desapareceu. Cuba se alinhou à União Soviética durante a Guerra Fria e em conseqüência, as diferenças entre os dois países se fizeram mais graves. Ambos governos nunca deixaram de ser inimigos e procuraram mutuamente, sem chegar a uma confrontação aberta, inflingir-se o maior dano possível.

 

Washington manteve uma política hostil ao regime de Havana, porém a agressividade de suas estratégias foi diminuindo. As novas disposições poderiam ser úteis para entorpecer o fortalecimento do regime e neutralizar, embora fosse parcialmente, sua influência no exterior, mas não continha elementos que por si mesmos tornassem possível sua queda.

 

Por sua parte, a ditadura insular nunca cessou suas agressões contra os Estados Unidos ou seus interesses. A subversão armada que patrocinou no hemisfério, a presença mercenária na África, a constituição do Foro de São Paulo, a base de espionagem de Lourdes, a conversão da Venezuela em um centro de desestabilização hemisférica, sem afastar, entre outras práticas, a intensa atividade que os serviços de espionagem cubanos desenvolveram no território norte-americano.

 

O governo de Cuba é por natureza belicoso e provocador. Durante décadas insuflou na população o ódio aos Estados Unidos. Responsabilizou Washington por todos os seus erros e fracassos. Não em vão, Fidel Castro escreveu desde a Sierra Maestra à sua amiga e companheira na destruição de Cuba, Celia Sánchez:“Uma vez que a guerra chegue a seu fim, começarei o que para mim é uma guerra mais longa e de maior envergadura: a guerra que vou levar contra os americanos. Compreendo que este será meu verdadeiro destino”.

 

Havana sem perder tempo e, embora mantenha relações comerciais com mais de 170 países, qualificou o embargo de “bloqueio”, assumindo o papel de vítima de Washington, um papel que cumpriu satisfatoriamente apesar de que 6.6% de suas importações procedem de empresas norte-americanas, e companhias desse país fornecem 96% do arroz e 70% da carne de ave que se consome na ilha.

 

Um trabalho do jornalista Pablo Afonso emMartí Noticias, anotou que Cuba importou dos Estados Unidos entre o ano 2000 a 2014, mais de U$ 4,600 milhões. Em 2012, importou, do país que o tem “bloqueado”, a terça parte dos alimentos que consumiu e em 2008 adquiriu a bagatela de U$ 695 milhões em alimentos. Sem dúvida alguma o embargo dos Estados Unidos a Cuba afeta este último país, mas é muito surpreendente assegurar, embora a ditadura castrista o proclame, que o embargo foi e é a ferramenta-chave de Washington para destrui-la.

 

A Casa Branca optou pela ruptura nos primeiros três anos, depois estabeleceu a política de contenção na qual o embargo é fundamental, e por último instrumentalizou o que se poderia qualificar de convivência hostil com a ditadura - condição que não foi afetada pela lei Helms-Burton -, daí o aumento do comércio e os inúmeros acordos subscritos entre ambos governos.

 

A nova política dos Estados Unidos para Cuba poderia diminuir ferramentas ao arsenal retórico da ditadura, porém não tem por quê afetar positivamente a situação dos direitos humanos na ilha, como tampouco ocorreu quando essa medida econômica foi imposta há quase 55 anos.

 

Washington está a favor do fim do embargo, o problema é que não se sabe a favor do quê está a ditadura cubana, com exceção de sobreviver a todo custo, embora inclua dormir com o inimigo.


Tradução:Graça Salgueiro

 

O Google tem a capacidade de direcionar milhões de votos para um candidato sem que ninguém se dê conta.


O próximo presidente americano poderia ter o acesso ao cargo facilitado não apenas por anúncios na TV ou discursos, mas pelas decisões secretas do Google, e ninguém – exceto por mim e talvez outros poucos pesquisadores desconhecidos – saberia com isto foi alcançado.

Uma pesquisa que tenho realizado nos anos recentes sugere que o Google Inc. acumulou muito mais poder para controlar eleições – de fato, para controlar uma ampla variedade de opiniões e crenças – do que qualquer companhia já teve na história. O algoritmo de busca do Google pode facilmente alterar as preferências de eleitores indecisos em 20% ou mais – acima de 80% em alguns grupos demográficos – sem que virtualmente ninguém saiba que está sendo manipulado, de acordo comexperimentosque realizei recentemente juntamente com Ronald E. Robertson.

Dadas as muitas eleições que são vencidas por pequenas margens, isto dá ao Google o poder, bem agora, de “virar” 25% das eleições nacionais no mundo inteiro. Nos EUA metade de nossas eleições presidenciais têm sido vencidas por margens inferiores a 7,6%, e a eleição de 2012 foi vencida por uma margem de 3,9% - bem dentro do controle do Google.

Há pelo menos três cenários bastante reais pelos quais o Google – talvez, mesmo sem o conhecimento dos líderes – poderia moldar ou mesmo decidir a eleição do próximo ano. Quer os executivos do Google vejam ou não deste modo, os empregados que constantemente ajustam o algoritmo de busca do gigante estão manipulando pessoas a cada minuto de cada dia. Os ajustes que fazem, progressivamente influenciam nosso pensamento – incluindo, verifica-se, nossas preferências de voto.

O que chamamos em nossa pesquisa de SEME –Search Engine Manipulation Effect(Efeito da Manipulação de Mecanismos de Busca) vem a ser o maior efeito comportamental já descoberto. Nossonovo estudo abrangente, que acaba de ser publicado noProceedings of the National Academy of Sciences (PNAS),inclui os resultados de cinco experimentos que conduzimos com mais de 4.500 participantes em dois países. Devido ao SEME ser virtualmente invisível, como forma de influência social, devido aos efeitos serem tão extensos, e devido à inexistência de regulações em qualquer lugar do mundo que impeçam o Google de usar e abusar desta técnica, acreditamos que o SEME é uma séria ameaça aos sistemas democráticos de governo.

OGoogle Trends, enquanto escrevo, mostra que Donald Trump está atualmente surrando todos os outros candidatos na atividade de busca em 47 dos 50 estados. Esta atividade poderia empurrá-lo para cima nos rankings de busca? E estes rankings mais altos poderiam proporcionar mais apoio a ele? Quase que definitivamente – a depender de como os empregados do Google escolham ajustar os coeficientes numéricos no algoritmo de busca. O Google admite ajustar o algoritmo 600 vezes por ano, mas o processo é secreto, então o efeito que o sucesso do Sr. Trump terá sobre em como ele aparece nas buscas do Google está presumivelmente fora das mãos dele.

Nossa nova pesquisa deixa poucas dúvidas a respeito da capacidade do Google de controlar os eleitores. Em experimentos de laboratório e online realizados nos EUA fomos capazes de impulsionar a proporção de pessoas que preferem qualquer candidato entre 37% e 63% após apenas uma sessão de busca. O impacto do ranking de visualizações tendencioso repetido por um período de semanas ou meses seria indubitavelmente maior.

Em nosso experimento básico os participantes foram distribuídos aleatoriamente em um de três grupos, nos quais os rankings de busca favoreciam o candidato A, candidato B e nenhum candidato. Foram fornecidas aos participantes breves descrições de cada candidato, e então perguntamos a eles o quanto gostaram e confiaram em cada candidato, e em quem eles votariam. Então foi permitido a eles 15 minutos para realizarem pesquisa online sobre os candidatos utilizando um mecanismo de buscas semelhante ao Google, que criamos e denominamos Kadoodle.

Cada grupo teve acesso aos mesmos 30 resultados de busca – todos resultados de buscas reais vinculados a páginas web reais de uma eleição passada. Apenas a ordem dos resultados diferiu nos três grupos. As pessoas podiam clicar livremente em qualquer resultado ou alternar entre qualquer das cinco diferentes páginas dos resultados, assim como qualquer um pode no mecanismo de busca do Google.

Quando nossos participantes estavam fazendo buscas, perguntamos a eles algumas questões novamente, e,voilà: em todas as mensurações as opiniões se alteraram na direção do candidato que tinha sido favorecido no ranking. Confiança, simpatia e preferência de voto foram alteradas previsivelmente.

O mais alarmante, também demonstramos esta alteração com eleitores reais durante uma campanha eleitoral real – num experimento conduzido com mais de 2.000 eleitores indecisos por toda a Índia durante a eleição de 2014 para o Lok Sabha (Câmara do Parlamento Indiano) – a maior eleição democrática da história, com mais de 800 milhões de eleitores habilitados e 480 milhões de votos finalmente computados. Mesmo aqui, com eleitores reais que estavam altamente familiarizados com os candidatos e que estavam sendo bombardeados com retórica de campanha todos os dias, mostramos que os rankings de busca poderiam aumentar a proporção de pessoas a favor de qualquer candidato em mais de 20 % - mais de 60% em alguns grupos demográficos.

Dado quão poderoso é este efeito, é possível que o Google tenha decidido o vencedor da eleição na Índia. Os dados diários do Google sobre a atividade de buscas relacionadas à eleição (subsequentemente removidas da internet, mas não antes que eu e meus colegas baixássemos as páginas) mostraram que Narendra Modi, o vencedor final, superava seus rivais em atividade de busca em mais de 25% por 61 dias consecutivos antes que os votos finais fossem computados. O alto volume de atividades de busca poderia facilmente ter gerado rankings de busca mais altos para Modi.

O comentário oficial do Google sobre a pesquisa SEME é sempre o mesmo: “Fornecer respostas relevantes tem sido o fundamento da abordagem do Google em buscas desde o início. Se tivéssemos que mudar o curso, isto abalaria a confiança das pessoas em nossos resultados e na companhia”.

Algum comentário poderia ser mais sem sentido? Como fornecer “respostas relevantes” às questões relacionadas à eleição exclui a possibilidade de favorecimento a um candidato sobre outro nos rankings de busca? A declaração do Google parece muito próxima de uma negativa encoberta de que sempre põe seus dedos na balança.

Há três cenários confiáveis sob os quais o Google poderia facilmente estar “virando” eleições pelo mundo enquanto você lê isto:

Primeiro, há o Cenário Western Union: os executivos do Google decidem qual candidato é melhor para nós – e para a companhia, é claro – e burlam os rankings de busca em conformidade com isto. Há precedente nos EUA para este tipo de manipulação eleitoral (backroom king-making). Rutherford B. Hayes, o 19opresidente dos EUA, foi posto no cargo, em parte, devido ao forte apoio da Western Union. Nos idos de 1800 a Western Union tinha o monopólio das comunicações na América, e pouco antes das eleições de 1876 a companhia fez o seu melhor para assegurar que apenas novas estórias positivas sobre Hayes aparecessem nos jornais a nível nacional. Também compartilhou todos os telegramas enviados pela equipe de seu oponente com a equipe de Hayes. Talvez o modo mais efetivo de influência política exercida no atual mundo da tecnologia seja doar dinheiro a um candidato e então usar a tecnologia para assegurar que ele ou ela vença. A tecnologia garante a vitória, e a doação garante comprometimento, o que o Google tem certamente explorado nos anos recentes da administração Obama.

Dado o forte vínculo do Google com os democratas, há razão para suspeitar que se o Google ou seus empregados interferirem para favorecer seus candidatos, será para ajustar o algoritmo de busca para favorecer Hillary Clinton. Em 2012 o Google e seus principais executivos doaram mais de 800 milhões de dólares para Obama, mas apenas 37 mil dólares para Romney. Pelo menos seis altos funcionários de tecnologia no governo Obama, incluindo Megan Smith, diretora executiva de tecnologia do país, são antigos empregados do Google. De acordo com uma publicação recente doWall Street Journal,desde que Obama chegou ao cargo, representantes do Google têm visitado a Casa Branca com frequência dez vezes superior aos representantes de outras companhias – uma vez por semana, em média.

Hillary Clinton claramente tem o apoio do Google e é bem atenta aos valores do Google nas eleições. Em abril deste ano ele empregou uma alta executiva do Google, Stephanie Hannon, para trabalhar como sua diretora de tecnologia. Não tenho razões para suspeitar que Hannon usaria suas antigas relações para auxiliar sua candidata, mas o fato é que ela – ou qualquer outro indivíduo com influência no Google – ter o poder de decidir eleições, ameaça solapar a legitimidade do sistema eleitoral, particularmente em eleições que são vencidas por pequenas margens.

Este é, de qualquer forma, o cenário mais improvável. Que companhia se arriscaria ao repúdio público ou às punições corporativas que se seguiriam ao ser pega manipulando eleições?

Segundo, há o Cenário Marius Milner: Um funcionário desonesto no Google que possua senha com autoridade suficiente, ou habilidades de hacker, faz uns poucos ajustes nos rankings (talvez após receber uma mensagem de texto de algum velho amigo que agora trabalha na campanha), e a obra está feita. Em 2010, quando o Google foi pego fazendo varredura de informações pessoais de redes Wi-Fi desprotegidas em mais de 30 países usando veículos do Google Street View, a culpa foi atribuída a um único funcionário: o engenheiro de software Marius Milner. Então eles o demitiram, certo? Não. Ele ainda está lá. E no LinkedIn ele atualmente identifica sua profissão como “hacker”. Se, de algum modo, você teve a impressão de que ao menos uns poucos dos 37.000 funcionários do Google são um pouquinho mais espertos que Milner e possuem uma certa malícia – bem, você provavelmente está certo, motivo pelo qual o cenário do empregado desonesto não é exagerado como pode parecer.

E terceiro, – e esta é a possibilidade mais assustadora – há o Cenário do Algoritmo: Sob este cenário todos os empregados do Google são cordeirinhos inocentes, mas osoftwareé mau. O algoritmo de busca do Google está empurrando um candidato para o topo dos rankings devido ao que a companhia pudicamente desconversa e atribui tudo à atividade “orgânica” de buscas pelos usuários; é inofensivo, veja você, porque é natural. Sob este cenário, umprograma de computadorestá escolhendo nossas autoridades eleitas.

Colocando de outra maneira. Nossa pesquisa sugere que não importa quão inocentes ou desinteressados os empregados do Google possam ser,o algoritmo de buscas do Google, impulsionado pela atividade dos usuários, tem sido determinante no resultado de eleições vencidas por pequenas margens pelo mundo por anos, com progressivo impacto a cada ano devido à crescente penetração da internet.

O SEME é poderoso precisamente porque o Google é bom no que faz, seus resultados de busca são geralmente esplêndidos. Tendo aprendido este fato, com o tempo chegamos a um alto grau de confiança naqueles resultados. Também aprendemos que bem ranqueado significa material melhor, motivo pelo qual 50% de nossos cliques vão para os primeiros dois itens, com mais de 90% de todos os cliques indo para aquela primeira página da busca. Infelizmente, quando se trata de eleições, aquela confiança extrema que temos desenvolvido nos torna vulneráveis à manipulação.

Nos dias finais de uma campanha, fortunas são gastas em blitzes na mídia direcionadas a um punhado de municípios onde eleitores indecisos determinarão os vencedores em todos os estados indecisos. Que desperdício de recursos! A pessoa certa no Google poderia influenciar aqueles eleitores chave mais do que poderia qualquer discurso de campanha; não há recurso mais barato, mais eficiente ou meio mais sutil para “virar” os eleitores indecisos que o SEME. O SEME também tem uma misteriosa vantagem sobre cartazes e outdoors: quando as pessoas estão inconscientes da origem da influência, elas acreditam não estar sendo influenciadas de modo algum; acreditam que decidiram por conta própria.

Republicanos, anotem: Seria particularmente fácil para o Google realizar uma manipulação em benefício de Hillary Clinton, porque de todos os grupos demográficos que observamos até agora, nenhum tem sido mais vulnerável ao SEME – em outras palavras, tão cegamente confiantes em rankings de busca – do que republicanos moderados. Num experimento nacional que conduzimos nos EUA fomos capazes de alterar em elevadíssimos 80% dos republicanos moderados em qualquer direção que escolhemos, apenas variando rankings de busca.

Há muitas maneiras de influenciar eleitores – mais maneiras que nunca nestes dias, graças à TV a cabo, aos dispositivos móveis e à internet. Por que ter tanto medo do mecanismo de busca do Google? Se os rankings são tão influentes, todos os candidatos não estariam usando as últimas técnicas de SEO (Search Engine Optimization – Otimização de Mecanismos de Busca) para certificarem-se de ficar bem ranqueados?

SEO é competitivo, como são outdoors e comerciais de TV. Sem problema aí. O problema é que, para todos os propósitos práticos, há apenas um mecanismo de busca. Mais de 75% das buscas online nos EUA são realizadas no Google, e em muitos outros países esta proporção é de 90%. Isto significa que se o CEO do Google, um empregado desonesto ou mesmo apenas o algoritmo de busca por si mesmo, favorecer um candidato,não há meio de contra-atacar esta influência. Seria como se a Fox News fosse o único canal de televisão do país. Com a crescente penetração da internet e mais pessoas obtendo informação online sobre os candidatos, o SEME torna-se uma forma cada mais forte de influência, o que significa que os programadores e executivos que controlam mecanismos de busca também tornam-se mais poderosos.

Pior ainda, nossa pesquisa mostra que mesmo quando as pessoas notam que estão sendo influenciadas por rankings de busca, suas preferências de votoaindase alteram nas direções desejadas – atémaisdo que as preferências das pessoas que estão alheias à influência. Em nosso estudo nacional, nos EUA, 36% das pessoas que eram inconscientes da influência dos rankings mudaram em direção ao candidato que escolhemos por elas. Mas 45% daqueles queestavamconscientes da influência também mudaram. É como se a influência estivesse servindo como uma forma de prova social; o mecanismo de busca claramente prefere um candidato, logo este candidatodeveser o melhor. (Resultados de busca são presumidamente tendenciosos, afinal; eles supostamente nos mostram o que é melhor, o segundo melhor e assim por diante).

Rankings tendenciosos são difíceis de serem detectados por indivíduos, mas e a respeito de reguladores e fiscais eleitorais? Infelizmente, o SEME é fácil de esconder. A melhor maneira de exercer este tipo de influência é fazer o que o Google, a cada dia, está se tornando melhor em fazer: emitir relatórios de busca customizados. Se resultados de busca que favorecem a um candidato forem enviados a indivíduos vulneráveis, os reguladores e fiscais serão especialmente pressionados a encontrá-los.

Para registro, a propósito, nossos experimentos atendem às normas de ouro da pesquisa em ciências sociais: são aleatórias (o que significa que as pessoas são distribuídas aleatoriamente em diferentes grupos), controladas (o que significa que incluem grupos nos quais as interferências estão tanto presentes como inexistentes), contrabalançadas (o que significa que detalhes críticos, como nomes, são apresentados a metade dos participantes em uma ordem e na ordem inversa à outra metade) e em dupla ocultação (double-blind- o que significa que nem os sujeitos das experiências, nem ninguém que interage com eles, têm qualquer ideia de quais sejam as hipóteses ou em que grupos de pessoas estão distribuídas). Os sujeitos de nossas pesquisas são diversificados, correspondem tão próximo quanto possível às características do eleitorado do país. Finalmente, nossa publicação recente no PNAS incluiu quatro reproduções; em outras palavras, demonstramos repetidamente – sob diferentes condições e com diferentes grupos – que o SEME é real.

Nossa pesquisa mais recente sobre o SEME, realizada com aproximadamente 4.000 pessoas pouco antes das eleições nacionais no Reino Unido, na primavera passada, procura meios pelos quais sejamos capazes de proteger as pessoas da manipulação. Encontramos o monstro; agora estamos tentando compreender como matá-lo. O que temos aprendido até agora é que a única forma de proteger as pessoas de ranking de buscas tendenciosos é quebrar a confiança que o Google trabalhou tão duro para construir. Quando deliberadamente mesclamos rankings, ou quando exibimos vários tipos de alertas que identificam o viés, podemos, em parte, suprimir o SEME.

Entretanto, é difícil imaginar o Google alguma vez degradando seus produtos e debilitando sua confiança de tal maneira. Para proteger eleições livres e justas, isto nos deixa apenas uma opção, tão impalatável quanto possa parecer: regulação governamental. (Grifos do autor).


Publicado no site da Politico Magazine.

Tradução:Flavio Ghetti

 

 

Vimos a declaração de um sujeitinho que atende pelo nome de Evo Morales prometendo atacar o Brasil com as Forças Armadas caso sigamos a Constituição ao apear Dilma do poder via impeachment (em caso de crime de responsabilidade). Isto é um desrespeito inaceitável à soberania nacional. Leia mais:

“Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias e se precisar vamos atacar com nossas forças armadas”, afirmou Morales em uma escola militar em Cochabamba (centro do país).

Morales fez a advertência coincidindo com o 44º aniversário do golpe militar de 1971, que exaltou o então coronel Hugo Banzer, apoiado, segundo os historiadores, por militares do Brasil e da Argentina, com o apoio do Pentágono.

“Pessoalmente, nossa conduta irá defender Dilma (Rousseff), presidente do Brasil e o Partido dos Trabalhadores”, declarou Morales, dias após de opositores realizarem várias manifestações no Brasil exigindo a renúncia da presidente.

Morales fez votos para que “o tema do golpe de Estado no Brasil seja somente uma questão midiática. É nossa obrigação defender os processos democráticos, a democracia e especialmente os processos de libertação sem interferência externa”.

La Paz e Brasília mantêm certas afinidades políticas, afetadas por um episódio em 2013, quando o senador boliviano opositor Roger Pinto fugiu para território brasileiro em um veículo diplomático e foi protegido por funcionários da embaixada do Brasil em La Paz, onde estava asilado desde maio de 2012.

Após sua incomum entrada no Brasil, Pinto pediu refúgio. A fuga de Pinto gerou uma crise diplomática entre o Brasil e a Bolívia, que levou à saída do chanceler brasileiro Antônio Patriota. O embaixador brasileiro em La Paz não foi reposto desde então.

Por outro lado, Morales e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantiveram as relações bilaterais no mais alto nível.

Para quem está considerando tudo isto inacreditável, veja o vídeo abaixo, conforme indicação muito pertinente do Reaçonaria:

https://www.youtube.com/watch?v=QGg6qy0Ba1I

Quer dizer que é assim? O sujeitinho diz que vai invadir sua casa e estuprar a sua esposa, e você ainda mantém relações comerciais com ele? Enfim, já existe algo de insano na tolerância à manutenção das relações comerciais com a Bolívia.

O dia 7 de setembro está chegando e precisamos utilizá-lo como símbolo de uma nova luta pela independência. Não podemos ficar mais submissos a países liderados por tiranos psicopatas, como Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador. Que a Bolívia tenha sido aceita no Mercosul, este é mais um indicativo que já passou da hora de encerrar este bloco de países devastados pelo bolivarianismo. Quem se junta com os porcos, farelo come. (E os porcos não estão na população destes países, mas no poder)

É imperativo que o Congresso atue neste sentido, exigindo ações contra a Bolívia e o rompimento imediato de relações comerciais, incluindo diversas outras sanções.

Esta abominação chamada Pátria Grande tem de ser derrotada, ou, ao menos, temos de exigir, via Congresso, que nos afastemos dessa escória moral. Eles são inimigos da civilização e, ao chegarem ao ponto de declarar em público que invadirão um país (que lhes dá dinheiro via BNDES) por causa de suas questões políticas internas, apenas nos dão a confirmação empírica de que são definitivamente a escória moral do mundo político.

Nenhuma mãe gostaria de ver seu filho andando ao lado de traficantes e estupradores. Se nos preocupamos com nosso destino – se realmente nos preocupamos – é preciso ter o mesmo nível de busca de distanciamento dos governos mais desqualificados, imorais, e anticivilizacionais que a história recente nos tem brindado.

Evo Morales deu todos os argumentos de que precisávamos para declarar uma nova independência, agora quanto aos porcos que lideram os países da Pátria Grande.

Com a palavra, o Congresso.


http://lucianoayan.com

Sete obras e gastos do governo brasileiro que custaram mais que a viagem a Plutão

por , domingo, 19 de julho de 2015


 

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Se você está vivo e tem acesso à internet ou a uma televisão, deve ter se deparado em algum momento desta semana com as sensacionais fotos tiradas pela sonda americana New Horizons.

Lançada em 2006, ela carrega sete instrumentos científicos de nomes criativos — entre eles, os telescópios RALPH e LORRI, o detector de vento solar SWAP e os espectrômetros ALICE e PEPSSI.

No último dia 14 de julho, apontou todos esses equipamentos para Plutão e seus cinco satélites, gerando uma quantidade enorme de fotos e de análises a respeito do planeta-anão. O que foi divulgado até agora é apenas a ponta do iceberg: devido ao grande volume de dados coletados e à enorme distância entre Plutão e a Terra, só conheceremos todas as informações obtidas pela nave no final de 2016.

O provável próximo passo da sonda é a visita a pelo menos um dos objetos do Cinturão de Kuiper, uma área formada por centenas de milhares de corpos celestes remanescentes da formação do Sistema Solar. Dois deles são atualmente cogitados pela equipe que cuida da nave: os objetos 2014 MU69 e 2014 PN70.

A essa visita se sucederá uma jornada rumo ao infinito: juntamente com as sondas Pioneer 10 e 11 e Voyager 1 e 2, a New Horizons é a quinta nave espacial na história da humanidade a atingir velocidade suficiente para sair do Sistema Solar.

Não bastasse a exploração de Plutão e do cinturão de Kuiper, a New Horizons ainda conseguiu fotografar de passagem o pequeno asteróide 132524 APL e, de quebra, deu um pulinho em Júpiter — onde, em setembro de 2006, obteve dados inéditos a respeito dos anéis e luas do planeta, além de observar sua magnetosfera e suas condições meteorológicas. Nada mau, não?

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Obviamente, uma viagem rumo ao infinito com escalas em Júpiter e Plutão não custa pouco. A passagem só de ida custou US$ 700 milhões, ou R$ 2,2 bilhões — esse valor, de acordo com a NASA, inclui todo o desenvolvimento da nave, seu lançamento, monitoramento, análise de dados e divulgação da missão.

É um valor sem dúvida enorme, e caro mesmo quando comparado a outras missões espaciais — só para se ter uma ideia, as sondas Voyager gastaram juntas US$ 865 milhões (US$ 432,5 milhões por missão) para visitar quatro planetas, esticar a viagem até o espaço interestelar e transmitir quase 50 anos de dados para a Terra (de 1977 até 2025, aproximadamente).

Mas, e se compararmos o custo da New Horizons a outras coisas?

Resolvemos investigar o quão caro é lançar uma sonda como essa comparando-a a alguns gastos que vemos de quando em quando na imprensa. No fim das contas, talvez explorar Plutão seja algo até relativamente barato.

A seguir, 7 coisas mais caras que a New Horizons pagas pelo seu bolso.

1) UM DIA DE IMPOSTOS BRASILEIROS

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No período entre 1º de janeiro de 2015 e a elaboração deste texto, os cidadãos brasileiros pagaram ao governo (federal, estadual e municipal) mais de R$ 1,091 trilhão  os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo.

Isso totaliza, por dia, R$ 5,369 bilhões de impostos pagos ao governo. Com essa arrecadação, se o Brasil enviasse uma nave a Plutão por dia, ainda sobrariam R$ 1,155 trilhão ao final do ano — um pouco menos que o PIB do México.

Para ficar em outra comparação astronômica: considerando que atualmente a New Horizons está a aproximadamente 4,8 bilhões de quilômetros da Terra, para se chegar à arrecadação tributária de um dia no Brasil teria sido necessário cobrar da nave um pedágio de R$ 1,12 a cada quilômetro percorrido. Proporcionalmente, uma tarifa dessas seria 11 vezes maior do que a dos pedágios pagos por um cidadão que viaja de São Paulo ao Rio de Janeiro (R$ 0,10 por quilômetro).

O Impostômetro também estima que a arrecadação total do estado brasileiro em 2015 será de R$ 2.086.204.685.685,00 — isso mesmo, mais de dois trilhões de reais.

Se você acha que o Brasil é um país em que os impostos são estratosféricos, reveja seus conceitos. Eles são praticamente interplanetários.

2) CORRUPÇÃO NA PETROBRAS

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Você quer saber qual exatamente o valor que o país perdeu com o esquema de corrupção na Petrobras? Boa sorte tentando descobrir.

Uma pesquisa no Google revela estimativas que variam dos R$2,1 bilhões a um valor dez vezes maior, R$21 bilhões

Para fugir da polêmica, vamos ficar aqui com o cálculo da própria Petrobras, lançado no balanço auditado divulgado em abril de 2015: de acordo com a informação disponibilizada na época, as perdas com corrupção apenas no ano de 2014 totalizaram R$ 6,194 bilhões.

Com esse dinheiro daria para lançar a New Horizons, as duas Voyager e ainda sobraria 1 bilhão de reais para comprar eventuais souvenirs interplanetários.

3) BRASÍLIA FUTEBOL CLUBE X GAMA

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Você já sabe: não se faz uma Copa do Mundo com hospitais. Também não se faz uma Copa do Mundo em Plutão — infelizmente, já que a baixa gravidade local tornaria o jogo bem mais interessante. Ainda assim, é mais caro fazer Copa do que ir até o planetóide — e de longe.

Enquanto a New Horizons custou R$ 2,2 bilhões, os doze estádios da Copa, somados, custaram R$ 8,4 bilhões.

A New Horizons também custou menos que os R$ 2,5 bilhões da diferença entre o custo inicial estimado dos doze estádios (R$ 5,9 bi) e o custo final (R$ 8,4 bi).

Mas a coisa fica pior se pensarmos em dólares.  O valor acima é de 10 de junho do ano passado, data em que o dólar custava R$ 2,22. Pela cotação da época da Copa, os doze estádios saíram por US$ 3,819 bilhões — o suficiente para mais de cinco New Horizons.

Somente o Mané Garrincha custou US$ 630 milhões. É um pouco menos do que a nave, fato. Mas, como vimos, é mais do que o valor gasto na Voyager 1, que transmite dados ininterruptamente desde antes da Copa de 1978 e atualmente se encontra a quase 20 bilhões de quilômetros do Sol.

Só os três grandes "elefantes brancos" da Copa — Mané Garrincha, Arena Amazônia e Arena Pantanal — custaram R$ 2,716 bi, ou US$ 1,223 bilhões. É isso mesmo: chegamos a um ponto em que a sede do Campeonato Brasiliense é mais cara do que uma viagem aos confins do Sistema Solar.

4) FERROVIA NORTE-SUL

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Sabe aquela ferrovia que permite transportar cargas do Maranhão a São Paulo?  Eu também não — até porque essa ferrovia atualmente não existe.

Embora o projeto original seja do governo Sarney (1987), tudo o que havia até 2014 era um trecho entre o Maranhão e o Tocantins, expandido no início deste ano. Espera-se a conclusão dos trabalhos para o final de 2015 — ou seja, mais de 28 anos após seu início.

Somente o trecho entre Anápolis (GO) e Palmas (TO), de 855 km, custou R$ 3,1 bilhões. Somando-se a ele o trecho entre Palmas (TO) e Açailândia (MT), tem-se 1.574 km de ferrovia que custaram R$ 5,7 bilhões — em valores não atualizados.

Esse custo se refere apenas aos trechos já operacionais da ferrovia. Somando-se a eles os trechos ainda em construção (lembrando que o projeto original é de 1987) e atualizando-se os valores, chega-se a um investimento total de R$ 25,8 bilhões — o dado é do próprio Governo Federal.

5) VLT DE CUIABÁ

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Nessa aqui os custos empatam. Se você tiver R$ 2,2 bilhões no bolso, pode escolher entre explorar um pedaço de pedra e gelo nos confins do Sistema Solar ou implantar um metrô de superfície de 22 km em Cuiabá.

A diferença é que a New Horizons foi executada em menos de cinco anos — a ideia original da nave foi submetida à NASA em abril de 2001, e seu lançamento se deu em 19 de janeiro de 2006. Já o VLT de Cuiabá está sendo discutido desde 2011, e sua conclusão está sendo prevista para 2018 — o que ocorrerá com muita sorte, dado o número enorme de escândalos de corrupção e propinas que acompanham a obra desde a licitação.

6) OLIMPÍADAS

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Uma das ideias por trás da criação dos Jogos Olímpicos modernos foi a de reviver o espírito das competições realizadas na Grécia na Antiguidade. Se esse objetivo será cumprido ou não no Rio de Janeiro em 2016 é uma boa pergunta — mas, ao menos no que diz respeito a gastos públicos, com certeza o ideal de imitar os gregos já foi realizado em toda sua plenitude. Até o momento, o custo das Olimpíadas brasileiras é estimado em R$ 38,2 bilhões.

Dentro desse valor, estima-se que R$ 6,6 bilhões serão gastos com obras em arenas esportivas, e R$ 7 bilhões serão desembolsados pelo Comitê Organizador com a logística do evento, cerimônias etc.

Cada uma dessas rubricas por si só já seria suficiente para pagar três viagens a Plutão.

7) O MAIOR PRECATÓRIO DO PAÍS

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"Precatórios" são dívidas do estado com empresas e cidadãos reconhecidas pelo Judiciário. Em um resumo bem simples, a coisa funciona assim: se você considera que o estado tem alguma dívida com você (salários atrasados, indenização etc.), pode entrar na Justiça e pedir o seu reconhecimento. Se ganhar a causa, será emitido em seu favor o tal do "precatório", que basicamente é um papel que coloca o credor na enorme fila de débitos públicos existente no país.

Entre o ajuizamento da ação e o pagamento (período esse que leva décadas, no plural mesmo), o valor é acrescido de juros e corrigido monetariamente, podendo chegar  a quantias milionárias.

Atualmente, a maior dessas dívidas é de R$ 5 bilhões, devida pela União Federal ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia (SINTERO). Seu pagamento foi suspenso pelo CNJ em 2012.

Caros professores rondonienses, fica aqui uma dica: se um dia vocês conseguirem esse pagamento (o qual, naturalmente, virá do bolso de todos os demais cidadãos brasileiros), aproveitem parte da grana para montar uma sonda espacial. Será uma experiência inesquecível para as aulas de Ciências.

Artigo originalmente publicado no site do Spotniks 

 

A experiência de Portugal com a descriminalização das drogas

por , sexta-feira, 17 de julho de 2015



Neste mês de julho, Portugal celebra quatorze anos de descriminalização das drogas.  Foi no dia 1º de julho de 2001 que entrou em vigor em Portugal uma nova abordagem em relação às drogas: o consumo de drogas continuam proibidos, mas o usuário flagrado não mais é tratado como um criminoso. 

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Produzir e vender drogas em Portugal continuam sendo atividades ilícitas, mas o porte e a posse de drogas não mais são tratados no âmbito criminal.

Esse experimento é hoje considerado um grande sucesso, ainda mais quando se considera que foi adotado de maneira desesperada e indo contra advertências terríveis feitas pelos defensores da guerra mundial às drogas.

O que levou à descriminalização

Durante o século XX, Portugal vivenciou 50 anos de ditadura.  Quando a ditadura caiu e uma democracia de esquerda foi estabelecida, em 1974, vários expatriados portugueses retornaram à Portugal vindos de suas colônias.  Obviamente, várias dessas pessoas eram dissidentes, forasteiros e párias, e muitas utilizavam drogas ilegais.

Ao longo dos vinte e cinco anos seguintes, houve um aumento explosivo no uso e no abuso de drogas, no vício, na dependência e nas overdoses.  No final, houve um aumento substantivo da AIDS e da infecção pelo vírus HIV, bem como de outras doenças relacionadas ao compartilhamento de seringas contaminadas.  No auge dessa epidemia de drogas, a taxa de uso de drogas e de infecção por HIV/AIDS em Portugal era "consideravelmente maior" do que no resto da Europa, de acordo com João Goulão, o longevo czar contra as drogas de Portugal.

Goulão foi um dos onze membros da comissão anti-drogas que formulou a lei 30/2000, a qual descriminalizou todas as drogas a partir de 1º de julho de 2001.

Esse "grande experimento" português parece ter sido o resultado de dois fatores:

1) Portugal é um país relativamente pobre entre seus congêneres europeus, o que o tornava incapaz de combater as drogas em todas as frentes;

2) a comissão era relativamente apartidária e simplesmente teve o bom senso de entender que o uso e a dependência de drogas não são problemas criminais que devem ser resolvidos pela polícia.  Uso e dependência de drogas são problemas médicos e psicológicos, os quais podem ser mais bem resolvidos pelo indivíduo com a ajuda de profissionais e também por meio da pressão social.

Pequenos passos para se distanciar da destrutiva guerra às drogas

A descriminalização é apenas um pequeno passo rumo ao fim da destrutiva, ineficaz e insanamente cara guerra às drogas.  Em Portugal, traficantes ainda são perseguidos e punidos.  Indivíduos só podem portar quantias muito pequenas de drogas ilícitas para não serem condenados como traficantes.  Sob as atuais leis, você ainda pode ser detido e mandado para orientadores, mas não terá de ir para a cadeia — a menos que você seja considerado um transgressor múltiplo e não disposto a cooperar.

Embora certamente não seja o ideal, a descriminalização possui benefícios claros e diretos em relação à proibição total.

Em primeiro lugar, cidadãos cumpridores das leis não serão criminalizados por portarem drogas ilícitas. 

Em segundo lugar, viciados são mais propensos a procurar ajuda profissional quando o governo passa a tratar o vício e a dependência como um problema médico em vez de criminal. 

Em terceiro lugar, a polícia, agora desincumbida de perseguir usuários, poderá concentrar-se na solução e na repreensão de crimes genuínos (com efeito, gastando agora menos recursos, pode até sobrar dinheiro para subsidiar programas de tratamento ao vício). 

Em quarto lugar, viciados irão se afastar das perigosas drogas sintéticas que foram criadas justamente para substituir as drogas ilegais mais tradicionais, como maconha e cocaína. 

Em quinto lugar, se as agulhas também se tornam legais, então a tendência é que haja menos casos de doenças como HIV/AIDS e hepatite.

Em sexto lugar, guetos repletos de viciados encolherão tanto em tamanho quanto em visibilidade.

Em suma, a descriminalização deve resultar em menos pessoas morrendo e sendo mandadas para penitenciárias, e mais pessoas vivendo vidas "normais".

Naturalmente, a principal preocupação antes de uma descriminalização é com a quantidade de drogas ilegais que são atualmente consumidas.  Essa preocupação se torna ainda mais dominante quando se discute a legalização total de todas as drogas.  Na época em que Portugal ainda estava estudando a descriminalização, fui entrevistado pela principal revista de Portugal, e o jornalista enfatizou que essa era a principal preocupação de Portugal à época.  Respondi que não havia como saber antecipadamente a resposta a essa questão, que ninguém nunca saberá a resposta para essa questão, e que tal questão não era importante.

Há um enorme número de fatores que impactam os mercados de drogas ilegais, e isso faz com que seja impossível prever com acurácia se o consumo de drogas irá aumentar ou diminuir após a descriminalização.  Factualmente, as estatísticas sobre consumo de drogas são necessariamente imprecisas.  Isso vale tanto para as estatísticas de antes quanto para as de depois da descriminalização.  As atuais estatísticas se baseiam majoritariamente em perguntas e em trabalhos de adivinhação, uma vez que é difícil acessar os fatos reais, os quais só podem ser encontrados no reservado (e perigoso) mundo dos mercados negros. 

Colocando de lado a questão do consumo de drogas, a pergunta real é se a proibição gera mais malefícios que a descriminalização, e a resposta é sim.

Quando fui instado pelo jornalista português a fazer uma previsão, respondi que o consumo total não iria se alterar muito; ele poderia até aumentar no curto prazo, mas iria diminuir no longo, a não ser que as drogas fossem legalizadas no futuro para fins médicos ou recreativos.  No entanto, enfatizei que há benefícios inegáveis(listados acima), e que não há motivos para afirmar que o consumo iria explodir por causa da descriminalização. 

Muitos ainda se recusam a ver o êxito

Era perfeitamente compreensível a preocupação dos portugueses à época.  A descriminalização era considerada um experimento perigoso e representava um drible às regras impostas pela ONU à guerra global contra as drogas.  No que mais, os tradicionais especialistas em políticas contra as drogas continuavam "céticos" quanto ao experimento português mesmo após quase oito anos de experiência.

Mark Kleiman, diretor do programa de análise de políticas contra as drogas da UCLA, alegava que Portugal era um modelo irrealista.  Já Peter Reuter, outro proeminente especialista em políticas contra as drogas, afirmava que, apesar de ter alcançado seu principal objetivo (reduzir o consumo), a experiência portuguesa poderia ser explicada pelo fato de que Portugal era um país pequeno, e que o uso de drogas é cíclico por natureza.

Curiosamente, o próprio doutor Goulão, que ajudou a criar e a implantar a lei da descriminalização, parece uma tanto perplexo quanto aos resultados positivos até hoje.  Recentemente, ele disse que "é muito difícil identificar um elo causal entre a descriminalização e as tendências positivas que temos visto".

Um gráfico que resume a história de sucesso portuguesa mostra que Portugal possui hoje a segunda menor taxa de mortes decorrentes do uso de drogas ilegais em toda a Europa.  E isso após vivenciar uma das piores taxas no auge da proibição.

WashingtonPostGraphic

Também é interessante notar que a fonte do gráfico acima, o European Monitoring Center for Drugs and Drug Addiction  (Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência), possui sua sede em Lisboa.

Um analista que trabalha no OEDT, Frank Zobel, rotulou a política de Portugal como sendo "a maior inovação desta área", e complementou dizendo que "essa política está funcionando.  O consumo de drogas não aumentou explosivamente.  Não houve caos generalizado.  Na condição de avaliador, devo dizer que o resultado foi muito bom."

É um feliz aniversário para os portugueses, e um aniversário assustador para todos os defensores da homicida guerra às drogas ao redor do mundo, cuja renda e poder dependem da contínua ignorância do resto do mundo a respeito dos efeitos da proibição.

Mark Thornton um membro residente sênior do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, e é o editor da seção de críticas literárias do Quarterly Journal of Austrian Economics. Ele é o co-autor do livro Tariffs, Blockades, and Inflation: The Economics of the Civil War e editor de The Quotable Mises e The Bastiat Collection.

 

"O PAÍS DOS POSUDOS"!

Por Marcelo Reis - 17 JUL 2015

A ação organiza

Caro Leitor;

“O País dos Posudos”! 

É o mínimo que se pode dizer do nosso Brasil. Já reparou a empáfia do Collor e do Renan Calheiros? Para que você não pense é que implicância minha com as Alagoas, tão linda e também com tantos filhos brilhantes, cultos e probos, posso agregar o Jarbas Barbalho, paraense, o Lobão, maranhense, e vários e vários outros. A lista seria interminável! Falam, manifestam-se como se acima da lei estivessem. No fundo, não estão errados.

Afinal das contas fazem o que querem o que bem entendem e fica tudo por isso mesmo. O notório Collor fez e aconteceu e, calcado na ignorância da massa de seu Estado, que tendo o menor IDH do Brasil, permite que as políticas assistencialistas façam dele Senador da República junto com o, não menos notório, Renan Calheiros. Este, como já comentamos ao infinito aqui, renunciou ao mandato de Senador para não ser cassado, quando flagrado que uma empreiteira pagava a pensão de sua ex-amante e a da filha decorrente de tal relacionamento. Retorna ao Senado e é eleito o seu presidente. O Senado Federal é cúmplice, tanto por ação como por omissão.

O Jader depois de mil manobras e chicanas jurídicas consegue arquivar, por prescrição temporal, o seu processo por fraudes em financiamento da SUDAM. É o caso do "ranário" mais caro da História. Lembra-se? Talvez não se recorde, pois os escândalos são tantos que é impossível guardá-los todos na memória. Aqui as leis são feitas para meter o cacete nos três Ps. Preto, Pardo e Pobre.

O Lobão, a sua esposa "Dona Loba", Deputada Federal Nize Lobão, e o seu filho e Suplente, o "Lobinho", são costumeiros protagonistas de gestos e atitudes, por assim dizer, não republicanas. É assim que está Pindorama de alto a baixo. São máfias e quadrilhas que dominam os estados e municípios. Não pensemos que os "capos mafiosos", acima mencionados, existam por geração espontânea e atuem isoladamente. Não! Eles são os Chefões de um sistema, uma rede que capilarizou-se por todo o país. É a contaminação geral.

Contaminação que chega ao guichê das repartições onde o funcionário, na verdade Servidor Público, atua como se lhe estivesse concedendo um favor. Onde nas recepções são afixados avisos ameaçadores lembrando o que é o crime de desacato ao atendente e as penas decorrentes. Mas não falam da incontinência do agente do Poder Público.

Tudo deriva da mesma matriz. O controle das máquinas partidárias e dos recursos do Fundo Partidário, que faz com que os partidos sejam meras agências de grupelhos e famílias. Em todos os sentidos do termo. Em especial no de "Famiglia" consagrado pela "Cosa Nostra" italiana. Daí a profusão de filhos, netos, irmãos, tios, sobrinhos, pais e vovôs. Os quatro capos acima citados não são os únicos. Hoje são centenas, talvez milhares, Brasil afora. Enquanto isso, as pessoas morrem nas filas de hospitais. As escolas "fingem" que ensinam. O Judiciário, com os mais sinuosos argumentos consegue, com a CONIVÊNCIA do Legislativo, aumentos estratosféricos. Aos Magistrados outorgam-se Auxílio Moradia, Auxílio Educação e por aí vai...

Acham que não precisam dar satisfação para ninguém. Vivem acima, e à parte, do comum dos mortais. Isto é a mesma ladainha em cada um dos Municípios e dos vinte e sete Estados que compõem a Federação.

Semana passada, vendo o meu desânimo, minhas filhas enviaram, como elixir, uma excelente crônica da sempre excelente Martha Medeiros, "Ainda dá tempo pra tudo", que me levantou o ânimo. A questão é CADA UM DE NÓS levantar-se da cadeira e agir. Hoje, vi no Jornal Nacional, uma pessoa comum, do povo, pequena comerciante em Santo Antônio da Platina-PR, que me encheu de esperança e entusiasmo. Pela internet sacudiu a sua cidade contra o estratosférico aumento de vencimentos que se outorgavam, e também ao prefeito, os vereadores do município paranaense. Foi lindo ver os "Posudinhos", que já haviam aprovado, em primeira votação, o aumento, na frente do povo, se ... (não posso usar a expressão gaúcha que me vem à mente!) e tornarem-no sem efeito. MAIS ainda, em seguida aprovaram a redução de suas remunerações. Foi lindo!

"A ação organiza"

Tenho dito que a hora é grave. Que a crise é aguda. Que é necessário muito equilíbrio e sensatez, mas também é a hora de fazermos a HORA!

Até a próxima semana

  

(PUBLICADA EM MINHA COLUNA "REFLEXÕES" NO JORNAL ELETRÔNICO TOP MIDIA NEWS DE CAMPO GRANDE - MS EM 17/07/2015)


08 julho 2015 

janela fabiana

Estará você destinado a ser triturado no contínuo ciclo da falsa polarização?


Tido como um partido de direita pela massa desinformada - e apresentado como tal pelos desinformantes -, o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, carrega consigo uma das mais brilhantes estratégias de articulação de dois socialismos: a Estratégia das Tesouras.

 

Assim chamada por Stalin, a estratégia consiste em deixar uma das lâminas da tesoura a cargo dos revolucionários marxistas, enquanto outra fica a cargo dos socialistas fabianos. Desse modo, apesar de estarem em posições físicas opostas, ambas cortam no mesmo sentido, garantindo uma falsa polarização na qual os fabianos ocupam estrategicamente o lugar da direita.

 

Por falar em polarização, o general prussiano Carl von Clausewitz já ensinava em seu tratado sobre arte militar, chamado Da Guerra, que "ao pensar que os interesses dos dois comandantes são igualmente opostos um ao outro, estamos admitindo a existência de uma verdadeira polaridade. O princípio da polaridade só é válido em relação a um e ao mesmo propósito, no qual os interesses ofensivos e defensivos ANULEM-SE totalmente. Numa batalha, cada lado visa a vitória”.

 

Perspicaz, Clausewitz arremata: “este é um exemplo de uma verdadeira polaridade, uma vez que a vitória de um lado exclui a vitória do outro. Quando, entretanto, estivermos lidando com duas coisas diferentes, que tenham uma relação comum externa a elas, a polaridade não estará nas coisas, mas sim na relação existente entre elas. ”

 

E qual é a relação existente entre marxistas e fabianos? O próprio Fernando Henrique Cardoso responde, em matéria republicada na Folha, em 2005:

“O que separa PT e PSDB não é nenhuma diferença ideológica ou programática, mas pura e simplesmente a disputa pelo poder.”

 

Mas o que é exatamente o socialismo fabiano?

 

O socialismo fabiano é derivado da Sociedade Fabiana, uma organização socialista britânica criada em 1884 pelo casal Beatrice e Sidney Webb e outros colaboradores, cuja proposta era a de implantar o socialismo de maneira gradual e reformista, fazendo um contraponto com a ala marxista, esta menos sofisticada e muitíssimo mais apressada.

 

O modelo fabiano é de especial interesse às verdadeiras elites, uma vez que, para aqueles que já estão no topo, o tempo não é necessariamente um problema, já que a continuidade histórica de seus clãs familiares se dará através da perpetuação por ordem dinástica. Não é à toa que, para a elite dominante e da militância ruminante, a destruição da família dos outros é sempre um bom negócio.

 

Mas vamos ao que interessa, afinal, a imagem deve estar lhe causando certa curiosidade. Trata-se de um vitral projetado por George Bernad Shaw e cujo nome é A Janela Fabiana. A peça foi retirada da casa de Beatrice Webb, em Surrey, Inglaterra, e hoje encontra-se na London School of Economics and Political Science, fundada em 1895 por membros da Sociedade Fabiana.

 

Logo no topo do vitral é possível ler a última linha de um trecho tecido pelo matemático, astrônomo, filósofo e poeta persa Omar Khayyám:

“Dear love, couldst thou and I with fate conspire
To grasp this sorry scheme of things entire,
Would we not shatter it to bits, and then
Remould it nearer to the heart's desire! ”

 

Uma tradução mais apropriada ao tema seria:

“Querido amor, não poderíamos eu e você
Conspirar com o destino para afastar completamente
Este lamentável esquema das coisas?
Não o despedaçaríamos por completo,
Apenas o remodelaríamos ao nosso gosto! ”

 

Abaixo da linha de Omar, no canto direito, podemos ver Sidney Webb e Bernard Shaw manipulando um globo incandescente, recém-saído da fornalha alimentada por Edward R. Pease. O globo é a Terra sendo martelada sobre uma bigorna, ou seja, a construção de um novo mundo, remodelado ao gosto da Sociedade Fabiana. Um escudo que sobrepõe a fornalha diz “pray devoutly, hammer stoutly” (ore devotadamente, martele fortemente), o que indica ação contínua na busca pelo objetivo.

 

Acima da Terra, uma das imagens mais emblemáticas e que ilustra o caráter subversivo dos fabianos: um brasão com um lobo em pele de cordeiro. Na porção inferior da janela, ao lado esquerdo, podemos ver o historiador, filósofo e novelista britânico H. G. Wells, que depois de deixar a sociedade Fabiana, a denunciou como sendo maquiavélica. Wells aparece consternado ao ver a burguesia ajoelhada parente uma pilha de livros que advogam as teorias socialistas.

 

Se depois de tudo isso ainda não ficou clara a promíscua relação entre PT e PSDB e o motivo pelo qual o lobo em pele de cordeiro jamais representou verdadeira oposição, você estará fatidicamente destinado a ser triturado no contínuo ciclo da falsa polarização. Pior: invariavelmente, tomará partido de algum deles, enquanto ambos, juntamente com suas linhas auxiliares, riem da sua cara.

 

A essa altura do campeonato, a situação é cristalina: enquanto o PSDB atende aos anseios do Diálogo Interamericano, o PT desgoverna em prol do Foro de São Paulo, sucursal arquitetada pelo próprio Diálogo, que decidiu terceirizar a revolução na América Latina.

 

A propósito: além do lobo em pele de cordeiro, outro símbolo utilizado pelos fabianos é o de uma tartaruga raivosa, que carrega os seguintes dizeres: “quando eu bato, eu bato forte”. Portanto, caro leitor, antes de mais nada, prepare-se intelectualmente, de modo a engrossar um novo caldo cultural e então revidar. Duas vezes mais forte, é claro.

www.midiasemmascara.org

 

Posted 12 Jul 2015 por Luis Dufaur

A encíclica Laudato Si aponta contra os ricos a propriedade privada e as soberanias nacionais diz Rosenfield

A encíclica Laudato Si' aponta contra os ricos, a propriedade privada
e a soberania nacional, diz Rosenfield

 

O professor e articulista Denis Lerrer Rosenfield teceu atualizados comentários sobre a encíclicaLaudato Si’, do papa Francisco, dedicada a questões ambientais.

O prof. Rosenfield tem-se posicionado contra a interferência do Estado na vida dos cidadãos. Porém, lendo a encíclica chegou à conclusão que essa abre o caminho para um intervencionismo ainda maior.

Um intervencionismo planetário que desconhece as soberanias nacionais. E a fortiori, a do Brasil. E estabelece uma espécie de ditadura universal como até agora nunca se tentou.

Utopia com tonalidades religiosas, cujo Evangelho se encontraria nas pregações subversivas indigenistas, e teria nas ONGs e nos 'movimentos sociais' os agentes de uma nova KGB verde sob as bênçãos de uma Igreja também ‘nova’ que não mais cultua Jesus Cristo, mas a Mãe Terra.

Reproduzimos a continuação excertos do artigo “O papa e a Amazônia” publicado no O Estado de S. Paulo, 29.06.15.

 

O papa e a Amazônia


O papa critica fortemente as grandes empresas internacionais que estariam preocupadas só em saquear os recursos naturais de regiões de grande biodiversidade como a Amazônia, a bacia do Congo e os grandes lençóis freáticos e glaciares. Aliás, são as três únicas regiões do mundo referidas no documento.

 

 Denis Lerrer Rosenfield 01

Denis Lerrer Rosenfield,
professor de Filosofia na UFRGS


Nesse sentido, ele seria contra a “internacionalização” política dessas áreas do planeta. Aparentemente, ele seria contra a internacionalização da Amazônia, entendida como uma forma de dominação de grandes empresas e dos países mais desenvolvidos.

A imprensa nacional tomou essa formulação pelo valor de face, ressaltando o fato de o Santo Padre defender a soberania nacional, no caso brasileiro, da Amazônia. 

Logo, o Brasil não teria com o que se preocupar. 

Uma leitura atenta do documento, contudo, permite desvelar outra concepção. 

A Amazônia, mais especificamente, é considerada um dos grandes pulmões do planeta. É vital para o conjunto da Terra, enquanto Criação divina, e para o futuro da humanidade.

Ou seja, ela não pode ficar à mercê dos grandes “interesses econômicos internacionais” — nem, poderíamos acrescentar, da soberania do Brasil, pois ela é, na verdade, um patrimônio internacional, da humanidade, uma obra-mestra da Criação, foi Deus o seu artífice. 

Atentar contra a Amazônia significaria atentar contra um pulmão do mundo, talvez o mais importante, e, teologicamente, contra a Criação. 

Isto é, moral e religiosamente o Brasil se veria destituído de soberania sobre essa porção de seu território.

Em linguagem papal, “torna-se indispensável criar um sistema normativo que inclua limites invioláveis e assegure a protecção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder derivadas do paradigma tecno-económico acabem por arrasá-los não só com a política, mas também com a liberdade e a justiça” (a ortografia é de português de Portugal).

 

Indios ONG teologia da liberação entre outros seriam os agentes preferidos do governo mundial verde auspiciado por Francisco 1

Índios, ONG, teologia da liberação entre outros seriam os agentes preferidos
do governo mundial verde auspiciado pela nova religião universal.


novo sistemanormativo, moralmente fundado,passaria a ser exercido por organismos internacionais e ONGs nacionais e internacionais, ambientalistas e indigenistas, que passariam a ditar o que pode ou não ser feito neste enorme território nacional. 

decisão última seria transferida do Estado nacional para elas, contando, internamente, com a participação ativa — e decisiva — da CNBB e de seus órgãos, como a CPT e a Cimi. 

Ou seja, um país como o Brasil poderia perder “religiosamente”, “moralmente”, “ecologicamente” e “socialmente” a Amazônia, que passaria a ser controlada por essa nova espécie de poder. 

A construção da Usina de Belo Monte e outras na Amazônia se tornariam inviáveis. 

Na perspectiva papal, os interlocutores privilegiados seriam os indígenas e, principalmente, seus porta-vozes de ONGs e movimentos sociais, pois deveria caber essencialmente às “populações aborígines” o cuidado da “Casa Comum”. 

Não poderia um país decidir o que fazer com o pulmão do mundo, que seria, moralmente e religiosamente, propriedade de todos os membros do planeta, da Obra divina. 

O Brasil deveria, realmente, abdicar de sua soberania. 

Seguindo a linha dos movimentos sociais, centra sua crítica no agronegócio em geral, principalmente na monocultura e nas empresas proprietárias de grandes extensões de terra. 

Seu elogio reside no acolhimento da agricultura familiar, da pequena propriedade e das populações aborígenes. 

O “clamor da natureza” se identificaria com o “clamor dos pobres”

Salientem-se igualmente suas constantes investidas contra o “lucro” e o “egoísmo”.

Sua concepção está baseada numa relativização da propriedade privada.

 

130729 JMJ 113 recepción con índios

No Rio, durante a JMJ 2013. As ONGs ambientalistas e indigenistas
serão erigidas em novo poder mundial com o beneplácito da Igreja

 

Há, portanto, nesse documento uma confluência de questões ambientais, religiosas, morais e sociais, fazendo dos porta-vozes dos pobres e de questões ambientais os verdadeiros representantes de uma nova humanidade a ser construída.

As ONGs ambientalistas e indigenistas são, então, erigidas em novo poder mundial — entendido como se fosse uma espécie de poder moral. 

Elas se estariam tornando uma espécie de novo Evangelho, como se suas concepções pudessem ser, de certa maneira, identificadas como uma nova forma de religiosidade universal. 

Isso é, elas passariam a ser um tipo de poder supranacional que contaria com o beneplácito da Igreja, que as sustentaria nas críticas que recebem dos países onde operam.

Os movimentos sociais de esquerda e as ONGs ambientalistas e indigenistas nacionais e internacionais seriam, nessa perspectiva, não apenas os representantes dessa nova humanidade, mas os interlocutores privilegiados do mundo político em escala planetária. 

Teríamos, aqui, uma nova forma de poder político, tido por moral em sua essência, que não poderia ser limitado por nenhuma forma de poder nacional.

 

Habemus papam ecologistum

 

Evaristo Eduardo de Miranda 04

Evaristo E. de Miranda é Pesquisador da Embrapa,
doutor em ecologia, diretor do Instituto Ciência e Fé.

 

A encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco, emprega 74 vezes a palavra “natureza”, 55 vezes “meio ambiente” e uma só vez a expressão “Jesus Cristo”, aquela que designa a segunda pessoa da Santíssima Trindade. 

Já o mestre galileu, não divinizado, chamado apenas de Jesus, aparece 22 vezes, o mesmo número de citações do termo “tecnologia” e menos de metade da “ciência”, evocada 55 vezes. Contudo, a Academia Pontifícia de Ciências, com mais de uma dezena de prêmios Nobel, parece não ter contribuído muito e não é evocada. A palavra democracia não existe no texto.

A encíclica é densa. Merece leitura, estudo e reflexão. Nela, a questão ecológica é abordada, não apenas em sua dimensão “natural” stricto sensu. O documento aborda seu contexto humano, social, político, religioso e cultural.

O texto não é dirigido apenas a bispos e católicos. Fato raríssimo, o Papa fala na primeira pessoa do singular. Ele deixa de lado o “Nós”, o plural majestático, característico de pronunciamentos pontifícios.

Ele se dirige aos crentes (judeus, muçulmanos...) e aos não crentes. Para falar à humanidade, o Papa evoca a responsabilidade de todos em gerir a terra como a nossa casa comum. Ele defende um crescimento econômico com temperança e sobriedade, fundado na mudança de comportamentos.

 

Novos “ismos”


A encíclica não usa uma única vez as palavras capitalismo e socialismo. Apenas ao evocar a história, menciona o nazismo e o comunismo. Já alguns “ismos”, de natureza eminentemente comportamental, são de uso amplo no texto: consumismo, individualismo, relativismo, antropocentrismo, realismo, condicionalismo e ceticismo.

A encíclica repercutiu positivamente na mídia. O dever jornalístico levou a muitos artigos e editoriais com pretensão de resumir o documento. Tarefa difícil. Outros ainda fizeram e fazem leituras seletivas do documento para sustentar, justificar ou ampliar suas teses tradicionais. Tem gente que não leu e gostou. Outros não leram e não gostaram. Sobre um documento que coloca muitos questionamentos, cabem algumas questões pouco lembradas.

Ciente da complexidade do tema abordado, o Papa Francisco reitera:

“Há discussões sobre problemas relativos ao meio ambiente, onde é difícil chegar a um consenso. Repito uma vez mais que a Igreja não pretende definir as questões científicas nem substituir-se à política, mas convido a um debate honesto e transparente, para que as necessidades particulares ou as ideologias não lesem o bem comum.” (188).

Pode-se indagar: os homens e as sociedades podem ser geridos por consenso? Existe alguma nação funcionando por consenso? Quais ideologias lesam o bem comum? Quem pode identificá-las? Qual a diferença entre necessidades (termo da encíclica) e interesses (termo na mídia) particulares na temática ambiental?

Faltou equilíbrio à encíclica

Faltou equilíbrio à encíclica.

 

A geografia da poluição


O balanço ecológico do progresso planetário, logo no primeiro capítulo, é negativo, pessimista e pouco equilibrado. Ele fala de poluição generalizada provocando milhares de mortes prematuras. 

Contudo, mais generalizado ainda foi o aumento da esperança de vida e da educação em todo o planeta, acompanhando o crescimento industrial e a tecnificação da agricultura. Nunca se viveu tanto, nunca se comeu tanto, nunca se estudou e se votou tanto em todo o planeta, como atualmente.

Os problemas de poluição não existiam nas sociedades pré-históricas. Se eles são constantes e concomitantes ao desenvolvimento, também foram e são resolvidos pelos avanços da ciência e da tecnologia. 

Na linha dessa preocupação pontifícia, por que a exportação de indústrias poluidoras para países periféricos, como parte da estratégia de limpeza ambiental praticada há décadas em nações desenvolvidas, não foi lembrada?

Conversando com idosos

“Em muitos lugares do planeta, os idosos recordam com saudade as paisagens de outrora, que agora veem submersas de lixo.”(21).

Essa afirmação parece um pouco reducionista quando consideradas as condições insalubres nas quais se vivia até o começo do século XX na Europa e nas quais ainda vive grande parte da população mundial.

Não há razão para não se investir numa gestão mais eficiente dos resíduos e na redução de sua produção, mas as paisagens de outrora, mesmo na Europa, sem drenagem ou barragens, eram marcadas por enchentes, epidemias, doenças crônicas, períodos de fome, com pessoas subnutridas em habitatsinsalubres, sem aquecimento ou energia elétrica.

A memória desses idosos deve lembrar o que era a vida cotidiana em tais paisagens, sobretudo no inverno ou em tempos de seca. Seus filhos são mais altos e já perdem em estatura para seus netos, graças à nutrição adequada, como ocorre agora em muitos países em desenvolvimento.

 

Progresso e tecnologia


As sociedades economicamente desenvolvidas têm os meios para cuidar de sua biodiversidade, para reduzir a poluição da terra e do ar, para proteger e manter limpos os seus mares e rios. Elas universalizaram o saneamento básico com tecnologias avançadas de gestão de efluentes, incomparáveis às utilizadas em estações de tratamento de esgoto do Brasil, por exemplo.

Nos países ricos, o ciclo de vida das mercadorias é planejado; o lixo é classificado, tratado e reciclado;muitos ecossistemas estão preservados e são desfrutados por uma população com amplas garantias sociais e com acesso a uma intensa vida cultural.

 

A encíclica não faz justiça à segurança alimentar conquistada por recordes de produção Mercado Central SP

A encíclica não faz justiça à segurança alimentar conquistada por recordes de produção.
Mercado Central SP

 

Ao associar o uso de insumos modernos na agricultura apenas a seus possíveis efeitos tóxicos, a encíclica não faz justiça à segurança alimentarconquistada por recordes de produção. Nem aos ganhos de qualidade nutritiva e sanitária, e à queda no preço dos alimentos que esses mesmos insumos, frutos de ciência e tecnologia, permitiram obter beneficiando, sobretudo, os mais pobres. 

Unilaterais, os oráculos consultados pelo Papa, não tiveram aqui e alhures o justo equilíbrio. 

“Para os países pobres, as prioridades devem ser a erradicação da miséria e o desenvolvimento social dos seus habitantes” (172), diz o Papa. Como atingir esses objetivos sem crescimento econômico e novas técnicas e tecnologias? Por consenso?

O Papa Paulo VI já evocara o tema ambiental, em 1971, na Pacem in terris. João Paulo II foi o primeiro a convidar para uma conversão ecológica, apesar da mídia tratar a ideia como novidade da Laudato Sí. Ele o fez em 2002, ao assinar com o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, uma declaração comum pela salvaguarda da Criação, em Veneza.

Bento XVI tratou de ecologia ao longo de todo o pontificado. Na Caritas in Veritate (2009), ele dizia: “Quando a Igreja Católica toma a defesa da Criação, obra de Deus, ela não deve apenas defender a terra, a água e o ar (...) mas também proteger o homem contra sua própria destruição”.

Sob seu pontificado, o menor Estado do planeta tornou-se neutro em emissão de carbono e adotou metas ambientais ambiciosas. Não há indústria poluidora em seus 44 ha (só faltava!). O papamóvel foi transformado em veículo flex. Painéis solares fornecem energia para a sala de audiências ao lado da Basílica de S. Pedro. Bento XVI também plantou uma floresta de 7.000 ha na Hungria, destinada a compensar as emissões de gases de efeito estufa do Vaticano. 

Se o Papa Francisco pode dirigir injunções ambientais aos outros países é porque também, de certa forma, o Vaticano fez sua lição de casa.

 

Não há salvação na negação e muito menos no desarmamento

20 JUNHO 2015 


"Não há salvação para o homem honesto, a não ser esperar todo o mal possível dos homens ruins."
Edmund Burke


Como já disse algumas vezes, o cheiro de sangue inocente causa verdadeiro frisson entre os desarmamentistas, e isso fica mais uma vez comprovado com o recente ataque de um jovem racista à uma igreja nos EUA.

Dylann Roof sentou-se calmamente entre o rebanho do Rev. Clementa Pinckney e ali ficou aproximadamente uma hora antes de abrir fogo contra mulheres, homens e idosos absolutamente indefesos. Imediatamente, Obama e outros desarmamentistas correram aos ávidos repórteres para falar sobre armas e como os EUA eram uma nação violenta e racista. Centenas de reportagens foram geradas e exibidas e da boca deles nem uma só linha, nem uma só palavra de alguns fatos que narro a seguir.

Uma das nove vítimas fatais foi o próprio Rev. Pinckney, que também era senador estadual pelo partido Democrata no estado da Carolina do Sul. Foi ele, como senador estadual e líder religioso, um dos principais responsáveis, em 2011, pela rejeição de uma lei que permitiria que pessoas frequentassem armadas igrejas e outros locais naquele estado. Em defesa da proibição, Clem, como era chamado, afirmava que pessoas armadas em igrejas trariam riscos aos outros frequentadores e que a paz não poderia ser garantida por meio da violência.

Dylann Roof, que guarda mórbida semelhança com outro assassino, o jovem perturbado Adam Lanza, era declaradamente racista, defendia a hegemonia branca nos EUA, tinha também duas passagens pela polícia, uma por posse de drogas e outra por invasão. Informações que ele teria sido expulso de um grupo neonazista por ser excessivamente violento não corroboram com a descrição de pessoa calma e amável de alguns amigos mais próximos. Mas quem declararia “sim, ele era violento, racista, um verdadeiro psicopata, mas era meu amigo?” Difícil acreditar nas descrições...

A lei da Carolina do Sul manteve então a proibição do porte de armas para qualquer pessoa dentro de igrejas, entre outros locais. E os frequentadores, óbvio, respeitavam a lei. Dylann Roof, não. Não só essa, como também a que proíbe qualquer pessoa que tenha envolvimento com drogas e crimes de possuir armas, sejam compradas ou fruto de presente, como parece ser o caso dessa, uma vez que o tio afirmou que o pai do assassino havia lhe presenteado com uma pistola quando ele completou 21 anos. O pai, conivente com um filho problemático – para dizer o mínimo – também quebrou a lei e pode ser condenado, merecidamente, a 10 anos de prisão.

As lições, mais uma vez, são claras e dolorosas: não há proteção na negação; loucos e criminosos não seguem a lei; as forças de segurança do Estado só estarão lá para recolher os corpos e atender os feridos - caso haja algum sobrevivente -, e, principalmente: a inexistência de um cão pastor zelando pelo rebanho sempre será um convite aos lobos: "o banquete está servido".


Bene Barbosa é especialista em segurança, autor do livro Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento e presidente da ONG Movimento Viva Brasil

 

Por Luis Dufaur 19 May 2015

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Pastelaria em Parada de Lucas servia carne de cachorro aos clientes.
(Foto Divulgação - MPT)

 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga uma máfia chinesa de trabalho escravo que opera em pastelarias no Rio de Janeiro, envolvendo pelo menos cinco vítimas de nacionalidade chinesa.

De acordo com o procurador do trabalho Marcelo José Fernandes da Silva, os chineses foram seduzidos por propostas de emprego.

“Eles vêm atraídos por falsas promessas de bom trabalho e salário, mas, chegando ao local, acabam trabalhando em jornada exaustiva, sem recebimento de salários e direitos trabalhistas e ainda têm o passaporte retido”, disse o procurador. 

Num dos casos apurados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a vítima era submetida a severos castigos físicos. 

Na pastelaria foram encontrados congelados cachorros que teriam sido mortos a pauladas e cuja carne se destinaria ao preparo de pastéis, segundo divulgou o site G1

Os animais foram encontrados congelados dentro de caixas de isopor, nos fundos da pastelaria. 


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Cachorros encontrados congelados nos fundos da pastelaria.
(Foto Divulgação - MPT)

“Tinha muita carne estragada. O cheiro daquele lugar era insuportável”, contou a procuradora Guadalupe Louro Couto. 

O primeiro caso chegou ao conhecimento do MPT há dois anos, quando um rapaz foi hospitalizado com queimaduras no corpo. 

Além de ser obrigado a trabalhar sem remuneração, ele era alvo de castigos diários e jornada de trabalho exaustiva em uma pastelaria da Parada de Lucas. 

“Ele levava coronhadas e apanhava todos os dias. Os vizinhos ouviam os gritos, mas como não era de socorro, não sabiam do que se tratava. Um dia o patrão jogou uma panela quente nas costas dele. A vizinhança chamou a polícia, e o menino foi hospitalizado”, disse a procuradora. 

O rapaz trabalhava das 5h às 23h em condições de serviço degradantes e cuidava de toda a produção da pastelaria. Quando demonstrava exaustão, era submetido aos castigos. De acordo com a procuradora, o local onde o chinês foi encontrado é assustador. 

O MPT acha que há uma quadrilha responsável pela vinda desses chineses para o Brasil.

 

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Vítima era trancada em estabelecimento e  trabalhava de 5h às 23h.
(Foto Divulgação-MPT).

De acordo com o Ministério Público, os chineses eram pegos no aeroporto e levados para as pastelarias, onde não tinham contato com outras pessoas. 

Em um dos casos, a vítima é um menor de idade, que permanece no Brasil e não deve ser mandado de volta à China. “A gente não sabe como isso funciona, e ele pode correr risco de morte”, disse Guadalupe. 

“Além de não falar nossa língua, eles ainda tinham os documentos apreendidos. Eles entram no aeroporto como turistas, ali alguém os apanha e são levados para as pastelarias”, afirmou a procuradora. 

Esses métodos inumanos de trabalho e de baixa alimentação são comuns na China. Na verdade, está na essência do regime socialista, que os aplica com variantes em todo o país. 

Quanto à repugnante carne de cachorro, na China ela é cobiçada iguaria...

 

...

Postado por Luis Dufaur 18 May 2015

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A Dra. Dianelys San Roman Parrado fugiu do Brasil para Miami.


A médica cubana Dianelys San Roman Parrado fugiu do Brasil para Miami (EUA), noticiou a Folha de S.Paulo

Ela estava sendo pressionada pelo governo de Cuba para que seu marido e seu filho de cinco anos voltassem à ilha prisão. 

Dianelys havia chegado ao Brasil em dezembro de 2013, no contexto do plano “Mais Médicos”, bandeira petista para instalar cidadãos cubanos como profissionais da saúde no interior do País e na periferia de grandes cidades. Ela trabalhava em Jandira, na Grande São Paulo.

Pelo acordo, os médicos cubanos podem receber a visita dos familiares. Mas muitos deles, nem é preciso dizê-lo, não gostam da ideia de voltar à miserável ilha socialista.

Então Cuba ameaça substituir os médicos ou cassar os seus diplomas, para que os familiares dos escravos não permaneçam no Brasil. Também segura na ilha os médicos que voltam de férias, pois eles não podem escolher: o patrão absoluto exige quem vai a Cuba, pois teme as deserções. 

Dianelys confirmou sua fuga em mensagem ao seu supervisor, o médico Gustavo Gusso, professor da USP. Disse não ter aguentado a pressão para o regresso do marido e do filho. 

Dianelys disse à Folha que em Cuba o filho estudava numa escola bilíngue e o marido trabalhava numa fábrica de parafusos. “Gosto do meu trabalho, mas não quero me separar deles por nada”, disse ela. Marido e filho haviam chegado ao Brasil em novembro. 

Dianelys escondeu seu projeto: o temor é de que entre os “médicos” haja membros da polícia secreta cubana que os espionam para prevenir fugas à liberdade. 

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A Dra. Dianelys fugiu do Mais Médicos para salvar a união familiar..

 

“Ela fazia um ótimo trabalho, contou o professor Gusso. Ficou felicíssima quando o marido e o filho vieram. Ultimamente, estava muito nervosa com a pressão [do governo cubano]. Tinha medo, chorava”, acrescentou. 

A Secretaria da Saúde de Jandira informou laconicamente que a médica não foi trabalhar. E, em nota, o Ministério da Saúde disse aguardar um comunicado oficial da ausência. Se a médica não aparecer, será desligada do programa. A medida seria radical se não fosse o fato que ela está livre em Miami.

Até dezembro, dos 14.462 profissionais trabalhando no Mais Médicos, 11.429 (79%) eram cubanos. Desde o início do programa, ao menos 40 desertaram. 

A Folha tentou se comunicar com o governo cubano, mas seus e-mails e ligações não tiveram retorno. Entende-se bem por quê.

O Ministério da Saúde alega não poder interferir nas relações trabalhistas entre os profissionais e Cuba. Acontecesse algo semelhante num país não socialista e até hoje estaríamos ouvindo o berreiro. 

 

Categoria: Rivista Online - Edizione - Maggio 2015

Roma – Ano Internacional da Luz

IYL

Nos primórdios dos tempos, era paleolítica posterior, a luz conhecida pelo “homo erectos” advinha das estrelas e planetas no Céu. A luminosidade do  fogo produzido na terra, até o seu domínio  pelos humanos  era a  natural  pela ação de raios, incendiando  arvores;  vulcões  e  jazidas petrolíferas rasas.

A curiosidade dos primatas acerca desse fato natural, caracterizado pelo movimento e brilho nos céus, principalmente do sol, e da lua, deu início ao estudo empírico da luz que nunca mais parou, estando a humanidade  neste III Milênio se defrontando com teses , pesquisas, conquistas  científicas   avançadas, com progressos  e descobertas sucessivas   inimagináveis e,  acreditem  caros leitores e leitoras,  estamos   apenas  começando a  “era da luz”.
   
A luz como pressuposto da vida, pois indutora da fotossíntese, dentre outras,  também é responsável pela eliminação de distâncias de uma forma nunca possível na história, com o advento da Internet , permitindo mídias sociais, telefonemas de baixo custo, vídeo conferências. São dados de luz  ultracurtos   pulsando e propagando em fibras óticas da espessura de um fio de cabelo, conectando o mundo inteiro “just in time“.

O Século XXI dependerá da  Fotônica, que é a ciência e a  tecnologia que geram, detectam e controlam fótons ou partículas de luz. A Fotônica serve de base para smartfones e laptops, internet, aparelhos médicos em geral, ópticos * e oftalmológicos em especial, tecnologias de iluminação e  de quase tudo no mundo atual.  A  maior produção de fótons advém da luz do sol que atinge o Planeta Terra, forçando cientistas e Governos do mundo inteiro se conscientizarem da necessidade do domínio das energias limpas como recursos inesgotáveis para aumentar a sustentabilidade no meio-ambiente , redução drástica da poluição do ar  para saúde global e diminuição dos desastres naturais.

As empresas na área da fotônica e tecnologias de iluminação (led) e automacão ( smart grid) estão em plena evolução científica e tecnológica, com impacto na economia mundial,   em consonância com os desafios da sociedade moderna, tais como geração de energia   e eficiência energética ;  envelhecimento saudável da população ; clima e segurança.  O reflexo  econômico-financeiro com as conquistas da fotônica no mundo é de aproximadamente E$300 bilhões de Euros , projetado para E$600 bilhões em 2020.

Entre 2005 e 2011, o crescimento da indústria fotônica foi duas vezes maior que o PIB mundial.

A iluminação que conhecemos no dia-a-dia em residências, casas e prédios em condomínios,  escolas, comércio, indústria, prédios públicos, monumentos históricos  logradouros  ou ruas , praças, túneis, e demais usos do cotidiano do cidadão, representa 20% do consumo mundial de eletricidade, com tendência a aumentar nas próximas décadas, sem prejuízos ao meio ambiente, face a equação da fotônica ,  de que poderemos ter  mais por muito  menos.

O Século XX se notabilizou pelas conquistas da Eletrônica; o Século XXI será da Fotônica.

 ROMA SE REVESTE DE LUZ  NO ENCONTRO DOS LIGHTING  DESIGNERS

A escolha da cidade de Roma para sediar a Convenção de Profissionais de Lighting Designers  -  PLDC – 2015 – foi magnífica pois que a “cidade eterna” é um centro cultural mundial  em todas as artes, , berço da civilização Ocidental , com destaque na história e  arquitetura que atravessa  milênios ,  na iluminação de monumentos históricos e sítios da antiguidade, o que proporcionará aos “desenhadores da luz” viajar no tempo e dar asas a imaginação para novos  e inéditos projetos,   garantindo sucesso  no futuro da “profissão das profissões” que cada vez mais se impõe como arte  do Século XXI..

De 28 a 30 de outubro, estarão abertas as portas do PLDC para lighting designers, arquitetos, universidades, pesquisadores fabricantes e clientes para receber informações na área da luminociência e luminotécnica de alta qualidade, com oportunidades reais de networking internacioanal.

As principais empresas da Itália - IGUZZINI; LINEA LIGHT;  REGGIANNI  ; TARGETTI,  dentre outras 70 participantes não menos importantes, farão uma festa inesquecível com muito brilho, ciência e tecnologia, alimentação primorosa e bebida farta, marca registrada dos encontros realizados anteriormente pelos os organizadores e responsáveis do maior evento mundial de desenhadores da luz – PLDC.

É oferecido aos participantes o Gala Dinner, um jantar  realmente  de pompa  e glamour  para  confraternização , imperdível ;  são oferecidos prêmios aos concorrentes   que se destacam com trabalhos inéditos,   sendo um momento de  oportunidades  para  bons e auspiciosos  negócios.

Vale a recomendação de  visitar a Cidade-Estado  do Vaticano, dentro de Roma;  se possível a  iluminação noturna da fachada da Igreja de São Pedro Apóstolo , estruturada  por  lighting designers da Empresa Pública  Acea S.P.A.,  responsável pela iluminação das duas cidades recomendadas.

PEDRO PAULO MARQUES CAJATY
Jornalista Correspondente

Notas do autor:

 Idade de Ouro Islâmica – 1.000 anos da óptica árabe.
O ano 2015 marca o milésimo aniversário de surgimento de KITAB al-MANAZIR, o notável tratado de sete volumes sobre óptica,  escrito pelo grande cientista árabe considerado o pai da óptica moderna, da oftalmologia, da física experimental e da metodologia científica  IBN al-HAYTHAN.

foto:wikipedia-torange-it.com

luz

 

A presidente Dilma Rousseff indigitou, há algumas semanas, o advogado e professor Luiz Edson Fachin para ocupar a vaga do Supremo Tribunal Federal aberta com a saída prematura do Ministro Joaquim Barbosa. Para ser aprovado, seu nome precisa ainda passar por sabatina no Senado.

Logo que foi conhecido, o nome de Fachin começou a enfrentar resistências de variadas índoles.

 

De acordo com opiniões, nos meios jurídico e político, Fachin está envolvido em episódios na sua carreira profissional – supostas irregularidades cometidas enquanto foi procurador do Estado do Paraná – que deitariam sombras sobre uma das exigências para o cargo de Ministro de Supremo Tribunal, a “ilibada reputação” (*). Motivo pelo qual sua sabatina já foi adiada duas vezes.

Além disso, a indicação da presidente não deixou de chocar amplos setores da sociedade, uma vez que Dilma Rousseff preferiu apostar na radicalização política.

 

O Brasil vive um clima de crescente e público descontentamento em relação à presidente, a seu mentor político, Lula, ao Partido dos Trabalhadores e à agenda ideológica que estes tentam impingir ao País. Entretanto, Dilma Rousseff, ao indicar o nome de Luiz Edson Fachin, um advogado das causas do MST, chegado ao sindicalismo da CUT e simpatizante do próprio PT, apostou precisamente no reforço desta agenda de esquerda, aparelhando a Suprema Corte do País.

 

Inequívoca influência marxista


Quem se debruça um pouco sobre os escritos de Luiz Edson Fachin – disponíveis na Internet para quem os quiser consultar – não tem dificuldade em notar a inspiração marxista de seu pensamento.

 

A dinâmica social para ele se centra na luta de classes entre oprimidos e opressores, e considera que a presente estrutura jurídica acaba por causar uma exacerbação das desigualdades. Favorável a uma igualdade radical e anti-hierárquica, Luiz Edson Fachin mostra-se, no campo das relações familiares, contrário ao modelo exclusivo da “matrimonialização da família” e considera a propriedade privada uma perversão humana.

 

Fazendo eco ao slogan de “um outro mundo é possível”, dos Fóruns Sociais Mundiais (que reúnem as esquerdas radicais dos mais diversos países) Luiz Edson Fachin afirma que é necessário “sonhar com outro porvir”. Ou seja, uma ordem socialmente orientada a nivelar os indivíduos (o Homem Coletivo).

 

Para Fachin, trata-se de “produzir alterações estruturais, reforma econômica e social de tendência nitidamente intervencionista e solidarista”, atingindo de maneira frontal o tratamento jurídico da propriedade e da família.

 

Propriedade e “função social”


Em seus escritos, Luiz Edson Fachin, investe decididamente contra a propriedade privada no campo, atacando o que qualifica como “modo de produção capitalista” que, segundo ele, causa crescente apropriação dos bens e riquezas por parte de uma minoria, em relação a uma maioria da população explorada em sua força de trabalho.

 

Por isso, torna-se necessário, para Fachin, o “redimensionamento do direito de propriedade” que o subordine a sua “função social”, um jogo de palavras que considera a função social como antagônica à própria propriedade privada, rumo à extinção desta.

 

Um adversário da família cristã


Fachin também se mostra um adversário da instituição familiar, concebida segundo a Lei Natural e os princípios cristãos, e tão relacionada com a mentalidade e os costumes do povo brasileiro.

 

Ele propugna a busca de uma “estrutura familiar justa e inclusiva” com a “superação do estatuto jurídico da família monogâmica”, em que todas as relações possam ser reconhecidas como “familiares”, em nome dos princípios da afetividade e do direito à busca da felicidade e do bem-estar.

 

Seus escritos, em matéria de família – envoltos em empoladas sentenças – não são desprovidos de certa arrogância de uma esquerda bem-pensante. Por isso Fachin afirma, com despeito, que grassa hoje no Direito de Família, tanto em tratados como nos tribunais, “um coro crédulo e entusiástico da manualística rasteira, uma gosma com verniz de epidérmico conhecimento provinciano e surreal”.

 

Ativismo judicial no Supremo Tribunal Federal


Ao considerar em breves traços o pensamento jurídico de Luiz Edson Fachin cabe uma dúvida: qual a importância destas opiniões doutrinárias para alguém que, uma vez ministro do Supremo Tribunal Federal, passará a ser um “guardião da Constituição” e, portanto, a julgar segundo o texto desta? É precisamente neste ponto que se encontra o maior perigo.

 

Adepto de uma profunda reforma da ordem jurídica, Luiz Edson Fachin vê o Direito como tendo um papel dialético de “promover a emancipação”. Defensor de que a constitucionalidade das regras se altere de acordo com as mudanças da sociedade “pela força criadora dos fatos”, ataca o dogmatismo enclausurado dos acomodados. Fachin mostra-se assim um defensor do ativismo judicial, o qual aplicará indubitavelmente em suas decisões no STF.

 

Misteriosas cumplicidades


É muito estranho que no campo dito “oposicionista” se encontrem defensores do nome de Fachin para o Supremo Tribunal Federal. Ressalta, desde logo, a defesa apaixonada feita pelo Senador Álvaro Dias. E, conforme o noticiário, também José Serra seria favorável ao nome de Fachin.

 

Esta talvez seja uma das mais estranhas lições da presente e grave crise do Brasil. O projeto autoritário de poder do PT – de conotações ideológicas inequívocas, destruidor das instituições do Estado e mentor de uma tentacular máquina de corrupção – só sobrevive pela moleza, conivência e cumplicidade de uma “oposição” que finge ser aquilo que não é.

 

Torna-se, pois, necessária, mais do que nunca, uma pressão da sociedade sobre os Senadores para que não aprovem o nome de Luiz Edson Fachin para a vaga do Supremo.

 

Seu pensamento jurídico constitui uma ameaça à preservação dos institutos da Família e da Propriedade no Brasil.


(*) Este artigo já estava em meu blog quando a Consultoria Legislativa do Senado lançou uma nota sobre o exercício da advocacia, por parte de Luiz Edson Fachin, depois de ser nomeado procurador do Estado do Paraná, cargo que ocupou entre 1990 e 2006: "Pode-se concluir que, tendo o Sr. Luiz Edson Fachin tomado posse após janeiro de 1990, quando já se encontravam em vigor as proibições de advogar constantes tanto da Constituição do Paraná quanto da Lei Complementar no 51, de 1990, a atuação no âmbito da advocacia privada, concomitantemente com o exercício do cargo de Procurador do Estado, viola,prima facie, o ordenamento legal".

 


http://radardamidia.blogspot.com.br/

 

 

Posted: John Vizcaino/Reuters 21 APR 2015

colombia

Manifestante durante protesto a favor das negociações de paz entre o governo da Colômbia e as Farc, em Bogotá

Da AFP

O processo de paz na Colômbia deve avançar "o mais rápido possível" e para tal o governo e a guerrilha das Farc precisam acertar internamente prazos para a conclusão das negociações, disse nesta terça-feira a subcomissária da ONU para os Direitos Humanos, Flavia Pansieri.

Em entrevista coletiva em Bogotá após uma visita de vários dias à Colômbia, Pansieri destacou "a necessidade de o processo de paz avançar o mais rápido possível".

"Já esperamos muitos anos para chegar aonde estamos e ocorreram muitos progressos, mas é preciso seguir avançando e avançando rapidamente", disse Pansieri, afirmando que o povo "não quer e não pode esperar mais".

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos realizam em Cuba, desde novembro de 2012, negociações de paz e Pansieri sugeriu que as partes delimitem prazos para resolver os temas em discussão.

As negociações em Havana começaram em 19 de novembro de 2012, e até agora, as duas partes se colocaram de acordo em três dos seis pontos da agenda: reforma agrária (maio de 2013), participação política (novembro de 2013) e drogas ilícitas (maio de 2014).

As duas delegações trabalham desde 7 de março em um plano de limpeza das minas colocadas durante o conflito, que mataram e mutilaram milhares de colombianos.

Segundo cifras oficiais, o conflito na Colômbia matou 220 mil pessoas e deixou 5,5 milhões de deslocados.

 

Posted: REUTERS/Hannibal Hanschke 21 APR 2015

merkel grécia

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras: encontro entre os líderes será o terceiro em 2015

Do Estadão Conteúdo

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, deve se reunir com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante um evento em Bruxelas na quinta-feira, disse um graduado membro do governo de Atenas. A reunião acontece no momento em que o governo grego e seus credores internacionais tentam chegar a um acordo para que seja liberado dinheiro para o país em dificuldades financeiras.

Os líderes da União Europeia convocaram uma reunião de emergência na quinta-feira para tentar lidar com o crescente problema de crise de imigração na Europa, em particular no Mediterrâneo, após tragédias recentes.

O encontro entre Tsipras e Merkel será o terceiro entre as lideranças desde que ele assumiu o poder, no fim de janeiro. A Grécia continua, porém, em um impasse com seus credores europeus - liderados pela Alemanha - sobre o programa de ajuda de 240 bilhões de euros (US$ 258,4 bilhões).

Negociações entre representantes do governo grego e seus credores internacionais - a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) - continuam em Paris, porém enquanto isso as reservas do governo grego seguem diminuindo. Os dois lados seguem longe de um acordo, segundo um graduado funcionário da zona do euro. A fonte é a Dow Jones Newswires.

 

Ambientalismo Radical Exibe Fundo Religioso e Endossa Aparências Cristãs

Postado por Luis Dufaur 19 Apr 2015

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Rajendra Pachauri teve que deixar o IPCC.


Rajendra Pachauri, vinha ocupando a presidência do polêmico IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). Esse órgão das Nações Unidas foi fautor de inúmeros exageros e deturpações científicas, hoje demostradas sobre o clima.

Pachauri pôs fim a 13 anos turbulentos no cargo, após sair a público uma denúncia contra ele por assédio sexual na Índia, informou a agência “Reuters”.

O mérito desse caso, que ainda aguarda julgamento na Índia, excede os limites deste blog.

Pachauri exercia essa função desde 2002. Juntamente com o senador e arauto ambientalista radical americano Al Gore, ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2007, por suas contestadíssimas teorias sobre o meio ambiente.

O IPCC escolheu o vice-presidente Ismail El Gizouli para ocupar provisoriamente o cargo.

Na carta de renúncia endereçada a Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, Pachauri registra preto sobre branco este fato que vimos há tempos denunciando neste blog: por trás do ambientalismo radical há uma religião que usa a preocupação pela natureza como camuflagem.

“Para mim, a proteção do Planeta Terra, a sobrevivência e a sustentabilidade de nossos ecossistemas é mais do que uma missão. É minha religião e meu ‘dharma’”.

 

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O “dharma” “pode ser considerado como o ‘Caminho para a Verdade Superior’, é a base das filosofias, crenças e práticas que se originaram na Índia”, diz a Wikipedia, verbete Darma.  

O jornalista Donna Laframboise, crítico do IPCC, explica:

“Sim, o IPCC! – que era levado a sério porque é uma entidade que devia produzir relatórios de base científica. Agora ficamos sabendo que de fato foi liderado por um ambientalista que cumpria uma ‘missão’. Por alguém que acha que proteger o planeta é uma vocação religiosa”, noticiou Climate Depot.


Para Marc Morano, diretor de Climate Depot, Pachauri se caracterizou pela falta de idoneidade moral: 

“Se Pachauri tivesse alguma decência, deveria ter renunciado durante o escândalo do Climategate que estourou em 2009. Houve muitíssimas oportunidades para corrigir o rumo e apagar o passado. Afinal, coube à Justiça da Índia, num processo de assédio sexual, pôr um fim a Pachauri. As coisas poderão melhorar no IPCC agora que saiu seu câncer político e ético”.


Muitos ativistas da “mudança climática” reconheceram em diversas ocasiões professar uma convicção religiosa “verde”. Vários e autorizados praticantes dessa religião acenaram de modo claro para o fundo panteísta neopagão, Nova Era, e neocomunista.

Porém, nunca esclareceram suficientemente o seu conteúdo. Talvez agora, quando o Vaticano prepara uma encíclica sobre o ambientalismo, aproveitem a ocasião para desvendar esse fundo pagão, visceralmente anticristão e anti-humano.

 

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O ativista da “mudança climática” e ator Harrison Ford justificou a “Religião Verde” dizendo: “Eu preciso algo de fora de mim mesmo para acreditar nela e eu achei na natureza uma espécie de Deus”.


A deificação da matéria é um elemento essencial do ambientalismo escatológico. As alegações contra quiméricos fantasmas como o “aquecimento global” e as “mudanças climáticas” são as roupagens tapeadoras para tentar justificar o extremismo anticivilizatório.

Isso explica por que o próprio Harrison Ford, embora denunciado repetidas vezes por condutas anti-ecológicas, pouco se importa com a natureza que desrespeita, continuando a ser um coqueluche da mídia ambientalista.

E o ator é apenas um exemplo.

Outro caso confesso é do falecido escritor e produtor de filmes e programas de ficção científica John Michael Crichton (1942 — 2008), cuja obra mais conhecida, Parque dos Dinossauros, foi adaptada para o cinema por Steven Spielberg com o título Jurassic Park.

Crichton disse: “Uma das religiões mais poderosas do mundo ocidental é o ambientalismo.O ambientalismo parece ser a religião preferida pelos ateus urbanos”.

Explicando essa religião ateia, ele parodiou a Bíblia: 

“Houve um Éden inicial, um Paraíso, um estado de graça e de unidade com a natureza, depois uma queda para um estado de poluição, como resultado de comer da árvore do conhecimento. 

“Como resultado de nossas ações, há de vir para todos nós o dia do Juízo Final. Somos todos pecadores consumidores de energia, condenados a morrer, excetuados aqueles que buscam a salvação, agora denominada sustentabilidade.

 

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“Sustentabilidade é a salvação na igreja do meio ambiente. O alimento orgânico é a sua Comunhão, um wafer sem pesticidas, que as pessoas certas com as crenças certas podem assimilar”, escreveu o cineasta. Climate Depot.


Não espanta, pois, que essa religião panteísta – que chega a usar o cristianismo como disfarce – apareça encravada em correntes católicas “progressistas”.

Ela é escancarada na pregação do ex-frei Leonardo Boff. O veterano defensor da Teologia da Libertação de fundo marxista, excogitou uma fôrmula aggiornata para o velho erro.

Ele até se gaba de ter influenciado os esquemas da próxima encíclica pontifícia sobre meio ambiente.

Consciente desse perigo religioso, o influente Cardeal George Pell, arcebispo de Sydney, constatou: “No passado, os pagãos sacrificavam animais e até humanos, na vã tentativa de aplacar deuses cruéis e arbitrários. Hoje eles pedem o sacrifício de reduzir as emissões de CO2”.


O analista Charles Krauthammer, da Fox News, também declarou recentemente que a “mudança climática não é uma questão política, mas uma religião”.

A militante ambientalista e escritora Rebecca Thistlethwaite também endossou os paramentos profético-sacerdotais verdes, para exigir de nós “arrependimento” por causa de nossos pecados, que teriam provocado o Tufão Haiyan, no Pacífico. Mais especificamente, exigiu que renunciemos ao “mal moral que há em negar a mudança climática” .

E ainda que pareça risível, o teorizador de esquerda e Prêmio Nobel de Economia 2008, Paul Krugman, desde o fundo de seu economicismo, invocou a maldição divina contra aqueles que negam a existência do “aquecimento global” e lhes desejou a condenação eterna:

“Que vocês sejam punidos na pós-vida por fazerem isso”. E acrescentou que o “negacionismo” é “quase um pecado inconcebível”.

 

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Nos ambientes alarmistas e apocalípticos verdes, sempre proliferaram as alusões ao sagrado para denunciar o mundo atual e profetizar um desastre de proporções bíblicas ou apocalípticas stricto sensu.

O químico Richard J. Trzupek,especialista em questões ambientais ligadas às indústrias de grande porte em que trabalhou, também constatou o absurdo de uma religião disfarçada de cristianismo.

Com ironia, ele escreveu

“A Primeira Igreja da Mudança Climática precisa ser reformada. Segundo seus líderes, para compreendermos as subtis nuances da ciência climática, nós, os simples humanos, não estamos mais capacitados do que estavam os servos na Europa medieval para entender os misteriosos movimentos dos céus. Então, pedem-nos para depositar nossa fé na versão atualizada do papa astrônomo, e jamais questionar a elite educada. Pois fazê-lo seria uma heresia, um pecado com as mais hediondas consequências”. 


Enquanto não desaparecermos num dilúvio universal provocado pelo “egoísmo capitalista” (carro, ar condicionado e progresso em geral), este tipo de alegações “religiosas” enganadoras continuará proliferando. 

Os seus pregadores não deixarão de praticar o que condenam nos outros. 

E as normas ambientalistas continuarão caindo sobre os cidadãos de bem que lutam pela sua família e pela sua pátria, tidos como escravos ignaros pelos “papas” da nova religião.

 

Fonte: Verde, a nova cor do comunismo.

 

Por Hans F. Sennholz e outros 06 Apr 2015 Artigo no Alerta Total - www.alertatotal.net

 

No dia 10 de setembro de 1990, o multimilionário escritor, economista e socialista Robert Heilbroner publicou um artigo na revista The New Yorkerintitulado "Após o Comunismo".  A URSS já estava em avançado processo de colapso.

 

Neste artigo, Heilbroner recontou a história de como Ludwig von Mises, ainda em 1920, havia provado que o socialismo não poderia funcionar como sistema econômico.  Neste artigo, Heilbroner disse essas três palavras: "Mises estava certo".

 

Mas aí vem a dúvida: qual a diferença entre comunismo e socialismo?  Mises havia concluído que o socialismo não poderia funcionar, mas o que realmente entrou em colapso foi um sistema rotulado comunismo.  Há alguma diferença?

 

História

 

Quando Karl Marx e Friedrich Engels começaram a escrever conjuntamente, no ano de 1843, Marx era a figura dominante.  Engels era um melhor escritor, e era ele quem sustentava Marx financeiramente.

 

Marx passou toda a sua carreira se opondo àquilo que ele chamou de "socialismo utópico".  Ele nunca interagiu com nenhum grande economista ou teórico social.  Você pode procurar, mas jamais encontrará qualquer refutação sistemática feita por Marx a Adam Smith, por exemplo.  Marx gastou suas energias criticando verbalmente vários autores de esquerda, cujos escritos praticamente não tiveram nenhuma influência sobre a Europa em geral.

 

Dado que ele estava constantemente atacando autores socialistas, Marx criou uma teoria própria sobre o comunismo.  Ele chamou essa sua teoria sobre o comunismo de "socialismo científico".  Marx argumentou que, inerente ao desenvolvimento da história, há uma inevitável série de etapas.  Isso significa que ele era um determinista econômico.  Ele acreditava que o modo de produção é fundamental em uma sociedade e que o socialismo seria historicamente inevitável porque haveria uma inevitável transformação do modo de produção da sociedade.

 

Todos os aspectos culturais da sociedade, sua filosofia e sua literatura formariam, segundo Marx, a superestrutura da sociedade.  Já a subestrutura — ou seja, seus fundamentos — seria o modo de produção.

 

Segundo Marx, sua análise econômica revelava uma inevitável linearidade dos vários modos de produção.  O comunismo primitivo levou ao feudalismo.  O feudalismo levou ao capitalismo.  O capitalismo levará a uma bem-sucedida revolução do proletariado.  O proletariado irá impor o socialismo.  E, do socialismo, surgirá o comunismo.

 

Esse processo linear fecha o círculo.  Tudo começou com o comunismo primitivo, e tudo levará ao comunismo supremo.  Com o comunismo supremo, toda a evolução histórica estará completa. 

 

Só que Marx nunca explicou por que a evolução das etapas seria dessa maneira.  Ele nunca explicou por que não haveria outra revolução após a chegada do comunismo supremo, a qual levaria a um modo de produção maior que o comunismo.  Era mais conveniente apenas finalizar esse processo linear no comunismo.

 

A União Soviética jamais alegou ter chegado ao estágio comunista do modo de produção.  Ela sempre se disse socialista.  O nome do país era União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.  Os líderes supremos da União Soviética jamais alegaram que a URSS havia alcançado a etapa final do modo de produção.  Stalin promoveu o conceito de socialismo em apenas um país.  Ele diferia de Trotsky nesse quesito.  Trotsky queria uma revolução do proletariado em nível global.  Stalin era mais esperto.  Ele queria o poder e, sendo assim, ele sabia que, antes de tudo, teria de consolidar o poder em um país. 

 

Logo, Trotsky teve de fugir do país, e Stalin enviou o agente Ramón Mercader, do Comissariado do Povo para Assuntos Internos, para matá-lo na Cidade do México.  O agente matou Trotsky com um golpe de picareta em seu crânio.  Foi um ato cheio de simbolismo.  A picareta havia sido um dos ícones da história da Rússia.

 

O socialismo é a propriedade estatal dos meios de produção.  Mas Marx profetizou que o estado desapareceria sob o comunismo.  Ele nunca explicou como ou por que isso iria acontecer.  Sua teoria era bizarra.  Ele dizia que, para abolir o estado, era necessário antes maximizá-lo.  A ideia era que, quando tudo fosse do estado, não haveria mais um estado como entidade distinta da sociedade; se tudo se tornasse propriedade do estado, então não haveria mais um estado propriamente dito, pois sociedade e estado teriam virado a mesma coisa, uma só entidade — e, assim, todos estariam livres do estado.

 

O raciocínio é totalmente sem sentido.  Por essa lógica, se o estado dominar completamente tudo o que pertence aos indivíduos, dominando inclusive seu corpo e seus pensamentos, então os indivíduos estarão completamente livres, pois não mais terão qualquer noção de liberdade — afinal, é exatamente a ausência de qualquer noção de liberdade que o fará se sentir livre.

 

Igualmente, Marx nunca mostrou como o sistema de produção poderia ser organizado nessa etapa suprema do comunismo, na qual não haveria nem um livre mercado e nem um planejamento centralizado pelo estado.  Ele nunca forneceu qualquer detalhe sobre como seria uma sociedade comunista, exceto em uma breve passagem que foi publicada em um livro escrito conjuntamente com Engels e com o homem que os havia apresentado em 1843, Moses Hess.  O livro foi intitulado A Ideologia Alemã (1845).  Só foi publicado em 1932.  Hess jamais ganhou créditos por sua co-autoria, mas parte do manuscrito aparece em sua coletânea de escritos.

 

Eis a descrição do comunismo:

 

Assim que a distribuição do trabalho passa a existir, cada homem tem um círculo de atividade determinado e exclusivo que lhe é imposto e do qual não pode sair; será caçador, pescador, pastor ou um crítico, e terá de continuar a sê-lo se não quiser perder os meios de subsistência.

 

Na sociedade comunista, porém, onde cada indivíduo pode aperfeiçoar-se no campo que lhe aprouver, não tendo por isso uma esfera de atividade exclusiva, é a sociedade que regula a produção geral e me possibilita fazer hoje uma coisa, amanhã outra, caçar da manhã, pescar à tarde, pastorear à noite, fazer crítica depois da refeição, e tudo isto a meu bel-prazer, sem por isso me tornar exclusivamente caçador, pescador ou crítico.

 

Esta fixação da atividade social, esta petrificação do nosso próprio trabalho num poder objetivo que nos domina e escapa ao nosso controlo contrariando a nossa expectativa e destruindo os nossos cálculos, é um dos fatores principais no desenvolvimento histórico até aos nossos dias.

 

Não obstante o fato de que há aproximadamente 70 volumes das obras de Marx e Engels, essa é a passagem mais longa que descreve o funcionamento de uma sociedade comunista e de como seria a vida sob esse arranjo.

 

Conclusão

 

Socialismo foi o sistema que realmente foi colocado em prática.  Comunismo pleno nunca existiu e não passa de uma utopia cujo funcionamento jamais foi explicitado em trechos maiores do que um parágrafo.

Sem uma economia monetária — ou seja, sem uma economia em que os cálculos de lucros e prejuízos são possibilitados pelo dinheiro — é impossível haver uma ampla divisão do trabalho. 

 

E sem um livre mercado para todos os bens, mais especificamente para bens de capital, é impossível haver um planejamento econômico racional.

 

A propriedade comunal dos meios de produção (por exemplo, das fábricas) impede a existência de mercados para bens de capital (por exemplo, máquinas).  Se não há propriedade privada sobre os meios de produção, não há um genuíno mercado entre eles.  Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos.  Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de preços.  E sem esse cálculo de preços, é impossível haver qualquer racionalidade econômica — o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada. 

 

Sem preços, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como direcionar o uso de bens da capital para atender às mais urgentes demandas dos consumidores da maneira menos dispendiosa possível. 

 

Em contraste, a propriedade privada sobre o capital em conjunto com a liberdade de trocas resulta na formação de preços (bem como salários e juros), os quais permitem que o capital seja direcionado para as aplicações mais urgentes.  Ao mesmo tempo, o julgamento empreendedorial tem de lidar constantemente com as contínuas mudanças nos desejos dos consumidores. 

 

O arranjo socialista simplesmente impede que esse mecanismo ocorra.  Foi por isso que Mises argumentou, ainda em 1920, que qualquer passo rumo ao socialismo é um passo rumo à irracionalidade econômica.

 

E foi a isso que Heilbroner se referiu quando ele disse que "Mises estava certo".

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Autores:

Hans F. Sennholz, 1922-2007, foi o primeiro aluno Ph.D de Mises nos Estados Unidos.  Ele lecionou economia no Grove City College, de 1956 a 1992, tendo sido contratado assim que chegou.  Após ter se aposentado, tornou-se presidente da Foundation for Economic Education, 1992-1997.  Foi um scholar adjunto do Mises Institute e, em outubro de 2004, ganhou prêmio Gary G. Schlarbaum por sua defesa vitalícia da liberdade.

David Gordon, membro sênior do Mises Institute, analisa livros recém-lançados sobre economia, política, filosofia e direito. É também o autor de The Essential Rothbard

Gary North, ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. 

Leandro Roque, editor e tradutor do site do  Instituto Ludwig von Mises Brasil.

 

Por Carlos I.S. Azambuja 06 Apr 2015 03:12 AM PDT Artigos no Alerta Total - www.alertatotal.net

 

Quando ainda se encontrava no poder, Gorbachev afirmou que o mercado não era apenas uma invenção capitalista e sim uma conquista permanente da civilização moderna. E que, além do mercado, a propriedade privada e o princípio do lucro eram também aquisições do mundo moderno. No campo político, Gorbachev reconheceu como incontestáveis a democracia parlamentar e as liberdades individuais. Já era, então, o tempo da perestroika e da glasnost.

Será que alguém já se teria preocupado em analisar as conseqüências desses pronunciamentos do ex-Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética e ex-presidente da ex-URSS?

É simples: se o mercado é uma conquista permanente da civilização moderna, então o socialismo real, que o aboliu, cometeu um ato de barbárie e, por vir exigindo a supressão do mercado desde o Manifesto Comunista, ou seja, há mais de 150 anos, o ideal socialista é, ele próprio, uma ameaça à civilização, em vez de ser um corretivo para as mazelas do chamado capitalismo selvagem.

No campo político, o socialismo antepôs a ditadura do proletariado à democracia. Já em 1918, essa ditadura fechou sumariamente a Assembléia Nacional Constituinte na Rússia e instituiu os Gulags (mais de 4 milhões de vítimas reconhecidas, com dezenas de milhares de mortos, segundo estimativas), fomes genocidas (7 milhões de mortos somente na Ucrânia), massacres (desde Kronstadt, em 1921, até Vilna, em 1991), sindicalismos de pelegos, hospitais psiquiátricos para os dissidentes e casas de repouso para os membros da Nomenklatura e para os dirigentes dos partidos-irmãos.

A partir de tais pressupostos político-econômicos, osocialismo real asfixiou a vida social. O controle estatal da produção científica impôs à URSS e aos países satélites um calamitoso atraso tecnológico. Foram destruídas, quase por completo, as emergentes ciências humanas; a filosofia foi reduzida a serva da propaganda; a religião voltou às catacumbas; e áreas inteiras da cultura ocidental foram totalmente censuradas.

As artes, no entanto, sofreram o pior. Os suicídios de Yessenin (Sergei Yessenin, poeta) e de Maiakovski (Vladimir Maiakovski, poeta), o assassinato de Meyerhold (Vsevolod Emilevitch Meyerhold, pseudônimo de Karl Kazimir Theodor Meyerhold, diretor e ator teatral), a deportação de Soljesnitsyn (Alexander Soljenitsyn, escritor), a rejeição de Stravinski (Igor Stravinski, compositor), são apenas alguns indícios dos assombrosos crimes culturais que deixaram desterradas, ou nos porões, as artes na ex-União Soviética, história que ainda não foi contada por inteiro.

Igualmente, em nome da revolução internacional e da vitória final do socialismo, as nações vizinhas da ex-União Soviética foram sistematicamente agredidas - recordemos as invasões dos países bálticos em 1918 e, posteriormente da Hungria, Checoslováquia, Polônia e Afeganistão -, e o mundo levado à beira do conflito nuclear.

Conclui-se, portanto, que o chamado socialismo real cometeu uma agressão sem precedentes à civilização, agressão que só pode ser comparada à desfechada por um outro tipo de socialismo, o nacional-socialismo. Mas, além das fortes semelhanças, conforme Adolf Hitler afirmou em fevereiro de 1941 - “basicamente, o nacional-socialismo e o marxismo são a mesma coisa”-, existem entre o nazismo e o bolchevismo notáveis diferenças. Uma delas é que o nacional-socialismo permaneceu 12 anos no poder, enquanto o Leviatã do socialismo real governou por 70 anos.

Outra diferença é que o Nuremberg dos bolcheviques não ocorreu e, provavelmente, jamais ocorrerá, pois as instituições jurídicas criadas pelo socialismo real, que, em parte, ainda permanecem vigentes, foram de tal forma corrompidas a ponto de não permitirem iniciativas nesse sentido.

Como não existe um vencedor oficial do socialismo real, não haverá julgamento formal de seus crimes contra a humanidade e, nesse sentido, cabe duvidar que o famoso julgamento da História, consolo vão dos acusadores impotentes, faça, algum dia, justiça aos milhões de sacrificados nos arquipélagos Gulag.

Nesse sentido, segundo o jornalista inglês Paul Johnson, da revista “The Spectator” (jornal O Estado de São Paulo de 11 de janeiro de 1998), “O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão”, de autoria de um grupo de intelectuais ex-comunistas, lançado em Paris em 1997, com 846 páginas, pode ser considerado o primeiro livro de consulta sobre o que autor chama de “tragédia planetária”. O livro, logo transformado em um best-seller, mostra com riqueza de detalhes que os crimes do comunismo não apenas superaram de longe os do nazismo em termos de quantidade, mas que os dois sistemas, em todos os pontos básicos morais, foram idênticos.

Os nazistas foram responsáveis por 25 milhões de mortes, ao passo que os mortos nos vários Estados do socialismo real não ficaram aquém de 100 milhões, dentre os quais 20 milhões na Rússia e 65 milhões na China.

O mais importante, talvez, é que o “Livro Negro do Comunismo” submete esses crimes de Estado aos mesmos critérios judiciais iniciados com o Tribunal de Nuremberg, em 1945, e recentemente aplicados na Bósnia, na Sérvia e demais Estados que se desprenderam da ex-Iugoslávia. Pelo artigo 6º dos Estatutos de Nuremberg, crimes de Estado se enquadram em três grandes categorias: crimes contra a paz, crimes de guerra, e crimes contra a humanidade. 

O autor mostra com detalhes que os Estados comunistas e seus líderes, individualmente, foram culpados de todos esses três crimes, repetidas vezes e em escala colossal. A lista dos crimes de Stalin contra a humanidade é especialmente longa e horripilante, envolvendo mais de 10 milhões de pessoas. Ele cometeu o crime de genocídio, conforme definido pelos tribunais internacionais, em diversas ocasiões: contra os kulaks russos, em que um genocídio de classe substituiu o genocídio de raça, em 1930-1932; contra os ucranianos em 1932-1933 [*]; contra os poloneses, bálticos, moldavos e bessarábios em 1939-1941 e, de novo, em 1944-1945, contra os poloneses; contra os alemães do Volga em 1941; os tártaros da Criméia em 1943; os chechenos em 1944; e os inguches também em 1944.

[*]  Grande Fome de 1932-1933, matou 4 milhões de ucranianos, 1 milhão de casaques e mais de 1 milhão de soviéticos. A Ucrânia, com o 2º solo mais fértil do mundo, tornou-se um imenso cemitério a céu aberto quando os comunistas esfomearam até a morte 1/3 da população camponesa do país para a "coletivização" das terras (leia-se escravização dos camponeses). Na economia socialista, quem mais produz alimentos é quem mais morre de fome.

Carlos I. S. Azambujaé Historiador.

 

Por Adriano Banayon 31 Mar 2015

 

A taxa de juros SELIC, a taxa base para títulos do Tesouro Nacional já estava demasiado alta em 11.25 pontos percentuais em novembro de 2014. Após sucessivas elevações, o COPOM (Conselho de Política Monetária),  “orientado” pelo BANCO CENTRAL a elevou para 12.75 pontos percentuais.

 

A taxa efetiva, basicamente determinada pelo cartel de bancos credenciados como dealers desses títulos oficiais, fica, em média, três pontos acima da taxa básica (hoje quase 16% aa.), ou ainda mais em períodos turbulentos.

 

Tais juros - sem paralelo em países não submetidos ao império financeiro, controlado pela oligarquia angloamericana – causam intensa hemorragia nas finanças públicas, um de cujos efeitos é elevar a conta dos juros a cada ano e fazer crescer incontrolavelmente o estoque da dívida.

 

Isso se dá em função da capitalização dos juros através da emissão de novos títulos para liquidar os que vão vencendo, pois as   receitas tributárias (das quais vem o superávit primário) são, de longe, insuficientes.

 

Para uma ideia do estrago desencadeado por poucos pontos percentuais na taxa, basta fazer simulações com a composição anual dos juros.

 

Os juros incorporados ao principal -  supondo que não se liquidassem juros e amortizações, em dinheiro, durante 30 anos -  fariam ascender os 3  trilhões de reais, no momento, da dívida interna, para os seguintes montantes:

1)    12% aa. = R$ 89,9 trilhões, (multiplicaria a dívida por 30);

2)    15% aa. = R$ 198,6 trilhões, (a multiplicaria por 66);

3)    18 % aa. = R$ 430,1 trilhões (a multiplicaria por 144).

 

Portanto, a cada três pontos percentuais de aumento, o multiplicador mais que dobraria. Do jeito que vai a presente taxa efetiva (18% aa.), a dívida atingiria quantia equivalente a US$ 143 trilhões, ou seja, quantia igual a duas vezes a soma dos PIBs de todos os países do mundo.

 

Tenho explicado que os formadores de opinião, montados no monopólio da comunicação social - cujo negócio é desinformar -  fazem a maior parte do público comprar a ideia de que as elevações das taxas de juros seriam necessárias para conter a inflação dos preços.

 

As artes da desinformação incluem fazer acreditar numa  entidade misteriosa chamada “mercado”, a que se atribui exigir os injustificáveis juros estratosféricos. Então, aos olhos do público esses juros deixam de ser o instrumento do saqueio cometido pelo cartel dos bancos e são imputados ao abstrato “mercado” e a supostas leis econômicas, igualmente abstratas.

 

A armação a serviço dos concentradores financeiros desvia a  discussão do terreno dos fatos para o das teorias econômicas e para o das doutrinas político-filosóficas.

 

A questão não é doutrinária: não são neoliberais nem necessariamente partidários da direita os defensores e aproveitadores da política de juros altos, tal como os da política de  subsidiar trilionariamente  os carteis transnacionais.

 

Trata-se simplesmente de arrancar do Brasil quantias e recursos naturais incalculáveis. É pirataria, assalto, extorsão, reminiscente das proezas imperiais do século XIX, como as guerras do ópio, que o império britânico desencadeou contra a China, de 1839 a 1842 e  de 1856 a 1860.

 

O objetivo inicial dessas guerras foi deixar de pagar em ouro (mesmo dispondo a Inglaterra abundantemente do metal proveniente do Brasil e alhures) as importações das manufaturas produzidas na China, bem como apropriar-se das indústrias e roubar-lhe as técnicas de produção, tal como já havia feito na Índia.

 

Falando nesta, para produzir o ópio destinado à China, era só  explorar os trabalhadores e a terra da Índia, saqueada de 1757 a 1863, em recursos equivalentes ao dobro dos investimentos feitos na Inglaterra, inclusive em imóveis.        

 

A Grã-Bretanha havia transformado o grosso de suas importações da Índia em pilhagem escancarada, deixando de pagar o que quer que fosse por elas. Vide André G. FRANK, Acumulação Mundial 1492-1789. Rio de Janeiro, 1977, pp. 178 et segs.

 

Ao contrário do que se imagina, a Índia não era pobre e só no Século XIX é que afundou na miséria extrema, com milhões com fome, dormindo na rua em Calcultá.  Os incautos admiradores brasileiros do império angloamericano não percebem que, no curso atual, é para algo assim que o País se encaminha.

 

Os juros abusivos nos títulos públicos - e mais ainda no crédito a empresas e a pessoas físicas - bem como os espantosos subsídios às aplicações financeiras e às empresas transnacionais - são apenas alguns dos mecanismos montados para tornar falido o Brasil e acelerar sua dilaceração sob as bicadas de vorazes abutres financeiros.

 

Informa-se agora sobre propinas na Receita Federal de empresas transnacionais, e bancos estrangeiros e locais, para deixar de pagar impostos devidos. O mais notável é que esses bancos e empresas  são extremamente favorecidos pela legislação: para saquear, nem precisam sonegar nem inadimplir impostos, mas o fazem para aumentar o butim.

 

As transnacionais são, ademais, cumuladas de inacreditáveis favores fiscais e subsídios, tendo elas praticamente assumido o poder desde o governo militar-udenista que derrubou Vargas em  1954.

 

Daí -  não obstante a quantidade colossal das exportações agrícolas e minerais -  continua crescendo até hoje,  agora em ritmo acima de mais de US$ 90 bilhões/ano, o déficit de transações correntes com o exterior, por causa das transferências ao exterior dos imensos lucros das transnacionais, sob as mais diversas formas contábeis.

 

Mesmo alguns governos militares que tinham a meta de ampliar o poder nacional através de estatais, especialmente em áreas estratégicas, viram-se frustrados pela armadilha da dívida externa, ficando reféns do “sistema financeiro internacional” a comandar a área financeira do governo.

 

Esse sistema engendrou a Nova República e, mediante a mesma chantagem da dívida, desnacionalizou mais segmentos da economia, inclusive estatais, ficando as eleições dependentes do poder financeiro concentrado e da grande mídia, sempre a serviço do império.

 

A corrupção é, pois, sistêmica, e os desmandos na Petrobrás são uma de suas menos expressivas manifestações. Mas servem aos agentes do império e a seu cartel do petróleo para apossar-se de uma das maiores reservas, do mundo, dessa altamente estratégica fonte de energia.

 

Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

 

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

 

 

     

Com as dificuldades do Mercosul e da China, o mercado americano, em fase de reativação, é alternativa importante numa revisão sensata da política comercial brasileira

 

 

EDITORIAL
O Globo - 29/03/2015 

 

Desde a subida da rampa do Palácio do Planalto pelo PT, em janeiro de 2003, o Itamaraty perdeu espaço, enquanto as diretrizes da política externa foram avocadas pelo partido. Mais longevo que ministros de Relações Exteriores tem sido o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, com gabinete no Planalto também desde janeiro de 2003, símbolo da ingerência petista na diplomacia brasileira.

 

Não por acaso, a política externa é monotônica desde então. A presidente Dilma, sem surpresas — salvo o distanciamento em relação ao Irã, eleito por Lula aliado de primeira linha —, seguiu no piloto automático das reverências ao bolivarianismo chavista e na subordinação aos caprichos argentinos no Mercosul, corrompido pelas práticas protecionistas do vizinho. Porém, mesmo pouco atenta à área, a presidente terá de incluí-la em suas prioridades, pois parte da crise do comércio exterior brasileiro se deve a escolhas mal feitas de política externa. Como a cega, por ideológica, dependência de laços com certos governos no continente.

 

A necessidade de o país se reaproximar dos Estados Unidos é gritante. Nem Dilma parece discordar. Depois do mal-estar diplomático causado pelas revelações, em meados de 2013, sobre a espionagem eletrônica americana da presidente brasileira, este ano pode servir para restaurar os laços com a Casa Branca.

 

Em 2013, uma viagem de Estado a Washington foi abortada devido à crise criada pela descoberta da espionagem. Agora, depois da vinda do vice-presidente Joe Biden à posse de Dilma, aceleram-se os preparativos para a visita. Dilma e Obama se encontrarão na primeira quinzena de abril no Panamá, na 7ª Cúpula das Américas. Pode servir para aplainar ainda mais o terreno da visita.

 

Um dos resultados deletérios da diplomacia lulopetista foi reduzir o peso do Brasil na diplomacia multilateral, embora o discurso continuasse a ser o da busca de uma cadeira de titular no Conselho de Segurança da ONU. Como os atos nunca foram condizentes com este desejo, a cadeira virou fumaça. Com propriedade, o “New York Times”, em recente editorial, registrou esta diminuição de peso do Brasil no mundo. Segundo o “NYT”, a voz do país virou “sussurros”, enquanto outros membros do Brics — China, Rússia e Índia — tomam caminho oposto. O esfarelamento do Mercosul e a desaceleração chinesa impõem ao Brasil se reaproximar dos EUA, cuja economia deve acelerar a recuperação.

 

Os EUA sempre foram importadores de produtos manufaturados brasileiros. A crise argentina já recolocou o mercado americano como o terceiro mais importante para as exportações brasileiras (depois da União Europeia e China).

 

Só em fevereiro, a balança comercial teve um déficit de US$ 2,8 bilhões. As commodities continuam em baixa e o país precisa ampliar mercados. É hora de o governo tomar decisões sem viés ideológico.

 

Escrito por Roger Sruton 30 de março de 2015


Quando pressionados por uma declaração de suas crenças, conservadores dão respostas evasivas ou irônicas: crenças são o que os outros têm, aqueles que, como socialistas e anarquistas, confundiram política com religião. Isto é lamentável, porque o conservadorismo é uma filosofia genuína, ainda que não sistemática, e ela merece ser afirmada especialmente em tempos como o atual, quando o futuro de nossa nação está ameaçado.

Conservadores acreditam que nossas identidades e valores são formados através de nossas relações com outras pessoas, e não através de nossas relações com o estado. O estado não é um fim, mas um meio. A sociedade civil é a finalidade última, e o estado é o meio de protegê-la. O mundo social emerge através da livre associação, enraizada nas relações de amizade e na vida em comunidade. E os costumes e instituições que estimamos têm crescido de baixo, pela mão invisível da cooperação. Elas raramente têm sido impostas de cima pelo trabalho de políticos, cujo papel, para um conservador, é reconciliar nossos propósitos, não ditá-los ou controlá-los.

Apenas nos países de língua inglesa os partidos políticos se descrevem como “conservadores”. Por que isto? Isto se dá claramente porque os falantes da língua inglesa são herdeiros de um sistema político que tem sido construído de baixo, pela livre associação de indivíduos e pelas operações da common law.

Consequentemente, concebemos a política como um meio para conservar a sociedade e não um meio para impô-la ou criá-la. Da Revolução Francesa à União Europeia o governo continental tem se concebido em termos de “cima para baixo”, como uma associação de sábios, figuras poderosas ou “experts”, que estão no negócio de criação de ordem social através de regulação e lei imposta. A lei comum não impõe ordem, ela emerge da ordem. Se o governo é necessário, do ponto de vista conservador, é a fim de resolver os conflitos que surgem quando as coisas estão, por qualquer razão, desestabilizadas.

Se você vê as coisas deste modo, então você está propenso a conservar a sociedade civil pela acomodação da mudança necessária. O Partido Trabalhista visou enfraquecer nossa sociedade externamente e dividi-la internamente.

Externamente por sua inquestionável aceitação da primazia da autoridade internacional da União Europeia, internamente pela imigração indiscriminada, conflito de classes e “reformas”, que usualmente significa a politização de nossas consagradas instituições. Os conservadores, por contraste, aspiram por uma sociedade governada de forma coerente com as instituições que surgiram através dos tempos em resposta às necessidades de mudança e circunstâncias.

Tal sociedade depende de uma lealdade comum e uma lei territorial, e estas não podem ser alcançadas sem fronteiras. Mas nos encontramos obrigados por um tratado concebido por internacionalistas utópicos em circunstâncias que desapareceram já há muito tempo. O tratado da União Europeia obriga os estados membros a permitir “livre movimentação de pessoas”, independentemente de seus desejos ou seu interesse nacional. Com seu sistema de assistência social aberto, sua língua universal, sua riqueza relativa, suas liberdades cuidadosamente defendidas, nosso país é o destino preferido da onda de imigrantes europeus.

Entretanto, no topo de qualquer agenda conservadora está a questão da imigração. Como limitá-la, e como assegurar que os recém-chegados se integrarão numa sociedade em que a livre associação, liberdade de opinião, e o respeito pela lei são axiomáticos.

Os conservadores reconhecem que o direito de eleger nossos legisladores e mudar a lei é uma premissa de políticas democráticas. Sempre que possível, eles acreditam, nossas leis devem ser elaboradas em Westminster, ou nas côrtes da commom law de nosso reino, não por burocratas não eleitos em Bruxelas ou por côrtes de juízes Europeus.

Até recentemente os conservadores enfatizavam a sociedade civil tendo igual ênfase na família em seu cerne. Esta ênfase tem sido distorcida em confusão pela revolução sexual, pela difusão do divórcio e nascimentos fora do casamento, e pelos movimentos recentes para acomodar o estilo de vida homossexual. E estas mudanças tiveram que ser absorvidas e normalizadas. Nossa sociedade é tolerante, na qual a liberdade é estendida a uma variedade de religiões, visões de mundo, e formas de vida doméstica. Mas a liberdade é ameaçada pela licenciosidade: a liberdade é fundada em responsabilidade e respeito pelos outros, enquanto que a licenciosidade é um modo de explorar outros por puro ganho pessoal. A liberdade entretanto precisa de valores que protegem os indivíduos de uma vida pessoal caótica e que cuidam da integridade do lar em face de muitas ameaças.

O conservadorismo é uma filosofia de legado e administração, não dissipa recursos, empenha-se em aumentá-los e passá-los adiante. Para os conservadores, a política ambiental precisa ser resgatada da expertise embusteira dos alarmistas. Mas deve também ser resgatada da religião do Progresso, que nos instiga a perseguir crescimento a qualquer custo e a transformar nosso amado país em um conjunto de plataformas de concreto, por ferrovias de alta velocidade numa paisagem em que cada topo de montanha é coberto por sinistras fazendas de vento.

É difícil que estas convicções surtam efeito agora. Através de quangos (comitês) e corpos oficiais, o estado tem sido ampliado pelo Partido Trabalhista até o ponto de engolir a iniciativa privada e distorcer o longamente estabelecido instinto de caridade de nossos cidadãos. As regulações dificultam a associação de pessoas, e as decisões nonsense das côrtes Europeias constantemente nos dizem que, vivendo de acordo com nossas luzes, estamos atropelando os direitos humanos de alguém. Os conservadores acreditam em direitos, mas em direitos que são pagos por deveres, e que antes reconciliam pessoas ao invés de dividi-las. 

Os pensadores de esquerda quase sempre ridicularizam a posição conservadora como defensora do livre mercado a qualquer custo, introduzindo a competição e a motivação do lucro mesmo nos arredores sagrados da vida comunal. Adam Smith e David Hume deixaram claro, entretanto, que o mercado, que é a única solução conhecida para o problema da coordenação econômica, depende ele próprio do tipo de ordem moral que emerge de baixo, quando as pessoas se responsabilizam por suas vidas, aprendem a honrar seus acordos e vivem em justiça e caridade com seus vizinhos. Nossos direitos são também liberdades, e liberdade faz sentido apenas entre pessoas que sejam responsabilizáveis por seus vizinhos em caso de mau uso.

Isto significa que, para os conservadores, o esforço de recuperar a sociedade civil do estado deve continuar incessantemente. Uma por uma nossas liberdades estão sendo erodidas: a liberdade de expressão pelos muçulmanos, a livre associação pela Côrte Europeia de Direitos Humanos, a liberdade de fazermos nossas próprias leis e controlar nossas fronteiras pela União Europeia. Nós conservadores valorizamos nossa liberdade não porque ela seja uma posse abstrata de uma pessoa abstrata, mas porque é uma conquista concreta e histórica, o resultado da disciplina civil exercida por séculos, e o símbolo de nosso reservado respeito pela lei do país.


Roger Scruton, inglês, é filósofo e escritor - http://www.roger-scruton.com

Originalmente publicado em The Spectator.

Tradução: Flávio Ghetti

 

Posted: Luis Dufaur 29 Mar 2015 01:30 AM PDT

 

pequim

Pequim num dia poluído (15-01-2015) e num dia ensolarado (19-12-2014).

Quase 90% das cidades chinesas têm a atmosfera contaminada, algumas pesadamente, com perigo para a saúde de seus habitantes. 

A percentagem é impressionante: das 74 aglomerações monitoradas pelo ministério de Meio Ambiente, apenas 8, ou quase 10%, estiveram abaixo da fronteira do perigo em 2014, noticiou o jornal parisiense “Le Figaro”. 

A maior preocupação é com o PM2,5, critério que mede as partículas mais finas no ar, o monóxido de carbono e o ozono. 

Trata-se de partículas especialmente pequenas e assassinas que danificam os sistemas respiratório e cardiovascular, a partir dos quais penetram até no cérebro, ameaçando as crianças em gestação, etc.

Há um ano, a Academia Chinesa de Ciências Sociais advertiu em relatório que Pequim, a capital do país, “apenas era vivível para os seres humanos”.

A frase dá a magnitude do desastre, sobretudo considerando o perigo a que se expuseram os cientistas que, ao reconhecerem o fato, contrariavam a propaganda internacional do regime.

 

torre central

Torre central da Rádio e Televisão (CCTV)
num dia poluído (15-01-2015) e num ensolarado (19-12-2014)

Em 2012, registrou-se um auge de poluição por semana, gerando até perturbações no tráfico aéreo.

Os habitantes das zonas urbanas consultam diariamente os índices de poluição e na prática vivem resignados à bruma cinza e tóxica que os envolve.

A partir de 2013 multiplicaram-se as manifestações de cidadãos exasperados pelo ar poluído que recorreram à violência.

A pressão diplomática pede ao regime políticas humanitárias contra a intoxicação do ar. Mas o governo só se mexeu quando percebeu que os turistas estavam deixando de ir.

No outono de 2013, numa declaração que não se sabe se deve ser levada ao trágico ou ao cômico, o primeiro-ministro “declarou guerra” à poluição, anunciando verbas e objetivos.

 

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Tiananmen num dia poluído (15-01-2015) e num dia ensolarado (17-11-2014).

O problema essencial é que a solução passa pelo fechamento das usinas termoelétricas que queimam carvão. E a China, que promete construir usinas nucleares de energia limpa no exterior, não pretende acabar com esses incansáveis geradores de fumaça tóxica. 

As metas econômicas fixadas pelo Partido Comunista devem ser atingidas, qualquer que seja o preço a pagar. E o preço pode incluir a decapitação política e até física do responsável pela diminuição da produção.

Em novembro 2014, os EUA e a China assinaram um acordo prevendo compromissos contra a emissão de CO2 que pouco ou nada têm a ver com o problema. Ficou lindo para a mídia.

A área mais atingida é a de Pequim e redondezas: das dez comunas com o ar mais envenenado, sete ficam na província de Hebei, onde se concentra a indústria pesada que rodeia a cidade.

A média da medida do PM2,5 na região é de 93 microgramas por metro cúbico, e a meta tolerada, segundo a lei escrita que não é respeitada, é de 35 microgramas.

O sonho chinês de hegemonia mundial comunista passa por cima de qualquer outra consideração.

 

26/03/2015 - 08h16min - Atualizado em 26/03/2015 - 08h16min

Pelo período de cinco anos também é mantida a vinculação de percentuais mínimos da receita corrente dos estados e municípios ao pagamento de precatórios, e mantidas as sanções para o caso de não liberação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira  o julgamento sobre a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional (EC) 62/2009, que instituiu o último regime de pagamento de precatórios. Segundo a decisão, tomada em questão de ordem nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4357 e 4425, fica mantido parcialmente o regime especial criado pela emenda pelo período de cinco anos, contados a partir de janeiro de 2016. Foi ainda fixado um novo índice de correção monetária e estabelecida a possibilidade de compensação de precatórios vencidos com o estoque de créditos já inscritos em dívida ativa.

O STF) decidiu   que os  Estados e municípios que possuem tais débitos acumulados terão que zerá-los até o final de 2020. Em 2013, o Plenário do STF derrubou a norma que autorizava o poder público a parcelar, em até 15 anos, o pagamento dos precatórios, mas desde então a Corte tentava colocar balizas para definir quando teriam que ser quitados os passivos acumulados e como o poder público pagaria as futuras dívidas já sob o efeito de novas regras definidas pela Corte.

A emenda dava sobrevida de 15 anos ao parcelamento dos precatórios e previa a correção dos valores pelo índice que corrige a poupança, a Taxa Referencial (TR). Com a decisão desta quarta, o prazo passa a ser de cinco anos para pagamento das dívidas a contar de 1º de janeiro de 2016. 

No caso da compensação de precatórios vencidos com a dívida ativa, a decisão não tem aplicação imediata, uma vez que o Plenário delegou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a regulamentação do tema, com a apresentação ao STF de uma proposta normativa. Também caberá ao CNJ, nos mesmos termos, a regulamentação do uso compulsório de 50% dos depósitos judiciais tributários no pagamento de precatórios.

Quanto à correção monetária, o STF modulou os efeitos da declaração de inconstitucionalidade proferida no julgamento das ADIs relativas à EC 62/2009, para considerar válido o índice básico da caderneta de poupança (TR) para a correção dos precatórios, até  esta quarta (25), e estabeleceu sua substituição pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Os precatórios federais seguirão regidos pelo disposto nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) quanto aos anos de 2014 e 2015, caso em que já foi fixado o IPCA-E como índice de correção.

Com a modulação dos efeitos, o regime especial instituído pela EC 62 foi prorrogado parcialmente. Isso significa que ficam mantidas a compensações, leilões e pagamentos à vista, previstos pela emenda realizados até o dia de hoje, vedada a possibilidade de seu uso a partir de então. Fica mantida, pelo prazo estabelecido de cinco anos, a possiblidade de realização de acordos diretos com os credores de precatórios, observada a ordem de preferência, redução máxima de 40% do valor do crédito atualizado.

Pelo período de cinco anos também é mantida a vinculação de percentuais mínimos da receita corrente dos estados e municípios ao pagamento de precatórios, e mantidas as sanções para o caso de não liberação dos recursos. Foi ainda atribuída ao CNJ a competência para supervisionar o pagamento de precatórios segundo a decisão.

 

ESCRITO POR PEDRO CORZO | 19 MARÇO 2015 
 
A UNASUL fundou-se em Brasília. Luis Inácio Lula da Silva, aliado incondicional de Chávez, presidiu a reunião com base em uma proposta de Evo Morales, um dos promotores-chave da autocracia eleitoral.

O verdadeiro objetivo da UNASUL, União de Nações Sul-americanas, nunca foi o manifestado por seus promotores, que afirmavam que o projeto tinha como propósito trabalhar a favor da integração econômica e social dos países mais meridionais do continente, enquanto promovia a formação de uma identidade cidadã transnacional.

O desígnio era instrumentalizar um bloco político no qual um grupo de governos, identificados com o plano expansionista que Hugo Chávez encarnava, dispusesse da capacidade de pressionar e influenciar politicamente nas decisões das nações que se somaram ao bloco regional.

Os organizadores estavam convencidos de que seu discurso populista, integracionista e anti-americano pressionaria o resto dos países da região a se incorporar, embora alguns desses governos discordassem das propostas políticas e econômicas do chavismo. Tampouco lhes inquietava ser minoria na entidade. Estavam convictos de que integravam um núcleo sólido, com interesses comuns e com capacidade de influenciar e/ou pressionar até conseguir decisões que favorecessem suas maquinações.

A UNASUL fundou-se em Brasília. Luis Inácio Lula da Silva, aliado incondicional de Chávez, presidiu a reunião com base em uma proposta de Evo Morales, um dos promotores-chave da autocracia eleitoral.

O desaparecido mandatário venezuelano foi seu principal iniciador. Chávez gestou a Aliança Bolivariana das Américas, ALBA, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, CELAC, e o canal de televisão TeleSul, um meio de comunicação no qual os gestores do Socialismo do Século XXI manipulam as informações à sua conveniência.

Chávez tinha recursos econômicos para apoiar seu projeto hegemônico. À diferença de Fidel Castro que tentou impor-se à força de balas e bombas, o golpista venezuelano o tratou com petro-dólares. Dilapidou as riquezas venezuelanas para comprar consciências e desestabilizar as democracias.

A sede de UNASUL está em Quito, Equador, um país cujo presidente Rafael Correa, um déspota, é partidário da re-eleição indefinida, enquanto exerce um férreo controle sobre os meios de informação e manifesta um profundo desprezo pelos que não compartilham de suas idéias. A presidência ocupada por um mandatário dos países-membros por um ano de maneira sucessiva é simbólica, pois o controle na realidade tem o Secretário-Geral.

As decisões dos quatro secretários-gerais que a UNASUL teve favoreceram os governos que integram o projeto do Socialismo do Século XXI, em particular o regime venezuelano. O primeiro secretário foi o populista e ex-presidente argentino Néstor Kirchner. Sua relação com Chávez foi muito estreita, tanto que o mandatário venezuelano dedicou sua vitória eleitoral de 2012 a Raúl Castro e ao casal Kirchner - Néstor já havia falecido.

Depois, a posição foi ocupada por María Emma Mejía, política colombiana. Sua imparcialidade para mediar nas discrepâncias dos países-membros e em particular para avaliar a situação interna da Venezuela, se aprecia nestas declarações: “Pode ser que Chávez tenha mudado a América Latina em uma década, é indubitável que nesta década nosso continente nunca mais será igual”. Foi substituída pelo venezuelano Ali Rodríguez Araque. Um antigo guerrilheiro marxista, homem de confiança de Chávez, ao extremo que ocupou várias das pastas de governo mais importantes.

O atual executivo é o ex-mandatário colombiano Ernesto Samper, um político muito controverso cujo período presidencial, 1994-1998, foi particularmente instável. Samper foi acusado de haver financiado a campanha eleitoral com dinheiro do narcotráfico. Foi processado pela Câmara de Representantes, porém as acusações foram retiradas.

A reação do governo dos Estados Unidos foi forte. Em uma decisão sem precedentes contra um presidente em funções, retirou de Samper o visto de entrada no país, enquanto negava ao governo colombiano a certificação de luta contra a droga, uma sentença que implicava a cessação da ajuda econômica e militar de Washington.

Os antecedentes de Samper o invalidam para dirigir uma organização internacional e suas recentes declarações de que a UNASUL está pronta para apoiar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o anulam como mediador.

O compromisso da UNASUL com o despotismo se reafirmou em Montevidéu, Uruguai, quando os chanceleres do grupo qualificaram as sanções dos Estados Unidos a funcionários venezuelanos corruptos, como uma agressão a esse país. Declarar que as sanções norte-americanas afetavam a estabilidade do hemisfério é uma falácia, como se Maduro e sua corrupta corte fossem a nação venezuelana.

Depois de expressar seu apoio a Maduro, Samper está desqualificado para arbitrar um diálogo entre os representantes sociais, partidos políticos e o governo venezuelano. Sua liderança está parcializada. É falso que na Venezuela exista divisão de poderes como declarou. Ele não visitou os presos políticos durante sua estada e tampouco se reuniu oficialmente com a Mesa de Unidade Democrática (MUD), o que demonstra que é um servidor dos interesses de Maduro e não da democracia venezuelana.


Tradução: Graça Salgueiro

 

RENATO CARVALHO 23 DE MARÇO DE 2015   


A campainha toca, mas, em vez da aula de História, começa a aula de “Primeira Guerra Mundial”, planejada em conjunto pelos professores especialistas em História, Geografia, Línguas Estrangeiras e (por que não?) pelo professor de Física que achou que seria uma boa oportunidade para trabalhar os conceitos de Balística.

À tarde, outro sinal, mas os alunos não vão ter aula de Biologia. Hoje a aula é sobre “Ecossistema Polar Ártico”, ministrada pelos professores especializados em Biologia, Química, Geografia e o de Matemática, que percebeu que os dados sobre o derretimento das geleiras seriam úteis para o estudo de Estatística.


Em pouco tempo, cenários como esse, que já são comuns nas principais escolas da capital Helsinki, poderão ser encontrados em toda a rede de ensino do município e nas cidades do interior. O objetivo é claro:

A Finlândia quer ser o primeiro país do mundo a abolir completamente a tradicional divisão do conteúdo escolar em “Matérias” e adotar em todas as suas escofinlandiaseraoprimeiropaisaabolirmaterias00 01las o ens

Há anos, a educação finlandesa vem sendo considerada a melhor do mundo. Com “segredos” como valorização dos professores, atenção especial aos alunos com mais dificuldades, valorização das artes e de diferentes formas de aprendizagem e uma radical redução no número de provas e testes, o país tem consistentemente dividido as mais altas posições nos rankings do PISA (Programme for International Student Assessment, ou Programa para Avaliação Internacional de Estudantes) com Cingapura, mas com as vantagens de oferecer uma educação universalmente gratuita e livre dos tremendos níveis de estresse aos quais os estudantes asiáticos são submetidos.

Apesar dos excelentes resultados (ou talvez por causa deles), a Finlândia pretende continuar repensando e aprimorando seu sistema educacional. “Não é apenas Helsinki, mas toda a Finlândia que irá abraçar a mudança”, afirma Marjo Kyllonen, gerente educacional de Helsinki. “Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21.”

Naturalmente, a ideia de substituir “Matérias” por “Fenômenos” como forma de dividir o conteúdo escolar e apresentá-lo aos alunos sofreu resistência inicial, principalmente dos professores e diretores que passaram suas vidas se especializando e se preparando para ensinar matérias. Mas com suporte do governo – inclusive incentivos financeiros através de bonificações para os professores que aderissem ao método – os professores foram gradualmente se envolvendo e hoje aproximadamente 70% dos professores das escolas de ensino médio da capital já estão treinados e adotando essa nova abordagem.

Atualmente, as escolas finlandesas já são obrigadas a oferecer ao menos um período de ensino multidisciplinar baseado em Fenômenos por ano. Na capital Helsinki, a reforma está sendo conduzida de forma mais acelerada, com as escolas sendo encorajadas a oferecer dois períodos. A previsão de Marjo Kyllonen é de que em 2020 a transição estará completa em todas as escolas do país.

Fonte: rescola.com.br

 

13 de Março, 2015 - 12:38 ( Brasília )

Geopolítica

A anunciada venda de 24 aeronaves Super Tucano aos Emirados Árabes Unidos pode sofrer um revés. Os aviões seriam repassados ao Iraque e operados por iranianos

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Nelson During
Editor-chefe DefesaNet


Na posse Ministro da Defesa Jaques Wagner o então comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito anunciou a próxima negociação com o governo do Emirados Árabes Unidos (EAU), para a venda de 24 aviões Super Tucanos.
 
A demanda por seis aeronaves EMBRAER  EMB-314 – Super Tucano, inclusive seria imediata.  
 
Nas palavras do Brigadeiro Saito estava sendo negociado uma “espécie de leasing”envolvendo as forças aéreas dos dois países. “Eles querem que a Força Aérea possa suprir imediatamente a necessidade deles. Eles querem de imediato seis aeronaves”, declarou Saito.
 
O Informe de Inteligência francês “Intelligence Online”, informou na sua edição, de 11 Março, que o governo dos Emirados Árabes alterou seus planos.

O plano de fornecer até 24 aeronaves EMB-314 Supe Tucanos  ao Iraque, como prometido em Janeiro, e parte do anúncio do Brigadeiro Saito, foi alterado pelo governo dos Emirados Árabes.

Fontes de inteligência dos Emirados identificaram que a Força Aérea do Iraque está quase inteiramente sob controle iraniano, tanto com assessores como pilotos. Com isto o governo de Abu Dhabi decidiu não fornecer as aeronaves produzidas pela empresa EMBRAER Defesa & Segurança, apesar da insistência iraquiana.

A aproximação do Irã com o Iraque está na ajuda que o governo de Teerã está dando ao de Bagdá na luta contra o Exército Islâmico (ISIS). Teerã forneceu grande número de pilotos ao Iraque, logo no início da ofensiva do EI, em Junho do ano passado.

Os pilotos iranianos eram os únicos habilitados a voar os Sukhoi SU-25, enviados ao Iraque para combater o EI. Ao mesmo tempo Moscou também enviou várias aeronaves para equipar a Força Aérea Iraquiana.

Força Aérea da Guarda Revolucionária (IRGC AF), recebeu 15 aeronaves EMB-312 T-27 Tucanos, das quais avalia-se, que 10 unidades estão em condições operacionais.

Seria uma grande oportunidade para os pilotos iranianos avaliarem os Super Tucano equipados com aviônica digital  avançada desenvolvida pela AEL Sistemas (ELBIT).

Não está claro se as 20 aeronaves produzidas pela  EMBRAER nos Estados Unidos e adquiridas pela USAF, com o propósito de equipar a Força Aérea do Afeganistão poderão estar ao alcance dos olhos e mãos dos iranianos.

Até o momento os Emirados Árabes não formalizaram a negociação das 24 aeronaves EMB-314 Super Tucano, como anunciado em janeiro pelo Brigadeiro Saito, junto à EMBRAER Defesa & Segurança.

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Fonte: www.defesanet.com.br

 

ANCARA (Reuters) - O Irã disse que o preço do barril de petróleo não deve subir acima de 60 dólares até 2016 e que o país poderia aumentar a exportação da commodity se forem removidas as sanções ocidentais impostas devido ao programa nuclear iraniano, disse a agência de notícias semi-oficial Mehr nesta sexta-feira.

"Não estamos esperando que o preço do petróleo suba para mais de 60 dólares até 2016. O que vai acontecer depois não é certo", disse Mohsen Ghamsari, chefe de assuntos internacionais da Companhia Iraniana de Petróleo, segundo a Mehr.

"Quando as sanções forem retiradas, é nosso dever natural e legal poder aumentar as vendas de petróleo para aumentar nossa fatia de mercado", completou.

As sanções dos Estados Unidos e União Europeia entraram em vigor em 2012 para proibir a importação, compra e transporte de produtos iranianos derivados do petróleo.

Potências mundiais estão em conversas com o Irã para tentar persuadir Teerã a conter seu programa nuclear, em troca de alívio nas sanções que enfraqueceram a economia exportadora de petróleo.

"Sanções não foram impostas na venda do petróleo iraniano, mas na compra do petróleo do Irã, e nós estamos vendendo petróleo para um número limitado de países", disse Ghamsari. Cinco países ainda compram petróleo iraniano: China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Turquia, mas estão comprando cerca de 1 a 1,2 milhão de barris por dia, cerca de metade do que o país enviava antes das sanções, quando mais de uma dúzia de países eram compradores.

O preço petróleo Brent aumentou para cerca de 61 dólares o barril nesta sexta-feira, por conta da tensão na Líbia e Iraque, enquanto negociadores mantêm atenção nas conversas nucleares com o Irã que podem eventualmente trazer mais suprimento para o mercado mundial.

O Brent subiu 60 centavos de dólar o barril, vendido a 61,08 dólares. O petróleo nos EUA subiu 30 centavos de dólar, a 51,06 dólares o barril.

(Reportagem de Parisa Hafezi)

 

Montevidéu, 5 mar (EFE).- O novo secretário-geral da Junta Nacional de Drogas (JND) do Uruguai, Milton Romani, afirmou nesta quinta-feira à Agência Efe que a maconha legal, produzida sob o controle do Estado, estará disponível nas farmácias do país antes do fim deste ano.

"Os consumidores que querem adquiri-la nas farmácias terão que esperar um pouco mais, talvez dois meses, talvez menos, mas vai chegar", garantiu o responsável pelo organismo vinculado à presidência uruguaia.

Romani fez face às recentes informações que assinalavam que o novo governo, liderado por Tabaré Vázquez, tinha recuado sobre quais seriam as farmácias encarregados de comercializar o cannabis legal, como determina a lei aprovada em 2013 pelo anterior Executivo, liderado por José Mujica. Antes de assumir a presidência no último dia 1º, Vázquez tinha manifestado preocupação quanto ao fato de estabelecimentos habilitados para vender remédios se ocuparem da venda do cannabis.

O secretário-geral da JND garantiu que as preocupações do novo presidente foram analisadas e que os representantes das farmácias expressaram interesse em fornecer o serviço.

Conforme destacou, as 11 empresas que se apresentaram para plantar e fornecer a maconha ainda carecem de alguns documentos para finalizar o processo. No entanto, ele é otimista sobre a rapidez desta etapa, e informou que as sementes já estão prontas para a plantação depois da aprovação das empresas pela JND.

As companhias autorizadas deverão se instalar no prédio de propriedade do Estado, no departamento de San José, para plantar o cannabis, que posteriormente será vendido em farmácias que tenham obtido a licença.

Por outro lado, o secretário afirmou que está na fase final o desenvolvimento do software que permitirá a confidencialidade dos dados dos consumidores devidamente registrados e habilitados para comprar a droga.

Romani viajará este sábado a Viena (Áustria) para participar da 58ª Sessão da Comissão de Entorpecentes das Nações Unidas. Sobre às críticas ao Uruguai feitas pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu relatório anual, divulgado esta semana, ele disse acreditar não caber tais julgamentos a esse órgão vinculado à ONU.

Entre outros aspectos, a Jife reiterou sua "profunda preocupação" pelos "efeitos negativos que a legislação de fiscalização do cannabis do Uruguai poderia ter no funcionamento do sistema internacional de fiscalização de drogas".

"Nós estamos cumprindo as convenções internacionais no contexto dos direitos humanos em que somos referência e que vão contra as políticas repressivas. O que as convenções dizem é que o direito interno habilita os países a tomar determinadas decisões soberanas", observou Romani.

Ele lembrou que as sementes que serão utilizadas na plantação controlada pelo Estado "estão geneticamente marcadas para ser rastreadas", o que possibilitará identificar se uma planta sair do país.

A Jife tem uma visita prevista ao Uruguai quando a venda da droga já estiver em plena vigência.

Fonte: EFE

 

Posted: 05 Mar 2015 06:00 PM PST   

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão

 

O governo dos Estados Unidos da América intimou ontem brasileiros que têm empresas abertas na Flórida. A determinação é que só vai permitir a continuidade dos negócios se as empresas comprovarem que não fazem negócios, envolvendo corrupção, com o governo federal ou com "estatais" brasileiras. A ordem ameaça até retirar o Green Card (visto permanente) do empreendedor brazuca que não conseguir comprovar, através de documentos, contratos e extratos bancários, que está limpo e puro, em um prazo de 72 horas. A Águia aperta o cerco contra os corruptos tupiniquins...

 

A medida de restrição norte-americana apertando o certo de fiscalização a empresários brasileiros que investem por lá é interpretada não só como um rigor anti-corrupção, mas principalmente como uma advertência de que os EUA enxergam o alto risco de uma "escalada bolivariana" no Brasil, parecida com a da Venezuela, da Bolívia e da Argentina. O Departamento de Justiça dos EUA, que acompanha ações judiciais movidas contra a Petrobras na Corte de Nova York, teme a eclosão de uma grave crise no Brasil, a partir do impasse institucional gerado pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, que afetam a nossa economia: inflação sobe, dólar vai junto com os juros, e ontem até circulou o boato no mercado de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, jogaria a toalha.

 

Os norte-americanos também viram um grave indício de como o "bolivarianismo" começa a se manifestar, concretamente, no Brasil. Não foi vista com bons olhos por colaboradores norte-americanos anti-corrupção a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal em conceder perdão judicial ao ex-deputado José Genoíno, ilustre condenado no processo do mensalão, justamente no delicado momento em que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a abertura de 28 inquéritos para investigar 54 políticos com foro privilegiado, suspeitos de envolvimento no escândalo do "Petrolão". A turma do Tio Sam lembra que, na Venezuela, na Argentina e na Bolívia, o primeiro passo revolucionário do governo foi influenciar decisões do judiciário, em uma clara quebra do equilíbrio entre os poderes, a fim de legitimar medidas de força ou para aliviar a barra de aliados com problemas na Justiça.

 

Nem precisa ser norte-americano para constatar que a falta de sintonia entre o judiciário e os anseios da sociedade ficou patente no perdão que o STF deu a Genoíno. Depois de construir uma maioria no Supremo, graças à perigosa indicação política de ministros nomeados para a mais alta corte do País, o desgoverno Dilma, acuado com os perigosos desdobramentos do Petrolão, deu uma demonstração simbólica de que, com o tempo, mesmo os que forem eventualmente denunciados agora, para serem ou não condenados em data ainda incerta, podem ter uma esperança muito forte de que não ficarão muito tempo na cadeia - igualzinho a Genoíno e vários outros "mensaleiros".

 

Simbolicamente, a decisão do STF serviu de péssimo exemplo para aqueles réus da Lava Jato que negociam delação premiada com o juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba. Agora, vários ilustres enrolados no Petrolão terão a chance de seguir o "conselho" dado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que não embarquem nos acordos de "colaboração premiada", preferindo aguardar pelos acordos de leniência que o governo pretende incentivar, via Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União, e Tribunal de Contas da União, dando um drible no Ministério Público e no judiciário.

 

Preso em 15 de novembro de 2013, Genoíno foi logo transferido para a prisão domiciliar, por alegados problemas de saúde. Em maio do ano passado, voltou para a prisão, onde permaneceu por apenas três meses. Em agosto, Genoino recebeu autorização do ministro Luis Roberto Barroso para cumprir o restante da pena em casa, pois já havia cumprido um sexto da pena total. Hoje, ele está em uma casa em um condomínio fechado de Brasília. No regime domiciliar, ele era obrigado a se recolher em casa à noite e nos finais de semana. Agora, oficialmente livre da pena, poderá circular livremente. Com certeza, vai rir muito da cara dos otários...

  

 

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Escrito por Percival Puggina em 05 de março de 2015 -

A Lei dos Partidos Políticos (Lei Nº 9.096 de 29 de setembro de 1995), em seu artigo 28, estabelece quatro motivos para o cancelamento do registro e do estatuto de uma organização partidária. Um deles é estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros (Foro de São Paulo, por exemplo) e o outro é "manter organização paramilitar".


Os discursos habituais do ex-presidente Lula constituem expressões de boquirroto. Coisas de falastrão. Manifestações de incontinência verbal. Estou falando difícil para não escrever o que realmente sinto vontade... Então, vai lá, no "popular": ele diz muita besteira. O fato é que depois de ouvi-lo durante tantos anos, habituamo-nos a seus atropelos de forma e conteúdo. Não se poderia esperar nada mais aprimorado de alguém com o perfil de nosso ex-presidente. Não há como Lula ser melhor do que Lula, mesmo porque nunca lhe ocorreu fazer algo melhor de si mesmo. Portanto, ele pode passar a vida repetindo que é filho de uma mulher analfabeta, incapaz de fazer um "O" com um copo, pois sempre encontrará quem ria de tal grosseria, e mesmo quem reconhece o desrespeito contido na frase acaba aceitando-a como "coisas do Lula".

No dia 23 de fevereiro, ele participou de um ato em defesa da Petrobras. Enquanto assistia o vídeo com a fala do ex-presidente fiquei pensando no velório do prefeito Celso Daniel e nas coisas que a alta nomenclatura petista dizia naqueles primeiros momentos, logo após o crime. Espero que a entendam a analogia: Petrobras, Celso Daniel, velório, lágrimas, culpa aos adversários. Pois é. Lula, no evento sobre a Petrobras, trovejava sua indignação com as "zelites" que não suportavam a prosperidade dos pobres. O motivo pelo qual as elites veriam com tão maus olhos uma suposta prosperidade dos mais humildes fica envolto na névoa do mais denso mistério. Havendo normalidade das funções mentais é muito fácil entender que a prosperidade de todos beneficia a todos e a todos faz felizes. O inverso, como Lula pretende sugerir, só pode ser aceito e aplaudido por imbecis de prontuário médico, com foto, diagnóstico e medicação.

Pois bem, nesse discurso, lá pelas tantas, referindo-se às mobilizações da oposição contra o governo da presidente Dilma, que nem ele haverá de considerar probo e bem sucedido, Lula afirmou: "Também sabemos brigar. Sobretudo quando o João Pedro Stédile colocar o exército dele do nosso lado". Foi delirantemente aplaudido pelo público que se concentrava no pequeno auditório.

Desta feita, as coisas mudam de figura. Não se trata de fanfarronada. Não é besteira. Em uma dúzia de palavras, Lula reconheceu vários fatos: 1) o MST é um "exército"; 2) tem comandante; 3) tem regimento próprio e fora da lei; 4) obedece ordens do partido e serve a seus fins políticos. Ora, a Lei dos Partidos Políticos (Lei Nº 9.096 de 29 de setembro de 1995), em seu artigo 28, estabelece quatro motivos para o cancelamento do registro e do estatuto de uma organização partidária. Um deles é estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros (Foro de São Paulo, por exemplo) e o outro é "manter organização paramilitar".

O PT, senhores membros do Ministério Público Eleitoral, se enquadra em pelo menos duas das quatro situações previstas na lei! E quanto à última, a milícia petista do MST tem bandeira, boné, orientações para ação guerrilheira, centros de treinamento, e seus membros, quando atacam, brandem foices de cabo longo, luzidias como baioneta de desfile. E Lula concitou sua milícia ao estado de prontidão. Estão esperando o quê, senhores do Ministério Público Eleitoral?


www.puggina.org

 

 Por Jeffrey Nyquist em 02 de março de 2015 -  


“Como se viu nos capítulos anteriores sobre a natureza e metodologia necessárias à guerra moderna, é praticamente impensável vencê-la sem a minuciosa e oportuna preparação do país e das forças armadas.”
V. D. Sokolovskii, Soviet Military Strategy, p. 281


Um artigo recente no The European diz que as sanções que a EU impôs à Rússia foram mal concebidas. “A política de sanções não está funcionando de maneira alguma”, diz o artigo. As sanções falharam porque Putin “controla as percepções” da população russa. Enquanto isso, sentimentos anti-guerra estão ganhando espaço na Alemanha e em toda Europa. A propaganda russa está gradualmente virando o jogo. Isso revela com clareza que o Ocidente não tem estratégia nenhuma, enquanto a Rússia é totalmente estratégica.

O capítulo 7 da clássica obra do marechal Sokolovskii, Soviet Military Strategy, é intitulada “Preparação de um país para repelir agressões”. É possivelmente o capítulo mais importante do livro, pois explica os passos necessários caso a vitória for o que se pretende assegurar. O objetivo dessa preparação inicial é tomar a iniciativa estratégica. A própria sociedade deve estar pronta para “resistir” a um “ataque nuclear maciço do inimigo, minimizando as perdas” e mantendo, enquanto isso, “o moral em alta e o anseio de vitória no seio da população”.

Há três “linhas mestras” na preparação de uma guerra de acordo com os estrategistas soviéticos: (1) preparação das forças armadas; (2) preparação da economia nacional e (3) preparação da população. No que diz respeito à preparação das forças armadas, é necessário construir um arsenal de mísseis com ogivas nucleares. Essas são as armas principais de uma guerra; todas as outras têm importância secundária. Até hoje a Rússia mantém o mais avançado arsenal nuclear do mundo, e agora já se reconhece que a Rússia possui superioridade nuclear no campo de batalha europeu.

No que diz respeito à preparação da economia nacional para guerra, a Rússia continua a observar os princípios postulados pelo livro de Sokolovskii. Hoje as indústrias militares foram transferidas para cavernas subterrâneas, bunkers e túneis. Isso é algo que foi trabalhado por anos pelos russos. Cidades subterrâneas secretas, tal como a que está localizada sob a montanha Yamantau, possivelmente possuem mísseis nucleares e fábricas de ogivas. Yamantau é um dos vários locais subterrâneos superprotegidos que podem, com efeito, dar à Rússia bases militares-industriais virtualmente inatingíveis na ocasião de uma guerra global.

Seja importante o quanto for a preparação das forças armadas ou da economia nacional, os estrategistas soviéticos sempre insistiram que a população em geral não deve ser deixada de lado nas preparações bélicas. Guerras modernas não são travadas apenas por forças militares. Elas são travadas pelo povo inteiro. Deve-se ensinar a população a proteger-se de um ataque nuclear e a se mobilizar como uma milícia capaz de realizar várias funções de emergência. Mas o mais importante de tudo isso é a “preparação política do moral do povo”. Essa preparação é considerada decisiva (v. pp. 458-459 da tradução inglesa de Soviet Military Strategy). A preparação da população para a guerra traduz-se em doutrinação ideológica. Um espírito de patriotismo deve ser inculcado: “amor pela Pátria e... instigar no povo a prontidão para suportar qualquer dificuldade da guerra pelo bem da vitória”. A estrita doutrinação que retrata a perversidade inimiga é indispensável. “Ódio ao inimigo deve incitar o desejo de destruir as forças armadas e o potencial industrial-militar do agressor e conquistar a vitória completa em uma guerra justa”. Ao mesmo tempo, o povo “deve estar imbuído da crença no poder das nossas Forças Armadas e nutrir amor por eles”.

Hoje essa é a retórica da mídia russa. A América é culpada pela guerra na Ucrânia. Diz-se que a América planeja a destruição da Rússia. Ao mesmo tempo os russos dizem que seu maquinário bélico é invencível (NBC News noticia: “Vladimir Putin diz que o poderio militar russo não tem adversário à altura”). O moral político do povo russo está sendo reforçado através de mensagens positivas desse tipo. Por outro lado, na Europa ocidental só há discórdia e confusão. Não há uma voz de autoridade jactando-se da força militar da OTAN. O povo está cheio de incerteza e medo. A ideia de uma independência ucraniana foi posta em questão. Enquanto estas palavras foram escritas, o parlamento russo esteve considerado se declarava a unificação alemã em 1990 como ilegal.

Como afirma o texto de Soviet Military Strategy: “A preparação política do moral do povo para a guerra é dirigida [...] por todas organizações públicas e governamentais do país e por todo o sistema educacional e de informações públicas. Para esse propósito, todos os instrumentos de propaganda e agitação são usados...” (E sim, isso inclui o parlamento, que sempre foi o carimbo das velhas estruturas soviéticas — escondidas por trás de falsos partidos políticos e falsas regras parlamentares e falsas constituições.)

A razão para trazer à tona um velho livro militar soviético é para mostrar que a Rússia ainda está seguindo as velhas ideias soviéticas. Ao mesmo tempo, a América não considera seriamente preparar-se ela mesma para uma guerra. O lado americano não coloca suas principais indústrias militares sob montanhas e não ensina sua população os princípios de defesa civil nuclear (como os russos fazem). Mais crítico ainda é o fato que o povo americano jamais recebeu qualquer ensinamento escolar sobre a ameaça russa. Com raras exceções, as escolas americanas não ensinam seus alunos sobre quem são os inimigos da América. Isso sequer foi feito no auge da Guerra Fria. Na verdade, os marxistas estavam ocupados infiltrando-se nas escolas americanas e universidades durante os anos 1970 e 1980. Era mais provável que os alunos americanos recebessem uma doutrinação marxista mais sólida (que aquela repassada nos países comunistas) do que uma orientação apropriada acerca da ameaça comunista aos Estados Unidos. E assim, jamais houve similaridade entre as preparações bélicas russas e americanas. Esse é um fato que deveria causar profundo espanto, pois ele desmente a conhecida propaganda do todo-poderoso complexo militar-industrial americano.

Infelizmente, hoje em dia não há uma séria preparação bélica nos EUA. A América entrou em uma suposta guerra contra o “terrorismo”. Enquanto isso os russos espreitam-se no subterrâneo e preparam-se para um tipo diferente de guerra — posicionando misseis, navios de guerra e forças terrestres. Que já entramos em uma fase de pré-guerra deveria estar abundantemente claro. O general da OTAN, Frederick Hodges, disse recentemente em entrevista ao Wall Street Journal: “Acredito que os russos estão se mobilizando agora para uma guerra que eles pensam que vai acontecer em cinco ou seis anos”. O ex-chefe da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, alertou acerca da propabilidade de os russos atacarem um dos estados bálticos. “Isso não se trata da Ucrânia”, disse Rasmussen ao Daily Telegraph no começo de fevereiro. “Putin quer reestabelecer a Rússia à sua antiga posição de grande potência”.

Contudo, Rasmussen e Hodges foram modestos em suas estimativas. Não se trata de restaurar a grandeza passada da Rússia. Trata-se de uma mudança brusca no balanço das forças que fará uma reviravolta completa na ordem global. É esse o jogo que está sendo jogado. É essa a estratégia que está sendo usada. Tratam-se de intenções revolucionárias que querem transformar o mundo. Mas nossos generais e estadistas continuam a pensar pequeno e acreditam apenas no que está diante dos seus olhos. É necessário que vejam a coisa com os olhos de um estrategista. Deve-se reconhecer o padrão, a nuance, a relação entre ações do passado e do presente. Só assim pode o observador ver o que está para vir.

Quando o Secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, diz que a América está “tentando envolver a Federação Russa num conflito entre Estados” com fins de instigar uma mudança de regime em Moscou, ele está criando o pretexto e a cortina de fumaça para uma vasta mobilização militar russa que vai muito além da restauração da URSS. “Os americanos estão tentando [...] desmembrar nosso país através dos eventos na Ucrânia” diz Patrushev. Então o que merece a América em resposta? Afinal, a América está tentando “desmembrar” a Rússia. Então o certo e apropriado é que se desmembre a América. É isso que está dizendo Patrushev; é esse o significado real dos seus dizeres. Quando Rasmussen diz que toda a coisa “não se trata da Ucrânia” temos de concordar. Ainda assim ele não percebeu qual é o verdadeiro fim da mobilização russa. O verdadeiro alvo não é a OTAN, mas a América. E quando a América for derrotada, todos os países da Terra curvar-se-ão perante a Rússia.

Há todas as razões do mundo para suspeitar do que está acontecendo na Ucrânia, pois a crise em Kiev acaba por servir de pretexto contínuo para a mobilização militar e serve de justificativa para atacar os Estados Unidos, especialmente se os americanos derem armas para Kiev. A crise é fabricação de Putin, que manda ameaças aos montes para a Europa. Ele pode testar o Artigo 5 da OTAN; ele pode forçar a situação até surgir um racha na aliança. Os alemães por acaso querem suas cidades devastadas? E poloneses e romenos?

E quanto à América?

Mesmo na atual ocasião de mobilização russa, o lado americano se implode unilateralmente e espontaneamente. Veja a manchete: Sevier o corte orçamentário, Rússia e China superarão nossa tecnologia militar,diz oficial do alto escalão do Pentágono. Prepare-se para China e Rússia superar-nos militarmente, pois esse é o resultado do que vem acontecendo. O Vice-Secretário de Defesa, Robert Work, disse ao Congresso que os cortes orçamentários estão acabando com a vantagem militar tecnológica americana em relação à Rússia e China. E por que o presidente insiste em tal fórmula? Por que ele se recusa a negociar uma solução orçamentária mais sensata com os republicanos no Congresso?

O ex-prefeito de New York, Rudy Giuliani, disse ao New York Post que Obama foi influenciado por um comunista, Frank Marshall Davis, desde os nove anos de idade. Giuliani também falou do papel do Rev. Jeremiah Wright. “Ele passou 17 anos na igreja de Jeremiah Wright, e esse é o sujeito que disse ‘Deus amaldiçoe a América, e não Deus abençoe a América’... [e] Obama jamais deixou essa igreja”, disse Giuliani. Parece que o Prefeito Giuliani fez uma importante observação que deveria ter sido feita por vários outros políticos há muito tempo. Mas eles são todos covardes, incapazes de abrir suas bocas exceto para falar coisas patéticas e sem importância.

É evidente que não há chance de o país se colocar ao lado do ex-prefeito nova-iorquino. Muito provavelmente o Partido Republicano se distanciará de Giuliani e continuará no caminho da mediocridade. Isso mostra com clareza que não somos mais americanos, mas sim que “somos do mundo”. Essa mentira abjeta, que conta uma história que o próprio povo não pode contar de si, é agora a base do pensamento nacional — que sequer é nacional. Somos consumidores, cidadãos do planeta. Esse é a vaidade do momento que pode levar milhões à morte. O perigoso contrassenso é perigoso, e não importa o quão confortável ele faça você se sentir. O conforto, junto de um tratado desarmamentista, fará com que você seja alvejado por uma bomba nuclear.

http://jrnyquist.com

Tradução: Leonildo Trombela Junior

 

ESCRITO POR JEFFREY NYQUIST | 11 FEVEREIRO 2015 

 

Blefe: 1. Mostrar falsamente confiança ou agressividade para enganar ou intimidar alguém. 2. Mostrar agressivamente os dentes como meio de intimidar outro animal.
- The Free Dictionary

Chantagem nuclear é uma modalidade de estratégia nuclear em que um agressor usa a ameaça do uso de armas nucleares para forçar um adversário a tomar alguma atitude ou fazer algumas concessões. É um tipo de extorsão.
- Wikipédia


Durante a Conferência de Segurança de Munique na sexta-feira, o ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Michael Fallon, falou à Reuters sobre um triplo problema. Primeiro ele disse que os russos “podem ter baixado o limiar [de tolerância]” para o uso de armas nucleares. Em segundo lugar, disse que os russos estão “integrando forças convencionais e nucleares de maneira bastante ameaçadora...”. E em terceiro, “em tempo de pressão fiscal eles continuam a gastar na modernização das forças nucleares”. 
(v. a matéria em inglêsUKb concerned over ‘threatening’ Russian nuclear strategy.)

A manchete do Guardian na sexta-feira mostrou uma imagem do presidente russo Vladimir Putin com a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente François Hollande da França. A manchete é “Temor a Vladimir Putin nas capitais da UE diante do fantasma da‘guerra total’”, que inclui um perturbador comentário de um diplomata da UE em Bruxelas dizendo que armar a Ucrânia pode significar o desencadeamento de uma guerra com a Rússia, e a Rússia está fadada a ganhar a guerra.

Eis nosso destino: viajamos uma longa estrada acreditando nas mentiras russas, e agora chegamos. Ajudamos os russos a atingir um novo patamar de supremacia. Ajudamos eles a dar todos os passos para esse caminho. Acreditamos na perestroika e na glasnost. Lisonjeamo-nos ao alegar vitória na Guerra Fria. Mordemos a isca do 11 de setembro e caímos no ataque diversionista dos islâmicos e aqui estamos: incapazes de se opor à Rússia e (como logo veremos) aos chineses. Acerca desse assunto o desertor Anatoliy Golitsyn já nos alertou em 1984 com o livro New Lies for Old [As novas mentiras pelas velhas]:

A estratégia da tesoura daria lugar à estratégia “de um só punho fechado”. Nesse ponto, a mudança na balança político-militar seria evidente para todos. A convergência não se daria entre dois lados iguais, mas conforme os termos ditados pelo bloco comunista. O argumento a favor da acomodação com a força esmagadora e irresistível do comunismo, tornar-se-ia virtualmente irrespondível. Cresceriam as pressões por mudanças no sistema político e econômico americano... Conservadores tradicionais seriam isolados e levados ao extremismo. Eles podem se tornar as vítimas de um novo “macartismo” de esquerda.

T.S. Elliot outrora escreveu sobre a União Soviética em um prefácio para um livro anonimamente escrito cujo título é O lado oculto da lua. O livro é sobre a Polônia oriental sob ocupação soviética após 17 de setembro de 1939. Os invasores russos sujeitaram os civis poloneses a deportações e execuções em massa e confisco de propriedades. Tudo isso esteve escondido sob a face mais visível que era Adolf Hitler, cuja invasão à Polônia no dia 1 de setembro de 1939 havia tido maior repercussão. Da mesma maneira, terroristas árabes começaram uma guerra mais famosa no dia 11/09/2001. Após esse fato, deixamos totalmente de estar a par de quê a Rússia estava fazendo. De novo foi um caso de “o lado oculto da lua”.

É interessante agora ver como a história se repete (e por que ela não deveria se repetir?). Especialmente se tratando de estratégias que podem ser usadas de novo e de novo, sem que ninguém perceba. Fomos manipulados em 1939-45 e fomos manipulados no período 2001-2014. Evidentemente isso não significa que Hitler ou bin Laden fossem os mocinhos. Apenas nos permitimos gastar todas nossas energias em combater o inimigo menor e perdemos totalmente a noção de quem é o inimigo maior. Pior: esse inimigo maior manipulou-nos de maneiras que são vergonhosas demais para se permitir. De novo fizemos vistas grossas para os preparativos russos que visavam tomar a Europa; isto é, preparativos para tomar vantagem total da nossa distração.

Ano passado Moscou tomou uma parte da Criméia ucraniana. Hoje a batalha se intensifica pelo controle do leste e do sul da Ucrânia. Enquanto as tropas da OTAN chegam de maneira cautelosa em relação à Rússia, há preocupações de que não tenhamos forças suficientes, especialmente se os russos resolverem usar suas armas nucleares táticas. Essas pequenas (porém poderosas) armas mudam qualquer cenário de combate. Uma força convencional sem artilharia nuclear tática não pode com uma força que possui tal artilharia. Esse é um fato que o Ministro da Defesa da Grã-Bretanha observou e que o obrigou a acalmar o empenho dos líderes europeus [em combater os russos].

Enquanto isso na Rússia, propagandas antiamericanas e anti-OTAN seguem um padrão pré-guerra que visa “preparar a opinião pública” para a guerra. Culpam os americanos pela luta em Donbas. Culpam os americanos de tentarem destruir a Rússia. No final das contas, foram as maquinações americanas que derrubaram o presidente legalmente eleito Victor Yanukovych [segundo propagandas]. A ideia tomou tal popularidade, que até mesmo o famoso George Freeman da STRATFOR disse que a derrubada de Yanukovych foi o “mais flagrante golpe da história”. George, pelo visto, jamais entendeu os eventos da ex-União Soviética, tampouco ele entende a situação de Washington. Pergunte a si mesmo honestamente: Obama é um imperialista determinado a destruir a Rússia?

Dificilmente pode-se pensar na ideia de Obama conseguindo fazer algo como derrubar um governo estrangeiro. Isso é risível quando nos damos conta que o número de agentes russos na Ucrânia deve estar na casa dos milhares. E o que a CIA tem na Ucrânia? Talvez eles tenham uns cinquenta agentes, ou talvez uns 200 se você contar os falsos agentes-duplos russos. Por favor, não sejamos tão ignorantes ao ponto de nos equivocar acerca da natureza da realidade ucraniana pós-soviética e o quanto a CIA deve estar em desvantagem em todo o território “outrora” soviético.

Quando observamos o comportamento atual da dita “junta” de Kiev, vemos que eles, não obstante, agem de maneira que corriqueiramente beneficia a Rússia e não a Ucrânia — e menos ainda os Estados Unidos. Com efeito, pode-se pegar uma publicação como a Veterans for Peace e constatar que os perversos vilãos corporativos da Monsanto estão tomando a área rural de cultivo da Ucrânia (ou algo do tipo). Pode-se até basear sua análise — como fez Eugene Chausovsky na STRATFOR — na opinião ‘especializada’ de três mecânicos de etnia russa que conheceu numa viagem à noite de trem de Sevastopol para Kiev. “Eles consideraram terroristas os manifestantes acampados na praça central de Kiev [...] completamente organizados e financiados pelos Estados Unidos e pela União Europeia” disse Chausovsky.

E o que devemos dizer da garota ucraniana que, um ano atrás, clamou por ajuda para libertar seu país? “Quero que você saiba porque, disse ela,milhares de pessoas por todo meu país estão nas ruas. Há apenas um motivo. Queremos nos livrar da ditadura... Somos pessoas civilizadas... não uma União Soviética. Queremos que nossas cortes não sejam corruptas. Queremos ser livres.”

Isso é tão difícil de acreditar?

“Sei que amanhã talvez não tenhamos telefone ou internet, e assim ficaremos sozinhos aqui, explicou a garota ucraniana. E talvez policiais nos assassinem aos montes quando estiver escuro. É por isso que eu peço que nos ajudem agora. Temos essa liberdade no coração... Você pode nos ajudar compartilhando isso com seus amigos... Mostre que você nos apoia.”

Evidentemente há muitos ucranianos do leste e do sul que não compartilham de tais sentimentos. No leste da Ucrânia as mentiras russas foram aceitas por medo do desconhecido e de um deturpado orgulho étnico. Obviamente os estrategistas russos não estão de folga na Ucrânia. Os agentes de Moscou têm estado muito ocupado descreditando aqueles que querem verdadeira liberdade. Ao chamar os manifestantes de Kiev de “nazis” e dizendo que o objetivo deles era matar os de etnia russa, constatamos a desonestidade do “outro” lado. Precisa-se apenas de um momento de reflexão para perceber que não há como existir um movimento na Ucrânia que vise matar pessoas de etnia russa. Na verdade, a diferença entre ucranianos e russos é tão desprezível que tal campanha seria impraticável, senão risível.

A América estava enviando bilhões para ajudar os ucranianos a ganharem sua liberdade? Pode até ser verdade, embora a origem do dinheiro do Ocidente não seja invariavelmente os ‘perversos malfeitores’ da CIA. Muitos no Ocidente preferem uma economia ucraniana livre dos grilhões pós-soviéticos. Muitos querem ver verdadeira liberdade em todos os países do mundo. Contudo, encontramos esse entusiasmo na Casa Branca de Obama? Na verdade, podemos duvidar que a Casa Branca queira qualquer problema com a Rússia. Obama não odeia a Rússia. Ele não faz uma pressão por um enorme rearmamento. Ele nunca foi particularmente resiliente na causa da liberdade dos povos russo e ucraniano. A CIA também não teve um retrospecto positivo operando nessa parte do mundo. Seja quanto for que os milionários deram ou sejam quais forem os conselhos que os diplomatas deram para a Euromaidanfoi tudo de coração (i.e., daqueles que quiseram algo de bom para o povo ucraniano). Entretanto, podemos admitir que essas pessoas generosas nunca entenderam a verdadeira situação na Ucrânia, pois eles provavelmente não entenderam que Moscou sempre viu como ficção uma Ucrânia “independente”. Como explicou David Remnick, “Na cabeça de Putin, a Ucrânia não é uma nação...”, ou como disse Putin a Bush, “Você tem de entender, George. A Ucrânia sequer é um país.”

Esse é um ponto de vista que encontramos até mesmo na obra de Aleksandr Solzehnitsyn. Por outro lado, se você perguntar a um ucraniano do oeste, receberá uma resposta completamente diferente, pois dinheiro nenhum pode comprar essa resposta. Nenhum círculo de conspiradores em Langley ou no porão da Casa Branca poderia evocar essa resposta nas ruas de Kiev. Com efeito, esse movimento foi orgânico na Ucrânia. Não é um produto do dinheiro americano, mesmo que ele tenha sido usado. Declarar que o sentimento ucraniano tem algo de mercenário é mais que ignorância; envolve um cinismo cego e uma prontidão a acreditar nas novas mentiras russas. Peço que o leitor lembre que a América é signatária do Memorando de Budapeste e, portanto, está obrigada a defender a independência nacional da Ucrânia.

Considere também o rotineiro suborno dos oficiais ucranianos pela Gazprom e pelas velhas estruturas da KGB. Quantos milhões foram gastos para comprar políticos em Kiev? Quanto veneno foi usado para destruir aqueles políticos que se recusaram a receber suborno? Em relação a esse assunto: foram os americanos que derrubaram Yanukovych ou foi o Kremlin que derrubou e sequestrou-o porque ele não era o poodle que os russos imaginaram ser? Coloquemos as coisas no devido lugar. Fiquemos de olho em Julia Tymoshenko e seus cúmplices (cujos rastros levam à Gazprom). Dificilmente seria justo dizer, em última análise, que a revolta na Ucrânia foi o resultado de interferência americana. Foi o resultado de décadas de confusão provocada pelos agentes secretos russos e pelas estruturas secretas soviéticas, além de décadas de economia controlada e capitalismo de compadres.

Para se adquirir verdadeiro conhecimento da situação na Ucrânia, é necessário primeiro conhecer algo da história russa e algo da Chechênia (e sobre os primeiros eventos acontecidos na Iugoslávia). A dissolução de um país e a divisão do seu território em dois ou mais campos hostis é uma velha técnica que vem bem a calhar [para alguns]. Os britânicos usaram para governar a Índia. Os russos agora empregam o método para vencer a Ucrânia. Mas não se trata de um simples jogo de “dividir e conquistar”. É muito mais complexo e envolve outros jogos de regiões distantes da Terra. A questão trata-se também de dividir a Europa — especialmente dividir a OTAN. Deixe que tremam alemães, franceses e italianos perante o que a Rússia está preparando. Deixe que eles rompam com os americanos. Deixem que eles tracem o próprio caminho e façam seus próprios acordos. [É disso que se trata.]

Então veja e aprenda no que consiste estratégia. Ela não é simples ou óbvia no começo. Só no fim do jogo que as primeiras jogadas são entendidas. Também é importante que se olhe para outros países do mapa, como a Síria.

Da Ucrânia para a Síria
Marius Laurinavicius é analista sênior no Eastern Europe Studies Center em Vilnius, Lituânia, e sua obra merece atenção especial. No último mês ele escreveu um artigo intitulado “A Rússia de Putin: Vestígios da KGB, FSB e GRU levam ao Estado Islâmico?”. Nele são estabelecidos fatos suspeitos sobre o movimento de ressurgimento wahhabista (islâmico) na União Soviética. O autor nos provê com insights importantes sobre a relação entre Estado Islâmico (EI) e KGB/GRU, incluindo seus objetivos estratégicos; constata-se então que o movimento é uma criação da KGB, modelada nos falsos movimentos anticomunistas de outros tempos e lugares. Assim como na Operação Trust dos anos 1920, os anos 1970 (até os anos 1990) viram a criação de organizações de fachada antissoviéticas controladas pela própria KGB. Elas iam desde a Carta 77 na Tchecoslováquia até o Partido Liberal Democrático da Rússia criado por Vladimir Zhirinovsky.

Criar falsos movimentos de oposição na Rússia é uma jogada antiga. É de se esperar que Moscou criaria um ou mais fronts islâmicos controlados pela KGB. Esses fronts mostraram-se especialmente úteis a Moscou, especialmente se tratando do álibi checheno em 1999 e na situação da Síria atual.

De acordo com Laurinavicius, o EI é parte do plano moscovita. Ele cita detalhadamente uma entrevista feita em 4 de junho de 2013 com Akhmed Khalidovich Zakayev, ex-Primeiro Ministro checheno. Nessa entrevista ficamos sabendo de líderes islâmicos voltando à vida (Dokka Umarov), agentes duplos e complexas provocações. Também ficamos sabendo de islâmicos controlados pela KGB aparecendo na Síria sob a bandeira do Estado Islâmico. Alguém pode perguntar o que isso significa; Zakayev coloca a estratégia de Moscou em perspectiva com a seguinte pergunta: “Você pode imaginar em que posição os líderes ocidentais que tomaram a decisão de suspender o embargo de armas à oposição de Assad ficarão?” Subitamente, terroristas piores ainda aparecem na Síria minando efetivamente a oposição ocidental ao regime de Assad (que por sua vez é controlado pela Rússia).

O entrevistador de Zakayev, supondo que isso fosse uma paranóica teoria da conspiração, perguntou incredulamente se Dokka Umarov estava realmente conectado com os serviços especiais russos. Zakayev respondeu: “Dissemos isso tantas vezes. Em 2007, Umarov declarou guerra à América, Grã-Bretanha e Israel. Antes dessa afirmação Dokka estava sob custódia dos serviços especiais russos, porém foi solto por algum milagre... Umarov está totalmente sob comando dos serviços russos.”

Como explica Laurinavicius em seu artigo, Umarov não emergiu como o aparente líder do EI na Síria. Omar al-Shishani (também conhecido por Tarkhan Batirashvili) era o homem da vez, embora al-Shishani admita que ele tenha vindo à Síria sob ordens de Umarov. Laurinavicius também mostra os antecedentes de Shishani. O homem não era um mero soldado da Georgia que estava combatendo os russos, mas sim um agente terrorista provocador que na verdade estava ajudando os russos a justificar a anexação da Abecásia. De acordo com o pai ortodoxo cristão de al-Shishani/Batirashvili, Tarkhan não foi à Síria por causa de religião, ele apenas quer ganhar dinheiro.

O artigo anterior de Laurinavicius, “A Rússia de Putin: Porque vale a pena reconsiderar as ligações entre o Kremlin e o terrorismo internacional”, também provê informações importantes.

Assim como a Lua, a Rússia tem a face que todos veem e um lado oculto. Hoje em dia essa face não é comunista. Ela finge ser conservadora, talvez nacionalista, e até mesmo pró-cristã. Enquanto isso, o lado oculto da Rússia não é visto. Os princípios que governam a Rússia são negados; eles continuam ocultos e obscurecidos. Resta-nos deduzir esse lado oculto perante alguns fatos a se considerar.

Se quisermos entender a chantagem nuclear que está a se desenrolar na Europa, a sabotagem política ou o terrorismo que vem sendo uma constante desde o começo do século, então precisamos olhar para o lado oculto da Rússia. Lá encontraremos respostas.

http://jrnyquist.com

Tradução: Leonildo Trombela Junior

 

Posted: 01 Feb 2015 11:30 PM PST

Enormes filas em Caracas para comprar produtos básicos 

Enormes filas em Caracas para comprar produtos básicos.


Rodízio simplificado: os venezuelanos só podem comprar produtos básicos nos mercados estatais nos dias que batem com o número do RG, noticiou o jornal portenho“Clarín”

Nas segunda-feiras, a rede Bicentenário só atende aos compradores cujo RG termina em zero e um. 

A polícia proibiu a formação de filas durante a noite. A Defensoría del Pueblo ativou um “plano de atendimento aos cidadãos para a aquisição de produtos de primeira necessidade”. O problema é que nas filas estouram descontentamentos e brigas.

O pomposo plano visa na prática criar dispositivos de segurança armados em volta dos supermercados e das lojas, a fim de evitar que acabem na Internet as cenas das filas, das prateleiras vazias e de pessoas brigando, amontoando-se ou correndo de forma irracional em função dos boatos. 

Mas numa esquizofrênica demonstração de fartura o presidente Maduro assinou contrato com o emir de Qatar para lhe vender alimentos!

Maduro foi procurar fortes inversões no Oriente Médio e na Rússia. Não poderia ter ido atrás de fontes mais secas para a necessitada economia venezuelana. Os resultados obviamente estiveram aquém do esperado.

 Em Barquisimento polícia controla ingresso em supermercado

Em Barquisimento polícia controla ingresso em supermercado.

“Levamos tecnologia e capital, produzimos alimentos para o mercado venezuelano e estamos construindo a rota de exportação de alimentos de qualidade para essa região”, disse o presidente durante uma delirante entrevista ao canal oficial chavista Telesur.


A agricultura, largamente socializada, só satisfaz 40% da demanda, segundo o vice-presidente Jorge Arreaza. Os restantes 60% devem ser importados. Quem mais vende a Caracas é o odiado “império”, ou Tio Sam.
sorveteria Coromoto, a mais famosa do país, que entrou no Livro dos Recordes por oferecer centenas de sabores peculiares, fechou por falta de leite. 

O McDonald’s deixou de vender batatas fritas porque não há mais batatas no mercado. Elas vêm sendo substituídas pela mandioca frita ou pela “arepa”, uma espécie de pão de milho.

O socialismo do século XXI está cumprindo o que prometeu mas não do modo otimista que muitos acreditavam: a miséria cubana já pode ser degustada na esquina ou diante da geladeira vazia.

Fonte: Luis Dufaur

 

Pedro da Cunha (filho do Embaixador Vasco Leitão a Cunha, ex-Chanceler - falecido em  1984) - 25 de janeiro de 2015.
        
1. Poucas instituições têm servido o Brasil tão bem quanto o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.  Respeitado pelas chancelarias estrangeiras, o diplomata brasileiro tem demonstrado profissionalismo de primeira qualidade, habilidade na sua atuação, conhecimento na avaliação e negociação dos temas de interesse do país. Muito tem contribuído para enaltecer a imagem internacional que até bem pouco o Brasil gozava nos fóruns internacionais.
        
2. Contudo, nestes últimos anos, esta Instituição vem sofrendo incontida erosão que decorrem do simplismo e da submissão aos arroubos ideológicos que emanam do cume executivo da República. Na tentativa de tornar o Itamaraty sucursal do Partido dos Trabalhadores, grande mal faz o governo Dilma aos interesses permanentes do Brasil. A importância devida ao Ministro das Relações Exteriores, cuja comunicação deveria  fazer-se diretamente com o primeiro mandatário, hoje se encontra subordinada, de fato senão de jure, ao Senhor Marco Aurélio Garcia, cuja qualificação está embasada no seu fiel alinhamento ao pensamento social-populista.
    
3. Por conseguinte, este filtro extemporâneo e constrangedor  nega a eficácia  necessária para que, através de dialogo direto com a presidência da República, sejam corrigidas as graves falhas que ocorrem tanto nos campos da política externa como no domínio administrativo.   No primeiro caso, ainda que boas relações com os vizinhos sejam necessárias, a atual   intensidade das relações com as nações Bolivarianas, mais especificamente Venezuela, Equador e Bolívia, só encontra sustentação na preferência ideológica. A inclusão da Venezuela no Mercosul não encontra justificação, seja pelas imposições regulamentares onde a Clausula Democrática se destaca, seja por benefícios econômicos e políticos que não se materializam.
    
4. A interrupção dos pagamentos aos organismos multilaterais, nos quais o Brasil participa, tais com o Tribunal Criminal Internacional, o fundo para as missões de paz das Nações Unidas e outros, revela desvio contrário ao objetivo de fortalecer a imagem internacional da nação.  No campo administrativo, a incúria orçamentária leva nossas representações no exterior ao ridículo, uma vez que inadimplências e calotes não passarão despercebidos, seja pelo Estado anfitrião, seja por nossos pares que bem queremos impressionar. Ainda, a gradativa redução de exigências qualitativas para a inclusão de candidatos ao Itamaraty  atenderá, talvez, a necessidade de assegurar a quantidade de novos diplomatas, mas certamente não a sua qualidade. Projeta-se assim, para o futuro, um servidor continuamente aquém da qualidade de seu antecessor.
     
5. Mau caminho escolheu a Presidenta Dilma; ou bem nomeia o Senhor Marco Aurélio Garcia como Ministro das Relações Exteriores, ou retira-lhe a canhestra interferência.  Quanto ao atual  Ministro das Relações Exteriores espera-se atitude clara em defesa da Casa de Rio Branco e do Brasil.

Fonte: www.cesarmaia.com.br

Posted: 24 Jan 2015 11:30 PM PST

Regimento húngaro em cerimônia de boas-vindas ao presidente dos EUA

Regimento húngaro em cerimônia de boas-vindas ao presidente dos EUA


O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban vinha se aproximando da Rússia de Putin.

Não faltavam motivos: a União Europeia hostiliza sistematicamente a Hungria por causa de sua Constituição e de suas leis protetoras da vida, da família e das tradições históricas e religiosas magiares.

Por outro lado, Putin fazia sua a frase bíblica sobre os filhos da iniquidade: “Dextera eius repleta es muneribus” (Salmo 25:10 “sua mão direita está repleta de dinheiro”).

Putin oferecia sedutores apoios financeiros a Budapest, entre eles um gigantesco empréstimo de $14 bilhões de dólares.

O povo húngaro sabe do que valem as promessas dos agentes formados no comunismo 

O povo húngaro sabe do que valem as promessas
dos agentes formados no comunismo.
Populares observam tanque russo destruído em 1956.

 

Porém, a perigosa aproximação do premier Orban do líder do Kremlin não estava sendo bem vista pelos setores mais sadios da opinião pública húngara.

Esta é muito cônscia de sua independência e sabe o que valem as promessas feitas por homens formados no comunismo soviético. 

A comemoração do 25º aniversário da queda do Muro de Berlim permitiu avaliar o quanto a opinião pública húngara é adversa à ideia de uma aproximação com Moscou.

Orban não demorou em acertar o passo.

No fim de novembro, segundo a agência Bloomberg, ele enviou sinais diferentes: assumiu a defesa da integridade territorial da vizinha Ucrânia, declarou afinidade com a política externa alemã hoje em tensão contra a Rússia, e visitou tropas da OTAN estacionadas na Lituânia.

O lado econômico não esteve ausente.

A Alemanha é o maior investidor na Hungria, além de imenso investidor na Rússia.

Ela anunciou que vai ‘remapear’ suas aplicações em território russo em função da crise ucraniana.

O premier húngaro começou então a criar distâncias em relação a Putin e a ampliar suas relações com a Alemanha.

 

Soldados húngaros descem de helicóptero americano durante manobras na Croácia

Soldados húngaros descem de helicóptero americano
durante manobras na Croácia

 

“Orban deu uma virada de 180º em relação à Ucrânia”, disse Manuel Sarrazin, líder do grupo germano-magiar no Parlamento de Berlim.


“Ele percebeu, com alguma insistência de Merkel, que havia subestimado seriamente” o conflito, e que também “havia subestimado Merkel e a posição que a Europa está assumindo seguindo a ela”.

O resultado é que, enquanto se afastava de Putin, que até recentemente qualificou a Hungria de “parceiro chave”, Orban aplicou tempo e esforço para lustrar a imagem da Hungria como membro da Europa e da OTAN. 

Em 2013, mais da quarta parte dos investimentos diretos do exterior na Hungria proveio da Alemanha, segundo o Banco Central de Budapest.

A Rússia, que custa a se equilibrar economicamente, embora forneça 80% do gás consumido pelos húngaros, representou menos de 10% dos investimentos. 

Danke Ungarn Obigado Hungria cartaz promove a amizade germano-magiar

'Danke Ungarn' = 'Obigado Hungria': campanha promove a amizade germano-magiar.

 

Empresas como a Daimler e a Volkswagen ajudaram a economia húngara a crescer 3,9% no segundo trimestre de 2014, o maior crescimento em quase oito anos. 

As empresas alemãs empregam mais de 300.000 pessoas na Hungria e investiram mais de 6 bilhões de euros desde 2010, segundo o ministro de Economia Mihaly Varga. 

Orban visitou a Alemanha duas vezes em novembro e condecorou parlamentares alemães.

A Hungria também promoveu uma campanha de propaganda com o slogan “Danke Ungarn” ou “Obrigado Hungria”, relembrando que a decisão húngara de deixar passar pelas suas fronteiras cidadãos alemães orientais em gozo de férias precipitou a queda do Muro de Berlim.

Orban aproveitou uma visita a tropas da OTAN na Lituânia para declarar que a Hungria não quer mais ter fronteiras comuns com a Rússia, após quatro décadas de padecer como satélite soviético.

E aumentou em até 2% do PIB as despesas com a defesa, explicando que as prioridades mudaram após a crise na Ucrânia. 

Os patriotas húngaros arrancavam os símbolos comunistas impostos na bandeira nacional Em lembrança uma bandeira assim ondeja hoje diante do Parlamento

Os patriotas húngaros arrancavam os símbolos comunistas
impostos na bandeira nacional.
Em lembrança, uma bandeira assim ondeia hoje
diante do Parlamento em Budapest.

 

“Temos grande interesse que a Ucrânia conserve sua soberania”, explicou num vídeo em sua página de Facebook. “Para isso nós vamos fornecer toda a ajuda que estiver ao nosso alcance”, acrescentou.


A mudança de retórica ficou notória. Após um censurável namoro com a “nova URSS” de Putin, o líder húngaro está na defensiva. 

Falando para um conjunto de líderes étnicos húngaros de várias nacionalidades, Orban se justificou: “A questão não é de que lado a Hungria vai ficar, mas de que lado está o interesse nacional. Paz, energia, segurança e oportunidades comerciais. Isso é o que nós devemos visar”. E esses elementos não vêm da Rússia.

Língua de político não tem osso, mas o caso da Hungria de Orban mostra que a firmeza de Ocidente e a utilização sensata de seus imensos recursos são preciosas para conter o avanço ideológico oportunista e provocativo do ex-coronel da KGB.

 

Fonte: Flagelo Russo

 

 

Autor: Monica Baumgarten de Bolle

 

24/01/2015

 

 “A sombra da crise se foi e o Estado da União está forte”, disse Obama. Em seguida, discorreu longamente sobre o sucesso de sua Middle Class Economics, algo como Economia da Classe Média, conjunto de medidas para resgatar a economia da crise e promover melhoria na distribuição de renda. Soa familiar? Pois não é. Poucas coisas são mais díspares do que a Middle Class Economics de Obama e a “Nova Matriz Econômica” falida dos últimos quatro anos.

Middle Class EconomicsTrickle-down EconomicsSupply-side Economics são expressões, figuras retóricas usadas por presidentes e analistas políticos para marcar o legado de diferentes governantes; não são teorias econômicas cuidadosamente elaboradas. Trickle-down Economics e Supply-side Economics provêm da noção de que cortes de impostos que beneficiem as empresas e os indivíduos de alta renda, aqueles com suposta maior capacidade empreendedora, acabam por favorecer a todos. A ideia é que ao promover incentivos fiscais para os mais ricos, o governo estimula os ganhos desses agentes, que irão investir os recursos adicionais em atividades produtivas que favoreçam a classe média e os mais pobres. A tese trickle-down, ou supply-side, foi advogada por Ronald Reagan nos anos 80 e, subsequentemente, incorporada por parte relevante do Partido Republicano — o legado ficou conhecido como Reaganomics.

Middle Class Economics é, portanto, a tentativa de Obama de se opor a uma ideia que, em meio à desigualdade galopante dos EUA, faliu, como ele próprio dissera durante a campanha de 2008. É tentativa de deixar seu próprio legado ante à economia em frangalhos que herdou de George W. Bush. Mas, em que consiste a Middle Class Economics?

Obama é um liberal que acredita no mercado e na redução da desigualdade, não enxerga contradição no capitalismo privado e no papel do Estado como agente promotor da igualdade de oportunidades

Voltemos no tempo. Em 2009, os EUA estavam prestes a enfrentar forte torvelinho recessivo em função da crise financeira de 2008. Estímulos excepcionais foram adotados, a política monetária ganhou novos (e complexos) contornos, a política fiscal foi amplamente usada como instrumento de estabilização. A dívida do setor público subiu, o déficit disparou. Passado o pior, as autoridades americanas trataram de iniciar esforço de colocar tudo de volta no lugar. A política fiscal mudou de direção, embora a política monetária tenha continuado a seguir curso expansionista para sustentar a atividade. Pouco a pouco, o crescimento retornou, o desemprego caiu, a economia melhorou, o quadro fiscal se fortaleceu.

Passados pouco mais de seis anos da maior crise financeira desde os anos 30, Obama pôde, finalmente, declarar com confiança que “o Estado da União está forte”. Agora, falta fazer o resto: reduzir a desigualdade por meio de políticas que promovam o acesso à educação, garantam a provisão de creches para que as mulheres possam manter seus empregos, criem os incentivos para que o mercado de trabalho remunere os trabalhadores de acordo com a produtividade que são capazes de gerar. No caso dos EUA, isso pode requerer reversão do trickle-down economicsque ainda predomina: elevar os impostos sobre os mais ricos — hoje muito baixos — para poder desonerar a classe média e os mais pobres. Tudo no contexto de disciplina fiscal e controle inflacionário.

Obama foi demagogo no seu State of the Union Address? É claro que sim. Forçou a mão do Congresso dominado por Republicanos que haverá de rechaçar suas propostas? Sem dúvida. Entretanto, demarcou agenda clara para as eleições de 2016: combater a desigualdade com políticas redistributivas que não distorçam a alocação de recursos e o processo de formação de preços. Obama é um liberal que acredita no mercado e na redução da desigualdade, não enxerga contradição no capitalismo privado e no papel do Estado como agente promotor da igualdade de oportunidades. Vejam só.

Enquanto isso, os órfãos da “Nova Matriz”, os “traídos” pelas escolhas de Dilma para a equipe econômica vociferam e esperneiam, nada de novo enxergam, poeira densa que se acumulou em suas ideias. Quem sabe ainda nos reste tempo para aprender algo diferente, quem sabe os órfãos da heterodoxia tupiniquim e os rotuladores de plantão não aprendam, de uma vez por todas, que estabilidade macroeconômica não tem ideologia.

Fonte: site de O Globo, 23/1/2015

 

24/01/2015

 

Por Rodrigo Mezzomo e Adriano Mezzomo*

A crise no abastecimento de água nos grandes centros urbanos não é um evento inesperado, algo que aconteceu por acaso porque São Pedro distraidamente se esqueceu de enviar chuvas para o Pindorama.

Pelo contrário, é uma tragédia anunciada, como são, em regra geral, as tragédias brasileiras. Lendo os jornais, nos deparamos com as mais variadas explicações, as quais vão da irregularidade pluviométrica à inexistência de grandes investimentos no setor, passando pela crescente urbanização da população e aumento da demanda, dentre outras.

Essas explicações retratam apenas uma fração da realidade, e isoladamente se transformam em desculpas. Vejamos: (i) meteorologistas ou não, todos sabemos que as precipitações flutuam ao longo dos anos, razão pela qual a segurança hídrica não é um tema que possa ser deixado exclusivamente a cargo da natureza; (ii) de outra sorte, a água é um bem importante demais para ser administrado por políticos, principalmente porque obras nesse setor são realizadas longe dos olhos dos eleitores. Creches e assistencialismo são mais visíveis e rendem mais votos; e (iii) a urbanização da população é fenômeno historicamente estudado pelo IBGE, o que evidencia que a escassez era previsível.

A questão central do problema reside no modelo de consumo da água adotado pela sociedade brasileira, o qual nunca foi debatido em profundidade e tende a levar à tragédia dos bens comuns, fenômeno amplamente explorado pela economia e teoria dos jogos.

A questão central do problema reside no modelo de consumo da água adotado pela sociedade brasileira

De forma muito sucinta, se um bem comum pode ser livremente utilizado em virtualmente qualquer escala, sem que isso gere o correspectivo e individualizado ônus pecuniário, há a tendência à elevação infinita do consumo até o colapso do sistema e o consequente racionamento.

É o caso dos condomínios nos quais não há hidrômetros em cada uma das unidades imobiliárias, o que estimula o consumo indiscriminado, com longos e caprichosos banhos, pois quem paga é o “coletivo”. Uma singela ducha de 15 minutos consome 135 litros de água potável, a escovação de dentes outros 12, o que multiplicado por três representa mais 36 litros. A tradicional torneira gotejante desperdiça 46 litros de água por dia, o que implica em 1380 litros jogados fora todo mês. Isso faz com que, apesar de uma pessoa necessitar de apenas 100 litros por dia, cada carioca consuma quase trezentos.

Interessante observar que o mesmo não ocorre com o consumo de energia, pois a aferição se dá por unidade e a responsabilidade pelo pagamento da tarifa é individual, o que atinge direta e proporcionalmente o bolso de cada condômino.

Nesse sentido, entendemos que, além do aperfeiçoamento da Lei nº 11.445/2007 (Lei de Saneamento Básico) e da adoção de medidas estruturantes de médio e longo prazos, que dependem de tempo, complexos planejamentos interestaduais e elevados investimentos, tanto nas bacias hídricas quanto na distribuição, é fundamental o imediato abandono do atual modelo de demagogia aquífera.

Preservadas algumas questões de natureza social, esse modelo que nos conduziu à escassez deve ser substituído pelo realismo tarifário, com a prática de tarifas mais intensamente progressivas que as atuais para o consumo que extrapole a determinadas médias e faixas, e multas para os exorbitantes. Na outra ponta, o uso racional deve ser estimulado por meio da concessão de bonificações para aqueles que conseguirem reduzir seu consumo de forma consistente. Tudo isso devidamente acompanhado pela individualização de sua medição, o que permitirá, inclusive, a adoção de mecanismos de contratação de metragens cúbicas previamente estipuladas por cada consumidor.

Em paralelo, esse modelo deve ser adotado como padrão, e não apenas contigencialmente, em momentos de crise, de modo a fomentar um novo paradigma de consumo da água, que assegure o abastecimento futuro dos grandes centros urbanos.

Colocando a questão em outros termos, o que se propõe é a adoção de um modelo objetivo que não dependa de apelos ao idílico “consumo consciente e sustentável”, bem como ao voluntarismo ou boa vontade individual. Precisamos de um sistema claro de incentivos e punições, que gere um uso racional de recursos hídricos.

A água potável é um bem precioso e escasso, e a sociedade não pode mais continuar tratando o problema como se não houvesse amanhã.

*Adriano Mezzomo é advogado e professor universitário.

http://imil.org.br/artigos/demagogia-aqufera-crise-realismo-tarifrio/

 

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DIRETORIA EXECUTIVA

A Assembleia Geral Extraordinária ocorrida em 23/01/2015 elegeu a advogada e administradora Terezinha Sarmento que exercerá no período de 2015 - 2017 a função de Presidente na Diretoria Executiva da Câmara de Commercio do Brasil.

A diretoria, em fase de composição, estará, em breve, sendo anunciada através da mídia a todos os membros associados e demais instituições públicas e privadas, assim como aos parceiros e empresários nacionais e internacionais.

 

Desde a Grande Depressão dos anos 30, jamais a economia europeia atravessou momento tão ameaçador quanto o atual. Descontando, evidentemente, o Pós-Guerra, quando foi salva pelo Plano Marshall. Ainda emaranhados nos dissabores da crise de 2008, a maioria dos países locais não vêm conseguindo redirecionar o desenrolar dos acontecimentos em direção à retomada do crescimento.

Encoberto por uma nuvem recessiva, o Velho Continente continua tateando a busca do caminho salvador, mostrando-se desnorteado ante as conflitantes propostas de política provenientes de várias correntes do pensamento econômico. Subjugados a um conjunto adverso de resultados nas áreas de incremento do PIB, nível de desemprego, taxa de investimento, competitividade, desempenho monetário e indicadores sociais, as nações europeias hesitam em abandonar posturas ortodoxas que, na realidade, não vêm funcionando.

Esse panorama justifica inquietações por parte do resto do mundo, principalmente América Latina e Estados Unidos, pois a perseverança ou o agravamento da crise europeia respingará sobre o crescimento mundial, inclusive através do mercado financeiro.

A letargia da economia local revela-se também sob a forma do processo de desinflação que atinge oito países, enquanto que a taxa média da área paira em meros 0,3%. E não se trata da “boa desinflação” ou estabilidade monetária resultantes de um incremento da produtividade da economia ou louváveis políticas fiscais. A origem da queda ou estancamento dos preços se encontra na inibição do consumo e do investimento. Reflete, portanto, uma enfermidade, e não uma condição saudável.

Continente continua tateando busca do caminho salvador, mostrando-se desnorteado ante as conflitantes propostas de diferentes correntes do pensamento econômico

Ante tal cenário, a atitude clássica seria baixar a taxa de juros de maneira a incentivar o investimento privado e o consumo das famílias. Mas acontece que os juros na Europa já encontram-se próximos ou abaixo de zero, sem nenhum resultado positivo sobre o crescimento econômico. A vocação estimuladora desse instrumento esgotou-se. Por sua vez, o outro instrumento dinamizador usual, o investimento público, sofre o bloqueio produzido pelo déficit orçamentário e realçado pela austeridade fiscal adotada pelos países da região.

Isso significa que a Europa está predestinada à estagnação e decadência? Como o contexto histórico não fornece espaço para um novo Plano Marshall, o Velho Continente terá que recuperar por conta própria sua prosperidade. Trata-se de algo factível se os investimentos públicos forem de imediato desbloqueados e a conservadora sociedade local digerir reformas estruturais que recuperem a competitividade da economia e ampliem a equidade social.

Em face da convivência entre a timidez do investidor privado e a significativa liquidez internacional de capital, o único fator impulsor da economia disponível no momento é o investimento governamental em infraestrutura, educação e saúde. A sua efetivação, no entanto, depende de radical mudança de política no sentido ampliar o endividamento publico mediante a emissão de títulos a serem adquiridos pelo Banco Central Europeu e compradores privados. Por enquanto não há sinais de disposição para semelhante ousadia.

Fonte: O Globo, 19/1/2015

 

Nomear Joaquim Levy como Ministro da Fazenda foi uma dentre muitas promessas de campanha que Dilma “cumpriu” às avessas. Bom para o Brasil! Caso houvesse coerência entre o discurso e a prática petistas não demoraria para o país se transformar em mais uma republiqueta bolivariana, que tem absurda dificuldade de compreender o significado das palavras: escassez e liberdade.

O fracasso apelidado de nova matriz econômica mostrou que era hora da política econômica assumir as próprias responsabilidades e deixar de ser um puxadinho do Planalto, lembrada por promover a recessão, alta inflação e por distribuir benesses a alguns setores sem muito critério técnico, em favor dos amiguinhos do rei ou da rainha, melhor dizendo.

Mas Levy é muito mais que um grande estelionato eleitoral. O ortodoxo ex-executivo do Bradesco, exímio conhecedor da máquina pública, ainda representa para alguns a esperança de ser aquele que vai findar o ciclo de irresponsabilidade e falta de transparência nas contas públicas. E, de fato, não deixaria ele seu contra-cheque mensal de mais R$ 200 mil em um grande banco, pelos vencimentos mensais de R$ 26 mil de ministro se não fosse para fazer um trabalho sério, com independência e que projetasse ainda mais sua credibilidade e carreira.

A tarefa não é das mais fáceis. As contas públicas entregues pelo primeiro governo Dilma são a maior personificação da mentira, com direito a pedaladas, contabilidade criativa etc. Tudo para esconder uma gestão que arrecada muito, investe pouco e gasta mal.

Pela primeira vez, fechamos o ano em déficit nas contas públicas (2014), foram mais de R$ 3 bi negativos. Só em novembro passado o rombo foi superior a R$ 25 bi, o que fez o governo vergonhosamente alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, pois não cumpriria os R$ 167 bi previstos para o superávit primário, nem com a “boiada” das desonerações de R$ 67 bi do PAC.

O aumento de impostos seja talvez o caminho mais fácil para organizar o caixa. Mas seria o mais correto em um país com 37 % de impostos sob PIB?

Consertar o rombo nas contas públicas e dizer a verdade para a sociedade e para os credores é fundamental. Mas, a que preço para o contribuinte?

O aumento de impostos e a vinda de outros novos, como a CIDE — algo já evidenciado por Levy –, seja talvez o caminho mais fácil para organizar o caixa. Mas seria o mais correto em um país com 37 % de impostos sob PIB? Em um país que o cidadão fica 5 meses do ano para sustentar um governo? Em um país com 39 ministérios sem um clara serventia (além da barganha política)? Seria correto aumentar ainda mais os impostos em um país que o Impostômetro atinge a marca do trilhão cada vez mais cedo? Seria isso justo em um cenário em que a inflação é um dos itens mais presentes na vida do brasileiro?

Se foi constatado que as pessoas jurídicas arrecadam 4% e que as demais categorias recolhem entre 7,5% e 27%, devemos interpretar estes dados corretamente, de forma a compreender que a cobrança já é abusiva e irreal. E que as leis trabalhistas precisam de atualização. É por isso que muitos optam em receber como PJ sem ser empresas de fato, pois o empregador paga menos impostos, o empregado paga menos impostos e, por conseguinte, consumidor paga preços menores.

É sempre válido lembrar que governo não gera riqueza, apenas extrai, de forma compulsória, de quem as gera e que, portanto, obrigar a população a pagar ainda mais para colocar as contas em dia é um verdadeiro contrassenso. Ora, não é mais que a obrigação dos gestores públicos fazer o governo caber em suas contas, afinal, é o Estado que serve o cidadão ou é o cidadão que existe para servir o governo?

Enfim, fazer ajuste fiscal com aumento de impostos é uma falta de respeito com todos, inclusive com o próprio ministro que, com certeza, não aprendeu isso com discípulos do mestre Milton Friedman em Chicago. O Brasil precisa de ajustes e transparência sim, mas sem aumentos. Precisamos de cortes no setor público, de fechar departamentos públicos desnecessários, enxugar cargos, realizar privatizações e findar de uma vez por todas financiamentos irresponsáveis e a quem não precisa, por meio do BNDES.

Se o Ministro quiser promover “realismo tarifário” é simples. Basta diminuir o tamanho do governo e deixar o dinheiro nas mãos do povo. Basta fazer o governo se voltar para o cumprimento dos contratos e das leis, sem intervencionismo. Mas, para isso, afirmar que tem coragem para fazer o necessário não basta, tem que tê-la de verdade para fugir do caminho mais fácil.

Fonte: Instituto Liberal, 17/1/2015

Posted: 12 Jan 2015 12:00 AM PST

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Dorrit Harazim

Charlie

(...) Je suis Charlie, Nous sommes tous Charlie, Lyon est Charlie, L’Europe est Charlie.

A rapidez com que o bordão solidário se espalhou na internet pode ter dado a impressão de que a parte da sociedade mundial que se considera civilizada assumiu a causa dos cartunistas assassinados.

Não é bem assim. “Charlie Hebdo" não cabe numa hashtag. Nem numa marcha de solidariedade. Muitas das publicações que hoje honram os cartunistas mortos como mártires da liberdade de expressão teriam rejeitado como sendo de mau gosto, impróprios, talvez obscenos, os desenhos de George Wolinski, Stéphane Charbonnier (Charb), Jean Cabut (Cabu), Philippe Honoré e Bernard Verlhac (Tignous).


Eles eram tudo isso, e de propósito. Não raro de mau gosto, impróprios ou obscenos, usavam a liberdade de provocar e distribuir blasfêmias em dosagens iguais a todas as vítimas de seus desenhos. Sobretudo, exercitaram um humor contra a presunção de que algum indivíduo ou grupo é dono exclusivo da verdade. Com sua forma anárquica de desmoralizar tudo o que se pretende venerável, sagrado ou poderoso, o semanário sobrevivia com uma tiragem que oscilava em torno dos 50 mil exemplares. Mas ocupava lugar nobre na França como instituição incendiária. Tinha o poder de desconcertar. Além de indomável e incorrigível, era impublicável em mídias convencionais.


Não somos todos Charlie. Apenas eles o foram. Como observou o escritor americano Philip Gourevitch na revista “New Yorker", “mesmo nas sociedades ocidentais mais livres, poucos jornalistas são ‘Charlie’”. Ele explica o motivo: “Porque arriscamos tão pouco por aquilo que dizemos valorizar tanto. Porque a maioria de nós é relativamente inofensiva, enquanto os Charlie estavam sempre prontos a ofender o que os ofendia. E não somos Charlie, hoje, porque estamos vivos”.


Eles não eram jornalistas comuns que refinam a arte do metiê. Foram cartunistas satíricos e provocadores que trabalhavam com o exagero, o excesso. Um tweet postado no dia do massacre pelo “New York Times" dizia que o “Charlie Hebdo" “sempre testou os limites da sátira”. Mas onde está escrito que sátira tem ou deve ter limites?

Nem o “Times” nem o “Washington Post" nem a CNN nem a agência Associated Press reproduziram em suas páginas os cartuns que estiveram na raiz dos ataques. “Temos por norma evitar a publicação de material que é clara, deliberada e desnecessariamente ofensivo a grupos religiosos”, explicou o editor executivo do “Post” à “Columbia Journalism Review".


“Imagens”, escreveu o americano Arthur Goldhammer, do Centro de Estudos Europeus da Universidade de Harvard, “ao contrário da palavra escrita, atravessa fronteiras linguísticas como se elas não existissem. Seu efeito é imediato e, no caso do ‘Charlie’, visceral”.


A sátira é perigosa e poderosa por embaralhar as coisas num mundo cada vez mais reduzido a debates simplistas entre dois extremos. É um tipo de humor que assume riscos altos e atua como arma contra qualquer dogma. É uma forma de comunicação complexa, enquanto o fundamentalismo (qualquer um) é para quem pensa em termos rígidos. Seu poder não é subestimado por nenhum poderoso.


Do comediante egípcio Bassem Youssef, forçado pelos militares a sair do ar na época da Primavera Árabe no Cairo ao recente ataque cibernético da Coreia do Norte à Sony contra a exibição do filme satírico “A entrevista”, o humor mordaz, de fato, morde.


Para o historiador britânico Timothy Garton Ash, professor de Estudos Europeus em Oxford, a garantia de liberdade de expressão exige mais dos meios de comunicação do que se declarar Nous sommes tous Charlie. “A mídia da Europa deveria responder com a publicação coordenada, na próxima semana, de algumas charges do semanário satírico (e fornecer, junto) a explicação do motivo pelo qual as está publicando. De outro modo o veto dos assassinos prevalecerá”.


O colunista brasileiro Janio de Freitas publicou proposta semelhante no mesmo dia: jornais de todo o mundo deveriam publicar em suas primeiras páginas, num mesmo dia, a charge que levou o terrorismo islâmico a tramar vingança. Serviria de demonstração aos fanáticos que a violência praticada por eles “pode tornar universal o que pretendem reprimir”.


“Papai morreu mas Wolinski vive”, disse a filha do genial desenhista.

Fica a dúvida de como os cartunistas do “Charlie Hebdo" ilustrariam a execução de que foram vítimas. É de se suspeitar que o resultado fugiria às regras do bom gosto. É certo, porém, que os criadores da revista decapitada ficariam perplexos ao estarem sendo homenageados como bastiões de uma liberdade que sempre consideraram periclitante e necessitada de oxigênio.

A atual veneração global de que são alvo certamente fabricaria uma charge demolidora e impiedosa — contra eles mesmos.


Em tempo: Mustapha Ourrad, jornalista de ascendência argelina e revisor do “Charlie”, foi um dos 12 mortos no atentado ao semanário. Era muçulmano.

O policial Ahmed Merabed também. Estendido na calçada e já ferido pelos irmãos Cherif e Said, ligados à al-Qaeda, foi executado com mais um tiro de Kalashnikov por proteger o direito do “Charlie Hebdo" de satirizar Maomé.

A França em sobressalto, a Europa desnorteada, o mundo em desordem e a mídia começam 2015 com uma agenda decisiva: o combate ao terror sem mexer na liberdade de expressão.


Dorrit Harazim é Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 11 de janeiro de 2015.

 

Posted: 10 Jan 2015 11:30 PM PST

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Jornais sem papel foram fechando na Venezuela

(Excertos de “2014: Na orla da III Guerra Mundial?” publicado na revista CATOLICISMO, janeiro de 2015, http://catolicismo.com.br/)


Venezuela — O país naufragou na anarquia totalitária. As companhias aéreas internacionais suspenderam voos por falta de pagamentos do governo; os “conselhos populares” — espécie de sovietes bolivarianos — escravizaram as entranhas da sociedade. 

Nas ruas, manifestantes oposicionistas foram impiedosamente mortos. Dissidentes políticos, deputados e prefeitos oposicionistas foram presos, grande número deles com pretextos duvidosos e insinceros. A mesma sorte atingiu alguns generais, classificados como “golpistas”. 

Faltou papel para imprimir os jornais, a maioria dos quais havia perdido sua autonomia no final do ano. 

Os proprietários de casas e apartamentos foram obrigados a vendê-los aos inquilinos. A violência das gangues criminosas tomou conta dos logradouros públicos. 

Alimentos básicos como leite, arroz, açúcar, etc., desapareceram dos supermercados. As imensas filas lembravam a época soviética e a desordem se instalou nas lojas.

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Conseguir comer virou façanha quotidiana, sobretudo para os mais pobres.

A desorganização foi pretexto para um racionamento mais radical e mais computadorizado do que o cubano. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, em 2013, 1,8 milhão de venezuelanos caíram na pobreza, isto é 6% da população.

O sistema de saúde público ou privado entrou em colapso: desapareceram insumos médicos indispensáveis, inclusive para as urgências.

Em novembro, a maior refinaria parou, enquanto a Venezuela importava petróleo e cortava os subsídios de seus apaniguados “bolivarianos”, com exceção de Cuba. 

A circulação dos cidadãos nas fronteiras foi restringida. Um “remédio eficaz” encontrado pelos seguidores de Chávez, o falecido ditador, consistiu numa blasfema paródia do Padre-Nosso, elaborada pelo partido chavista: “Chávez nosso que estás no céu” (OESP, 3-9-14).

Argentina — Enquanto os cidadãos argentinos guardavam centenas de bilhões de dólares, o governo bolivariano-peronista de Cristina Kirchner multiplicava os impostos e as normas confiscatórias, além de reprimir o comércio externo. 

Até transformar, com a cooperação de Brasília, o Mercosul em um tratado desrespeitado.

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Putin estendeu seus tentáculos e Cristina Kirchner
ganhou o título de "melhor aliada da Rússia" no continente


Os índices de decadência e as desordens da economia foram se assemelhando aos da Venezuela. Em meio a escândalos administrativos, a presidente foi internada diversas vezes devido a crises de saúde nunca explicadas e abandonou a corrida pela reeleição. 

Isso não impediu Vladimir Putin de declará-la a melhor aliada da Rússia na América Latina e assinar com ela dezenas de acordos. 

Por sua vez, a China iniciou na Patagônia a construção de uma base espacial, a qual, segundo o exército argentino, inclui usos militares. A construção foi suspensa no fim do ano, por inúmeras irregularidades.

Entrementes, o governo argentino perdeu em condições desmoralizadoras um processo de ressarcimento de credores internacionais. 

Alguns sinais de destravamento do engodo aconteceram após os fundos de investimento credores irem atrás de fortunas pessoais aplicadas pelos Kirchner e seus aliados no exterior. 

Em dezembro, o vice-presidente Amado Boudou foi indiciado pela Justiça — fato único na história argentina — pela sua participação nos esquemas de corrupção do governo Kirchner.

O indiciado representou a Argentina na posse do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff em Brasília.

Colômbia — O presidente Juan Manuel Santos se reelegeu por estreita margem, num ambiente de repúdio geral às negociações de paz que ele conduz com as FARC em Havana. 

A grande polarização e a rejeição de mais de 70% dos colombianos às concessões feitas às FARC forçaram-no a se reaproximar de Álvaro Uribe, político que encarna a oposição à guerrilha marxista (FSP, 16-5-14). 

Em novembro, o sequestro e libertação de um general de exército pelos guerrilheiros abala foi pretexto para novas e grandes concessões à guerrilha narco-marxista no malfadado “processo de paz”.

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Torcida bolivariana por Dilma superou fronteiras aparentemente insuperáveis!


Chile — A presidente Michelle Bachelet assumiu o governo em março, mas sem a maioria necessária para implementar o plano “bolivariano” que havia anunciado, do qual começava pela reforma constitucional. 

Tentou acelerar a revolução sexual com apoios insuficientes, e no final do ano se perguntava se ela não seria a continuadora da atuação nacional e internacional de Cristina Kirchner.

Brasil polarizado


Brasil conheceu a maior polarização sócio-temperamental e ideológica das últimas décadas. Esse fenômeno se acentuou por ocasião das eleições nacionais de outubro. 

O fatídico acidente aéreo do candidato Eduardo Campos (PSB) beneficiou emocionalmente a sua colega de chapa Marina Silva, ex-ministra petista, que cresceu fugazmente nas pesquisas. Mas logo se verificou que seu programa radicalizava propostas do próprio PT, e sua popularidade despencou. 

Na estranha corrida presidencial, o jet-set político, eclesiástico, jornalístico e sindicalista propunha reformas ou aventuras quando a imensa maioria do eleitorado, basicamente conservador, ansiava por segurança e estabilidade.

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MST quer mais revolução marxista e conseguiu apoios importantes

O aparelhamento do Estado, políticas anti-“discriminatórias”, o estímulo a “movimentos sociais” desrespeitadores da propriedade privada e do Direito, as tentativas de controlar a imprensa, a intervenção estatal na economia, as relações internacionais submissas a interesses da esquerda mundial, o crescimento vertiginoso de escândalos de corrupção, etc., constituíam descaminhos em face dos quais o Brasil não se sentia interpretado. 

Por sua vez, a CNBB, diante das ameaças contra as instituições básicas da ordem cristã — como a família e a propriedade privada — praticava uma completa omissão, quando não era cúmplice do lulo-petismo.

O Brasil votou compelido pela obrigatoriedade do voto e tolerando o “mal menor”, pois queria afastar o PT do poder. Entretanto, o resultado final representou um engodo. A presidente Dilma Rousseff renovou o mandato sem apoio no País real e recorrendo a artifícios de marketing eleitoral e cumplicidades político-eclesiásticas. 

Bancadas oposicionistas como as do agronegócio, dos evangélicos e dos defensores de um sadio armamento lideraram um movimento conservador no Legislativo.

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A aparente omissão da CNBB patenteia a crise
que vivem as esquerdas brasileiras

A “rebelião da base aliada” aconteceu antes mesmo da instalação do novo Congresso, considerado mais conservador. 

O decreto presidencial nº 8.243, visando em última análise à sovietização do Brasil, foi rejeitado pela Câmara dos Deputados.

Para o ministro Gilberto de Carvalho, essa rejeição constituiu uma “vitória da vontade conservadora” (FSP, 30-10-14).

No final do ano, várias manifestações de rua propuseram o impeachment da presidente Dilma (FSP, 9-11-14) e os jornais publicaram longas matérias sobre escândalos na Petrobrás, mais um episódio do gigantesca corrupção partidária esquerdista que degrada o Brasil.

Matheus Pichonelli – 19 horas atrás

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Pouca gente deve ter notado ou prestado atenção. Mas, ao final do discurso de posse para o segundo mandato de Dilma Rousseff, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, tomou o microfone para fazer, provavelmente, o aceno mais simbólico de toda a tarde. Em rara oportunidade de fazer um pronunciamento em rede nacional, ele aproveitou a brecha na festa da petista para conclamar os parlamentares, inclusive a oposição, a tirar da gaveta o projeto de reforma política, citado como prioridade da presidenta minutos antes. Segundo ele, os colegas pagarão um preço alto se não promoverem as mudanças esperadas no sistema atual - um sistema de super-representação que permite, como ele mesmo lembrou, a coexistência de 32 partidos políticos, 28 deles presentes no Congresso.

Ao seu lado estava o vice-presidente Michel Temer, que ouvia, como de praxe, sem manifestar qualquer expressão. Do outro lado estava o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

O trio de caciques do PMDB em torno da presidenta reempossada deixava claro com quem a petista terá de negociar para cumprir o principal compromisso anunciado na solenidade: mudar as regras do jogo. Este jogo tem como alavanca o financiamento empresarial de campanha, considerado por muitos o pai de toda confusão entre desvios públicos e interesses privados do sistema atual.

A menção ao compromisso não se dá por acaso. Em 43 minutos de discurso, Dilma Rousseff usou mais a palavra “corrupção” do que qualquer outra. Como tem feito durante toda a crise da Petrobras, ela se comprometeu a fortalecer e ampliar os canais de investigação e transparência para julgar e “extirpar” o mal. Na declaração mais incisiva, prometeu preservar a Petrobras da ação de “predadores internos e inimigos externos” que promovem, segundo ela, um “cerco especulativo” devido a interesses contrariados com o regime de partilha da exploração do pré-sal e da política de conteúdo nacional. Mas os “predadores internos”, até onde se sabe, eram a ponte entre campanhas políticas milionárias e contratos bilionários com o poder público. É esta ponte que uma reforma política bem calibrada pode implodir. (Em tempo: entre os 28 políticos suspeitos de se beneficiar do esquema, segundo a Operação Lava Jato, está justamente o presidente do Senado, Renan Calheiros).

A proposta de reforma política é uma bandeira antiga da militância petista, citada pela presidenta apenas uma vez. Para os demais partidos, o PT seria o maior beneficiário das mudanças, já que teria mais estrutura de mobilizar militantes para financiar as campanhas, sobretudo para o Legislativo, para o qual pretende instituir o voto em lista (escolhida pela legenda, e não pelo eleitor).

Era esperado que a reforma política fosse um tema abordado pela presidenta em seu discurso. Sem ela, a promessa de “extirpar” a corrupção será só uma carta vazia de intenções. Ao citá-la diante dos parlamentares, ela joga ao Congresso o ônus de rejeitá-la. Ao fazer coro ao apelo, Calheiros deixa claro que o ônus é pesado demais para ser chutado. Não se sabe se ele falava como representante do Congresso, do PMDB ou como senador citado na maior investigação de desvios em curso no país. Mas, em meio a tantas cartas de intenções, é possível vislumbrar um caminho inevitável: para o bem ou para o mal, o sistema político como o conhecemos pode ter começado a morrer neste 1º de janeiro de 2015.

*Foto: Laycer Tomaz/ Câmara dos Deputados

Posted: 20 Dec 2014 04:28 AM PST

 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Helio Duque
 
Anteriormente no artigo “A urna eletrônica é segura?”, expressava preocupação com a vulnerabilidade da urna eletrônica, um simples computador que armazena votos durante a eleição. Nominava a opinião de notáveis especialistas em informática e juristas respeitáveis que não depositam confiabilidade absoluta no sistema. Muitos desses especialistas entendem que as urnas eletrônicas brasileiras são passíveis de fraudes de quase impossível descoberta. Ante representação de auditagem do resultado eleitoral, proposta por partido político, vozes cavernosas, inclusive do poder judiciário, reagiram com adjetivos desqualificantes.
 
Voltarei ao tema, começando pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que impõe, autoritariamente, o modelo e não aceita a auditabilidade. Em 2010, o Tribunal contratou uma única empresa para auxiliar em serviços com a urna eletrônica, significando transporte, limpeza e armazenagem dos computadores. Em 2014, o TSE inovou, concedendo aos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) o direito de contratar empresas regionais para a prestação do serviço eleitoral. Agora ampliados, com o carregamento de software da urna e transmissão dos dados da votação. Em cada Estado as urnas eletrônicas foram conduzidas por empresas terceirizadas. No Maranhão, por exemplo, a empresa contratada, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, Atlântica Serviços Gerais, do grupo Atlântica Segurança, teria vínculos com o Sr. Jorge Murad, marido da então governadora Roseana Sarney. Vale dizer: O TSE, nas eleições de 2014, terceirizou nos 27 Estados a prestação do serviço no uso da urna eletrônica.
 
A rigor, o sistema nominado pelo qualificativo “gerações” nas urnas eletrônicas são modelos conhecidos tecnicamente como DRE, VVPAT e E2E. Seria a primeira, a segunda e a terceira geração evolutiva do sistema, buscando sempre corrigir problemas surgidos nos anteriores modelos. O modelo DRE, de primeira geração, por falta de transparência e total dependência do software é o mais atrasado e foi totalmente descartado no mundo inteiro.
 
Nas eleições de 2014, o Brasil, único país no mundo a adotá-lo, continuou na avenida da primeira geração. Alemanha, Holanda, Irlanda, Inglaterra e até o vizinho Paraguai, dentro outros, testaram e sepultaram por falta de confiabilidade o modelo DRE. Professor titular da Escola Politécnica da USP, Walter Del Picchia, relata: “Faz 18 anos que o Fórum do Voto Eletrônico, entidade não partidária vem advertindo que nossas urnas são sujeitas a falhas e/ou fraudes e o eleitor não tem como saber se o seu voto foi corretamente computado”.
 
No sistema independente do software de segunda geração VVPAT, a apuração eletrônica pode ser conferida por auditorias contábeis. O engenheiro Amilcar Brunazzo Filho, especialista na área com trabalhos notáveis, afirma: “No Brasil, por força da Lei 10.408/02,  em 2002 houve um teste com urnas de 2ª geração, mas a má vontade do administrador eleitoral brasileiro, que repele a idéia de um sistema eleitoral que possa passar por uma auditoria independente de seu controle, resultou numa experiência mal projetada e mal conduzida.
 
O treinamento de eleitores e mesários foi menosprezado e o teste resultou em fracasso. Logo em seguida, em 2004, a Venezuela implantou equipamentos de 2ª geração com todo sucesso, demonstrando que a proposta é perfeitamente viável, ao contrário do que afirma o TSE no Brasil. A partir de 2006, equipamentos de 2ª geração, com voto impresso ou escaneado, passaram a substituir os equipamentos de 1ª geração.”
 
O voto eletrônico de 2ª geração é adotado nos seguintes países: Estados Unidos, Canadá, México, Venezuela, Peru, Equador, Argentina, Bélgica, Rússia e Índia. Na Europa, na África, na Oceania e no Oriente Médio, as eleições oficiais não adotam o voto eletrônico. A evolução para a 3ª geração E2E, independente do software e com auditoria facilitada, vem sendo testada limitadamente em quadro países: Equador, na Província de Azuay; na Argentina, nas províncias de Salta, Chaco, Córdova, Santa Fé e Buenos Aires; em Israel, na Tel Aviv University; e nos Estados Unidos, no Takowa Park County. No Brasil prevalece o modelo que o resto do mundo não aceita. Verdadeiro mistério oculto.
 
É chegada a hora da nova legislatura, a ser empossada no Congresso Nacional, enfrentar e legislar sobre essa realidade. Fundamentando-se no art. 5º da Constituição Federal, no inciso 14º, que diz: “É assegurado a todos o acesso à informação.” Não deve acovardar-se no enfrentamento das fragilidades que a urna eletrônica brasileira apresenta. A garantia do sigilo do voto e a integridade das operações têm demonstrado falhas gritantes que afeta, a credibilidade do sistema eleitoral.
 
É dever do legislador elaborar leis que aperfeiçoem a transparência e segurança, no exercício de cidadania expressado no voto. Quem faz as Leis é o poder legislativo, cabendo ao poder judiciário fiscalizar e executar o cumprimento da legislação nascida no Congresso Nacional. Infelizmente muitos dos seus membros, não sabem do poder supremo que o mandato parlamentar confere ao seu titular. No triângulo isósceles dos poderes republicanos, o Legislativo faz as leis; o Executivo cumpre a legislação; e o Judiciário fiscaliza o fiel cumprimento das leis.
 
Os novos congressistas deveriam observar e meditar com disciplina franciscana, a advertência do desembargador e juiz eleitoral aposentado, Ilton Dellandréa, do Rio Grande do Sul: “Em Direito dizer que quem cala consente é, todavia, correto dizer que quem obsta o exercício de um direito é porque tem algo a esconder. Ou, por outra, que há alguma coisa que aconselha ocultação. Ou porque – e agora estou me referindo ao caso concreto – se intui que pode haver algo de podre no seio da urna eletrônica que poderia provocar severas desconfianças.”
 
Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

12/12/2014 17h19 - Atualizado em 12/12/2014 19h01

Ibovespa fechou em queda de 3,73%, a 48.001 pontos.

Na semana, índice perdeu 7,6%, pior desempenho semanal desde 2012.

 

Do G1, em São Paulo

 

A bolsa brasileira fechou em baixa de mais de 3% nesta sexta-feira (11), pressionada por mais um dia forte queda das ações da Petrobras, seguindo as quedas das bolsas nos Estados Unidos e diante de nova baixa do preço do petróleo, que corroborou preocupações do mercado quanto ao cenário desfavorável para as commodities e de menor atividade global.

O Ibovespa, o principal índice da bolsa paulista, recuou 3,73%, a 48.001 pontos, nível mais baixo desde 26 de março. 

Na semana, a bolsa acumulou perda de 7,68%, seu pior desempenho desde a terceira semana de maio de 2012. No mês, a queda acumulada é de 12,3%.

O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,5 bilhões.

Petrobras cai mais de 35% no ano
As ações ordinárias da Petrobras caíram mais de 5% e, as preferenciais, 6,56%, fechando no menor patamar desde julho de 2005, a R$ 10,11. No ano, os papéis da companhia já acumulam queda de mais de 36%.

O mercado aguarda ainda para esta sexta-feira a divulgação do balanço não auditado da Petrobras, referente ao 3º trimestre.

  •  Na véspera, o Ministério Público Federal divulgou as primeiras denúncias resultantes da operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema de corrupção na estatal. Os procuradores anunciaram que irão pedir ressarcimento de ao menos R$ 1,18 bilhão por desvios na empresa.

Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal "Valor Econômico" informou que uma ex-gerente da estatal já havia alertado a diretoria, entre eles a atual, presidente, Graça Foster, e Sergio Gabrielli, sobre desvios e irregularidades.

A informação levou a oposição a pedir a demissão da presidente da Petrobras, Graça Foster, e dos demais integrantes da diretoria da estatal.

"A Petrobras está sofrendo com o escândalo político, mas o preço da ação também anda junto com o de outras petrolíferas do mundo. A queda do petróleo está tão forte nos últimos dois meses que começa afetar o risco de crédito e as taxas que o mercado cobra dessas empresas", disse à Reuters o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

Petróleo em baixa
O petróleo tipo Brent fechou abaixo abaixo de US$ 62 o barril atingindo novas mínimas em cinco anos em meio a preocupações persistentes com um excesso de oferta global e a perspectiva de demanda fraca.

Participantes do mercado têm mostrado preocupações quanto aos retornos dos projetos da estatal no pré-sal, por conta da queda do valor do barril do petróleo, e com o impacto das denúncias de corrupção.

O vencimento de opções sobre ações na segunda-feira colaborou para piorar o desempenho da ação da Petrobras, com agentes do mercado fechando posições para evitar maiores perdas.

Efeito China
Adicionalmente, dados da economia chinesa divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas foram pouco animadores. Segundo o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, os números causam preocupações de que a economia do gigante asiático não esteja respondendo aos últimos estímulos do governo. A produção industrial chinesa de novembro cresceu 7,2%, abaixo das expectativas.

CSN, Usiminas e Gerdau ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa, com recuo superior a 6%.

Já na ponta positiva do Ibovespa foram destaque as ações da companhia paranaense de energia Copel, com alta de 3,39%, após o Goldman Sachs elevar a recomendação do papel de neutra para compra.

A construtora e incorporadora Rossi Residencial ganhou 16%, em um movimento de recuperação de preço após registrar queda de cerca de 40% nos últimos seis dias.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2014/12/acoes-da-petrobras-caem-mais-de-5-e-bovespa-fecha-em-forte-queda.html

ESCRITO POR PERCIVAL PUGGINA | 13 DEZEMBRO 2014 


A Venezuela se degenera, a Argentina vai no mesmo caminho e ambos começam a ficar, cada vez mais, parecidos com a venerada ilha dos Castro.

Infelizmente, é nessa direção que apontam, de fato, os movimentos da política externa petista.


O Brasil ainda não chegou nesse ponto, mas o dirigente político de qualquer país que se aprofunde em tal ideologia  fala para um povo que enfrenta escassez de tudo, que sai de uma fila para entrar noutra. São países onde se tabelam preços de produtos que não existem, onde a inflação dispara e de onde, quem pode sair, foge correndo. O discurso oficial, porém, proclama vitórias populares, sucessos indiscerníveis, luminosos dias do porvir e ataca ferozmente inimigos externos que estão se lixando para ele. Assim fazem em Cuba, assim fazia Chávez, assim tem sequência o processo venezuelano com Maduro. Para aí vai, célere, a Argentina. Nunca lhes faltam idiotas defensores do regime, dentro e fora do país, para aplaudir seus discursos.

Em 16 de outubro, o jornalista Clovis Rossi publicou na Folha de São Paulo uma coluna com o título "Aécio assusta Unasul". No texto, o jornalista comenta o pânico que o crescimento das intenções de voto do candidato oposicionista brasileiro estava causando, naquele momento, entre os governantes da região.

Sem conseguir dizer bem o que pensava a respeito ele concluiu o texto afirmando que "com todos os déficits democráticos claramente expostos na Venezuela chavista, o governo Maduro é legítimo. E é do interesse brasileiro que saia da crise, até para poder pagar as dívidas mantidas com as empresas brasileiras". Em síntese, Aécio teria nenhum interesse em aproximação com Bolívia, Venezuela, Cuba, Argentina e Equador, que são os países mais alinhados com o Foro de São Paulo e com a União das Nações Sul-Americanas. E isso seria muito ruim para seus governos.

Desde este meu minúsculo mas vigilante observatório, vejo que Aécio tinha razão: os parceiros de Dilma afundam numa ideologia que é a própria usina da miséria. Quanto maior a crise, maior a dose de autoritarismo e intervencionismo que só serve para ampliar as dificuldades e aumentar aquilo que Clóvis Rossi chamou, eufemisticamente, de "déficit democrático". Definitivamente, a Venezuela se degenera, a Argentina vai no mesmo caminho e ambos começam a ficar, cada vez mais, parecidos com a venerada ilha dos Castro. Enquanto isso, o governo brasileiro tenta, por todos os modos e maus modos, disfarçar seus próprios problemas com estratégias de avestruz. Como em Cuba, o nexo entre o ufanismo oficial e a realidade nacional mostra que o delírio psicótico é o máximo denominador comum dos governos comunistas. No entanto, e aqui está o importante no texto de Rossi relido após o encontro da Unasul, todos os países do così detto "bolivarianismo" espicham para o Brasil olhos esperançosos, como se o tamanho da nossa economia fosse sinônimo de riqueza disponível e socializável.

Infelizmente, é nessa direção que apontam, de fato, os movimentos da política externa petista. Na última reunião da Unasul, Dilma foi recebida e falou como talvez falasse Bill Gates numa reunião com estagiários. Não admira que o real se desvalorize, que as verdinhas abandonem o país, que a inflação fure o teto e o PIB fure o piso.



http://puggina.org

Edição do dia 11/12/2014

11/12/2014 06h34 - Atualizado em11/12/2014 16h58

Soja é um dos principais produtos agrícolas do país.

Grão ocupa área recorde, de mais de 8,8 milhões de hectares só em MT.

Luiz PatroniMato Grosso

 

Veja o vídeo no endereço abaixo

http://g1.globo.com/hora1/noticia/2014/12/em-mt-preco-da-soja-e-condicoes-das-estradas-preocupam-agricultores.htmlFACEBOOK

Os preços da soja e a condição das estradas por onde é feito o escoamento dos grãos preocupam os agricultores deMato Grosso, principal produtor da cultura no país. Só nesta safra, os produtores devem colher cerca de 28 milhões de toneladas.

Ao mesmo tempo em que são alçados números tão expressivos, os agricultores enfrentam problemas recorrentes a cada ano. A começar pela estiagem que atrapalhou o plantio. “Vem essa ansiedade porque eu vejo os dias passando. Quanto mais eu atrasar, eu sei que a produtividade vai ser menor e devo ter mais problemas com doenças”, diz o agricultor Vicente Beber.

Mas a exposição às oscilações do tempo faz parte do negócio. O que não estava nos planos era a desvalorização do produto, hoje 20% mais barato em relação há um ano atrás. A saca de 60 quilos, que era vendida por R$ 68 em algumas regiões do estado, agora sai por R$ 55.

A queda foi causada principalmente pela previsão de uma grande oferta do grão no mundo. O agricultor que aumentou as apostas na soja arrependeu-se da decisão. “Talvez se eu soubesse desse momento, eu não teria investido tanto esse ano. Talvez eu tivesse plantado um pouquinho menos, ao contrário do que fiz”, diz o agricultor Carlos Schneider.

Enquanto o mercado não ajuda, o custo de uma logística ainda ineficiente pesa mais no bolso. A BR-163, principal corredor para o escoamento da produção que foi entregue à iniciativa privada no ano passado, passa por melhorias, mas por outro lado, muitas estradas que levam o que sai dos campos para os armazéns deixam a desejar. Enquanto isso, se aproxima o período de colheita do grão, previsto para janeiro.

ESCRITO POR ALIREZA REZAKHAH| 11 DEZEMBRO 2014

yemen map02 O Iêmen (1), por ser parte da península arábica possui – por várias razões – uma importância elevada para o seu vizinho ao norte, a Arábia Saudita. O país desfruta de uma posição geopolítica especial por ter um bom controle sobre o estratégico Golfo de Aden, ao mesmo tempo em que o país também se debruça sobre o extremamente estratégico Estreito de Bab-el-Mandeb bem como toda a sensível via marítima através do Mar Vermelho. O Iêmen também é a sede da Jabal Marran (as Montanhas Marran), as quais se estendem continuamente desde o Golfo de Aden até a região de Taif no sudoeste do país. Outro motivo que torna o Iêmen um país muito importante para a Arábia Saudita é a sua fronteira em comum com as províncias de Jazan e do leste da Arábia Saudita com predominância xiita (2). Talvez seja por essas razões que muitos analistas acreditam que o Iêmen é um eixo relevante para o estabelecimento da segurança na Arábia Saudita. Este também é o motivo pelo qual – quando as ondas velozes do Despertar Islâmico estavam ameaçando o governo saudita – Riad [capital da Arábia Saudita] fez um acordo com a Irmandade Muçulmana no Iêmen. Segundo aquele acordo, a Arábia Saudita optava por um recuo no âmbito político e no de seguridade aquiescendo com a divisão do poder político no Iêmen com oPartido Islah, o qual representa a Irmandade Muçulmana no Iêmen.

Agora, após o lapso de alguns anos da revolução parcialmente completada no Iêmen, a revolta novamente eclodiu no país. Os eventos que se desenrolam no Iêmen podem ser analisados em dois níveis – doméstico e externo. No aspecto doméstico, os acontecimentos no Iêmen estão sendo impelidos pela competição entre três correntes políticas majoritárias. Entre elas estão oPartido Islah, que representa no Iêmen a Irmandade Muçulmana; a corrente política encabeçada pelo presidente titular Abd Rabbuh Hadi Mansur, que representa o antigo regime do país; e a terceira corrente, cujo protagonista é ogrupo Ansarullahque é afiliado àtribo houthi[vertente xiita do Islã] e representa grupos populares independentes do país. Este triângulo está fundado numa coletânea de entrelaçamentos tribais e ideológicos. No âmbito da política externa, é possível alegar que o Iêmen se tornou um cenário de competição política entre as três principais correntes do Oriente Médio, as quais são representadas peloIrã, pelaArábia Sauditae por uma coalizão integrada peloQatar e a Turquia. A Arábia Saudita apóia a corrente política que está afiliada aoHadi Mansur, ao passo que o Irã apóia oshouthise a coalização do Qatar e Turquia apóia a Irmandade Muçulmana. Contudo, como foi dito anteriormente, o Iêmen é mais importante para a Arábia Saudita do que para os outros dois atores.

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Insurgentes houthis sendo dispersados pelo governo.
Gás lacrimogêneo, brutalidade e disparos com munição real.


Analistas acreditam que a Arábia Saudita veio tentando aproximar-se com omovimento houthie que por isso permaneceu silenciosa a respeito dos desenvolvimentos recentes no Iêmen os quais praticamente colocaram a capital nacional, a cidade de Sana’a, sob o controle do grupoAnsarullah[aliado aos houthis].

Isso contrasta fortemente com a abordagem anterior da Arábia Saudita, que foi marcada por uma oposição acentuada ao movimentohouthi. Riad tentou até mesmo fazer o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar uma resolução contra o movimentohouthino Iêmen de forma a dar uma dimensão internacional para o que acontecia no seu vizinho do sul. Ao tentar justificar a nova política saudita, seria possível reputá-la ao fato de que os sauditas começaram a contrabalançar os recuos políticos e estratégicos [no sentido de segurança nacional] realizados após o arrefecimento das revoluções populares nos países árabes. O governo da Arábia Saudita sempre considerou aIrmandade Muçulmanacomo um rival potencial. Dessa forma, sua primeira iniciativa para compensar os fracassos passados foi armar e apoiar um golpe de estado contra o governo da Irmandade Muçulmana no Egito, país que é também a terra natal da Irmandade Muçulmana. A etapa seguinte foi contrapor os avanços da Irmandade Muçulmana em diversos países litorâneos do Golfo Pérsico, especialmente no seu principal centro no Qatar. A terceira iniciativa foi purgar o Iêmen da Irmandade Muçulmana. Este é o motivo pelo qual Riad optou pelo silêncio face aos fortes protestos lançados pelosyemeni houthisde modo a criar um fundamento para expelir a Irmandade Muçulmana do poder em Sana’a.

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Mulheres iemenitas nos protestos de 2011.

Apesar dos fatos acima mencionados, não há dúvidas de que os sauditas não desejam ver oshouthisaferrarem-se ao poder em substituição à Irmandade Muçulmana no Iêmen. Riad considera omovimento Ansarullahcomo um rival potencial ao qual tem sido dado um maior espaço para ação em função da eliminação do poder de outro rival potencial da Arábia Saudita. Dessa forma, o silêncio de Riad não pode de maneira alguma ser interpretado como um sinal do seu consentimento quanto ao que se passa no seu vizinho meridional. Atualmente, os sauditas estão tentando implementar uma certa forma de dupla contenção no Iêmen. Por outro lado, eles estão tentando reestabelecer suas alianças do passado com chefes tribais datribo iemenita hashidcomo forma de prevenir o surgimento de uma poderosa força política liderada pelatribo houthi. Ao mesmo tempo, eles estão tentando integrar a correntehouthinas instituições do estado como uma maneira de impedir que o movimento ganhe uma poderosa identidade independente como ocorreu no caso do grupo (n.do e.:terrorista)de resistênciaHezbollahno Líbano. É óbvio que os sauditas jamais esqueceram da opção de ação militar quando se trata do Iêmen. Porém, a realidade existente na região e a experiência de guerras com oshouthisno passado, por enquanto, minoram a desejabilidade dessa opção. Outro cenário que os sauditas têm diante de si para o Iêmen é fazer um esforço para controlar ambos os seus rivais; ou seja, oPartido Islahe omovimento Ansarullah, mediante a alimentação contínua das chamas de um conflito constante entre os dois grupos. As esperanças de Riad numa guerra de atrito como essa é de que ela iria enfraquecer ambos os contendores. É lógico, estes são cenários possíveis que podem ser implementados pela Arábia Saudita no Iêmen. Além disso, essa análise de forma alguma indica que os outros grupos e correntes políticas permanecerão passivos frente aos esforços da Arábia Saudita. No presente momento oshouthistêm o domínio tanto em relação à realidade atual no território quanto em relação aos desdobramentos da cena política no país. Nós teremos de esperar que os acontecimentos futuros sejam desvelados. O que é evidente – agora – é que a Arábia Saudita está satisfeita com o curso dos acontecimentos no Iêmen.


Notas do tradutor:

1 – O Iêmen é um país muito conservador e um dos países mais armados do mundo. Para uma visão panorâmica, há duas ótimas reportagens feitas pelo jornalista Raul Dias Filho (http://bit.ly/1xaQEnCehttp://bit.ly/1w0F6gZ).

2 – A Arábia Saudita segue a vertente sunita do Islã que possui rivalidade (e, não raro, animosidade) com a vertente xiita do Islã, de modo que torna-se uma questão de segurança nacional ter algum controle sobre regiões onde a vertente rival possui maioria. Leia também a nota (2) do artigo:http://bit.ly/1pl9aaj

Fonte:http://www.iranreview.org/content/Documents/Riyadh-Using-Yemen-Developments-to-Dethrone-Muslim-Brotherhood.htm


Tradução:Francis Lauer

ESCRITO POR LUIS DUFAUR | 25 NOVEMBRO 2014 

O Conselho de Segurança da Rússia está temendo algum movimento de contestação em grande escala, do gênero do que se deu em Hong Kong.

As manifestações contra Putin e a guerra na Ucrânia soaram o alarme.

E o governo russo, que atribui 90% de popularidade a seu chefe supremo, estaria preparando um plano de emergência.

Segundo a BBC, o plano considera aproximar-se o momento em que a população sentirá falta de muitas benesses importadas, que não mais o serão devido às sanções da União Europeia e dos Estados Unidos à invasão russa da Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não quis reconhecer os temores do Kremlin em relação à população russa, e apelou ao velho truque dos ditadores: inventar uma ameaça externa.

Ele justificou mais medidas de repressão à cidadania afirmando que recentes ações dos Estados Unidos e da Europa “foram marcadas pela imprevisibilidade, e precisamos estar prontos para qualquer coisa”.

Por sua vez, o ministro das Comunicações, Nikolai Nikiforov, confirmou que o país está fazendo planos e levantou uma ponta do véu.

“Estamos trabalhando em cenários nos quais nossos parceiros subitamente decidam nos cortar a Internet”, explicou.

Porém, o que de fato acontece é que o Kremlin já está cortando o acesso dos cidadãos russos à Internet, a fim de abafar a dissidência.

E excogita agora um plano mais radical: especialistas entrevistados pelo site de notícias russo Vedomosti afirmaram que o órgão federal Rossvyaz poderia assumir o controle dos domínios da Internet, como aqueles terminando em .ru ou .rf.

Se as redes sociais e os bancos de dados estão em via de sujeição total ao regime, agora seria a vez de todos os provedores em território russo.

A radicalização do controle da rede na Rússia afetaria as relações com a organização norte-americana ICANN, que rege internacionalmente os domínios da Internet.

Desta maneira, a Rússia prepara-se para desligar os internautas da rede mundial, pondo a culpa nos EUA.

O ministro Nikiforov afirmou que seu ministério realizou exercícios com o Ministério da Defesa e o FSB (polícia política russa), preparando um cenário no qual a Rússia se desligue da Internet atual e passe a funcionar sob o controle absoluto do sistema de repressão.

Keir Giles, especialista em segurança cibernética de Londres, afirmou que o FSB recebeu novos poderes de vigilância da Internet. Contribuíram para isso as delações do analista americano Edward Snowden sobre o funcionamento do serviço de informações dos EUA.

De acordo com o site de notícias russo Gazeta.ru, o Kremlin visa mudar características das conexões de Internet no país para impedir fugas virtuais.

A ditadura orwelliana está se tornando oficial na “nova URSS”, aliás tão desprovida de tecnologia como a velha URSS.

Luis Dufaur edita o blog Flagelo Russo.

 

 

ejmEntre os dias 20 e 31 de outubro o vice-presidente e ministro do Poder Popular para os Movimentos Sociais da Venezuela, Elías Jaua Milano, conhecido como o “protetor de Miranda”, estado venezuelano do qual foi governador, esteve visitando o Brasil como já é de conhecimento de todos. Segundo informações dadas por ele, a visita tinha como objetivo “um encontro com o Movimento Sem-Terra (MST) e assinatura de acordos em matéria de formação para a liderança local e de organização produtiva de comunidades. Em segundo lugar, explorar com a Prefeitura de Curitiba convênios de capacitação, e finalmente, reuniões com empresas de medicamentos para agilizar a importação dos mesmos”.

 

No dia 24 de outubro a babá dos filhos de Jaua foi presa no Aeroporto de Guarulhos, pois trazia em sua bagagem de mão um revólver calibre 38, o que no Brasil se configura como crime de tráfico de armas. Yaneth del Carmen Anza disse que desconhecia o conteúdo da bagagem, pois seu patrão havia lhe pedido que trouxesse uma maleta de mão com “documentos” que havia esquecido em casa e que iria necessitar. As informações se contradizem, pois a babá afirma que não sabia da existência da arma lá, enquanto Jaua afirma que teria telefonado fazendo o pedido mas “alertando” para que tirasse a arma e que os documentos eram para os trâmites do hospital em que sua esposa estava internada.

 

Yaneth veio acompanhada da sogra de Jaua, num avião da PDVSA, a estatal petroleira, do mesmo modo que Jaua, pois a Nomenklatura serve-se dos bens do Estado como se fossem de sua propriedade, com a alegação de fazer companhia à esposa do ministro que estava internada no Hospital Sírio Libanês, não se sabe desde quando nem para que tipo de tratamento. Yaneth foi presa e fichada, sendo liberada no dia 31 através de um pedido de habeas corpus, cujo advogado não é mencionado em lugar nenhum, mas podemos imaginar quem foi esse “abnegado”.

 

Na Venezuela, onde os meios de comunicação há décadas foram seqüestrados, a notícia das visitas indesejáveis ao Brasil só tornou-se conhecida por causa do incidente da babá, caindo como uma bomba sobretudo pelo uso dos aviões da PDVSA que passara a servir a interesses pessoais, uma vez que não foi visita oficial. Jaua limitou-se a emitir uma nota pública afirmando que a arma era de seu uso pessoal, mas não explicou por que usou, para ele e acompanhantes e depois para a babá e a sogra, um bem do Estado sem o conhecimento dos cidadãos venezuelanos. 

 

Os jornais brasileiros informaram que houve um certo desconforto no Itamaraty que afirmou não ter sido notificado da visita de Jaua, o que faz sentido pois o chanceler de fato é Marco Aurélio Garcia que deve ter sido informado da “visita”. E comenta-se que a Srª Rousseff mostrou-se “indignada”. Entretanto, não é segredo para ninguém que o MST é o braço armado do PT, que seus militantes já tiveram treinamento com elementos das FARC e que, embora não sejam membros oficiais, participam, junto com partidos e organizações comunistas de vários países, inclusive a Venezuela, dos Encontros do Foro de São Paulo. É possível que o Itamaraty de fato desconhecesse essas visitas não-oficiais e tenha qualificado como “ingerência em assuntos internos do país”, mas certamente teve o conhecimento e apoio do PT que é acostumado a agir do mesmo modo nos países-membros do Foro de São Paulo.

 

Na tal maleta apreendida pela Polícia Federal havia uma quantidade enorme de papéis e documentos sobre as eleições parlamentares venezuelanas, dentre os quais encontrava-se um ensinando como fazer a “revolução socialista” com itens como “identificar e neutralizar o inimigo”, quer dizer, o opositor ao governo.

 

Na Venezuela a indignação das pessoas está no fato de Jaua ter feito essa viagem, com direito a babá e sogra, usando um bem público para fins pessoais, com liberação ilimitada de dólares pelo CADIV. Para nós brasileiros, entretanto, a leitura deve ser de outro matiz e a meu ver muito mais grave. Estávamos em plena campanha para o segundo turno e a visita estendeu-se até depois das eleições. Que garantias nós temos de que Jaua não veio preparar o braço armado do PT para um levante, caso não se pudesse fraudar o resultado? Os coletivos venezuelanos, que já são mais de 100, armados até os dentes e todos a serviço do PSUV (partido do Governo), sempre declararam que estavam prontos para “incendiar” a Venezuela caso Chávez, e depois Maduro, não vencessem as eleições. Preparar esta gente do MST para a “revolução socialista” deve fazer parte dos acordos internos, aqueles que só o núcleo duro do Foro de São Paulo participa, para o Brasil neste segundo mandato da Srª Rousseff.

 

Devemos, pois, estar preparados para o que vem a partir do próximo ano, pois o que a imprensa nacional e estrangeira tem divulgado é que o MST “está insatisfeito com o governo” para distrair a população sobre os acordos internos que são tramados assim, como essa visita de Jaua e comitiva ao Brasil. Tudo teria passado despercebido se não fosse uma serviçal fiel mas tonta, que acreditou que seu patrão tinha poder sobre o céu e a terra.

 

http://notalatina.blogspot.com

 

Ajudada pela conjuntura, a China está prestes a aplicar nos EUA um golpe de mestre em termos de estratégia diplomática e comercial.

Pequim proporá a criação da Alcap (Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico). A iniciativa será formalizada nesta semana na capital chinesa durante a cúpula de chefes de Estado da Apec, bloco que congrega países banhados pelo Pacífico nas Américas, Ásia e Oceania.

Desde que anunciou que sua política externa promoveria um “pivô para o Pacífico”, Washington pouco fez sobre sua suposta prioridade diplomática na Ásia. E, agora, esse “timing” da iniciativa chinesa não poderia ser pior para Obama.

Integrar geometrias comerciais dinâmicas é absoluta prioridade

Recorrentes tensões no Oriente Médio e na complexa equação Rússia-Ucrânia consomem foco dos EUA, que deveriam lançar-se sobre a Ásia. Pior ainda, os republicanos acabam de obter importante vitória no Congresso, o que atravancará qualquer projeto mais ambicioso de Obama para a política externa.

Com a nova configuração de forças em Washington, dificilmente Obama conseguirá avanços significativos na meganegociação comercial que vem mantendo com a União Europeia. No Pacífico, a proposta de uma parceria de investimentos e comércio pela Casa Branca, que até agora excluía Pequim das conversações, também perderá força.

Países de renda mais baixa no Pacífico sentem-se cada vez mais atraídos ao campo magnético chinês. Além de sediar o futuro banco dos Brics, a China também lançou uma nova agência para investimentos na infraestrutura na Ásia, que tem tudo para desbancar tradicionais veículos nipo-americanos como o Banco de Desenvolvimento Asiático.

Desde sua fundação nos anos 60, esse banco sempre teve um japonês como seu presidente e contabiliza mais de 30% de seu capital no poder decisório de Tóquio e Washington. Reproduz, assim, o ridículo compadrio também observado no FMI e no Banco Mundial, em que a chefia executiva sempre cabe, respectivamente, a um europeu e um norte-americano.

Se Obama insistir em sua visão de integração econômica do Pacífico sem a China, arrisca mostrar-se em confronto comercial aberto com a principal potência econômica da Ásia e segunda maior do mundo.

Caso aceite embarcar num processo liderado por Pequim, a mera ideia de uma área de livre comércio com a China embrutecerá os mais duros setores protecionistas de empresas e sindicatos nos EUA, cujos interesses encontram-se bem encastelados no Capitólio.

Obama concluirá sua Presidência sem consolidar novas áreas de cooperação econômica nos dois oceanos moldadas a partir da liderança dos EUA. Estes aparecerão à opinião pública global como mais protecionistas –e a China mais aberta a abraçar o livre comércio.

Nesse jogo de xadrez, é intensa a movimentação de potências do Pacífico para inserir-se competitivamente em cadeias de valor.

Integrar geometrias comerciais dinâmicas é absoluta prioridade. As Américas desperdiçaram a oportunidade de desenhar a sua Alca. Já a Ásia, de uma forma ou outra, terá a sua Alcap.

Fonte: Folha de S.Paulo, 07/11/2014.

 
 
 
SOBRE MARCOS TROYJO
Marcos Troyjo
Marcos Troyjo é graduado em ciência política e economia pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em sociologia das relações internacionais pela USP e diplomata. É integrante do Conselho Consultivo do Fórum Econômico Mundial, diretor do BRICLab da Universidade Columbia, pesquisador do Centre d´Études sur l´Actuel et le Quotidien (CEAQ) da Universidade Paris-Descartes (Sorbonne), fundador do Centro de Diplomacia Empresarial e conselheiro do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
 
 
 
 
 

Posted: 02 Nov 2014 12:30 AM PDT

 
 

Após sucessivas ameaças da Rússia e a invasão da Ucrânia, a Letônia teme pelo seu futuro. Ela tem apenas 2 milhões de habitantes, 27% dos quais são etnicamente russos.
Muitos são oficiais soviéticos aposentados, que decidiram permanecer no país com suas famílias após o colapso da URSS, segundo informa “The Washington Post”. 
O Kremlin está anunciando à Letônia, em tom de agressão, que "defenderá" esses russos étnicos em seu território custe o que custar.
O pretexto é bem conhecido, já funcionou na Crimeia e está funcionando à toda no leste ucraniano.
Um alto diplomata russo foi até a capital letã para alertar contra as “consequências desastrosas” que se abateriam sobre a pequenina nação se acontecesse alguma forma de “discriminação” contra a minoria russa.
Mas a Letônia é membro da OTAN e mantém um contingente proporcionalmente grande de tropas dos EUA. 
“A Rússia e Putin acalentam um interesse geopolítico nos territórios ex-soviéticos”, disse o ministro de Defesa letão Raimonds Vejonis. “A Rússia esta tentando usar a minoria russófona como um instrumento para promover agressivamente seus objetivos”.

Letônia confirmou o governo da primeira ministra Laimdota Straujuma

A Letônia confirmou o governo 
da primeira ministra Laimdota Straujuma

Perto de um terço da população fala o russo como sua língua primeira, e 13% dos russófonos não possuem cidadania letã. Além do mais, o governo letão se viu obrigado a bloquear o noticiário das TVs russas, que cobriam os eventos na Ucrânia com o evidente objetivo de minar a estabilidade social da Letônia.
Esse país já sofreu sucessivos ciberataques russos, e o Kremlin estimula as queixas dos russófonos.
O delicado equilíbrio se complica ainda mais pelo fato de o prefeito de Riga, a capital do país, ser representante do partido russófono e manifestar seu mau humor com a política pró-ocidental e pró-OTAN do governo nacional.
Também o Patriarca de Moscou, Kirill, chefe do cisma russo, que conta com numerosos seguidores na Letônia, aproveita o pretexto religioso para desordenar internamente esse pequeno país.

Tropas americanas em manobras na Letônia

 

Tropas americanas em manobras na Letônia

Nas eleições gerais de outubro (2014), o partido russófilo Harmonia permaneceu como o maior do país, ocupando 24 cadeiras das 100 do Legislativo. 

Contudo, devido ao conflito ucraniano, ele sofreu uma forte queda de sete cadeiras, pois detinha 31.
Isso não obstante, a coalizão governamental presidida pelo primeiro ministro Laimdota Straujuma garantiu o governo do país com 61 cadeiras e 58,8% dos votos, informou o site da Bloomberg
A OTAN e os EUA concordaram em reforçar sua presença militar no país, que se sente desprotegido. 
Por sua vez, a Rússia não duvidou na retaliação: sequestrou em território da Letônia um agente do serviço de segurança deste país e o levou para a Rússia. 
Simultaneamente, a Lituânia apresentou queixa pelo sequestro de um barco pesqueiro de bandeira lituana em águas internacionais. A Rússia alegou que o tripulante estava em território russo e que o barco estava pescando caranguejos ilegalmente.
Janis Urbanovics, presidente do partido putinista Harmonia, reivindicou a missão de formar um governo, apesar de ser incapaz, segundo toda evidência, de reunir o mínimo de deputados necessários para viabilizá-lo, segundo a AFP
Mas seu gesto sinaliza o intuito de provocar atritos úteis aos agressivos planos do amo do Kremlin.
 

Fonte: Flagelo Russo

 

 

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

Escreverei sobre fato novo, valendo-me de notícias velhas. Não faz um ano, nem dois, nem três, que os meios de comunicação e as redes sociais vêm divulgando análises técnicas independentes, estudos elaborados em universidades, opiniões de juristas, alarmantes experiências feitas por hackers e insistentes alertas de que o sistema de votação utilizado no Brasil é vulnerável e de que a transmissão de dados via internet também não proporciona segurança. É insistentemente dito que essas deficiências fazem com que o sistema usado em nosso país seja refugado por muitos outros. Salta aos olhos mais desatentos que um sistema de votação que não permite recontagem tem um gravíssimo e imperdoável pecado original.

Mais recentemente, após recusas em submeter o sistema a auditorias independentes, chegam às redes sociais notícias de urnas não zeradas no início da votação e de disparidade entre os resultados médios das seções com identificação digital e as seções com identificação documental em situações análogas. E por aí vai. É possível que o clima de desconfiança se nutra, também, de informações falsas. Mas as informações falsas só transitam graças à desconfiança propiciada, de um lado, pela inconfiabilidade do sistema e, de outro, pelas eloquentes insinuações de Dilma e de Lula sobre o que seriam capazes de fazer para vencer.

Não se trata de uma desprezível e deselegante inconformidade com a derrota. Eu não me prestaria para esse papel. Trata-se de algo grave, a cobrar posicionamento dos cidadãos que se sentem civicamente responsáveis. Instala-se, no país uma pesada suspeita sobre a higidez e a invulnerabilidade do sistema, conduzindo à incertezas sobre a legitimidade dos mandatos saídos das urnas dos dias 5 e 26 de outubro.

Sei que dar satisfação a torto e a direito sobre os porquês de suas escolhas e decisões, ou sanar inquietações cívicas, não são tarefas que se contem entre as atribuições jurisdicionais mais urgentes e relevantes do Tribunal Superior Eleitoral. Mas neste caso não é exatamente assim. O que milhões e milhões de brasileiros, nestes dias, estão expressando como podem nas redes sociais não se soluciona com um dar de ombros das autoridades. Não silencia ante a voz do trono. Não some por decreto. Não cabe em nenhuma gaveta. Não se enterra nos desvãos do tempo. Nas democracias (muitas delas proibiram o uso desse modelo), a confiabilidade do sistema eleitoral é tema de elevadíssimo interesse público, questão altamente sensível, sobre a qual não pode haver dúvidas. E, menos ainda, inúmeras, imensas e reiteradas dúvidas.
Muito já foi escrito sobre o quanto era politicamente impróprio confiar a presidência da Corte que conduziria este pleito a um ex-funcionário do partido governista. Agora, surpreende o silêncio do TSE sobre aquilo que mais se fala no país: as suspeitas sobre a eleição por ele presidida. Já surpreendia antes, quando os cidadãos se angustiavam e não passava dia sem que alguma informação circulasse, potencializando as incertezas. E surpreende ainda mais agora, quando denúncias e inconformidades surgem dos pontos mais variados do território nacional.

Para bem da democracia, da respeitabilidade das instituições e da legitimidade dos mandatos, que tudo seja auditado e investigado. E que estas sejam as últimas eleições feitas segundo esse método de votação e transmissão de dados. Afinal, ao longo dos anos, quase uma centena de países vieram conhecer o modelo brasileiro. Nenhum o adota.
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Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

 

Estudo do IBGE mostra ainda que na maioria dos Estados do Nordeste a contribuição feminina para o rendimento familiar era maior do que a dos homens

A mulher contribui com 40,9% para a renda familiar; entre os homens, essa contribuição é de 59,1%. É a primeira vez que o IBGE divulga esse dado. Entre as mulheres de áreas rurais, a participação feminina no rendimento da família é ligeiramente maior – 42,4%. A contribuição das mulheres é mais importante na zona rural nordestina (51%). E é menor na zona rural do Centro-Oeste (26%).

Quando o responsável pela família era branco, a parcela da contribuição feminina correspondia a 39,7%. Se o chefe da família era negro ou pardo, a contribuição da mulher foi maior: 42%. Nas famílias formadas por casais com filhos, a participação feminina também foi menor (31,7%) do que nas famílias monoparentais (70,8%), quando elas eram responsáveis pelo sustento.

O estudo do IBGE mostra ainda que na maioria dos Estados do Nordeste a contribuição feminina para o rendimento familiar era maior do que a dos homens.

No país, quanto maior a renda, menor a participação feminina no rendimento familiar. Entre os mais pobres (até meio salário mínimo per capita), essa participação foi de 45%. Já entre aqueles que ganhavam mais de dois salários mínimos per capita, a contribuição foi de 39,1%.

Fonte: O Estado de S. Paulo

 

Foi protocolado nesta quinta-feira, 30, na Câmara, projeto de decreto legislativo para a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para a reforma política. Encabeçada por Luiza Erudina (PSB) e Renato Simões (PT), a lista de apoio ao projeto conta com a assinatura de 185 deputados, de vários partidos.

Se o projeto for aprovado, os eleitores brasileiros irão às urnas para dizer sim ou não à seguinte questão: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”

É a mesma pergunta do plebiscito simbólico realizado no dia 7 de setembro em todo o país. O evento, organizado por 480 entidades, entre sindicatos, movimentos sociais, associações profissionais e organizações não governamentais, contabilizou 7,7 milhões de votos. Desse total, 7,5 milhões (97%) disseram sim à convocação da constituinte para a reforma, segundo os organizadores.

O prazo máximo para a convocação do plebiscito, de acordo com a proposta apresentada na Câmara, seria de dois anos. A assembleia teria a tarefa exclusiva de fazer a reforma. Os mandatos dos constituintes seriam extintos logo em seguida.

Segundo o deputado Renato Simões, o tema ganhou amplitude com a recente campanha eleitoral e as declarações feitas pela presidente Dilma Rousseff, comprometendo-se com a questão da reforma.

Simões também lembrou que há muito tempo tramitam no Congresso propostas de reforma que nunca foram adiante. “Está evidente a falta de ação do Congresso diante do tema”, afirmou. “Entendemos que é importante que a a população se manifeste em outro fórum, igualmente legítimo, sobre esse assunto.”

Em 1986, quando se discutiu a elaboração de uma nova constituição para o Brasil, também existiam grupos políticas que defendiam que ela deveria ocorrer numa assembleia constituinte convocada exclusivamente para isso e que seria extinta assim que concluíssem a missão. Prevaleceu, porém, a ideia de se conferir poderes constituintes aos parlamentares que já estavam no Congresso.

Fonte: O Estado de S.Paulo.

 

Elevação da taxa básica não seria suficiente para reduzir inflação

A inesperada alta de juros pelo Banco Central — anunciada quarta-feira, três dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff — levou ânimo ao mercado financeiro e foi aprovada por economistas como uma medida necessária para segurar a alta dos preços. Mas os analistas afirmam que só o aumento dos juros não será suficiente para levar a inflação ao centro da meta e cobram, agora, medidas fiscais do governo recém-eleito. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 6,75% nos últimos 12 meses, acima do limite superior da meta, de 6,5%.

Os juros ajudam a segurar a demanda e evitar alta de preços, mas os gastos do governo vão na direção contrária. O resultado das contas públicas está bem longe da meta de economizar R$ 49 bilhões este ano — até setembro, o superávit fiscal primário do setor público soma apenas R$ 10,2 bilhões. Para o economista Joaquim Elói Cirne de Toledo, a situação fiscal é hoje uma preocupação:

— A parte fiscal é uma incógnita, o que se viu nos últimos tempos foi uma deterioração. E não vejo apetite do governo para mudar isso.

José Julio Senna, do Ibre/FGV, compara a economia brasileira a um carro desgovernado pela inflação. Segundo ele, para conter a alta de preços, “é preciso frear as quatro rodas”. O economista lembra que, no início do primeiro mandato da presidente Dilma, houve uma sequência de cinco altas seguidas da taxa básica de juros Selic: passou de 10,75% para 12,5% ao ano. No entanto, a inflação continuou acima do centro da meta, encerrando 2011 em 6,5%, maior que os 5,91% do final de 2010. Na sua opinião, é preciso outras medidas além da alta de juros, como corte de gastos do governo e um freio nos empréstimos do BNDES.

Se os economistas são unânimes em defender a importância de um aperto fiscal, eles divergem se a alta de juros pelo BC já foi um sinal de uma política econômica mais ortodoxa num segundo mandato de Dilma. Toledo não vê essa inflexão. Na sua opinião, a principal razão para o aumento dos juros foi a alta do dólar nas últimas semanas e a perspectivas de novas pressões no câmbio nos próximos meses:

— Não vejo a alta do juro como uma ação coordenada de política econômica. O BC ficou preocupado com a taxa de câmbio e a pressão na inflação e fez um movimento. Ele tem demonstrado que não é seguidor de ordens e pensa com a própria cabeça.

Opinião diferente tem a economista da Tendências Consultoria Alessandra Ribeiro. Na sua avaliação, o aumento da taxa de juros e a possibilidade, que está em discussão no governo, de retomar a cobrança da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis são sinais dos ajustes que o governo deve fazer para enfrentar os desequilíbrios da economia:

— O calcanhar de Aquiles da economia hoje é a política fiscal. É preciso aumentar o superávit primário para não perdermos o grau de investimento.

Pouca margem para reduzir gastos

Ela diz que o governo tem pouca margem de manobra para reduzir gastos, então a tendência é que se recorra a alguns impostos e também a um possível corte nos investimentos:

— A Cide e o IPI são impostos mais fáceis de mexer. Um retorno integral da Cide representaria um montante entre 0,2% e 0,3% do PIB em um ano. É uma receita que não dá para desprezar.

Para o professor da FEA-USP e economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, o corte de despesas é mais difícil e tende a ser feito de forma gradual.

— É absolutamente razoável pensar na Cide como uma fonte de arrecadação. É simples, fácil e imediata. Um outro caminho é o reajuste do combustível, que aumentaria o caixa da Petrobras, permitiria investimentos e, por consequência, aumento dos impostos pagos ao governo. Também é possível recompor o IPI.

Para Cario Megale, economista do Itaú Unibanco, a alta de juros foi bem recebida pelo mercado como um primeiro sinal de ajuste, principalmente porque veio antes da esperada mudança da equipe econômica.

Fonte: O Globo

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LIE - LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS

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Desde 1994 até os dias atuais foram realizados serviços de pesquisa de mercado, intermediação de negócios, busca de patrocínios, desenvolvimento de projetos. Em 1998 foi desenvolvido o projeto Educard voltado a classe estudantil de segundo e terceiro graus com base em aproximadamente nove mil estabelecimentos comerciais conveniados com a CCB. Outros projetos foram evoluindo, assim como, as palestras, seminários, simpósios e painéis de debates que após 2004 entraram em funcionamento e que vão a seguir.


O MINISTÉRIO PÚBLICO NO BRASIL” realizado no auditório do MPU e proferido pelo Procurador-Chefe do Ministério Público da União – Procuradoria Regional da República – 2ª Região, na data de 19 de outubro de 2004 para a comitiva da Shangai Municipal People’s Prosecution Service e respectivos advogados e procuradores provenientes da República Popular da China.


TRIBUTOS ESTADUAIS” realizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli e proferida na data de 28 de outubro de 2004 por palestrantes da CCB para diversos membros da Suzhou Wuzhong Local Taxation Bureau da República Popular da China.


CONSTRUÇÃO CIVIL, LEGISLAÇÃO E PLANEJAMENTO URBANÍSTICO NO BRASIL”, realizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli para os membros da Shanghai Academy of Agricultural Sciences anda Shanghai Geenland Group provenientes da República Popular da China, proferido na data de 09 de novembro de 2004.


UMA VISÃO GLOBAL DOS MERCADOS FINANCEIROS: RISCOS E OPORTUNIDADESrealizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli e proferida na data de 26 de novembro de 2004 por palestrantes da CCB e do BACEN para diversos membros da Scientific Research Institution of Finance General Department of Centre in Accounting Qualification of The Ministry of Finance da República Popular da China.


CULTIVO DA BANANArealizado no auditório da FGV - Fundação Getúlio Vargas e proferida na data de 02 de dezembro de 2004 por palestrantes da CCB, da UFRRJ, da FGV e do Ministério de Agricultura, para diversos membros da Hainan Banana Association, The Chinese Academy of Tropical Agriculture Sciences, Hainan Provincial Bureau of Foreign Experts, todos da República Popular da China.


DESENVOLVIMENTO DE ENGENHARIA DA IRRIGAÇÃOrealizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli e proferida no período de 24 de fevereiro a 01 de março de 2005 por palestrantes da CCB e da UFRRJ para membros da seguintes instituições da República Popular da China, sendo: Changjiang Irrigation, Yunan Province Water Protection Biology, National Development and Innovation Commintee, Water Conservancy of Zheijian Province, China National Administration Center for Seabuckthorn, Development Irrigation Working Bureau, Henan Province Jiaozao Irrigation Working Bureau, Qinghai Province Water Protection Bureau, Fujian Province Water Protection Station, Huanghe Water Protection Irrigation, Qindao City Water Protection, Jiangsu Province, Zheijiang Province, Yanchi Water Conservancy.


OS RUMOS DA CCB NO ATUAL CENÁRIO” palestra proferida e realizada no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli por membros da CCB, realizada no dia 25 de janeiro de 2005 no auditório do Ed Rodolpho De Paoli.


O DESARMAMENTO DA SOCIEDADE CIVIL E A SEGURANÇA NACIONAL”, painel de debates realizado na ESG - Escola Superior de Guerra com patrocínio da Piraquê S A em parceria com o CEE-ESG em 20 de outubro de 2005 com partícipes da sociedade representados pelas ONG Viva-Rio, ONG Viva Brasil, Associação Americana de Rifles, Associação Nacional dos Proprietários e Comerciantes de Armas – ANPCA e, representantes do Congresso Nacional das bancadas Pró e Contra.


RECURSOS HUMANOS NO BRASIL I”, realizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli para os membros da comitiva chinesa representantes de diversas instituições e organismos governamentais provenientes da República Popular da China, proferida no período de 03 a 08 de novembro de 2005.


AGRICULTURA, ZOOTECNIA E VETERINÁRIA NO BRASILrealizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli e proferida no período de 22 a 24 de novembro de 2005 por professores e especialistas da UFRRJ e pelo Ministério da Agricultura para representantes de diversas instituições e organismos governamentais provenientes da República Popular da China.


RECURSOS HUMANOS NO BRASIL IIrealizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli para os membros da comitiva chinesa representantes de diversas instituições e organismos governamentais provenientes da República Popular da China, proferida no período de 16 a 18 de janeiro de 2006.


A ARBITRAGEM, DA SUA IDEIA E CONCEPÇÃO” palestra realizada no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli e proferida por membros da CCB para advogados e demais profissionais interessados, realizada no dia 30 de maio de 2006, no auditório do Ed Rodolpho De Paoli.


DESENVOLVIMENTO REGIONAL NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO”, realizado no auditório dos diversos municípios com encerramento no auditório da ABI - Associação Brasileira de Imprensa o ciclo de palestras no período de agosto a dezembro de 2006 com patrocínio da Petrobras S A, proferida por membros da CCB com abrangência para empresariado de 51 municípios.


O TURISMO NO BRASILrealizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli para grupo convidado da República Popular da China nos dias 12, 13 e 14 de março de 2008 para membros do Bureau of Gannan Tibetan Autonomous Region, Yunnan Province Economical Research Institute, Xi’na Xiqinggong Park, People’s Government of Yongjing, County of Gansu Province, Xi’na Administration Bureau of Cultural Heritage, Yunnan Province Yiliang County People’s Government, Tourism Bureau of Chengdou City, Tourism Bureau of Ganyang City, Yunnan Province Kunming City, Dongchuan Regional People’s Government, Yunnan Province Kunming Panlon Start People’s Government, State Administration of Foreign Experts Affairs, Storage Institute of Zonggulou of Xi’an City, Sinping Yi Nationality, Dai National Minority Autonomous County, People’s Government of Yunnan Province.


CIÊNCIAS NATURAISrealizado no auditório do Ed. Rodolfo De Paoli para grupo convidado da República Popular da China nos dias 18 e 19 de abril de 2008 para membros do Institution os Department of Life Science, National Nature Scence Foundation of China, Centre for international Exchange, national Natural Science Foundation of China, Suan Yatsen University, The Daping Hospital, The Third Military medical University, Northeast Forestry University, Yunnan University, College of Life Science of Beijing Normal University, Fijian Agriculture and Forestry University, Inner  Mongolia Agricultural University, Yunnan Agricultural University,  Xinjian Institute os Ecology and Gepography, China Academy os Science, Tongji University.


 

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Projetos Privados em parceria com a CCB para Investimento/Financiamento

 

CARTÓRIO DE CERTIFICAÇÃO

Em papel físico ou digitalizado, o Cartório de Certificaçãotem por finalidade de emissão de CERTIFICADOS DE ORIGEM, de IDONEIDADE EMPRESARIAL, de EXCLUSIVIDADE e de APLICAÇÃO DE RECURSOS, utilizando papéis e selos de segurança.


Cartão EMPRESÁRIO

É um Cartão de Crédito Inteligente, com bandeira de administradora de cartões e banco comercial de primeira linha nacional e internacional, somente para pequenos e médios empresários, extensivo aos funcionários de cada empresa associada à CCB, com uma série de atrativos e benefícios de mercado.


BOLSA ELETRÔNICA

Com tecnologia de primeiro mundo e, inclusive, software de análise de riscos a Bolsa Eletrônica de Negócios funciona através de um grande mercado virtual composto de um conjunto de mecanismos de alta tecnologia, inclusive, com análise de riscos, capazes de divulgar e vender, produtos e serviços oferecendo sempre as melhores alternativas em qualidade e prazos aliados a preços competitivos que possam atrair pequenos e médios produtores tanto no Brasil quanto no exterior.


CMA - CORTE DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

A Corte de Mediação e Arbitragem visando dirimir dúvidas e diferenças entre associados e deles com terceiros, e em apoio a CCB, o CMA é um órgão neutro e eficaz na condução de crises e conflitos empresariais.


PARQUE GRÁFICO

Criação e implantação de uma gráfica que atenda aos serviços da CCB – Câmara de Comercio do Brasil, seus associados e demais clientes de mercado para produção de material gráfico, como LIVROS e REVISTAS (pequenas e médias tiragens), FOLHETERIA, RELATÓRIOS, INFORMATIVOS e CALENDÁRIOS, com qualidade, produtividade e competitividade.


 

 

Projetos Privados

 

INDÚSTRIA DE LINHA DE MONTAGEM DE AIRCRAFTS, HOVERCRAFTS, REBOCADORES E BALSAS

A logística tornou-se ferramenta essencial em qualquer tipo de projeto de produção a ser executado no Brasil. Na Amazônia Legal, dadas às peculiaridades da região, as dificuldades que se encontram, conhecidas e não conhecidas, as chuvas, as cheias e vazantes, as enormes distâncias, por terra e por rios, as dificuldades de locomoção e comunicação, tornam o empreendimento especial, levando-se em conta, inclusive, as dimensões territoriais do Brasil com mais de 8.500km de fronteiras marítimas e mais de 12.500km de fronteiras terrestres e, a sua necessidade interna em suprir a logística de transportes em seus diversos segmentos, com uma malha ferroviária praticamente inexistente, com a malha rodoviária relativamente cara e a cabotagem altamente burocrática, além dos problemas inerentes a segurança e altos custos com mão de obra, impostos e seguros, o projeto de dirigíveis nasceu com o intuito inicial de atender ao turismo ecológico na região amazônica, bem como, pretende expandir em segundo momento a construção dessas aeronaves para atender toda uma demanda que existe para transportes de passageiros, para as áreas afins de turismo em outras belas regiões do país, transportes dos mais variados produtos do agronegócio, da construção civil e da energia com o gás e combustíveis, óleos e álcoois, e outras mais, enfim, um mercado enorme e crescente no Brasil e demais países da América do Sul.


PROJETO SOCIAL DESPORTIVO

O projeto aborda a construção de um Complexo Poliesportivo para o desenvolvimento de atividades sociais e desportivas em regiões distintas localizadas no Estado do Rio de Janeiro, com alto índice populacional e carente de uma estrutura de esportes que atinja do futebol aos esportes olímpicos e que atenda adequadamente a sociedade local englobando a aquisição de áreas compatíveis, o desenvolvimento dos projetos de arquitetura, engenharia, instalações e meio-ambiente, a sua aprovação e licenciamento, a construção dos prédios projetados além das áreas de treinamento, reflorestamento de áreas danificadas, produção e envasamento para fornecimento e distribuição de água mineral e, plantio de gêneros alimentícios que reduzirão custos e darão sustentabilidade e independência as suas atividades.


PROJETO DE ENERGIA

Criar uma Produtora Independente de ENERGIA ELÉTRICA e ÁGUA POTÁVEL, num consórcio contendo uma série de empresas reunidas que recebam concessão ou autorização do poder concedente para produzir e distribuir energia elétrica e água potável destinada ao comércio de toda ou parte da energia produzida, por sua conta e risco, oferecendo ao mercado consumidor energia alternativa e água potável a preços módicos.


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Projetos em Andamento

 

 

REVISTA CONJUNTURA & ESTRATÉGIA

A revista eletrônica CCB Conjuntura & Estratégias, se diferenciará por publicar textos que se prestem como embasamento científico para projetos e tomadas de decisões empresariais, de profissionais liberais, técnicos, cientistas, políticos e, governamentais, dada às profícuas informações estratégicas que ela trará.


CEPE Centro de Estudos de Políticas e Estratégias

Em apoio a CCB nas áreas de pesquisa, desenvolvimento de ideias, através de cursos, de palestras, de simpósios e seminários sobre o Brasil e o mundo, sobre os tratados e acordos internacionais, sobre a concepção geopolítica das nações e as suas estratégias perante o comércio internacional.


ABERTURA DE COMITÊS NO BRASIL

Abertura em 613 municípios com mais de 50 mil habitantes e previsão de abertura a aproximadamente 6.000.000 empresas no mercado formal e 20.000.000 no mercado informal de micro e pequenas empresas.


ABERTURA DE CREDENCIADOS INTERNACIONAIS

Identificação e credenciamento em 180 países e 17 Blocos Econômicos.


INTELIGÊNCIA ESTRATÉGICA /BANCO DE DADOS /BIBLIOTECA FÍSICA E VIRTUAL

Scientia - Biblioteca e Mapoteca Física & Virtual, em apoio ao CEPE e aos associados e membros da CCB nas áreas de pesquisa e consulta de temas de política e estratégias, de conjuntura nacional e internacional e direito empresarial, de concepções geopolíticas e do comércio internacional.

LIE - Banco de Dados, em apoio ao CEPE e aos associados e membros da CCB nas áreas de pesquisa e consulta sobre conjuntura nacional e internacional para a formação de cenários e estudos específicos sobre políticas e estratégias.


PODCAST CCB Conjuntura & Estratégias

O programa de rádio empresarial baseado em entrevistas ao vivo com personalidades, políticos, empresários e a sociedade local, uma série de informações do dia-a-dia, da vocação industrial/empresarial do município, problemas e soluções.


COLUNAS EM JORNAIS MUNICIPAIS

Apoio ao programa de podcast através coluna específica da CCB em jornal local, nos Municípios, levando opinião do presidente da CCB e articulistas especializados em assuntos de interesse regional e nacional.


TV SAT

O canal empresarial por TV SAT CCB Conjuntura & Estratégias é um programa semanal pré-gravado com uma hora de duração na divulgação do Brasil, do seu empresariado e dos negócios disponíveis, com artigos, entrevistas, palestras ao vivo, etc., com entrada em 180 países.


Apresentamos uma lista com uma série de projetos propostos sendo uns que fazem parte da estruturação da CÂMARA DE COMMERCIO DO BRASIL, outros dela em parceria com empresas privadas e os terceiros de empresas privadas. Todos buscam patrocínio e/ou investimento ou financiamento através da CCB e que apresentamos para análise dos interessados.

 

Grupo I – Projetos da CCB

                                                          

Grupo II – Projetos privados em parceria com a CCB

             

Grupo III – Projetos privados


             

Capa

 

CCB CONJUNTURAS & ESTRATÉGIAS

Revista da Câmara de Commercio do Brasil

 

O OBJETIVO

O objetivo principal da revista CCB Conjuntura & Estratégias é disponibilizar a sociedade brasileira uma revista de coleção com estudos técnico-científicos sobre temas de conjuntura nacional e internacional.

 

A CAPA

Conforme apresentação da ‘boneca da revista’ em anexo a essa proposta, feita para mostrar a qualidade da revista ao INVESTIDOR, à capa escolhida inicialmente é uma foto de uma ‘Off-Shore’.

Essa capa foi escolhida para a primeira edição, propositalmente, relacionada ao PRÉ-SAL por tratar-se de uma riqueza nacional, altamente conjuntural como todos os demais temas que virão. As capas subsequentes serão escolhidas por temas específicos. Nada impede da troca da capa inicial, a critério do INVESTIDOR, por outro tema de relevância ou com a foto do INVESTIDOR num tipo de entrevista.

 

TEMAS

Os temas que farão parte da revista serão desenvolvidos por analistas de destaque e por profissionais ligados diretamente ao CEPE – Centro de Estudos de Políticas e Estratégias da Câmara de Commercio do Brasil. Serão abordados temas ligados a Amazônia brasileira, aos blocos econômicos, as regiões de desenvolvimento e subdesenvolvimento, ao meio ambiente, as fontes de energia, aos óbices que inibem um maior crescimento do Brasil e os interesses internacionais, os biocombustíveis e o futuro do planeta, o pré-sal, as áreas de atrito internacional, ao terrorismo e narcotráfico, a defesa nacional, enfim, temas de relevância estudados pelo lado da visão estratégica e da geopolítica, dentre outros.

 

PÚBLICO-ALVO

O público-alvo é de todo um cenário de política, de poder do país, pois, são eles, os responsáveis pelas decisões e rumo que o país toma. Estarão disponíveis em quantidades determinadas, por edição, de acordo com a tabela apresentada em anexo.

 

Disponíveis para a CCB / CEPE

1.000 un

Ao Investidor (4ª capa / página dupla)

1.000 un

Aos Apoios (2ª e 3ª capas)

1.000 un

Aos Pequenos Apoios (páginas internas)

3.000 un

À Presidência da República

100 un

Aos Ministérios e Agências

220 un

Aos Senadores

85 un

Aos Deputados Federais

510 un

Aos Governadores Estaduais / Secretarias

810 un

Aos Prefeitos Municipais / Secretarias

8.000 un

Às Autarquias

200 un

Às Embaixadas / Consulados do Brasil no Exterior

400 un

Às Câmaras bilaterais

70 un

Às Associações Comerciais

2.100 un

Às Confederações / Federações

540 un

Às Universidades e Faculdades Públicas e Privadas

9.000 un

Aos Bancos, Corretoras, Fundos e Seguradoras

6.500 un

Ao Empresariado

14.465 un

Aos Editoriais dos principais Jornais e Revistas

1.000 un

 

CONTRAPARTIDA AO INVESTIDOR

A revista CCB Conjuntura & Estratégias dará em Contrapartida ao INVESTIDOR:

  • Disponibilização de dois por cento (2%) do total das publicações bimensais para distribuição a quem interessar;
  • Marca no Editorial da publicação;
  • Inserção de duas (2) matérias ou dois (2) artigos ou uma (1) entrevista exclusiva, com o presidente ou principal diretor;
  • Veiculação de marca no portal da patrocinada pelo período de contrato;
  • Página dupla inicial para inserção de anúncio institucional;
  • Quarta (4ª) capa para inserção de anúncio institucional.

Essa Contrapartida abrangerá o período de um ano ou seis (6) edições, com a veiculação da marca do INVESTIDOR estampada em trezentas mil (300.000) revistas circulando por todo um cenário de poder no país, sendo lida por um público estimado de aproximadamente três milhões e seiscentos mil leitores (3.600.000).

 

FORMATO IMPRESSO, PERIODICIDADE, CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

A revista será bimensal editada no idioma Português, podendo haver mais um idioma à escolha do INVESTIDOR, no formato fechado em 210 x 280 mm e formato aberto em 420 x 280 mm, com impressão em 4/4 cores, em papel do miolo em Couché brilhante LD 115g/m2 e papel das capas em Couché brilhante 230g/m2 c/ verniz. O acabamento será em lombada quadrada com número estimado em até 120 páginas + capas.

 

LOGÍSTICA

A quantidade será de cinquenta mil (50.000) exemplares por edição, ensacados e etiquetados, entregues via remessa postal.

 

FORMATO ELETRÔNICO

A revista será feita também em formato eletrônico e disponibilizada no portal CCB, de forma gratuita, o ‘download’ para aqueles que não tiveram oportunidade de recebê-la via remessa postal.

 

VANTAGENS AO INVESTIDOR

O INVESTIDOR, através da revista CCB Conjuntura & Estratégias, propiciará a sociedade a veiculação de uma revista inédita no país, apartidária e isenta, dando oportunidade a todo o ambiente de leitores da mesma, de receber artigos e textos sobre cenários conjunturais, nacionais e internacionais, nos diversos segmentos de desenvolvimento do país em relação ao mundo, dos óbices que surgem e que, de forma direta ou indireta, afetam o desenvolvimento brasileiro.

O INVESTIDOR, através da revista CCB Conjuntura & Estratégias, dará oportunidade à área de pesquisas científicas, que terá espaço para divulgação de monografias e teses, de trabalhos desenvolvidos nos laboratórios, centros de pesquisa e universidades brasileiras.

O INVESTIDOR, através da revista CCB Conjuntura & Estratégias, trará ao público leitor estudos de geopolítica, soberania e direito internacional, temas de relevância nacional e de extrema importância ao comércio internacional, onde o Brasil ainda está em ascensão.

O INVESTIDOR, através da revista CCB Conjuntura & Estratégias abordará temas regionais e externos, de interesse estratégico-político nas áreas de energia, meio-ambiente e ecoturismo, dentre outros.

A revista CCB Conjuntura & Estratégias levará a marca do INVESTIDOR, as suas matérias, os seus temas e entrevistas para leitores que vão, desde os municípios mais distantes do país até o seu governante principal, colocando, ainda, à disposição no portal CCB o conteúdo da revista, com acesso gratuito aos micros, pequenos e médios empresários, aos políticos, aos profissionais liberais e aos estudantes universitários que não tiveram a oportunidade de recebê-la diretamente.

 

INVESTIMENTO

O investimento previsto será apresentado diretamente ao INVESTIDOR interessado. O número de exemplares pode efetivamente aumentar a critério e escolha do INVESTIDOR ocasionando novo orçamento.

 

PRAZOS

O primeiro número requer um prazo de três (03) meses. Portanto, a previsão para lançamento do primeiro número é para fins de janeiro de 2012 e as demais subsequentes bimensalmente.

 

FUNDAMENTAÇÃO DOS CUSTOS

Uma revista de banca semanal tem até quatro (4) leitores por exemplar. Diferente de uma revista vendida em banca de jornal, a revista CCB Conjuntura & Estratégias é bimensal, de consulta e coleção, com caráter científico e atemporal, com maior vida útil e, assim sendo o número de leitores sobe até seis (6) leitores por revista.

Os grupos de mídia consideram, para efeito de estatística, que o número de acessos, pela internet, é igual ao número de leitores da revista impressa. Daí o número de leitores da revista sobe, baixando o custo por leitor. Logo, temos um custo de investimento de R$ 2,50 por leitor.

 

CONCLUSÃO

Diante das ações apresentadas pelas nações hegemônicas na defesa de seus interesses econômicos e estratégicos, torna-se cada vez mais complexo para os Estados qualificados como emergentes, caso do Brasil, participar ativamente do comércio internacional.

De interesse nacional, a revista CCB Conjuntura & Estratégias não se propõe a ser mais um resumo de notícias relacionadas somente a política ou fatos nacionais do dia-a-dia, e sim, de informações estratégicas, cenários conjunturais, estratégia de negócios modelos de concepção geopolítica adotada pelo Brasil e por países ditos evoluídos onde a palavra chave tem sido a globalização e, que possibilite aos leitores, sejam eles empresários, políticos, universitários ou da sociedade como um todo, acréscimos aos seus conhecimentos e contribuições para as suas decisões pessoais, políticas ou profissionais.

 

Atualizado em 03/09/2014 11h07 

 
Desmatamento Amazônia (Foto: Reprodução/TV Globo)A Floresta perdeu entre agosto de 2013 e julho de 2014 área equivalente a duas cidades de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que a Amazônia Legal perdeu 3.036 km² de floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014, 9,8% a mais em relação ao período anterior. Os meses integram o chamado "calendário do desmatamento", relacionado com as chuvas e atividades agrícolas. Segundo informações do sistema de detecção em tempo real, o Deter, o montante desmatado é equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).

Os números apontados ajudam órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para calcular a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza o Prodes que trabalha com imagens de melhor resolução espacial e mostram ainda pequenos desmatamentos. Sua divulgação deve ocorrer até o fim deste ano.

Em novembro passado, esse sistema apontou perda de 5.843 km² de floresta entre agosto de 2012 e julho de 2013, aumento de 28% em relação ao período anterior. O tamanho é equivalente a quase quatro vezes o município de São Paulo.

Levantamento de junho e julho
Os dois últimos meses divulgados pelo governo foram junho e julho. O primeiro período registrou desmatamento de 535,31 km², enquanto no segundo mês, a floresta perdeu 728,56 km² de vegetação. Nos dois últimos meses do calendário do desmatamento, o Pará foi o estado que mais derrubou vegetação, seguido de Mato Grosso e Rondônia.

Em comunicado divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, o diretor do Departamento de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, avaliou que a expectativa é que em setembro os alertas caiam. “Eles (os desmatadores) agora não terão acesso ao dinheiro que financia o desmatamento. Quem estiver derrubando a floresta vai interromper o corte porque não terá como receber pelo trabalho ilegal", disse.

Fonte: Globo.Com

 

Atualizado em 02/09/2014 21h10 Fonte: Globo.com País passou para 57ª posição depois de ter caído 8 lugares no ano anterior. Brasil fica atrás de China, Rússia e África do Sul e à frente da Índia. Do G1, em São Paulo O Brasil perdeu mais uma posição no ranking das economias mais competitivas do mundo, em meio à piora macroeconômica, segundo o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial (WEF), divulgado nesta terça-feira (2). O país havia perdido oito posições no ano anterior. Na edição de 2014, que analisou 144 economias, o Brasil passou a ocupar a posição 57 no ranking elaborado por meio de uma pesquisa de opinião com executivos, atrás de países como China, Rússia e África do Sul, que ocupam as 28ª, 53ª e 56ª posições, respectivamente. O Brasil fica a frente da Índia, em 71º lugar. Em 2011, o país subiu cinco posições e alcançou o 53º lugar. Em 2012, ganhou mais cinco lugares e ficou em 48º. Na primeira posição do ranking está a Suíça, seguida por Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Alemanha e Japão. Entre os países da América do Sul, o Chile teve o melhor resultado, em 33º – ganhando uma posição em relação a 2013 –, enquanto o Peru aparece em 65º (caiu 4 lugares) e a Colômbia em 66º (ganhou 3). Nos últimos lugares do ranking ficaram Guiné, Chade, Iêmen, Mauritânia e Angola. Problemas do país Segundo o relatório, a queda do Brasil ocorreu por conta do progresso insuficiente em resolver problemas relacionados a infraestrutura, a percepção de problemas institucionais e maior preocupação com problemas ligados à eficiência do governo e corrupção. A avaliação é semelhante a do ano anterior. O relatório também aponta que o resultado econômico do país está sendo mais fraco, com um pequeno aperto no acesso ao crédito. Além disso, há falta de progresso na melhoria da qualidade da educação "que fracassa em colocar no mercado trabalhadores com a capacitação necessária em uma economia em transição, mais baseada em atividades ligadas ao conhecimento". Apesar disso, o relatório diz que o Brasil tem vantagens importantes, como o grande mercado e uma comunidade de negócios bastante sofisticada com locais de inovação de ponta, trabalho intenso de pesquisa e atividades de alto valor agregado. Os 10 países mais competitivos e o Brasil 1º Suíça 2º Cingapura 3º Estados Unidos 4º Finlândia 5º Alemanha 6º Japão 7º Hong Kong 8º Holanda 9º Reino Unido 10º Suécia 57º Brasil.

 

Essa ideologia, se pudesse, acabaria com o imenso usucapião denominado Brasil.


Assistindo às presidenciáveis no debate promovido pela Band, percebi que vivemos sob a influência de uma ideologia escancaradamente reacionária. Seus adeptos, encilhando-se a fórmulas superadas, se dedicam, por todos os modos, a puxar as rédeas da humanidade e da civilização. Lembrei-me dos Fóruns Sociais Mundiais e de seu slogan - "Um outro mundo é possível". Sim, sim, escrevi eu à época. Um novo Big Bang, uma nova Criação, um novo Paraíso com maçãs para todos.

Foi em nome dessa ideologia que, em abril de 2000, muitos saíram às ruas a vociferar contra o Descobrimento. Quando o MST invade uma propriedade rural, eles chamam de ocupação. Quando se referem ao desembarque dos portugueses em Porto Seguro, falam em invasão. Por algum motivo obscuro ainda não escolheram Cabral, primeiro invasor, como patrono do MST. É claro que se os portugueses tivessem tocado direto para as Índias, nosso país seria hoje o que são as tribos que se mantiveram sem contato com a civilização. Vale dizer: viveríamos lascando pedra.

Essa ideologia, se pudesse, acabaria com o imenso usucapião denominado Brasil. Os negros voltariam à África, os brancos seriam banidos para a Europa e os índios promoveriam uma continental desapropriação do solo e das malfeitorias aqui implantadas. Alerta: os defensores de tão escabrosa geopolítica se aborrecerão terrivelmente se você apontar o racismo embutido em tais conceitos.

Como não poderia deixar de ser, a ideologia em pauta é contra a globalização. Para evitá-la, teríamos que retornar às cavernas de origem e combater o nomadismo como um fenômeno perigoso, precursor do famigerado neoliberalismo.

Ela é, também, contra o grande capital, o que não significa ser favorável ao pequeno capital pois o capital é um bem que degenera enquanto cresce... Melhor e menos suspeito seria não ter capital algum. Idêntico raciocínio leva a rejeitar a grande empresa e a grande lavoura. Se essa ideologia tivesse poder há mais tempo, estaríamos plantando com as mãos, tocando tambor para chover, trocando mercadorias e desinventando o dinheiro. Malthus teria razão e o planeta providenciaria menos 4 bilhões de almoços por dia.

Essa ideologia é contra a democracia representativa, a pesquisa genética, as privatizações, o mercado, a tecnologia. No fundo, deve ser contra, até mesmo, quem agride a natureza lascando suas pedras. Cuidado, porém. Mais alguns passos para trás e a gente vira ameba.

www.puggina.org

ESCRITO POR PERCIVAL PUGGINA | 01 SETEMBRO 2014
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

A produção industrial vem se tornando um fenômeno cada vez mais internacional, assunto que tem trazido um misto de contrariedade e excitação quanto às suas vastas consequências. Trata-se aqui de um dos capítulos mais intrincados da globalização, tanto que apenas pode ser descrito, infelizmente, com palavras em inglês capazes de embaralhar as falas mais amestradas, além de sacudir os brios dos nacionalistas do idioma: offshoring e outsourcing.

O Conselho de Segurança da ONU ampliou nesta quarta-feira o regime de sanções contra a Líbia para poder incluir as milícias que se enfrentam naquele país.

Durante os embates eleitorais ou nas agendas de ocasião, as críticas ao modelo vigente são renovadas e a idéia da convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte para implementar a decantada reforma política é retomada como salvação da lavoura.

 

ESCRITO POR GUILHERME INOJOSA | 03 AGOSTO 2014 


Passado quase um século marcado por uma república mantida à base da fraude, duas ditaduras e uma experiência republicana repleta de instabilidades políticas, o Brasil inaugurou, em 1985, a sua Nova República, como um verdadeiro marco em defesa da estabilidade institucional e do desenvolvimento econômico-social. Um dos principais pontos desse novo procedimento democrático foi a instauração da urna eletrônica, tratada como uma evolução da democracia que estabeleceria agilidade, modernidade e segurança aos milhões de eleitores do país na escolha de seus governantes. Infelizmente, com uma análise mais apurada, chegaremos à conclusão de que esse pensamento se dá muito mais mais como uma forma de conforto psicológico do que pela real segurança existente na nossa urna eletrônica.

Após calote, Argentina contesta decisão dos EUA na Corte de Haia

País continua se negando a fazer o pagamento integral da dívida a fundos credores

 - Atualizado em 

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 Hall do Palácio da Paz, sede da Corte de Haia, na Holanda (Divulgação/VEJA)

07/08/2014 11h59 - Atualizado em 07/08/2014 12h52
Produção atingiu 2,246 milhões de barris diários.
Recorde anterior tinha sido registrado em janeiro de 2012.
Do G1, em São Paulo

Bacia de Campos registrou a maior produção de petróleo por dia (Foto: Petrobras/Divulgação)


TREINAMENTO AMBIENTAL

  1. Programas de educação ambiental;
  2. Cursos;
  3. Palestras;
  4. Treinamentos;
  5. Treinamento PEAT ( Petrobrás );
  6. Educação ambiental de trabalhadores;
  7. Educação ambiental em escolas e universidades;
  8. Projetos de relação empresa-comunidade;
  9. Sensibilização ambiental;
  10. Treinamento em gestão integrada ( QSMS );
  11. Treinamento em sistemas de Biossegurança;
  12. Treinamento em gestão de resíduos  Lei. 12305/2010;
  13. Treinamento em gestão de resíduos de saúde e elaboração do PGRSS.
  14. Treinamento ambiental para órgãos públicos e privados;
  15. Curso de perícia ambiental e elaboração de laudos;
  16. Curso de licenciamento ambiental;
  17. Formação de agentes ambientais voluntários;
  18. Fotografia ambiental.

PERÍCIA AMBIENTAL E APOIO TÉCNICO JURÍDICO

  1. Perícia ambiental;
  2. Assistência técnica jurídica;
  3. Apresentação de laudos ambientais;
  4. Apresentação de Eia-Rima entre outros;
  5. Interpretação de estudos e laudos ambientais
  6. Assessoria Pericial para novos peritos;
  7. Passivo Ambiental;
  8. Elaboração de Pareceres Técnicos;
  9. Análise de Estudos Ambientais;
  10. Auxílio na Elaboração de Laudos Técnicos;
  11. Apoio Jurídico Ambiental;
  12. Elaboração de sugestões para apresentação de quesitos preliminares;
  13. Contestação de Laudos;
  14. Recursos de Multas Ambientais;
  15. Elaboração de sugestões Técnicas para impugnações de laudos periciais;
  16. Acompanhamento pericial junto ao perito do Juízo.

***

PROGRAMA – CURSO DE RETENÇÕES TRIBUTÁRIAS

 

Imposto de Renda na Fonte:

  1. Fato Gerador e Responsável;
  2. Serviços sujeitos a retenção;
  3. Situações específicas de não retenção;
  4. Limite para a retenção;
  5. Alíquotas e Tabelas;
  6. Prazos de recolhimento, códigos e documentos de arrecadação;

 

Retenção das contribuições: CSLL-COFINS- PIS/PASEP:

  1. Fato Gerador das Contribuições;
  2. Serviços sujeitos a retenção;
  3. Empresas tomadoras dispensadas de realizar a retenção;
  4. Casos em que não se aplica a retenção;
  5. Percentuais de retenção;
  6. Desdobramento das alíquotas e códigos de recolhimentos;
  7. Interpretação e análise das informações dos documentos fiscais;
  8. Limites para retenção das contribuições sociais;
  9. Apuração e controle financeiro das contribuições;

Retenção do ISSQN:

  1. Contribuinte e Fato Gerador;
  2. Serviços sujeitos ao ISSQN;
  3. Incidência do ISSQN na importação de serviços;
  4. Estabelecimento, Domicílio e Local da Prestação;
  5. Retenção do ISSQN: obrigatoriedade com base na Lei Complementar 116/2003;
  6. Base de Cálculo e exceções;
  7. Alíquotas: mínima e máxima;
  8. Obrigações acessórias recorrentes;
  9. CEPOM;

 

Retenção da Contribuição Previdenciária para o INSS:

  1. Conceitos gerais que norteiam o tema;
  2. Tratamento dispensado para pessoa jurídica e pessoa física;
  3. Tipos de Contribuintes, Percentuais e Tabelas;
  4. Hipóteses de incidência e retenção;
  5. Análise da Base de Cálculo;
  6. Antecipação do Valor Devido;
  7. Responsabilidades do Tomador e Prestador.

 

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CEPE

CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS

cepe

Em apoio a CCB - CÂMARA DE COMMERCIO DO BRASIL, o CEPE - CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS pretende atuar nas áreas de pesquisa, estudos e desenvolvimento de ideias, sobre a conjuntura e futuro do Brasil perante interesses internacionais, sobre os acordos e tratados internacionais, sobre a concepção geopolítica das nações e as suas estratégias perante o comércio internacional.

Constituem os Fins e Objetivos:

“A conscientização da política de Estado no meio estudantil, a formação do caráter, da moral e da ética, do civismo e da cidadania”.

“O estudo e análise das políticas públicas de Governo”.

“O estudo de políticas de Estado em âmbito internacional e a concepção geopolíticas das nações e suas estratégias”.

“A formação de estadistas”.

Os meios para a consecução de seus fins e objetivos são:

1 – REALIZAR seminários, simpósios, palestras, painéis de debate, conferências e congressos por conta própria ou em convênio com instituições congêneres patrocinados ou não, no Brasil e no exterior, sobre temas conjunturais de comércio e indústria, turismo, políticos, econômicos e sociais, passados e atuais sobre o Brasil e o mundo;

2 – EMPREENDER estudos, análises, laudos e relatórios por iniciativa própria ou por solicitação de terceiros, sejam empresas, associações ou instituições de caráter privado, de órgãos governamentais ou do próprio Governo brasileiro;

3 – ESTUDAR e ANALISAR a conjuntura política e as estratégias adotadas pelos poderes públicos e de Governo, emitindo laudos e pareceres embasados tecnicamente sobre pesquisas e estatísticas, divulgando-as à sociedade, quando não sigilosas;

4 – ESTUDAR e ANALISAR a conjuntura político-social emitindo laudos e pareceres necessários para o desenvolvimento de projetos de lei que venham a beneficiar a sociedade como um todo;

5 – PROMOVER e APOIAR todo e qualquer tipo de projeto socioeconômico de cunho governamental e/ou empresarial que venha política e/ou estrategicamente beneficiar a sociedade brasileira;

6 – CONVENIAR com instituições congêneres no Brasil e no exterior mantendo um relacionamento e uma cooperação constante a fim de expandir suas ideias e estudos, assim como, receber informações profícuas aos fins e objetivos propostos;

7 – COOPERAR e VIABILIZAR com entidades públicas e privadas por meio de análises e estudos a compatibilidade entre fatores econômicos e sociais de região determinada, assim como, pesquisas e planejamento sobre as conjunturas nacional e internacional;

8 – PRESTAR assessoria e consultoria a entidades públicas e privadas, ao governo e as organizações não governamentais, aos associados parlamentares ou não em assuntos políticos e estratégicos;

9 – COLETAR, PROCESSAR, ANALISAR e DIVULGAR informações econômicas, tecnológicas, sociais e estatísticas, para fornecimento de relatórios, pesquisas, análises e laudos sobre os poderes executivo e legislativo, desde que solicitados;

10 – PERMITIR acesso às informações disponíveis e possíveis a seus associados;

11 – FORMULAR políticas de cooperação e desenvolvimento integrado;

12 – DESENVOLVER o intercâmbio de informação e de assistência técnica, fomentando a troca constante de informações, propiciando a realização de estudos de interesse comum e o estreitamento da cooperação entre os associados;

13 – VIABILIZAR anualmente uma análise teórica dos problemas econômicos no Brasil e no exterior;

14 – MANTER uma biblioteca, uma mapoteca e um banco de dados para eventuais consultas e pesquisas;

15 – PUBLICAR periodicamente boletins informativos, assim como, utilizar os meios de comunicação mais adequados e convenientes aos interesses dos associados;

16 – UTILIZAR a capacidade de universidades e institutos, centros de pesquisa, análise e estatísticas brasileiras no estudo comparativo de experiências e soluções de problemas relativos a temas comuns que forneçam elementos concretos para uma tomada de decisão;

17 – DIFUNDIR o Brasil como um todo.

O CEPE atua sem vinculação político-partidária ou religiosa e, pode associar-se ou criar parcerias com entidades, grupos, associações, institutos, universidades ou organizações de qualquer natureza com fins e objetivos similares aos propostos em seus fins e objetivos.

Para Fabio Giambiagi, governo tem um papel pedagógico a cumprir: explicar à população que o paternalismo estatal terá de dar espaço à competição

Por: Naiara Infante Bertão - Atualizado em 

Diante da incapacidade da economia brasileira de se expandir num ritmo acelerado, os entraves que a sufocam tornam-se mais patentes — e a produtividade é o principal deles.